Agosto 26, 2022

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Relatos Inofensivos, Volume 3 - Formatura da Oitava Série

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As semanas seguintes ao campeonato foram muito difíceis. Felizmente, eu nunca mais encontrei a Ana, ela treinava em outros horários, então era fácil de evitar. Mas Pinguim sumiu dos treinos por algumas semanas e Luana não respondia o MSN. Quando ela apareceria novamente para buscar o Pinguim, ela apenas me olhava com pesar e sumia, nunca se desenvolveu um relacionamento, mas esta não é a única vez que ouvi dela. Pinguim não falava nada de casa, praticamente não conversava mais nada, apenas treinava.

Ao retornar pra escola, com dois dias faltados, fui recebido por Ana e Manu perguntando como foram os resultados. Eu falei, elas congratularam, e voltaram a me evitar. Até o fim do ano.

A minha escola não oferecia programa para ensino médio, então era de costume que a Oitava Série juntasse dinheiro o ano todo para pagar uma festa. Esse dinheiro era arrecadado com venda de doces no intervalo (palha italiana, brigadeiro, etc) e tinha uma cota mensal, dada por cada aluno, para contribuir. O dinheiro ia para uma comissão e eles eram responsáveis por encaixar as coisas possíveis com o orçamento e organizar a festa, combinando com a turma as prioridades e possibilidades. Ao fim do ano, com tudo que queríamos, conseguiríamos pagar um cerimonial, mas só conseguiria um ingresso por aluno extra. Quanto mais familia você fosse levar, mais teria que pagar por fora. Eu tenho uma irmã e meus dois pais, então pra mim, por exemplo, ficaria muito caro pra pagar esses dois ingressos extras.

Então um menino deu uma ideia: Ele tinha uma casa, em outra cidade, que era dentro de um condomínio de mansões. Era um paraíso de verão, coisa de milionário. Ele conseguiria alugar um espaço considerável do condomínio, piscina, churrasqueira, quadra, acesso a praia, e ainda sobraria dinheiro pra pagar toda a comida, bebida, e até mesmo profissionais para servir e preparar para todos, porém a responsabilidade do transporte era individual, pra ir tinha que ir com seu próprio carro. Era um plano sólido, bem palpável.

Manu desistiu da comemoração, porque no dia em que ficou marcado ela não teria como ir. Ana até ofereceu carona, mas ela desanimou. Claro, ela não foi a única. Nossa sala tinham 13 meninas, apenas 6 foram. Estragou os planos de muitos dos meninos da sala.

Eu não esperava que a formatura fosse boa. Eu não gostava muito das pessoas, não tinha muitos amigos. As pessoas me evitavam bastante, os meninos faziam programações e não me chamavam, eu era o único menino que ficava de fora, praticamente. Pelo menos eu sabia que a Ana ia. E então me lembrei das palavras da Manu “Ela gosta de você mais do que ela deixava parecer”. Pelo que entendi, foi ela gostar tanto assim de mim foi o empecilho da nossa amizade. Mas eu também gostava dela, mais do que deixava parecer. Na minha cabeça, tudo fez sentido. Eu sou muito ansioso, então quando essa ideia/possibilidade foi plantada na minha mente, eu fiquei imaginando diversos cenários e como guiar uma conversa em volta disso, escolhendo as palavras certas para todas as possibilidades.

O dia da formatura chegou. Foi uma sexta a noite. Houve uma comemoração de “colação de grau” na escola, onde os alunos entravam pra receber um papel símbolico de que você dizia que você passou de ano, basicamente. Os alunos eram apresentados com uma música de escolha. Eu não gostava muito de música brasileira, e a mais leve que eu ouvia na época era St. Anger do Mettalica. Então tive que quebrar a cabeça pra escolher uma que encaixava e quebrar o gelo com a Ana, plantar a ideia na cabeça dela também, para que facilitasse a conversa do dia seguinte.

Eu lembro de estudar várias opções. Precisava causar o impacto em menos de 1 minuto, que é mais ou menos o tempo que teria para entrar, pegar o canudo e me sentar. Fiquei dividido entre sete opções: Lanterna dos Afogados, Codinome Beija Flor, Segredos, Amor Para Recomeçar, Me Adora (da Pitty. Tinha acabado de lançar), Roda Viva e Velha Infância.

• Recomendação: Se você não conhece essas músicas, escuta elas, pelo menos até a marca de 1 minuto, para a continuação do relato ter uma camada de interação.

O processo de eliminação começou. A primeira a sair foi Roda Viva. O tempo era curto e é uma música de protesto. Não era o efeito que eu buscava. Até porque meu pai estaria na plateia. Meu pai foi um ativista na época da Ditadura, ele organizou atentados e era o portador dos documentos do partido socialista do estado. As histórias dele são mirabolantes. As próximas a sair foi Segredos, Codinome Beija Flor e Lanterna dos Afogados. Todas passam uma sensação de desespero ou são muito contundentes. E então removi Velha Infância, porque a Manu podia achar que era pra ela. Minhas opções ficaram entre Amor Para Recomeçar e Me Adora. Escolhi Amor Para Recomeçar, pelo simples trecho “quando ficar triste, que seja por um dia e não um ano inteiro”. Encaixava como uma luva, e se eu andasse devagar, conseguiria 15 segundos extras pro refrão.

Me arrumei e fomos para o colégio. Quando cheguei, minha familia foi para a área da celebração e eu fiquei sentado num canto, cabisbaixo e ansioso. As pessoas foram lentamente chegando, e então Manu chegou e sentou do meu lado.

— Tudo bem? — Ela pergunta sem se virar pra mim.

— Tudo tranquilo. E você, como está? — Continuei na minha posição.

— Tô bem.

— E como você realmente está? — Virei pra ela, sem tirar os cotovelos do joelho, sabendo que ela estava desconversando.

— Tô triste. Nunca mais vamos ver uma boa parte das pessoas daqui. E eu odeio como sou um livro aberto pra você.

— É nada, só fiquei o ano inteiro observando. Mas não ver as pessoas é ruim? — Ela deu uma risada.

— Você tem que parar com a rebeldia. Você sabe que as pessoas gostam de você.

Nesse momento, Ana chegou e viu a Manu primeiro e foi se aproximando dela. E então ela me viu, hesitou, e depois continuou se aproximando sem a mesma empolgação.

— Ei, tudo bem? — Ela perguntou pra nós dois, mas não respondi.

— Tudo, e você? — Apenas Manu respondeu, mas eu sentei normal e olhava as duas acompanhando a conversa.

— Tudo ótimo, já sabem onde vão estudar ano que vem? — Novamente perguntando aos dois.

— Estou indecisa. Você sabe? — Manu pergunta a mim diretamente, tentando me incluir na conversa.

— Sei. — Respondi meio grosso.

— Onde? — Ana me pergunta diretamente.

Quando ela pergunta, começo a sentir o sangue ferver e falei algo que poderia botar todo o plano de reaproximação a perder:

— Essa é a primeira palavra que você fala comigo em meses. Se eu dizer, você vai fazer questão de não ir pra lá ou me vai continuar me evitando?

— Nossa, não precisa apelar. — Manu diz surpresa.

— Você tá sendo muito injusto. — Ana responde.

— Devo estar. — Respondi de volta.

Ana abriu a boca pra responder, mas a diretora nos convidou para iniciar a cerimônia. Todo o processo ocorreu como eu havia planejado. Entramos em ordem de chamada, e Ana já estava sentada quando eu entrei, as cadeiras eram organizadas por nome, então eu sabia que ela estaria em algum dos cantos, foi fácil de achar. Quando a música começou a tocar, ela arregalou os olhos. Ela gostava muito de música brasileira, então todas as músicas que eu escolhesse iam causar esse efeito, mas não era obrigatório escolher uma música brasileira.

Segui o plano, entrei com um passo devagar, encarando a Ana, que agora encarava de volta balançando a perna de nervoso. A música foi cortada exatamente na hora que eu havia programado, para chamar o próximo. Quando me sentei na cadeira, dei uma última olhada pra Ana, que estava posicionada na fileira de trás. Ela me deu uma língua e eu respondi com um sorriso e me virei pra frente.

Após a cerimônia fui procurar meus pais e os encontrei conversando com a família de Ana. Ela era tão próxima e tão minha amiga, que eu costumava ir na casa dela com certa frequência, seja pra fazer trabalho ou passar uma tarde, e a família dela toda me amava, porque diziam que eu era super educado e boa pessoa. Eu jogava videogame com o irmão mais novo dela, ao mesmo tempo que conseguia manter uma conversa com o pai e a mãe dela. Me aproximei e eles me abraçaram, dizendo que tinham saudade de mim. Ana estava aos fundos, de costas, conversando com a Manu. Encerrada a conversa, fomos para casa pois iriamos pegar a estrada no dia seguinte.

De noite, ainda tive tempo de entrar no computador. Logo que abri o MSN, recebi uma mensagem de Ana.

“Por que você escolheu aquela música?”

“Oi pra você também. Tudo bem? Tudo, Luis, e com você? Tudo também, Ana.” — Respondi para provocar, então continuei: — “Você falar que eu fui injusto também foi injusto. Pelo menos agora você está tentando conversar.”

“Você comeu minha melhor amiga. O que esperava? Não tem como conviver.”

“Ela também era minha amiga. Se eu tivesse transado com você, como acha que ela iria reagir?” — Perguntei de volta.

“Do mesmo jeito que eu, e o resultado seria o mesmo.”

“Não, Ana. Ela ia ficar feliz pela gente. Se você quiser, pode ir até confirmar que eu te espero.”

Alguns minutos depois, ela me manda outra mensagem:

“Ela veio dormir aqui em casa hoje, ela está acompanhando a conversa. Ela disse que você tem razão.”

“Ótimo. Então, Manu, aproveitando que você também está participando da conversa, vou ser bem sincero. Não me arrependo do que fizemos, mas acho injusto vocês duas me tratarem como trataram. Ana simplesmente se fechou e Manu escolheu evitar o conflito, mas eu fiquei de fora de tudo, vocês nem me chamaram pro aniversário de vocês, e nem responderam quando mandei parabéns no MSN. Se vocês quiserem voltar a ser minhas amigas, quem tem que se desculpar são vocês.”

A resposta demorou. Muito. Uns 10 minutos, mas mais pareciam 10 dias. E então veio apenas uma palavra:

“Perdão”.

Logo após, Ana ficou offline do MSN e eu resolvi que chega por hoje, desliguei o MSN e fui jogar uma partida antes de dormir. Pela manhã, acordei bem cedo porque tive problemas para dormir. Acordei e liguei o computador, e o MSN abre sozinho ao ligar. Tinha uma mensagem da Ana e uma da Manu.

A mensagem da Ana dizia: “Precisamos conversar direito amanhã, não me ignora, por favor”. Essa mensagem veio as 11 da noite. A mensagem da Manu dizia: “A Ana tá no banheiro. Eu sei o que você ta fazendo, mas eu ainda gosto de você. Te dei razão porque eu não quero passar pela mesma briga, e eu amo vocês dois juntos. Eu conversei muito com ela e acho que vocês dão um casal bonito e ela não confirmou mas também não se opôs à ideia. Ela só tá magoada, mas se vc der em cima dela pode dar certo. Boa sorte, amo vocês.” E foi mandada 11:30. Fiquei empolgado, mas triste pela Manu se sentir a terceira pessoa. Acontece que ela não estava tão errada, antes de gostar dela, eu ja gostava da Ana, e aparentemente a Ana já tinha dito que gostava de mim também. Ela só tentou bancar a cupido agora, e parece que deu certo.

Comecei a viagem com a cabeça a mil. A viagem foi bem gostosa, praticamente passando por várias cidades de praia e beirando a praia quase a todo momento. Meus pais não são muito de conversa em viagens, minha mãe e minha irmã dormem fácil, então eu fico no banco da frente conversando as vezes com meu pai, e controlando a música. Ao chegar, demoramos a achar a área correta dentro do condomínio. Era gigante, todas as casas eram enormes, as áreas comuns eram de deixar o queixo caído. Parecia que estávamos em um clube de filmes americanos, tudo gigante, amplo e com espaço bem dividido. Encontramos nosso grupo com a quantidade de carros com a placa da nossa cidade. Fomos um dos últimos a chegar e o churrasco já tinha começado. Os pais de Ana também estavam lá, mas não tinha quase ninguém da turma por ali. A mãe de Ana confirma que estão todos na piscina. Eu já estava com roupa de banho, e me sentia bem a vontade de deixar minha familia com a família de Ana, já que eles também se davam bem, de todas as festas da escola como festa junina, dia dos pais, etc.

Na direção da área da piscina, tinha um jardim no caminho. Esse jardim era coberto por arbustos altos, mas o caminho passava por dentro dele, ou seja, não dava pra ver ali dentro, só se estivesse pelo caminho, e também dava pra ver quem se aproximava. Os arbustos faziam sombra no caminho e tinha uma fonte redonda ao meio. Ao redor da fonte, tinham quatro bancos de praça, aqueles alongados. Em um deles, estava Ana, sozinha, sentada na sombra. Me aproximei dela.

— Bom dia, como foi a noite? — Perguntei ainda de pé.

Ela me viu me aproximando, olhou pra mim e responde:

— Muito longa, não dormi direito. E a sua?

— Acho que a mesma coisa. O que você queria conversar?

— Senta aqui do lado. — Ela diz dando um tapinha no banco do lado dela.

— Não, primeiro você vai me dar um abraço que está me devendo a meses. — Respondi abrindo os braços.

Ana sorriu, pulou do banco de pé e me abraçou, escondendo a cara no meu peito.

— Me desculpa, fui muito idiota. Sempre só pensei no que eu sentia, mas nunca considerei o que você sentia ou o que a Manu sentia, eu só estraguei tudo. — Ela disse chorando baixo e soluçando.

— Para, chorona. — Ana chora muito, e muito fácil, quando ela chora, eu a chamo de chorona carinhosamente. Ela sorriu ainda soluçando. — O que você sente também é importante. Mas se fechar em uma concha pra não se atingir também não é saudável.

Ela levanta a cara do meu ombro, limpando o rosto e me pega pela mão, me levando pro banco pra sentar. Sento de frente pra ela e ela de frente pra mim.

— Vou prestar atenção. E como foi sua vida nesses meses? — Ana me pergunta, com um novo brilho no rosto.

— Aconteceu muita coisa. Quer saber com detalhes ou sem detalhes?

— Com. — Ela disse começando a ficar vermelha. Ela sempre pedia pra cortar os detalhes, morria de vergonha de falar de qualquer coisa além de beijo. Estranhei, mas não contestei.

— Imagino que a Manu te contou como foi?

— Contou, com bastante detalhe, mas quero saber sua versão. É interessante ver os dois lados da moeda.

Contei pra ela desde o início. Ana estava lá, e participando da conversa, quando resolvemos entrar em um namorico. Ela confessou que não pensou muito na hora e não imaginava que fossemos transar. Contei minha versão do dia e ela escutava, confirmando as partes que batiam com a versão da Manu. Quando acabei, pedi pra ela me contar a versão da Manu. Era bem similar, mas ela disse que a Manu achou que um pau ao vivo era muito feio. Rimos muito, era a brecha que eu queria.

— Se você quiser julgar, posso te mostrar. — Disse rindo. Ana riu também, e respondeu:

— Talvez outro dia, hoje não.

— Quer deixar marcado? — Rimos de novo.

— Vamos, marca aí pra 31 de fevereiro. — A risada era continua.

Já estávamos a vontade. Parece que os meses afastados foram acumulando em uma represa e agora a barragem se rompeu, avançando anos em poucos minutos.

— E você teve outras experiências além dessa? — Ela me perguntou curiosa.

— Tive uma muito louca. Quer com detalhes de novo?

— Quero. — Ela não ficou vermelha, e sua voz parecia mais branda e suave.

Contei toda a história do campeonato, começando começando com o caso do ônibus, a resposta dela foi “gente, você é doido mesmo né?” enquanto ria. Depois contei como foi assim que chegamos ao hotel e a primeira noite, que a chará dela me bateu e a resposta dela foi “até esse momento tava bem estranho, mas ai ela mostrou ser mais doida que você” dessa vez eu ri junto. E então contei a noite com Luana, a resposta dela foi “ela é fofinha, por que você não namorou ela?”, e era uma resposta que eu não tinha. Nem eu sabia ao certo o que aconteceu. Ao fim das histórias, Ana ficou bem quieta, bem diferente da Ana que fez trocentas perguntas durante as histórias e acompanhou tudo de olhos arregalados.

— Contei demais?

— Não, só fico pensando que você já poderia ter contado antes, seria um choque de informações menor, mas eu não dei brecha. Sinto que eu praticamente perdi um ano da minha vida.

— Só relacionado a mim. E você? Que experiência você teve que fez você perder toda a vergonha de falar de sexo? — Perguntei curioso. Ela franziu a sombrancelha:

— Nossa, foi uma vergonha! — Então ela me contou a história.

Ela ficou com um cara, e ficou com ele algumas semanas. Era um cara mais velho, dirigia e tava pra entrar na faculdade, só que ele ficava pressionando ela pra transar, até que ela topou. Ele arrumou um dia pra ter a casa vazia e ela foi pra casa dele. Eles começaram a ficar, tiraram as roupas, mas ela não quis tirar a calcinha. Ele ficou bravo, questionando, mas ela tentou acalmar ele com um boquete. Ele deitado na cama e ela ajoelhada de bunda pro lado, como se fosse deitada na barriga dele. Durante o boquete que ela tentava fazer, ele ficava tentando tocar a buceta dela e tirar a calcinha dela. Depois de tanto falar não, ela resolveu morder o pau dele com força e deu um tapa nas bolas dele, levantou, se vestiu e foi embora.

— Ai, que dor! — Falei rindo demais, e ela ficou vermelha novamente. — Eu acho que se fosse eu, nunca ia te perdoar! — Eu ri e ela riu junto. A risada dela é muito gostosa. Te envolve e te acalenta, parece que faz carinho no ouvido.

— Acho que se fosse com você não ia precisar morder. — Ela falou sério depois de parar de rir, mas continuava sorrindo tímida e vermelha.

— A Manu bem que falou que a gente daria um casal legal né — Falei rindo, mas tinha esquecido que a Ana tava no banheiro. Ana riu quando eu parei de rir de imediato e percebi que não devia ter falado isso.

— Relaxa, eu tava lá. A Manu falou pra te desencanar, e também falou que apesar da experiência de vocês ter sido legal, não ia ser um namoro duradouro e foi bom que o encanto acabou rápido, antes de mais danos.

— É, talvez ela tivesse razão. Eu acho que combina mais eu e você. — Falei sério e ela me olhou séria também. Comecei a me aproximar e ela sorriu.

— Eu imaginei esse momento tantas vezes, sabe? Eu fico triste que tenha demorado tanto. — Ela disse sorrindo e se aproximou também.

Apoiei a mão na bochecha dela, fiz um carinho com o polegar enquanto me aproximava sorrindo, e a beijei. Ela deu uma inspirada de ar profunda e começamos um beijo pendente a anos. Levei minha mão para sua nuca, segurando firme, mas sem prender, continuando a beijá-la. Deu um tempo, e nos assustamos com o barulho de alguém se aproximando. Era meu pai, me procurando para dizer que a comida começou a sair. Uma boa parte das pessoas da sala conhecia meu pai, ele é um cara bem gente boa e sabe conversar sobre tudo, ele era um semi-idoso sem papas na língua, xingava e falava putaria como se fosse falar de futebol. Meninos amavam conversar com ele pra ouvir dicas e as meninas ficavam super confortáveis perto dele. Depois de chamar a gente, ele continuou o caminho até chegar na piscina, e ai deu pra ouvir um grito dele “A comida tá pronta, porra. Sai dessa merda desse Sol se não vocês vão ficar com ensolação”, seguido de várias risadas altas. Quando ele voltou, eu e Ana já estávamos voltando de mãos dadas.

Durante o caminho, ficavamos sorrindo sem conversar e aleatoriamente dávamos um selinho. Chegamos ao churrasco e a mãe dela olhou pra nós dois de mãos dadas e apontou na nossa direção “Sabia que vocês iam ficar juntos!” ai o dedo apontando virou um joinha com um sorriso enorme. O pai dela se aproximou e me deu um abraço e ficou me tratando como filho favorito o resto do dia. Meus pais não poderiam ligar menos, eles tinham uma pegada de “quem tem que gostar é você” e não ficavam muito em cima.

Comemos bastante e quando a turma começou a sair do churrasco para voltarem às áreas de lazer, eu e Ana saímos também, acompanhando um grupo pequeno de pessoas que estava indo para a praia, coisa de 3 meninas e 4 meninos, sem contar nós dois. O resto ficou jogando futebol ou continuava no churrasco. A praia era particular, e não tinha absolutamente ninguém, pois era um condomínio de verão, e estava muito cedo para a época. Tinha uma escada que saia do caminho, de estilo rústico, e levava até a tal praia. A escada era bem longa guiava um caminho por uma mata bem fechada. A praia em si não era grande coisa. A areia era bem áspera, parecia artificialmente colocada ali. Essa praia ficava em um formato de laguna, então as ondas eram bem fracas. Mal tinha sol. As meninas acharam lindo, os meninos queriam jogar altinha. Eu achei uma merda, e logo chamei a Ana pra ir em outro lugar. Ela topou e subimos de volta.

Eu notei que a área das churrasqueiras eram um tanto afastada uma das outras, e durante o percurso, reparei em todos os cantos que eu poderia me enfiar com Ana. Quase não tinham carros nas entradas das casas, então quase todas estavam vazias, tinham muitos lugares disponíveis. Escolhi um e segui até a quarta churrasqueira após a do nosso churrasco. Ao aproximar percebi que tinha uma placa escrito “Sauna” então achei que seria um lugar mais aconchegante e vazio. Logo ao entrar na área da sauna, era possível ver várias cadeiras de praia enormes, que cabiam uma pessoa obesa mesmo, daquelas que deitava completamente, também de madeira. A área era super ventilada e a quantidade de móveis ali não deixavam nem um eco passar.

Me deitei em uma das cadeiras e Ana se deitou do meu lado. Continuamos a nos beijar ali e curtir um ao outro.

— Que estranho. — Ana disse em certo ponto.

— O que? — Perguntei surpreso.

— Não sei, passamos por apenas um churrasco, aí eu pisquei e parece que você está achando que está no fim de fevereiro. Eu perdi o Natal? — Nós dois rimos juntos.

— Mas falando sério agora. O cara do pau mordido foi sua única experiência? Você ainda é virgem então? — Falei me preocupando, porque eu aprendi com as vezes anteriores e agora andava com duas camisinhas em um bolso secreto, elas estavam comigo, mas se fosse para passar o processo de sangramento e dor, acho que não seria o suficiente.

— Foi, mas não sei se da pra dizer que sou virgem. — Ela respondeu. — Eu comecei a praticar kickboxing esse ano, e após uma aula, eu comecei a sentir muita dor na vagina. Fui pra casa e estava saindo muito sangue. Minha mãe me levou a um ginecologista, e ai ela disse que eu era sortuda.

— Não entendi nada, o que aconteceu?

— Sabe quando você transou com a Manu, que doeu e saiu sangue?

— Sim, o que tem?

— Então, isso se chama hímen, fica dentro da vagina. Se rompe geralmente com penetração, e ai sangra e doi. Ta entendendo?

— Tou, mas qual a relação?

— Meu hímen rompeu fazendo exercício. Chutando alto, fazendo esparcate. A médica disse que eu sou sortuda, porque passei pela pior parte do sexo sem fazer sexo.

— Entendi. Mas você ainda é virgem?

— Sou. Mas provavelmente não vai doer, nem sangrar, de acordo com a médica. É por isso que eu estou mais soltinha, também. Eu tinha todo um estigma sobre como seria a primeira vez perfeita, reações preparadas para a dor, para o sangue… E acabou que tudo que eu pensei era bem mais frágil do que eu imaginei, então entendi que era tudo uma coisa da minha cabeça e resolvi aceitar a vida.

— E você ficou frustrada com isso?

— Um pouco, sabe? Mas não importa mais. Eu só quero que a primeira vez fosse com alguém que ligasse pra mim. — Ela me olha com lágrimas nos olhos. — Eu não conheço ninguém que liga pra mim tanto quanto você.

Sorri e puxei ela pra um beijo, começamos a nos beijar novamente e ela se posicionou para deitar por cima de mim. Ela encaixou a perna dela no meio das minhas e tocou o joelho no meu pau sem querer. Toda a situação e a conversa tinha feito meu pau ficar animadinho, então eu já estava pronto para ação. Quando ela esbarra o joelho, ela para de imediato com um susto e então volta a me beijar.

Ana era uma menina levemente gordinha, tinha perdido bastante peso por conta do kickboxing, agora a perna dela estava bem grossa e e durinha. Seus peitos agora estavam em evidência, perder peso fez eles ficarem mais durinhos e a bunda dela continuava redondinha. O rosto dela, porém, continuava com bochechas cheinhas, dava a impressão de que ela era mais gordinha do que realmente era. Ela continuava parecendo um anjinho.

Em certo ponto, levei minha mão que estava em baixo do corpo dela até a bunda dela e apertei. Em resposta, ela aperta meu peito, onde sua mão repousava. Ela parou de me beijar e olhou pra mim.

— Posso falar uma coisa?

— Pode. — Respondi.

— Eu sempre tive muito ciúme de você, então o principal motivo de te afastar foi porque eu não queria ver vocês juntos todos os dias e tão perto de mim. Só de pensar isso, me da arrepio.

— E ai, você resolve fazer o mesmo com ela.

— Quem disse que vamos continuar juntos?

— Qual é, Ana. Anos depois e você ainda tá com joguinho?

— Para bobo, estou brincando. — Ela responde rindo.

— Se serve de consolo, eu também fiquei com ciúmes quando você falou do cara que quase te comeu.

— Ai ai, você comeu duas meninas, quase três. Você tá sem direitos de sentir isso.

— Mas perguntando na moral, por que não deu pra ele?

— Eu queria muito dar, mas ele me pressionar me tirou a vontade. O que me levou a tentativa foi tentar te esquecer, e o que me levou a morder ele foi perceber que ele não era um bom substituto.

— Cruel. — Rimos junto e então voltamos a nos beijar.

Nossos pais não ficaram marcando presença, apenas disseram pra voltar às 18 para irmos embora. Ainda era 13:40. Tínhamos todo o tempo do mundo.

Apertei a bunda dela novamente e ela levou a mão do meu peito até meu pau por cima da bermuda. Ela da umas apertadas por cima da bermuda, então resolvo abrir o botão. Ela enfia a mão por dentro da Bermuda e por baixo da cueca, apertando meu pau com firmeza, tentando bater uma punheta por dentro da roupa. Eu paro de beijar e me levanto, ela fica me olhando.

Eu abro o bolso secreto e pego as camisinhas, jogando na cadeira. Depois tiro a bermuda, ficando apenas de cueca. Meu pau duro armava uma barraca tão seria que puxava a cueca a ponto de dar pra ver o pau por cima. Deitei novamente ao lado dela, e ela estava com as camisinha na mão.

— Que isso? — Ela pergunta curiosa.

— Camisinha. — Respondi simples, num tom de “isso é obvio po”.

— Eu sei o que é. To querendo saber por que você jogou aqui. Você quer usar?

— Você não?

— Eu sou virgem, Luis. Eu não vou sangrar com penetração, e tomo anticoncepcional, eu nem menstruo.

— Uai, e eu sei ler mentes? Como que eu devia descobrir isso?

— Você nem perguntou.

— Você quem não disse nada.

— Oi, meu nome é Ana. Eu tomo anticoncepcional emendado. Queria que eu fizesse isso? — Nós dois rimos.

— Devia dar ainda mais informações.

— Oi, meu nome é Ana. Eu tomo anticoncepcional emendado, posso não ser considerada virgem, não vou sangrar ou sentir dor com penetração. — Ela deu uma pausa dramática e chegou bem perto para falar no meu ouvido. — Eu também estou bem molhada e quero dar pra você. Quer transar sem camisinha? — Completou com uma mordida na orelha.

Não me aguentei e nem consegui responder, voltei logo a beijá-la. Ana vestia uma blusa regata, que realçava bastante seu peito, e um short jeans. Tirei as alças da blusa dela, ela passa o braço. Abaixei a blusa dela, revelando um sutiã rosa de rendinha. Coloquei minha mão em suas costas e consegui tirar seu sutiã com certa facilidade. Ela puxa o sutiã para frente e revela seu peito. Era bem diferente do que eu imaginava. Sua auréola era bem clara, mas não muito grande. Ela tinha mamilos bem curtos, mas bem durinhos. Apertei seu peito com uma mão e continuei a beijá-la. Empurrei ela para deitar e deitei por cima dela.

Ela puxou minha cueca para baixo e meu pau saltou, batendo na coxa dela. Minha cabeça estava toda melada, com bastante liquido e ao bater na perna dela, acaba melando bastante. Ela para de me beijar e olha para meu pau. Ela morde os lábios, então passa o dedo na perna, catando o líquido e levou o dedo à boca, e os lambeu olhando para mim. Ela volta a se aproximar para me beijar, mas eu recuo um pouco e ela fica me olhando parada sem entender.

— Acho que vai ser a primeira vez na minha vida que eu posso falar isso em voz alta.

— O que?

— Eu acho que eu te amo. — Falei sério olhando pra ela. Ela sorri, estica a mão e agarra meu pau novamente, começando uma punheta maravilhosa.

— Sabe o que EU acho? — Ela pergunta de volta.

— O que?

— Que você demorou muito pra ficar agarrado em achar. Eu te amo, e não tenho dúvidas. E acho que você merece um boquete por me falar isso. — Sorrimos e ela me deu um selinho.

— Só um boquete? — Falei me deitando, enquanto catava o cabelo dela para trás.

— Não, depois te falo o resto. — Ela segura meu pau com firmeza e se abaixa para chupá-lo.

Ela estava deitada com a bunda empinada para a parede, bem similar com a história que ela me contou. A boca dela era quente e macia, mas o boquete era inexperiente, apesar de eu gostar da iniciativa. Ela ia até o mais fundo que conseguia, quase engasgando, e voltava. Não sei se ela conseguia fechar a boca direito, mas escorria muita baba pelo meu pau, molhando todo o banco. (Eu falo muito do tamanho do meu pau, mas não é nada excepcional. Tem 17cm de comprimento e 5cm de um lado a outro, sem dar voltas. É mais grosso que grande.)

Resolvi provocar ela de uma forma que não sabia se ela ia entender. Levei minha mão até seu short e abri o botão. Ela vira para me olhar com meu pau na boca, mas apenas continua o boquete. Eu começo a enfiar minha mão por dentro de sua calcinha, tentando tocá-la. Ela volta à posição que estava, mas trás seu quadril mais na minha direção. A posição ficou ruim para enfiar a mão, então resolvi abaixar seu short, deixando a calcinha de propósito. Ela não faz nenhum movimento e continua me chupando. Abaixo seu short até metade da coxa e levo minha mão para tocá-la, e começo a acariciar sua buceta por cima da calcinha. Ela para o boquete e vira pra mim.

— Você sabe que não tem que ficar se comparando, né?

— Eu sei, só queria poder substituir sua memória e fingir que eu fui o seu primeiro em tudo.

Ela levanta, ficando de joelhos. Ela tira a blusa que estava na cintura e então deita ao meu lado, sempre mantendo contato visual. Ela tira o short e a calcinha. Ela volta para a posição que estava e repousa sua mão no meu pau.

— Então temos muita coisa pra fazer. Ainda bem que temos tempo.

Ela voltou a me chupar com sua bunda empinada. Levei minha mão até sua buceta e comecei a acariciar. Ela realmente estava bem molhada, quase escorrendo. Fiquei ali brincando com seu clitóris por um tempo, até que resolvi chegar mais perto. Enfiei um dedo dentro de sua buceta e a resposta dela foi dar uma suspirada mais longa. Enfiei um segundo e ela tira a boca do meu pau e da uma gemida. Enfiei os dedos em uma frequência estável, o máximo que consegui. Ela gemia cada vez mais alto, apertando meu pau vez ou outra. Retirei os dedos de dentro dela e ela se vira para me olhar. Lambi os dedos lambuzados com os líquidos dela e ela mordeu os lábios. Deitei de lado e apertei a bunda dela e puxei na minha direção. Ela se deita e então se ajeita, colocando seu quadril bem em frente ao meu rosto, com a perna apoiada no braço do banco, mantendo sua buceta acessível e voltou a me chupar.

Eu paro um tempo admirando aquela buceta em minha frente. Labios carnudos, clitóris bem inchado. Sua buceta era bem avermelhada, mas o buraco parecia apertado e pequeno. Ela estava totalmente depilada, provavelmente depilou no mesmo dia. Me aproximei e comecei a chupar sua buceta, começando sugando seu clitóris. Fiz meu melhor para chupá-la, mas a posição estava péssima. Devia estar ainda pior para ela, que estava ligeiramente de cabeça para baixo. Resolvi acelerar o que precisava fazer ali. Enfiei a língua na buceta dela e movi a cabeça, tentando imitar o movimento forçado que a outra Ana havia me ordenado a fazer. A resposta dela foi segurar meu cabelo com força e puxar para o corpo dela, mas sem me prender. Comecei a brincar com seu clitóris e enfiar a língua o mais fundo que conseguia. Ela tira a boca do meu pau e deita em cima dele, gemendo descontroladamente.

— Nossa, isso é muito bom, não para. — Ela diz gemendo, quase gritando.

Obedeço a seu pedido e continuo fazendo meu melhor, até que ela começa a gemer e tremer descontroladamente. Ela então fecha suas pernas bem forte prendendo minha cabeça, tentando se encolher, mas acaba me puxando pra mais perto, e eu continuo me deliciando com sua buceta até perder o ar, então abro a perna dela na força e consigo sair. O corpo dela começou a deslizar para baixo enquanto ela tremia, então pulei na direção dela para segurá-la. Fiquei chamando o nome dela até ela abrir os olhos, e sentar, voltando a respirar regularmente.

— Nunca mais vamos fazer essa posição. Certeza que vai me matar um dia. — Rimos e então ela se deita ao meu lado, me beijando novamente. Ela começa a acariciar meu peito, me olhando nos olhos. — Eu poderia ficar assim o dia todo. Mas temos coisas a fazer. — Ela levanta se apoiando no cotovelo. — Como quer começar?

— Quais você pensou em fazer? — Pergunto de volta, acariciando suas costas.

— Todas que eu conheço, somadas com todas que você conhece.

— Olha, eu assisto muito pornô. Tem certeza? — Ela confirma que sim com a cabeça. — Você quer começar com as suas ou prefere que eu comece direto nas minhas?

— Pode começar com as suas, provavelmente vai ter todas que eu conheço mesmo. — Ela responde, nós rimos juntos.

Pedi a ela para se deitar, deitei por cima dela.

— Vamos começar com o básico. Se você não gostar da posição, só pedir pra trocar, sem pressão. Tem muita coisa a fazer.

Ela sorri, aparentemente apreensiva e bem nervosa. Posicionei meu pau sua buceta e olhei em seus olhos, ela olhava de volta intensamente. Comecei a enfiar meu pau nela e ele deslizou para dentro. Senti um calor indescritível vindo de dentro dela, nunca tinha sentido uma buceta tão molhada por dentro. Ela era bem apertada, me apertou com as unhas conforme entrava nela. Ela abriu a boca e projetou seu peito em minha direção, mas não gemeu. Ela me olhou, mas parecia olhar além de mim.

— Você tá bem? — Perguntei a ela.

— Nossa, a gente vai transar muito nas férias. É a melhor coisa que já senti.

Continei metendo nela e ela movimentava seu quadril junto. A buceta dela parecia uma nuvem quentinha. Transamos por horas seguidas, sem nunca eu gozar, porque sempre que eu chegava perto, trocávamos a posição, e meu ritmo zerava. Ela gozou três vezes mais, em tres diferentes posições. A primeira em papai mamãe, a segunda de quatro e a última enquanto sentava em mim, com os pes apoiados e eu fazendo os movimentos para meter nela.

Voltamos para a posição de quatro. Ela estava exausta e eu estava perto de gozar. Comecei a meter mais forte e apertar o quadril dela.

— Vai gozar? — Ela me pergunta.

— Vou, tá uma delicia.

— Finalmente! Já tava desistindo.

— Onde você quer? — Disse metendo mais rápido.

— Lembra que eu falei que você merecia o boquete e disse que tinha mais? Então, pode gozar dentro. Eu quero sentir bem fundo.

Continuei metendo com bastante força, segurando seu quadril. Quando senti o orgasmo chegando, comecei a gemer, e ela também. Gozei dentro dela, sentindo ficar ainda mais quente e molhado. Quando meu orgasmo acabou, desabei igual uma máquina pifada do lado dela. Ela deitou de barriga pra cima, depois se virou para mim. Ela levou sua mão até a buceta, catou parte da esperma que escorria e provou. Ela fez uma cara de “hum, nada mal” e então se virou para mim. Eu não conseguia me mexer, cada centímetro do meu corpo doía. Ela esticou o braço para um abraço e eu apenas consegui me jogar no ombro dela, me encaixando ali com o peito dela.

— O que achou? — Perguntei a ela.

— Achei uma delícia. Bem diferente do que eu imaginava, pra melhor. E você?

— Primeira vez que eu gozei com penetração. Parece que você também foi minha primeira, afinal de contas.

— Que bom, um motivo pra nunca mais esquecer de mim ou desse dia.

— Como se precisasse disso. Teve uma coisa que a gente não fez, na verdade.

— O que?

— Anal.

— Ah, mas não precisa ser o primeiro nisso, porque nunca vai haver um primeiro. Pra que vou dar o cu se minha vagina já me dá tudo que eu preciso sentir?

— Ah, sei lá, ouvi dizer que é bom.

Peguei o celular, ainda eram 16:50. Ficamos ali abraçados conversando até 17:40, quando levantamos e começamos a nos arrumar para voltar. Ao levantar, o banco estava cheio de esperma. Ela foi ao banheiro se limpar e eu limpei a cadeira. Chegamos era 17:55. Os pais dela sorriram quando voltamos, e os meus já apressaram para irmos embora. Demos um selinho e fomos para os carros.

â?? Adoraria dizer que transamos muito nas férias e que namoramos, casamos, passamos a vida juntos. Mas meus contos não tem finais felizes, apenas a dura realidade da vida. Me casei com minha esposa aos 26. Eu tinha apenas 15 nessa época. Esse foi o conto que mais me magoou escrevendo e lembrando. Parece que foi ontem.

De noite, entrei no MSN e tinha uma mensagem dela, falando que precisava me ligar. Eu ligo para ela e ela está soluçando de chorar. Tento acalmar ela como deu, mas fui incapaz. Ela começa a se acalmar e fala “vou falar no MSN, vai ser melhor”.

Ela basicamente me mandou um textão. Dizia: “Eu te amo muito. Não sei como vou viver sem você. Meu pai me disse no caminho para casa que era para eu evitar me apegar muito, porque vamos voltar para SP no final do mês. (Tínhamos menos de 10 dias) Ele não falou nada antes porquê ia acabar as aulas e íamos embora durante as férias. Eu queria ficar, já pensei de tudo. O momento deu muito errado. Se a gente fosse mais velho, eu poderia arrumar um emprego e ficar, mas não tem como. Acho melhor a gente não se ver mais, por favor me ajuda a te superar.”

“Impossível, porque eu sei que nunca vou superar você. Eu tenho certeza que te amo, só não quis parecer afobado. Eu vou te buscar um dia e nós vamos nos casar. Só esperar.” — Respondi a ela.

Minhas férias foram longas. Muito longas. Eu bebo desde os 14, com meus amigos, e nessa época eu resolvi beber muito mais, mas as memórias não sumiam. Eu chorava todo dia.

Nos vimos novamente quando eu tinha 19. Ela namorava um rapaz, e eu namorava uma menina. Não transamos. (Isso vai aparecer em um conto no futuro).

Com o passar dos anos, consegui ir visitá-la em SP (eu tinha 21). Ela estava namorando com o cara a 4 anos, e nem me deu espaço para falar do nosso possível relacionamento. Foi um jantar na casa dela. O pai dela pediu desculpas por causar o desencontro e a mãe dela, em certo ponto, disse “eu lamento muito, você seria um genro melhor que esse bosta” quando tava só eu e ela.

Nunca mais nos vimos. Nem nos falamos.

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