Eles se trocavam sem cerimônia, como se nada fosse, mas ambos percebiam os olhos que, vez ou outra, se demoravam demais. Certa vez, Ela experimentava um vestido novo quando notou Ele observando-a pelo reflexo do espelho. Em outra noite, ele acordou e a viu dormindo, a respiração suave e os lençóis ligeiramente afastados, revelando a curva sutil de sua perna. Pequenos momentos que, aos poucos, foram moldando uma tensão que nenhum dos dois ousava nomear.

Com o tempo, começaram a explorar a si mesmos, cada um em sua cama, cientes de que o outro fazia o mesmo. O silêncio da noite era preenchido por respirações mais pesadas, pelo ranger do colchão, por uma cumplicidade muda que nunca chegava a ser discutida. Tudo parecia um jogo, uma linha tênue entre o permitido e o proibido.

Agora, anos depois, já adultos, estavam ali, sozinhos na casa de praia que tantas vezes dividiram com os amigos. Era para ser apenas um final de semana tranquilo, sem compromissos, sem pressa. Passaram o dia entre a areia e o mar, rindo, provocando um ao outro com lembranças de tempos passados. A bebida deixou tudo mais leve, e as histórias antigas foram ganhando novas cores, novos significados.

O vento quente da praia soprava suavemente, misturando o cheiro do mar com o aroma amadeirado do carvão aceso na churrasqueira. A noite caía devagar, tingindo o céu com tons alaranjados e roxos. Depois de um dia inteiro sob o sol, bebendo e relembrando histórias da infância, Eles estavam sozinhos naquela casa de veraneio.

Ela seguiu para o chuveiro externo nos fundos da casa, deixando para trás pegadas na areia que cobria o piso frio. O biquíni colava em sua pele salgada, e a água morna que escorria por seu corpo trouxe um suspiro involuntário de alívio. Ele, que preparava a carne na churrasqueira, ergueu os olhos ao ouvir o barulho da água e se deparou com a silhueta dela sob a luz fraca do quintal. Ele ficou imóvel por alguns segundos, observando cada curva que brilhava sob o chuveiro.

Ela percebeu o olhar dele, e mesmo sentindo o calor subir pelo rosto, não desviou. Era um jogo antigo, algo que sempre esteve ali, à espreita. Ela mordeu o lábio de leve e virou de costas, deixando que ele admirasse sem pressa. O biquíni escorria água pelo corpo dela, cada gota desenhando caminhos sobre sua pele macia.

“Faz tempo que não te vejo sem roupa”, Ele soltou, num tom que parecia brincadeira, mas carregava outra intenção. Ele se aproximou devagar, como quem testava limites. Ela não respondeu de imediato. Sentia o coração acelerar, sentia o próprio corpo reagindo ao peso daquele olhar.

Sem dizer nada, ela puxou a cordinha da parte de cima do biquíni, deixando-o deslizar pelo corpo e cair no chão molhado. Os seios ficaram expostos ao ar fresco da noite, os mamilos enrijecidos pelo contraste da temperatura. Ela virou-se de frente para ele, desafiadora, esperando para ver o que ele faria.

Ele chegou mais perto, tocando suavemente a pele molhada do ombro dela, deslizando os dedos pelo braço até alcançar a cintura. “Deixa eu te ajudar com esse banho”, murmurou contra o pescoço dela, sentindo a pele arrepiada sob seu toque.

A água quente continuava a cair, enquanto os corpos se aproximavam cada vez mais. Ela fechou os olhos, sentindo os dedos dele deslizarem pelas suas costas, descendo devagar, descobrindo-a como se nunca tivessem estado tão próximos antes.

Mas aquele momento ali, sob o chuveiro, era apenas o começo. Depois de tirar complemente o biquine dela, tocar seus peitos, sua boceta eles foram para dentro da casa.

Mal chegaram ao quarto e, sem nenhum pudor, a coisa aconteceu. Pare que queriam a muito tempo que aquilo rola-se.