Setembro 1, 2022

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Relatos Inofensivos, Volume 10 - A Ã?ltima Aventura

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Depois do Réveillon na praia, o verão se encerrou com André anunciando que tinha terminado com Manu, sem muitos motivos. Ricardo também disse que ele e Vanessa terminaram não muito depois disso.

Vanessa veio nos contar que terminou com Ricardo porque ele vivia falando da Karina, que tinha tesão nela e admitiu enfim ter sentimentos. Eu e Karina resolvemos nos afastar de Ricardo por um tempo, para deixar ele esquecer. Apesar de que nós mesmos já estávamos afastados.

O terceiro ano foi um ano difícil. O ritmo de poder me encontrar com Karina diminuiu de três dias por semana para um, e às vezes não rolava. Ela ficou meses dizendo, aos prantos, que odiava ficar longe e que precisava de mim, e odiava ser tão jovem e precisarmos estudar tanto. Disse a ela que as coisas melhorariam com o tempo, embora também sentisse que nos afastamos. Nossa rotina mal permitia que nos víssemos, quem dirá ver amigos ou ter uma aventura.

Certo dia, recebi uma mensagem de Ana. Ela perguntou: “Como assim você transou com a Manu e a sua namorada ao mesmo tempo?”. Ri e expliquei o que realmente tinha acontecido. Eu esqueci dessa mensagem, e Karina veio passar a noite comigo. Quando recebi a mensagem, era noite e já tinhamos deitado para dormir. Ela mandou “queria eu ser sua namorada, depois me conta mais” e Karina conseguiu ler, levando a uma briga extensa, mais uma de várias que tivemos ao longo do ano. Ficar afastado fez o ciúme de Karina piorar muito. Tinham dias que eu dizia que precisaria estudar e ela aparecia na minha casa sem aviso, pra me vigiar enquanto estudava ou algo do tipo. Recomendei ela procurar um psicólogo e ela respondeu “você ta me chamando de doida?” e isso gerou mais uma discussão.

Fizemos um ano de namoro e comemoramos com um jantar, seguido de um sexo pendente a quase um mês. Próximo dos dias dos namorados, ela me manda uma mensagem: “Eu sei que era pra você organizar esse ano, mas eu meio que já organizei. Você acha que dá conta de transar com três?”. Respondi que sim e confirmamos nossa programação. Busquei Karina de carro e ela foi guiando para a casa da segunda menina. Tivemos uma discussão sobre “sem mais aventuras” no carro, e decidimos que seria a última vez, como uma saidera. A segunda menina que busquei foi Vanessa. E a terceira me fez andar muito, muito mesmo. Cheguei em frente a casa dela e olhei espantado para Karina, me perguntando se ela tava bem da cabeça. A terceira menina era Manu.

Quando ela entrou no carro eu fiquei olhando as três. Elas se olhavam e me olhavam de volta.

— Que merda é essa, Karina? As duas ex dos meus amigos?

— Eu já fazia parte da cama de vocês antes de namorar o Ricardo. E terminei porque ele tinha sentimentos pela Karina. — Vanessa respondeu.

— André terminou comigo porque ele queria uma namorada menos safada. — Manu admitiu.

— Esses amigos? Você ta me zoando, Luiz. — Karina respondeu alterada. — Se quiser pular fora fala agora que já estamos na casa da Manu e ela não perde o tempo dela. Mas se você ligar o carro e for pra estrada com todo mundo no carro, não quero ouvir nem um piu de reclamação.

Parei e pensei. Olhei todas e depois voltei a atenção pra Karina.

— E qual a expectativa de vocês? — Perguntei.

— Transar e gozar. — Disse Vanessa, repetindo o que ela já tinha dito uma vez.

— E qual o limite? — Perguntei para Karina.

— Sem limites. Faz o que você quiser. Tô tanto sem sentir seu pau que não me importo com nada, só quero gozar muito.

— E se não der certo? E os exames? — Perguntei pra Karina preocupado se conseguiria transar com as três.

— Foda-se os exames, Luiz. Se você não aguentar, fica de lado e a gente se satisfaz. Mas olha aqui. — Ela levantou a barra do vestido e vi que estava sem calcinha. Ela pegou minha mão e tocou em sua buceta, e senti que ela estava prestes a escorrer. — Isso só de pensar em você. Acho melhor você decidir logo ou vai sujar o banco.

Não era uma coisa que eu queria. Pensei mais um pouco e olhei para trás novamente. Manu e Vanessa estavam bem perto uma da outra, e ambas sorriram pra mim. Liguei o carro e comecei a fazer o caminho para o motel.

— Ufa, ainda bem! Pensei que não ia sentir seu pau hoje. — Vanessa disse no banco de trás.

— Verdade, também to ansiosa. — Manu completou.

Chegamos no motel e pegamos um quarto para a noite. Logo que entramos, Karina já tirou toda a roupa, e as meninas também. Fiquei sem reação, olhando as meninas que queriam transar comigo, entre elas minha namorada que planejou tudo. Tirei minhas roupas e meu pau estava meia bomba. Me aproximei de Karina e a puxei para um abraço, tocando meu pau em sua barriga e a beijando. Manu e Vanessa se aproximaram e comecei a revezar o beijo, enquanto Vanessa tocava meu pau. Enquanto voltei o beijo para Karina, Manu se ajoelhou em frente e começou a me chupar, com Karina fazendo carinho em sua cabeça e segurando seus cabelos. O boquete dela melhorou muito desde a última vez que ela realmente me fez um. A boca dela estava bem quentinha e ela gemia baixinho de tesão.

— É isso que eu tava sentindo falta todos esses anos. Esse pau enorme. — Ela desabafou, pausando o boquete momentaneamente.

Vanessa também se ajoelhou e começou a revezar meu pau com Manu. Karina me olhava com tesão. Afastei um pouco as meninas e fui em sua direção, a peguei no colo e a levei para cama, deitando seu corpo e me deitando em cima. Sem cerimônias, enfiei meu pau em sua buceta, segurando suas pernas para cima. Meti por alguns minutos, enquanto Manu e Vanessa subiram na cama. Vanessa sentou com o quadril na boca de Karina e Manu se enfiou em cima de Karina, com o quadril pro meu lado, esfregando sua buceta na minha barriga, depois de alguns manejos com as pernas de Karina. Manu beijava e estimulava o corpo de Karina, que tremia. Joguei o quadril de Karina para cima e enfiei meu pau lambuzado em seu cu, soltando suas pernas e deixando o corpo de Manu apoiá-la. Enfiei o punho de uma só vez em sua buceta e ela deu um pulinho de susto, mas aceitou e rebolava ajudando meus movimentos. Levei a outra mão para a bunda de Manu, a apertando. Ela empinou mais seu quadril e levei minha mão à sua buceta. Ela estava bem melada, bem diferente do molhado que Karina tinha. Enfiei dois dedos nela e ela gemeu, rebolando o quadril. Coloquei o pé de Karina em minha boca e não muito depois ela começou a gozar, pulando para cima, tirando meu punho de sua buceta e se masturbando violentamente. Os jatos dela molharam toda a barriga de Manu, e caiam de volta em Karina. Manu rebolou mais no meu dedo quando sentiu o calor de Karina em seu corpo. Puxei Karina de volta e retornei o punho para sua buceta, a fazendo gozar uma segunda vez não muito depois. Manu tirou meus dedos e trocou de lugar com Vanessa, sentando com a buceta na boca de Karina enquanto seus líquidos escorriam até seu rosto. Vanessa se ajeitou onde Manu estava e estimulava o peito de Karina, que com meu punho gozou uma terceira vez, molhando o corpo de Vanessa. Levei minha mão lambuzada com os líquidos de Karina até Vanessa e enfiei o punho todo em seu cu. Ela deu um grito gemendo e então relaxou, se empinando mais. Levei a outra mão para Karina e voltei meu punho para dentro de sua buceta.

“Ai, Luiz, que delícia” Vanessa diz ao receber o segundo jato de Karina. Tirei meu pau de Karina, que já tinha gozado quatro vezes em menos de dez minutos, arfando, mal conseguindo ter forças e tremia, e enfiei meu pau na buceta de Vanessa, puxando seu cabelo com a outra mão molhada com os líquidos de Karina, sem tirar o punho de seu cu. Continuei metendo nela e puxando seu quadril contra o meu, enquanto revezava com tapas em sua bunda. Meti alguns minutos ininterruptos e ela gozou, se jogando para frente, tirando meu punho e meu pau, enquanto tremia, deitada sobre o corpo de Karina. Manu desmontou do rosto de Karina e se deitou ao lado. Vanessa e Karina ficaram se beijando e esfregando seus clitóris. Fui para o lado de Manu e me encaixei entre suas pernas, a olhando nos olhos enquanto meti meu pau em sua buceta. A segurei pelas pernas e puxei contra mim. Ela estava bem quente e molhada, e quanto mais eu metia, mais eu via um creme branco se formar no meu pau, quase que filtrado pelos lábios de sua buceta.

Levei uma mão ao seu peito e apertei com força, puxando para meu quadril. Ainda não tinha me acostumado com o tanto que tinham crescido. Continuei metendo em sua buceta, e então me abaixei para beijar seu pescoço. Ela mordeu minha orelha e falou baixinho “Goza dentro de mim?”, eu respondi “Não vou gozar agora, se não gozaria, você é uma delícia”. Continuei metendo e ela continuava a gemer e se esticar para cima, até que sua respiração ficou inconsistente e seus gemidos descoordenados, ela tremia e se contorcia, estimulando seus mamilos. E então ela gozou. Tirei meu pau de dentro e cai para o lado. Karina veio se deitar em cima de mim e olhou as meninas no caminho.

— Você gozou dentro da Manu? — Ela me perguntou no caminho.

— Não. — Respondi e depois fui olhar o que ela tava falando. De dentro da Manu saia um creme branco, bem semelhante a esperma, mas bem mais branco. Escorria para fora como esperma.

— Isso fui eu, não ele. — Manu respondeu, ainda tremendo. — Eu sempre gozei assim. Vai sair mais um pouco ainda.

— Estranho. — Karina se abaixou para o quadril dela e chupou todo o creme e depois veio me beijar. O gosto era bem diferente, quase como colocar creme de cabelo na boca. Tinha uma consistência um tanto pegajosa, mas era um tanto saboroso.

— A noite acaba aqui? — Perguntei ingênuo. — Todas já gozaram.

— Não, acabamos de chegar, amor. — Karina respondeu.

— Já estamos duas horas aqui, Karina.

— Mentira. Já? — Todos rimos.

Pedi duas pizzas para acompanhar a noite, e fomos para a hidro. Karina sentou no meu lado e Manu sentou no outro, com Vanessa sentada em frente. Ficamos conversando e rindo por algum tempo, até a pizza chegar. Quem buscou foi Vanessa, deixando o entregador ver seu corpo nu e nos vendo ao fundo na banheira. Ela pegou a pizza e pagou, enquanto ele ficou desconcertado. Ela fechou a porta e trouxe a pizza para dentro.

— Acho que ele não gostou de mim, nem pediu meu telefone.

— Eu acho que qualquer um gostaria. Você é bem gostosa. — Manu respondeu.

— Brigada, miga, você também é bem gostosa. — Vanessa deu um selinho em Manu para agradecer.

Saimos da banheira e nos secamos, ficando na beira da piscina pra comer. Eu fiquei quieto a maior parte do tempo e as meninas conversavam entre si. Elas começaram a trocar elogios, como elogiar o peito da outra, o rosto. Eu me escorei na mesa e continuei comendo, só acompanhando a conversa. Elas riam sem parar e eu comecei a admirar seus corpos, lembrando de todos os momentos juntos com elas, todas as situações que passamos juntos. Todas as linhas de pensamento, chegavam ultimamente à Karina. Ela era o objetivo final. Não existia a possibilidade de não ser. Mas algo ainda estava faltando. Antes de eu começar a pensar sobre o que era, Karina me chama:

— Luiz? Vai me ignorar? — Levantei o olhar, confuso.

— Desculpa, não estava prestando atenção. O que perguntou?

— Quem você acha mais bonita das três? — Ela perguntou novamente.

— O que aconteceu com a regra de não comparar? — Perguntei enquanto pegava mais uma fatia.

— Vamos ignorar hoje. Mas não pode mentir pra agradar!

— Ok. Deixa eu pensar. — Fingi que tava pensando enquanto comia a fatia de pizza. Sabia onde isso ia dar. — Eu diria que a Vanessa.

— Eu falei! — Vanessa comemorou, rindo. Karina parece ter ficado um pouco indignada.

— Vanessa? Sério? E eu?

— Você também é linda, amor. A Manu também. Mas comparando beleza das três, apenas beleza, eu diria a Vanessa. — Disse terminando de comer a pizza. Ao acabar, voltei para a Hidro e todas entraram de volta.

— Quem é a mais gostosa? — Karina continuou o questionário.

— Corpo todo ou só peito? — Perguntei pra ganhar tempo pra pensar.

— Corpo todo.

— Tenho que olhar de novo. — As três se levantaram e deram uma voltinha enquanto a água da hidro escorria pelo corpo.

— A Manu.

— Yes! — Ela respondeu feliz com uma comemoração.

— E quem tem o peito mais bonito? — Karina continuou.

— Manu.

— E a bunda?

— Você.

— Finalmente, hein? Tava achando que ia precisar fazer greve já. — Todos rimos. — E quem tem a buceta mais bonita? Aproveita e já emenda o cu.

— Não sei, tenho que ver novamente. — As três se levantaram e se ajoelharam na borda da Hidro, com a bunda pro lado de dentro. Fui andando entre elas e, abrindo as bandas e tendo três visões espetaculares. Fiquei em dúvida entre Karina e Manu, mas tinha apenas uma resposta certa. — Karina ganha essa. — Elas voltaram para a água.

— Quem é a mais sexy? — Karina continua.

— Você.

— Quem tem o boquete melhor?

— Tenho que testar de novo. — Me levantei me sentando na borda, mostrando o pau que já estava duro.

Elas fizeram rapidamente uma regra que cada uma teria cinco minutos. Karina foi a primeira, depois Manu e então Vanessa. Não tinha uma dúvida, elas nem precisariam me chupar. Todas as três deram tudo de si e segurei seus cabelos com firmeza enquanto faziam.

— Karina ganhou.

— E quem tem a melhor sentada? — Vanessa perguntou dessa vez.

— Tem que provar novamente.

Me sai da piscina e elas novamente estipularam dez minutos para cada. Karina ficou por último, porque seria injusto ela ir primeiro por quão molhada ela ficava, iria atrapalhar o julgamento das outras. Vanessa foi a primeira. Ela se sentou, mais se agachando, e começou a quicar no meu pau. Ajudei a sustentar sua perna e ela ficou os dez minutos. Quando Manu disse “tempo”, ela continuou por alguns sem parar de quicar, e terminou se contorcendo, com uma respiração irregular e caindo no meu peito, tendo um orgasmo. Ela me deu um selinho e levantou. Manu se aproximou e me deu uma chupada, limpando meu pau dos poucos líquidos de Vanessa e depois se sentou, enfiando meu pau em sua buceta. Ela ficou mais em uma posição de quatro em cima de mim, com seus enormes peitos tocando os meus, indo para cima e para baixo. Agarrei seu peito e o levei à boca, mordendo seu mamilo e depois o chupando. Ela gemeu e continuou sentando. Karina se aproximou por trás e via o creme se formar em meu pau. Próximo do tempo acabar, Manu pediu “mete em mim” e eu comecei a forçar meu quadril, estocando meu pau. Ela gemia alto e começou a tremer. Apertei seu peito e mordi seu mamilo, e sua respiração ficou desregulada. Seu quadril começou a tremer e ela teve um orgasmo, caindo pro lado assim que Karina disse “tempo” e seu creme escorria de sua buceta. Dessa vez, quem a limpou foi Vanessa. Manu se aproximou com o cotovelo e me deu um beijo. Karina colocou meu pau em sua boca, passando a língua por todo o creme de Manu que ainda estava. Depois de limpar bem, ela se sentou com a buceta e comecei a sentir as lambidas. Karina era maravilhosa, e estar dentro de sua buceta era como mágica. Ela deu tudo de si, deixando meu pau invadir toda a sua buceta e gemia bem alto. Ao fim do tempo, ela estava prestes a ter um orgasmo, então continou, esticando o corpo para trás e estimulando seu clitóris com violência. Quando ela gozou, ela se jogou para cima, soltando os jatos em minha barriga e no meu pau. Ela despencou em meu peito me beijando no pescoço. Manu e Vanessa vieram ajudar, me limpando e limpando Karina em conjunto. Olhei em volta e todas estavam querendo saber quem era a ganhadora. Karina venceu mais uma.

A noite seguiu, com várias brincadeiras. Adivinhar quem estava chupando, adivinhar de quem era a mão que me masturbava, adivinhar em quem estava metendo… Várias brincadeiras de adivinhação e rankings sexuais, até que chegamos à adivinhação de quem acertava até onde minha gozada ia. Eu estava em pé, e as três estavam ajoelhadas de bocas abertas, posicionadas onde achavam que iria. Quem tivesse mais esperma na boca no fim, ganharia. Fiquei de olho fechado, então não sabia a ordem. Apenas me concentrei no momento final e gozei. Abri os olhos enquanto gozava e vi as três se deliciando e levando a porra do rosto para a boca. Pegamos a caixa de pizza e as três cuspiram a porra na caixa. Vencedora foi Manu.

Nos deitamos e conversamos até o fim da noite, até pegar no sono. Eu tinha Manu deitada em um braço, Karina no outro e Vanessa deitada no meu peito, quase em cima de mim, entre eu e Manu.

Os meses seguintes se passaram mais rápidos que os seis primeiros do ano, com ainda menos oportunidades de me encontrar com Karina, já que o vestibular estava chegando. Em Setembro recebi uma mensagem no Ask.fm de que a Karina estava me traindo. Ignorei, porque esse tipo de mensagem chegava direto. Até que em Novembro a chamei para ir lá em casa. Meus pais tinham viajado, então apenas eu estava em casa. Karina chegou depois da aula, e eu tinha duas taças de vinho e a garrafa que ela me deu de aniversário.

Abri a garrafa e nos servi.

— Qual a ocasião especial? Você não vai me pedir em casamento assim, né? — Ela perguntou. Falavamos muito sobre casar, sobre filhos, e eu sempre confirmei que ela seria a mulher com quem me casaria.

— Você lembra da Erótica? Do dia que nos conhecemos? Você fez todo um mistério sobre quem você era, e tudo para ver se eu valia a pena investir seu tempo. — Falei enquanto bebia o vinho.

— Sim, eu lembro. Na semana seguinte, fiz mais mistérios com o “segredo, te conto na semana que vem”, lembra disso? — Ela respondeu rindo e ri junto.

— Nossa, você não sabia como isso me dava raiva, todo esse mistério e todos os joguinhos.

— E você, que assumiu que eu ia aceitar namorar com você sem pedir?

— Mas você queria.

— Mas não custa perguntar, né?

— Pois é, perguntei depois. — Dei uma pausa para beber e nos servi mais. — Nossa, já fazem um ano e…

— Um ano e meio, quase 7 meses.

— Muito tempo né.

— Sim. E você lembra o CD que fez pra mim?

— Lembro. Foram minhas músicas favoritas por muito tempo.

— As minhas também. Volta e meia eu escuto de novo.

— Eu também. — Nos servi de novo. — Sabe, passamos por tanta coisa, todas as suas crises de ansiedade por causa da escola, todas as suas crises de pânico, seu ciúme, todas as nossas aventuras, todos os perrengues… E eu não consigo entender você. Parece que nem te conheço.

— Você tá bêbado, Luiz? — Ela deu uma risadinha. — De que que você ta falando?

Mostrei meu celular a ela. Era a foto de um cara. A expressão dela murchou de imediato.

— Quem é esse cara?

— Não conheço. Quem é? — Ela pegou o celular para ver e depois colocou na mesa. Eu acendi um cigarro. — Vai fumar dentro de casa? Seus pais vão brigar com você. — Ela disse mansa, mudando de assunto.

— Você não precisa se preocupar com isso. — Peguei o celular e arrastei para o lado, para uma outra foto, joguei na mesa na frente dela. Ela pegou e olhou. Era uma foto da balada alternativa que frequentávamos. — Essa festa foi legal?

— Foi o dia que eu fui com a Vanessa. Eu falei com você que ia e você não foi porque tinha prova no sábado, lembra?

— Lembro bem. Olhei o perfil da produtora e vi várias fotos da Vanessa. Fiquei me perguntando onde você estava, que não estava nas fotos.

— O que você ta querendo dizer, Luiz?

— PARA DE JOGUINHOS, PORRA! PARA DE MENTIR PRA MIM! — Falei dando um tapa bem forte na mesa que quase derrubou a garrafa de vinho. Karina se encolheu em susto e ficou calada, com lágrimas nos olhos. Coloquei novamente a foto da produtora, da multidão e passei pra ela. — Sabe onde que eu fui te achar? Bem aqui. — Aproximei a foto em um dos cantos da balada, onde Karina beijava o rapaz da primeira foto.

— Essa nem sou eu, eu fui com outra roupa.

— Como que você tem coragem de continuar mentindo? — Apontei pro ombro dela na foto. — Você deve achar que eu sou retardado. Você se esquece que eu conheço cada centímetro do seu corpo. Olha essa porra, Karina!

A parte que eu apontei tinha a cicatriz do ombro dela, uma lembrança do Réveillon, quando ela machucou o ombro na concha. Ela começou a chorar, mas sem soluçar ou sem drama. Apenas chorava e chorava. Seu rosto ficou vermelho de vergonha.

— Vai parar de mentir pra mim, agora? — Ela balançou a cabeça que sim. Dei mais uma fumada e bebi mais do vinho, nos servindo mais. — Por que? Quanto tempo você me trai?

— Não tem muito tempo. — Ela disse virando o rosto.

— Quanto tempo? — Respondi seco e grosso.

— Desde setembro.

— Desde? Você continua traindo?

— Você nunca está disponível, eu tenho necessidades também!

— Você não tem porra nenhuma, Karina. Você jogou fora tudo que a gente tinha. E porque?

— Porque ele era um cara legal e me lembrava estar com você.

— Ai você decidiu beijar um cara na festa e achar que tava curtindo comigo? Pensando bem, você estava curtindo é com a minha cara de trouxa. Você transa com ele? — Ela balançou a cabeça que sim, olhando para baixo. — Vai falar que é porque o pau dele parecia o meu também? — Ela levantou o rosto para me olhar. — Não tem volta, Karina. Você fez a única coisa que você sabia que era imperdoável para mim.

— Você acha que eu não tenho direito de falar isso pra você sobre a Manu? Se ela quisesse, você me trairia com ela. E essa tal de Ana? E a Helena? Todas elas. Se elas quisessem, você ia me trair também. Eu vi como você e a Manu se olhavam no dia dos namorados.

— Você está errada. Porque todas essas meninas faltam o que me faz de gostar de você tanto.

— Uma buceta quente e molhada?

— Não, isso posso encontrar em qualquer piranha. Você tinha minha confiança. E você confiava em mim. Você era a garota com quem eu iria me casar, com quem ia ter filhos, com quem ia passar o resto da vida. E você jogou tudo fora. Mas você não está totalmente errada, sabia? Porque agora eu vou ter chance de correr atrás das meninas que me passam mais confiança que você. Espero que sua escolha valha a pena no futuro, porque nunca vamos voltar. Você pode ir embora agora.

Me levantei indo até a porta e a abrindo. Karina saiu apressada, chorando bastante. Bati a porta atrás dela e voltei para a minha vida, não que tivesse muita coisa sobrando. Terminei a garrafa de vinho e passei a noite apagando todas as memórias que tinha no computador.

Assim, meu relacionamento com Karina se encerrou, e comecei a pior fase da minha vida.

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