Outubro 13, 2022

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Relatos Inofensivos, Volume 21 - Uma Semana

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O último dia do cruzeiro já estava tudo confirmado. Acordamos cedo, organizamos as malas e tomamos café da manhã, os dois casais juntos. Depois do café, pegamos as malas e descemos para o desembarque. Comecei a sentir um rebuliço no estômago de ansiedade. Eu e Marina Íamos para a casa de Luísa e Rafael, e os pais deles nem nos conheciam. Desembarcamos e saquei o dinheiro que havia ganhado, o colocando na carteira.

Pegamos uma Van com as malas e fomos para a casa deles, que ficava na Barra da Tijuca, um apartamento de frente a praia. Chegamos na casa deles por volta de meio dia. A mãe deles tinha uma vibe super leve, abriu a porta e já esperava que seriamos quatro, mas logo que passou o olho por Marina, virou para Rafael e disse “ela é gata hein”. E quando me cumprimentou e me apresentei, ela perguntou se eu era solteiro. Respondi que sim. Então ela virou para Luísa e disse “Aí, ó. Ele é solteiro e você também. Aproveita que ele não vai ter pra onde correr”. Luísa riu e disse “mãe, a gente tá ficando já tem uns dias”. A mãe então respondeu “Isso aí, minha filha. Não perde tempo não que outra vem e vrau”. Dessa vez até eu e Marina rimos juntos. O pai deles estava sentado no sofá, assistindo um filme que eu amava na televisão. O nome do filme era O Grande Truque.

A mãe nos mostrou a casa e nos levou a um quarto extra que tinham. Tinha apenas uma cama de solteiro, então ela já nos mostrou dizendo que colocaria um colchonete no chão, mas Rafael logo a interrompeu, dizendo que Marina ficaria no quarto dele. A mãe dele deu uma encarada com olhos em chamas como resposta e disse “Você quer isso, querida?” para Marina, que respondeu que sim com a cabeça. A mãe dele deu um suspiro pesado e respondeu ao nada “Maravilha, se é consensual, não tem igual”. Nós rimos novamente e até me surpreendi de ela confirmar com Marina o que ela queria. Realmente uma pessoa bondosa. Ela se virou para Luísa e perguntou “Você vai me dizer que esse pitelzinho vai ficar com você também?” e Luísa me olhou. Olhei de volta. Não tínhamos falado sobre isso, mas dissemos que iríamos passar juntinhos, então balancei a cabeça que sim timidamente e Luísa respondeu que sim pra mãe. Como resposta, a mãe fechou a porta do quarto de hóspedes e deu outro suspiro pesado. Nos disse pra ficar a vontade que o almoço seria em alguns minutos.

Deixei a mala no quarto de Luísa e comecei a observar. Ela tinha exposto em uma prateleira uma coleção de mangás e figuras de ação, e em um armário de vidro tinha alguns prêmios de cosplay, com uma foto do dia, da roupa que usou. Nas paredes ela tinha alguns pôsteres de alguns animes mais conhecidos, como Bleach, Naruto, One Piece, Hellsing, Death Note, Full Metal Alchemist, Sailor Moon, Sakura Card Captors e alguns outros que não conhecia. Ficamos esses breves minutos até o almoço conversando o que faríamos no dia.

A mãe dela deu um grito no corredor e todos prontamente fomos para a mesa. O pai parou o filme e finalmente nos apresentamos ao sentar. Ele deu longas olhadas para Marina e para mim, e depois para a mãe, que colocava as panelas e uma forma à mesa.

— Escuta gente, não tem nenhuma criança aqui, então eu vou ser franca. Se for o caso, vocês podem transar aqui em casa mesmo, não precisa ter vergonha. É melhor transar aqui, em um ambiente amigável, do que pagar motel. Vocês tem privacidade total aqui.

— Mãe! — Luísa estava vermelha de vergonha e bateu a colher do arroz na panela.

— Que foi? Tô falando sério. Vocês ficaram 7 dias sozinhos no navio, você acha mesmo que eu sou besta? Esse menino já deve até conhecer as linhas de trás do seu joelho. — Ela disse a última frase em um tom de brincadeira.

— Escuta, só pra complementar. Eu sei que vocês foram bem educados pela maneira que vocês se portam, mas não precisa de ficar acanhado não, todo mundo aqui é meio lelé. — Disse o pai para mim e Marina. — Então se quiserem, sei lá, comprar um tatu, chutar uma garrafa de vidro, puxar um baseado ou até mesmo injetar heroína, só me chamar que eu vou junto, sou mó parceiro — A mesa toda riu. O pai tentava manter uma pose séria, mas ao mover um músculo ele entregava que era ainda mais tranquilo que a mãe.

— A gente é tranquilo. Única coisa que eu faço é fumar cigarro. — Respondi.

— Maneiro, cara. E qual você fuma? — Ele perguntou enquanto colocava seu prato.

— Eu gosto do Lucky Strike preto. — Respondi.

— Esse é bom. Você vira o primeiro?

— Sempre. — Respondi sorrindo.

A empresa de cigarros Lucky Strike, a muito tempo, fez uma campanha ou propaganda, dizendo que ao remover o primeiro cigarro do maço e o retornar virado para cima, e deixá-lo para ser o último a ser fumado, você teria um pedido a fazer. Mesmo após o fim desta campanha, muitas pessoas faziam isso, inclusive eu. Ele saber disso significava que ele fumava ou que ele já fumou.

Após o almoço, os pais foram para o quarto tirar um cochilo, mas logo após, coisa de dez minutos depois, deu para ouvir a mãe de Luísa gemendo do quarto. Luísa se levantou e fechou a porta, como se fosse normal e se desculpou. Ela deitou na cama e me chamou para deitar junto. Nos beijamos e ela começou a arrastar seu corpo no meu, um sinal que aprendi nos últimos dias que ela queria transar.

— Lu, você acha que é tranquilo mesmo transar assim? — Perguntei preocupado.

— Minha mãe não tava zoando com vocês, eles são assim mesmo. Então sim, é tranquilo.

Aceitei que a família dela era um tanto fora da curva e acabamos transando, da mesma forma que transavamos de tarde no navio. Após o sexo, ela adormeceu e eu me vesti e fui para uma área da casa onde eles tinham dito que era pra fumar lá, na varanda. Peguei o celular e comecei a ficar em dia com tudo que tinha perdido nos dias anteriores. Pouco depois, Marina entrou na varanda e se sentou ao meu lado, observando o sol na praia.

— O que você tá fazendo? — Ela me perguntou sem me olhar.

— Vendo as redes sociais e fumando. Cadê o Rafael?

— Dormiu. A Luísa também? — Balancei a cabeça que sim. — Você tem previsão do que vai acontecer com você e a Luísa quando voltarmos pra casa?

— Zero. Temos os contatos da rede social, mas deixamos pra conversar isso depois. Eu acho que infelizmente não vai dar em nada. E vocês?

— Então, isso que queria conversar. Meu plano atual é que depois da formatura vou me mudar pro Rio e morar com o Lipe um tempo. — Nosso irmão mais velho. — E aí, vou procurar um emprego na área e ficar por aqui.

— Com o Rafael?

— É. Eu convidei ele para a formatura e ele começou a olhar passagem. Se você quiser, é uma boa oportunidade pra convidar a Luísa.

— Vocês tão sério mesmo, hein?

— Ai, ele é maravilhoso.

— Sei. Tá bom, vou falar com ela.

Tive a tal conversa com Luísa e surgiu algumas questões, sobre dinheiro e tempo. Resolvemos deixar para resolver no dia seguinte, depois de falar com meus pais com mais calma. O resto do dia foi preenchido com um pôr do sol na praia e um sexo antes de dormir. No dia seguinte, logo cedo, eu e Marina começamos a nos preparar para sairmos para o aeroporto. Luísa se despediu com lágrimas nos olhos e a assegurei que ainda nos veríamos.

Chegando em casa e depois de conversar com meus pais, eles ficaram felizes que tinha encontrado alguém, mas preocupados pela distância que esse relacionamento colocou como barreira. Disseram também que ela poderia ficar o quanto quisesse, sem problema. Trouxe a notícia de volta para Luísa, e então o único problema se tornou o dinheiro. Me lembrei do dinheiro que ganhei no navio e disse que ia bancar a viagem dela. Combinamos direitinho e ela confirmou que ficaria uma semana. A semana passou rápido e o dia chegou. Busquei Luísa e Rafael no aeroporto e os levei até em casa. Luísa saiu com Marina e foram direto para o salão fazer o cabelo e eu voltei com Rafael e as malas. Nos acomodamos em casa e durante esse tempo que esperava, recebi uma mensagem no celular.

“Ei.” “Preciso conversar com vc” — Uma mensagem de Aline.

“Pode falar” “Tou de bobeira”

“Pessoalmente”

“É urgente?”

“N” “Mas quanto antes melhor”

“Sobre oq?”

“Nós”

“Ok” “Vou passar aí daqui a uns dias”

“Eu vou na formatura”

“Não quero conversar sobre isso lá”

“Tudo bem”

Era uma mensagem que eu esperava. Mas não agora. Não assim. Tirei um print da tela e mandei para Marina, com uma carinha sorrindo ao lado de uma arma apontada para a carinha. Era minha forma de dizer “que merda” ou “fudeu”. Marina demorou para responder, mas respondeu “e agora?” Junto de um “pode vir nos buscar”.

A volta pra casa foi silenciosa, preenchida com a música do carro. Eu já tinha entrado em um estado de mente de me preocupar. O que Luísa acharia disso se descobrisse? Ela iria querer encurtar a viagem? Ia ficar magoada? O que a Aline vai fazer quando ver a Luísa? Vou trocar a Luísa pela Aline? Vou ignorar a Aline por uma tentativa a distância? O que a Aline quer, de verdade?

As perguntas enchiam minha mente e comecei a ficar ansioso. Antes de subir para casa, fumei três cigarros seguidos, e Luísa, obviamente, percebeu que algo estava errado.

— O que aconteceu? Fiquei feia? — Ela disse se preocupando com o cabelo.

— Não, você está maravilhosa. Lembra quando você me perguntou sobre quem tinha mentido para mim? — Ela confirmou que sim com a cabeça. — Sabe a Aline?

— Sei. O que tem?

— Ela vai hoje a noite na festa.

— E daí?

— Ela me mandou uma mensagem hoje, dizendo que precisava de conversar comigo sobre nós. — Não vi outra saída além de falar a verdade, por mais que doesse.

— Fala com ela, ué. Não quero atrapalhar sua vida.

— Mas não vou falar com ela hoje. Não seria justo com você.

— Luiz, a gente não tem nada. Esse é um lance legal, amo ficar com você. Mas precisamos ser realistas. Qual a chance de ficarmos juntos nesse momento das nossas vidas? Eu não tenho dinheiro pra vir aqui sempre. E nem você. Vamos ficar anos sem nos ver, no mínimo.

— Eu pensei nisso também.

— Então. Pelo que você me contou dela, ela era uma menina legal e vocês se davam bem. Da essa chance, uai. No futuro, se não der certo entre vocês e a nossa condição melhorar, depois de formar e etc, podemos tentar ficar juntos novamente. Única coisa que vou te pedir é pra não parar de falar comigo nunca e que a gente consiga curtir esses dias, antes de um adeus temporário.

— Você é foda, Luísa.

— Eu sei, bobinho. Vamos subir, preciso me arrumar para a festa.

E assim o fizemos. De noite, chegamos na festa e Marina logo precisou ir tirar algumas fotos oficiais. Eu já tinha visto Aline e aposto que ela já tinha me visto também. Luísa e Rafael se sentaram na mesa com meus pais e fui procurar Aline para a tal conversa. A festa estava maravilhosa, em um espaço gigante. Todos os formandos tinham mesas nomeadas e um balde com garrafas e garrafas de bebidas para desfrutar.

Meu olhar cruzou o de Aline e fiz um sinal com a cabeça, me dirigindo à área de fumantes, onde estaria mais quieto e menos movimentado para uma conversa assim. Me sentei e puxei um cigarro. Aline se sentou ao meu lado. Eu nunca a tinha visto tão produzida assim, e ela estava maravilhosa.

— O que você quer conversas sobre nós? — Perguntei direto.

— Eu entendi o porquê você disse que não queria conversar aqui. Sua namorada vai achar o que disso, Luiz? — Me perguntou em um tom sério, quase me dando um esporro.

— Ela não é minha namorada, mas ela também foi a pessoa quem disse que poderia conversar sem problema.

— Você falou pra ela da mensagem? Quem é essa menina?

— Aline, justamente por não sermos um casal, significa que eu não te devo satisfação. Vai falar ou não?

— Não quero mais falar. Resolve tua vida com ela e depois você fala comigo. Mas só se quiser também. — Ela disse e começou a se levantar. A segurei pelo braço.

— Senta aqui. — Ela se sentou novamente. — Ela é do Rio. Conheci no cruzeiro. Estamos ficando, mas já conversamos sobre isso e não vai ter possibilidade de termos um relacionamento agora. Minha vida está resolvida. Só muitas pessoas me fazendo muitas promessas pro futuro, mas eu sei que são mentiras e palavras de conforto para amenizar uma situação. O que você queria falar? — Aline ficou calada um tempo me observando.

— Você está diferente.

— Como assim, Aline?

— Você está sendo grosseiro e parece que nem quer falar comigo.

— Sério mesmo? Você me manda um presente de Natal, passamos o ano novo juntos, e você me manda essa mensagem. Você sabe que eu sou ansioso e aí fica com esses joguinhos. Me fala logo.

— Eu queria te dizer que tenho certeza que quero voltar com você. Não é mais uma dúvida. Eu percebi que não dá pra ignorar tudo que a gente viveu, e ao contrário do que eu disse, não era tudo mentira ou faz de conta. Era real e você sabia. Você tentou me avisar, mas dei de ombros. Queria te dizer que estou pronta pra abandonar minha busca espiritual, se você ainda quiser ficar comigo. E te dar isso. — Ela colocou a mão na bolsa e pegou algo, esticando para mim. Abri a mão e ela colocou o controle. O famoso controle do vibrador. E então fechou meus dedos nele.

— Pra que você me deu isso?

— Você devolveu quando terminamos. Eu estou te dando de volta como sinal de boa fé. — Apertei o botão de ligar e comecei a ouvir o barulho do vibrador na cadeira, vendo Aline apertar a mão no joelho. Desliguei.

— Você não podia fazer isso hoje.

— Eu não sabia que você estaria acompanhado. Mas agora que sei que é uma questão de tempo, pode ficar com você.

— Você sabe que eu não posso ficar com isso, Aline.

— Disse, mas ela já tinha começado a levantar.

— Por que não? — Ela ficou em pé em minha frente.

— Porra, Aline. Se coloque no lugar da Luísa. Se eu to com você e uma ex namorada minha coloca um controle de um vibrador dela no meu bolso. Você ia fazer o que? — Ela fez uma cara pensativa.

— Ligar! E deixar ligado a noite toda. Porque ela iria ficar só na vontade e quem iria sentir o seu pau seria eu.

— Você não era egoísta assim. Quem está diferente é você. — Disse, devolvendo o controle.

— Não vou pegar.

— Então vou jogar fora.

— Se eu pegar de volta, não vou te dar esse controle nunca mais. — Ela disse séria, quase soando como uma ameaça.

— É teu, faz o que quiser. — Ela tomou o controle da minha mão e colocou novamente na bolsa. Ela começou a sair com cara de brava. — Semana que vem a gente conversa de novo.

— Vai se fuder, Luiz. — Ela disse entrando de volta pra festa, sem me dar tempo de responder.

Voltei para a festa e me juntei de volta a Luísa. Ela me perguntou como foi e apenas respondi “Inesperado”. Depois de um tempo a pista de dança abriu e Marina veio nos chamar para dançar. Ficamos um tempo na pista e então me aproximei de Marina, dançando com ela um segundo e me aproximei do seu ouvido e perguntei.

— O que aconteceu com a Aline?

— Como assim? — Ela perguntou de volta no ouvido devido a música alta.

— Ela tá estranha.

— Estranha como? — Contei a conversa para Marina e ela ficou abismada. — Mentira que ela fez isso!

— Tô falando, ela tá estranha. Você não sabe de nada não?

— Não. Tem uns meses que não nos falamos. Ela ficou com uns três caras, mas não falou muito deles. Vou perguntar pra ela amanhã, não vou estragar minha noite.

— Tem razão, Ma. Amanhã a gente fala disso.

E assim o fizemos. Curtimos a noite devidamente, com muita bebida e um buffet maravilhoso. No fim da noite, quando a festa começou a morrer, peguei Luísa pela mão e a chamei pra vir comigo. Saí da festa e chamei um taxi. A levei para a prainha, a mesma que havia encontrado com Manu, há alguns anos atrás. Novamente, estava tudo quieto. A paz, o silêncio, o mar escuro e a lua enorme. Luísa ficou maravilhada com a visão e a paz.

— Tava me perguntando que tipo de lugar seria mais interessante que a festa seguida da sua cama para transarmos, que você saiu com tanta pressa, mas você acertou em cheio. Esse lugar é lindo. — Achamos um cantinho em baixo de uma árvore, onde era mais escuro, e nos sentamos. Ela sentou entre minhas pernas, na minha frente, com a bunda encostada em meu quadril.

— Preciso te falar algo.

— Lá vem bomba. Fala. — Falei a história da conversa e do controle. Ela ouviu tudo sem se virar e ao final, apenas respondeu. — Fico feliz que me levou em consideração. Mas agora quero saber outra coisa.

— O que? — Perguntei e ela se virou pra mim.

— Essa história do controle te deixou excitado?

— Um pouco. Mas logo me coloquei de volta no momento.

— Se a gente transar hoje, você vai ficar lembrando dela?

— Não sei dizer, acho que não.

— Pelo menos você é sincero. Mas achar não é o suficiente. — Ela abriu as pernas e levantou o vestido um tanto, pegou minha mão e levou para sua calcinha, que estava evidentemente molhada e quente. — Se você me tocar assim, vai ficar pensando em como ela ficou molhada com o vibrador? — Comecei a massagear sua buceta por cima da calcinha.

A mãe de Luísa tinha razão em uma coisa. Tanto tempo juntos, ininterruptamente, me levou a conhecer o corpo de Luísa muito bem, eu sabia exatamente o que fazer pra tirar um gemido dela.

— Se você ficar falando dela sem parar, óbvio que vou lembrar. Esquece ela. Foca em nós. — Luísa se entregou, deitando o corpo em meu ombro e abrindo mais as pernas.

Puxei sua calcinha para o lado e revelei sua bucetinha depilada. Comecei a brincar com seu clitóris e enfiar o dedo alternadamente.

— Sabe o que eu estava pensando? — Ela perguntou com uma respiração pesada.

— O que? — Respondi puxando seu cabelo para o lado e beijando seu pescoço.

— Eu acho que quero viver uma loucura.

— Que tipo de loucura?

— Você viveu tanta coisa diferente, sexualmente falando. Fiquei pensando nas coisas que você me contou, durante a semana longe, e resolvi que quero tentar alguma coisa diferente.

— O que você tem em mente? — Perguntei beijando seu pescoço. Levei minha mão ao seu peito e enfiei dentro do decote, brincando com seu mamilo.

— Vamos transar dentro da água?

— Vamos.

Tirei minhas mãos dela e tirei o paletó. Ela puxou o cabelo para frente e me pediu para desfazer o vestido dela. O fiz e o vestido caiu para baixo, depois de soltar os ombros. Ela tirou a calcinha e o sutiã e correu para a água, enquanto eu ainda estava tirando algumas peças. Quando tirei tudo, fui andando para a água, onde ela me esperava. Ela me abraçou e encaixou seu quadril no meu, colocando suas pernas em minhas costas e encostando seu peito em mim. Me deu um beijo molhado e salgado e depois fez uma careta.

— Eca, nunca pensei que beijar você seria ruim. — Disse rindo.

— Isso porque você não fez nem um boquete de água do mar. — Respondi sorrindo.

— Ai, nem quero mais. — Disse rindo mais.

— Você não queria viver a experiência?

— Mas isso não é mandatário. Você já está de pau duro. Posso te excitar com a mão.

— Ou assim. — Me afastei um pouco e posicionei meu pau para sua buceta, conforme ela se aproximava, meu pau arrastava pelo seu clitóris e seus lábios. Ela soltou um gemido e me abraçou mais forte.

— Caralho, menino. Que susto.

— Já vou te avisar. A água do mar vai misturar com seu lubrificante vaginal e vai arder. Pode até te machucar. Ainda quer? — Ela balançou a cabeça que sim.

A posicionei direitinho e encostei meu pau em sua entrada. Ela me apertou, da mesma forma que sempre fazia quando transamos. Puxei seu quadril pela bunda, e comecei a penetrar sua buceta. Ela gemeu como um alívio e puxou meu cabelo para trás para me beijar. Segurei o corpo dela firme e fiz o melhor que pude para fazer os meus movimentos do quadril. O empuxo da água fez com que seu corpo ficasse leve o suficiente para segurá-la e me deixar segurá-la sem me preocupar tanto. Ficamos alguns minutos naquela penetração, a água salgada trazia uma sensação estranha ao meu pau, entrando em sua buceta quente e molhada e saindo para uma água fresca, mas gelada em comparação.

Luísa jogou seu quadril para o meu e os deixou colados, assumindo o controle e rebolando como quis. Seu gemido começou a ficar descontrolado e sua buceta apertou em volta de meu pau. Incrível como que, mesmo depois de todas as vezes que transamos, ela gozava com facilidade e sempre da mesma maneira. Quando sua buceta começou a afrouxar, ela começou a respirar mais fundo, com seu peito inflando, revelando seu mamilo durinho sobre a água, e depois sendo escondido novamente.

— Amor, quero tentar uma coisa nova. — Luísa disse, com sua testa encostada na minha.

— Amor? Essa é novidade. Por que amor?

— Porque você é o meu amor. Eu te amo. — Ela estava de olhos fechados, como um desabafo.

A resposta me pegou de surpresa. Como eu poderia falar que a amava de volta, se já estávamos certos que iríamos nos separar? Até que não seria um caso tão diferente do de Aline, apenas fulminante. Achei que o mínimo que devia a ela, seria abraçar essa relação pelos próximos sete dias, justamente por ela saber que no oitavo dia, eu estaria justamente com a menina que me levou a tal relação e partiu meu coração no passado.

— Eu também te amo, eu acho. — Respondi após alguns segundos pensando.

— Nossa, que demora. Achei que ia ficar no vácuo. Por que essa demora? Tá mentindo pra mim?

— Não. Você quer mesmo falar disso agora? — Ela balançou a cabeça que sim, sem se soltar do abraço. Meu pau já tinha murchado e saído de dentro dela. — A gente conversou, Luísa. Daqui a sete dias você vai embora e isso é o fim da nossa relação por hora. Como você espera que eu assuma meu sentimento entalado por você e deixe você partir e perder tudo que temos?

Eu tinha lágrimas nos olhos. Começar algo que eu já sabia que teria fim não era inédito em minha vida, mas ser tão breve e ter uma hora no relógio para acontecer, era. E era complicado lidar com essa mistura de sentimentos. Uma montanha russa que saia do topo, derrubava em uma descida e entrava no loop triplo que seria Aline. Eu estava confuso e procurava algo para me agarrar, mas minhas relações pareciam estar se desfazendo e não tinha um ponto firme para me segurar. Nem mesmo Marina, que já tinha anunciado que se mudaria muito em breve, em busca da própria vida com o irmão da menina cujo coração eu parti, no início da noite, e cujo coração seria destroçado em sete dias. Da menina que partiria para longe, sem uma perspectiva de retorno, mas que partiria sabendo que logo após a partida dela, eu estaria com minha ex namorada, tentando resgatar um relacionamento que não era o nosso.

— Então se muda pro Rio. Vai com a Marina. O Rafa contou que ela vai. É uma chance pra ficarmos juntos.

— Eu pensei nisso. Mas não posso abandonar minha faculdade e não teria dinheiro pra me bancar lá por muito tempo. Se eu trabalhar pra me bancar, não vou terminar a faculdade e não vou ter perspectiva financeira.

— Novamente a barreira da idade. — Ela disse desanimada.

— É.

— Pelo menos você é meu pelos próximos sete dias. É mais tempo que no navio. Vamos aproveitar enquanto podemos, ok? — Balancei a cabeça que sim, deixando uma lágrima escapar, mas acho que ela achou que era água da praia, pois nada fez.

— O que você queria tentar? — Perguntei, finalmente voltando ao momento.

— Quero tentar fazer anal. — Ela me olhava nos olhos, mas já começou a rebolar o quadril para me deixar duro novamente.

Já tínhamos tentado fazer sexo anal algumas vezes, mas ela sentia bastante dor. Toda vez que tentávamos, ficava mais perto de conseguir, mas não sei o que ela fez durante a semana, talvez fosse mais fácil.

Apertei sua bunda e levei o rosto ao seu pescoço, beijando e mordendo de leve. Ela gemeu em meu ouvido e meu pau começou a dar sinal de vida. Ela levou uma mão para baixo d’água e ficou pressionando meu pau contra seu clitóris quentinho. Quando estava duro novamente, ela levou até sua entrada e sentou em mim, ficando no controle e rebolando com meu pau dentro de si. Abri sua bunda e comecei a brincar com seu cuzinho. Ela gemia e rebolava, respirando profundamente. Quando meu pau estava em seu ápice, levantei seu corpo, tirando de dentro de sua buceta e a virei, deixando suas costas para mim e a segurei pelas pernas, abrindo-as e arrastei meu pau por sua bunda. Ela levou a mão novamente para dentro d’água e posicionou em sua entrada.

— Não vou conseguir ter controle assim. Pode meter, mas vai devagar, ok? — Ela pediu, pressionando a cabeça contra seu cuzinho.

— Ok.

Mudei a posição onde segurava suas pernas e comecei a pressionar meu pau em seu cu. Senti um estalo e seu corpo veio mais próximo ao meu repentinamente. A cabeça tinha entrado. Ela gemeu de dor, mas começou a tentar a trazer o corpo para mais perto. Comecei a tirar e colocar, sem nunca sair realmente de dentro, e ela gemia, levando suas mãos para minha cintura e segurando conforme eu ia cada vez mais adentro. Ela me apertou com a unha uma hora, mas já tinha entrado tudo. Pela primeira vez. Falei em seu ouvido que estava tudo dentro e ela gemia continuamente, uma mistura de dor e prazer e balançou a cabeça que sim, soltando a unha e colocando a mão sobre a minha. Coloquei uma mão segurando sua perna e levei a mão livre para sua buceta, começando a massagear seu clitóris e enfiar dois dedos dentro alternadamente. Ela gemia de prazer e começou a rebolar. Comecei o movimento para tirar e meter novamente em seu cu e ela abandonou o gemido de dor, se tornando apenas prazer.

Continuei metendo em seu cu e enfiando dedos em sua buceta por alguns minutos e ela começou a tremer e gemer, senti sua buceta apertando meus dedos e comecei a chupar sua orelha. Quando sua buceta afrouxou novamente, ela soltou a perna e tirou minha mão da outra, tirando meu pau de seu cu e se virando para mim.

— Vamos para a areia. — Estava escuro, apesar da grande lua nos iluminando, mas era evidente que ela estava vermelha de vergonha.

Caminhamos para a areia e ficamos próximos das roupas, sob a cobertura de uma Castanheira. Ficamos na parte molhada da areia, onde faria menos bagunça com areia grudando e ela se deitou de barriga para cima, abrindo as pernas e me chamando. Me ajoelhei na areia em sua frente e posicionei meu pau em sua buceta.

— Aí não, amor. Tá sujo. Vamos continuar no cu. — Ela pediu antes que eu pudesse meter.

Peguei suas pernas e levantei sua cintura, agora vendo seu cuzinho aberto pela recém penetração e avermelhado. Posicionei o pau com o suporte da mão e o retornei para seu cuzinho. Ela gemeu de prazer e levou suas mãos para meu peito, me arranhando. Retornei com os dedos para sua buceta e ela gemeu mais alto. Comecei a ficar preocupado dos moradores do bairro reclamarem do barulho, então comecei a meter mais rápido com o intuito de acabar logo. Luísa gemia e me pedia para gozar dentro de seu cu, anunciando que iria gozar também. Ela começou a misturar gemidos com suas palavras e percebi que não tinha mais tempo. Me concentrei para gozar, fechando os olhos, mas o que vei o em minha cabeça foi Aline e o vibrador. Gozei dentro de seu cu e ela gozou, apertando meus dedos dentro de si.

Quando o orgasmo dela cessou, meu pau escorregou para fora de seu cu, deixando espaço para escorrer a esperma de dentro ela. Ela massageou seu clitóris mais alguns segundos de tesão e então começou a tentar regular a respiração. Ela não tinha me visto fechar os olhos, pois ela também estava de olhos fechados. Não falei nada sobre, apesar de ter me sentido mal com a situação. Nunca antes me senti tão próximo de estar traindo alguém. Nem mesmo durante as aventuras com Karina, onde fiz um sexo com muita química com Manu, ou com Aline, quando transava com Daniela sem interrupção dela eu me senti da forma que estava me sentindo agora. Eu me senti traindo alguém com quem não tinha um relacionamento, transando a dois, quando não me senti traindo em um namoro duradouro transando a três ou quatro, sozinho com a parceira. Seria cômico se não fosse trágico.

Voltamos para a água parar tirar a areia e depois ficamos em pé, batendo papo até a água secar um pouco para colocarmos a roupa novamente. Tivemos de sair do bairro a pé, pois lá não roda táxi. Acabamos pegando o embalo e voltamos para casa a pé, deu coisa de meia hora, e como era quatro da manhã, as ruas estavam desertas. No meio do caminho, o pé dela começou a doer com o sapato e dei o meu para ela, ficando descalço, carregando seu sapato na mão. Meu sapato ficou enorme nela, mas o suficiente para conseguir andar com mais conforto, mesmo que ainda desconfortável.

No dia seguinte, Marina me chamou para conversar pela tarde.

— Falei com a Aline. — Ela me disse, enquanto Luísa e Rafael tiravam o sono da tarde.

— O que  ela disse?

— Ela tá com vergonha, ela sabe que abusou, mas ela estava frustrada pela expectativa, porque na cabeça dela vocês iriam ficar na festa e ficar juntos depois, e disse que tá com muito tesão acumulado. Acho que ver você acompanhado e em uma situação melhor que a dela mexeu com ela.

— Que situação melhor? Ficar divido entre as duas?

Tive uma conversa extensa com Marina sobre a situação, como me sentia estando com Luísa por tempo determinado e nunca tendo certeza de vê-la novamente, ao mesmo tempo que Aline estava ali, e que Luísa sabia da Aline. Também disse que pensei na Aline inevitavelmente durante o sexo com Luísa e Marina ficou espantada e sem saber o que dizer. A verdade era que eu não queria a opinião dela, só precisava desabafar com alguém. Não tinha o que ser dito.

Nos próximos dias, Rafael acabou voltando antes de Luísa, pois suas férias iriam acabar, e Marina foi junto, com sua mala, se mudando para casa do nosso irmão mais velho, buscando uma vida melhor, ao lado de Rafael. Eu mantive uma rotina quase certa com Luísa, até o último dia.

Nos despedimos com lágrimas nos olhos. Uma dor de perda me consumia. Parecia um término de um namoro longo, mas só a conhecia por três semanas. Dissemos um adeus, sem nunca saber se nos veríamos novamente.

Contrariando meus planos, não fui diretamente conversar com Aline. Na verdade esperei quase duas semanas. E ela não me procurou também. Quando a chamei no WhatsApp, a mensagem ficou azul, e dizia que ela estava online, mas ela demorou para responder. Mandei uma interrogação para confirmar e ficou automaticamente azul. Ela estava com a conversa aberta, mas me ignorando ou sem saber o que falar. Quando me respondeu, marcamos um encontro. Fomos ao cinema juntos e assistimos o filme de mãos dadas. A ignorei durante o filme, não a beijei e não dei corda a conversas, porque era um filme que eu realmente queria assistir. Após o filme fomos para a praça de alimentação do shopping.

— Vou falar primeiro. Desculpa ter sido uma escrota na formatura. — Aline se desculpou olhando para baixo. A conhecendo, ela realmente estava arrependida.

— É, foi. Mas mesmo sendo uma escrota, me lembrou dos tempos que estávamos juntos quando não devia.

— Transou com a menina pensando em mim? — Ela perguntou surpresa.

— Mais ou menos. Só no dia da formatura, em um momento específico. Não quero falar disso.

— Do que você quer falar?

— Nós. O que você quer?

— Quero voltar a namorar. Mas não agora. Estou certa de que vou abandonar meus planos e estilo de vida que nos levaram a terminar antes, mas só depois de formar. Mas como disse naquela época, podemos nos ver e transar de vez em quando. Eu estava te chamando para transar, porque eu estava subindo pelas paredes.

— Pelo menos dessa vez você foi sincera antes de eu entrar de cabeça nisso.

— Eu também fui sincera da última vez. — Resolvi ignorar e mudei de assunto.

— E por que você precisa estar subindo pelas paredes para me chamar para transar?

— Ai, Luiz. Ficamos um tempão sem nos falar. Achei que você ia achar ruim. Só tive certeza de que não acharia no réveillon.

— Não se engane, eu acho ruim. Você quer transar comigo e viver sua vida normalmente, como se nunca tivéssemos nada. Você ignora todas as circunstâncias em prol do que você quer no momento e não quer lidar com as consequências.

— Por que você tá complicando tanto? É só sexo. Eu achei que você não tinha problemas de transar com meninas por transar.

— De novo, você desconsiderando as circunstâncias. Eu transo com meninas que acabei de conhecer, como uma forma de conhecê-las e não desapegado de emoções, esquecendo todo um passado.

— Tá. E aí? O que você quer fazer?

— Quando você tiver pronta pra voltar por inteiro, sem perspectiva de terminar por besteira, a gente volta. Até lá, até podemos nos ver, trocar alguns beijos, mas não vai além disso.

— E eu faço o que com isso aqui? — Ela pegou a bolsa e tirou algo de dentro e jogou na mesa, na minha direção. O bendito controle novamente.

Peguei o controle e o liguei. Vi Aline fechar os olhos com um suspiro e cerrando os punhos sobre a mesa. Escutava vagamente o som das vibrações da cadeira. O desliguei e coloquei novamente à mesa, do meu lado.

— O que você espera conseguir com isso?

— Se não conseguir seu pau, pelo menos vou plantar a semente pro futuro. Também tem isso aqui. — Ela pegou o celular e fez algo. Meu celular vibrou.

Peguei e vi que era Aline me mandando uma foto. Ela de lingerie. Uma lingerie nova, roxa. Olhei de volta para ela e ela puxou a blusa para o lado um pouco, mostrando a alça roxa do sutiã. Dessa vez ela conseguiu causar a impressão que tanto queria, mas não quis dar esse gostinho a ela. Ela deu um sorrisinho, já entendendo que conseguiu pela minha cara e depois pegou outro celular novamente. Senti meu celular vibrando e peguei. Era um vídeo.

— Assiste em casa. Depois pode me ligar, porque eu sei que você não vai resistir a tentação.

— Você realmente tá com tanto tesão assim?

— Você não tem ideia.

— Você é linda, aposto que consegue dar pra qualquer um.

— Consigo, mas nada funcionou. Eu sinto falta do seu pau, do jeito que você faz. Não dá pra negar que tem muita química. Os últimos meses do nosso namoro foram o ápice da minha vida sexual. Eu quero isso de novo. E de novo. E de novo.

— Eu vou embora, quer carona? — Mudei de assunto. Ela sabia exatamente como falar para me deixar excitado.

— Sim.

No carro, toda vez que paramos em um sinal vermelho, ela tirava minha mão da marcha e levava para sua perna, cada vez mais próxima de sua virilha. Era possível sentir até o calor e a umidade da calça jeans. Sempre tirava a mão, mas Aline era insistente. A deixei em casa e meu celular vibrou novamente. Um segundo vídeo.

Aline realmente sabia o que fazer.

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