Abril 13, 2025

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A Vingaça da Loira do Bar

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Era sexta-feira. Aquela típica noite em que o mundo lá fora parece estar dançando, mas por dentro você só quer silêncio e álcool. Entrei no bar sem muitas pretensões, só o desejo de afogar a semana em algo forte o suficiente pra arder.

E foi quando a vi.

Ela estava sozinha numa mesa de canto, iluminada por uma lâmpada amarelada que parecia ter sido colocada ali só pra realçar cada detalhe do que ela era. Loira. Cabelos lisos caindo pelos ombros com a displicência de quem sabe o efeito que causa. Devia ter uns 32 anos. O corpo, esculpido — coxas fortes, torneadas com precisão de academia, cintura fina, seios pequenos sob um top provocante e uma saia curta demais pra ser discreta. Os olhos eram grandes, atentos, como quem já viu muita coisa e ainda assim se diverte. Nariz arrebitado. Boca carnuda que, naquele momento, sorria direto pra mim.

Eu fiquei encarando. Ela não desviou. Apenas arqueou uma sobrancelha e levantou o copo, como se dissesse “vem”.

Cheguei na mesa e ela foi direta, sem cerimônias:

— Vai ficar me comendo com os olhos ou vai sentar logo? Eu canso rápido de turista perdido.

Sentei. Meio sem saber se tinha ganhado ou perdido algo. Ela era afiada. Cada frase parecia uma provocação ensaiada.

— Você é sempre assim direta? — perguntei, tentando manter o controle.

— Só quando me interessa. E você… ainda estou decidindo.

Conversamos como dois pistoleiros num duelo sem armas — ela testava meus limites com frases ácidas, e eu tentava decifrar se por trás daquele sarcasmo havia mágoa ou puro sadismo. Talvez os dois.

No terceiro drinque, ela largou com a naturalidade de quem não espera ser julgada:

— Sou casada.

Arqueei a sobrancelha.

— Isso é pra me afastar ou pra me deixar mais curioso?

Ela riu de canto, sem humor.

— Pra te deixar avisado. Meu marido me traiu. Com a colega de trabalho. A mais feia da empresa, inclusive. Hoje… eu tô me permitindo ser má.

Foi aí que tudo ficou mais interessante.

Mais alguns goles. Mais alguns sorrisos que não eram exatamente afeto. E então ela disse:

— Vem comigo.

O caminho até o apartamento foi silencioso, denso. Como se estivéssemos carregando uma tensão que já não era mais só sexual. No elevador, ela se encostou no espelho e me olhou por reflexo:

— Ainda dá tempo de desistir.

— Você quer que eu desista?

Ela não respondeu. Só apertou o botão do andar com força suficiente pra dizer que não.

O apartamento era elegante, moderno, limpo demais. Não havia nenhum traço dela ali. Parecia um palco montado pra esconder tudo o que realmente era.

Me serviu vinho, e a conversa ficou mais pausada. Ela me contou mais sobre o marido — traição, decepção, mas falava como quem já superou e agora manipulava os restos da própria dor como brinquedo.

— Ele ainda mora aqui? — perguntei, curioso demais pra ficar calado.

— Mora? — ela riu alto. — Vamos dizer que… ele ainda está por aqui.

Fiquei em silêncio. Tinha algo nos olhos dela. Um brilho perverso, divertido.

Minutos depois, ela me pegou pela mão e disse:

— Quero te mostrar uma coisa.

Me guiou até o fim do corredor e abriu a porta do quarto.

E então eu vi.

Ajoelhado no canto, completamente nu, estava ele. Um homem robusto, ombros largos, braços pesados, mas com uma barriga grande que denunciava os anos de conforto e descuido. Estava vendado, amordaçado e usava uma máscara de látex brilhante. Os braços estavam algemados para trás, presos a uma corrente chumbada na parede que o forçava a manter-se naquela posição humilhante. A respiração dele era tensa, pesada.

Mas o que realmente me travou foi o que havia entre as pernas dele: um cinto de castidade de metal. Brilhante, apertado. As bolas estavam inchadas, pendendo pesadas como dois lembretes pulsantes de frustração.

Ela se aproximou de mim, encostando o corpo no meu, e sussurrou:

— Esse é o Marcos. Meu ex-marido. Ele mentiu, me traiu, me ridicularizou. Agora… ele ouve. Ele assiste. Ele aprende.

Eu deveria ter recuado. Ter saído dali. Mas em vez disso, um calor subiu pelo meu corpo, estranho, visceral. Uma excitação sombria, crua, que eu não sabia que existia em mim. E ela percebeu.

Ela se afastou dois passos, me olhando nos olhos como quem conduz um jogo com a certeza da vitória.

— Então, amor… vamos dar ao Marcos o show que ele merece?

Ela não esperou resposta. Apenas se virou de costas, caminhou até a cama e, de costas pra mim, começou a tirar o top devagar. Era como assistir uma cena pensada milimetricamente, como se cada movimento tivesse sido ensaiado diante de um espelho.

O top caiu, revelando as costas lisas, a pele dourada sob a luz suave do abajur. Ela se virou de lado — os seios pequenos, firmes, orgulhosos de estarem à mostra. Não havia vergonha nela. Nem pressa. Só controle.

Pegou o top caído com dois dedos e se aproximou do homem ajoelhado. Marcos.

Ele nem se mexeu. Talvez não pudesse. Talvez não ousasse.

Ela se agachou diante dele, passando o pano do top por entre os dedos como quem brinca com uma cobra domesticada. E então, sem aviso, esfregou lentamente o tecido no rosto dele, acariciando como um insulto silencioso.

— Lembra disso, querido? — disse com um tom quase doce, carregado de veneno. — Era seu favorito, não era? Você adorava quando eu usava esse top… antes de enfiar seu pau em outra.

Ela puxou o tecido, estalando levemente contra o rosto dele, depois se levantou, o olhar ainda cravado nele — mesmo vendado, ela o encarava com a alma.

Marcos estremeceu. E não sei se era de vergonha, raiva ou desejo. Talvez tudo junto.

Ela virou pra mim, os olhos brilhando, os seios à mostra como troféus de guerra.

— E você? Vai só assistir? — perguntou, deslizando uma mão pela própria barriga até a cintura.

Não respondi. Apenas tirei a camisa, sentindo a respiração acelerar. A dela. A minha. A dele.

Ela se virou de volta para Marcos e, num gesto inesperado, deu um tapa estalado no rosto dele. Não com raiva. Mas com precisão. Como se marcasse território.

— Isso é pra você ouvir. Sentir. Memorizar.

Outro tapa, na outra face, com o mesmo ritmo. E depois, passou os dedos pela barba mal feita dele, segurou seu queixo e o ergueu com força.

— Você ainda é meu. Mesmo assim. E hoje, vai aprender a ser espectador. Nada mais.

Ela olhou por cima do ombro e me chamou com um gesto, como se puxasse um fio invisível amarrado ao meu desejo.

— Vem. Me mostra o que um homem de verdade faz quando tem liberdade.

Marcos permaneceu imóvel. Vendado. Algemado. Nu. Submisso.

E eu… eu fui.

Ela se deitou de costas na cama, me puxando pela mão com uma força mansa, que não deixava espaço pra hesitação. Seus olhos estavam cheios de fogo — e de algo mais: prazer em ser assistida. Em ser desejada por um, enquanto outro ardia na impotência.

Eu subi por cima dela devagar, sentindo a pele quente, viva, os pelos do braço dela eriçados. Seu corpo reagia ao toque como se estivesse esperando aquilo há muito tempo, mas sua mente… ela ainda estava focada nele.

Marcos.

O som do metal das correntes se movendo denunciava a agitação que crescia nele. As respirações curtas, desesperadas, tentando entender o que estava acontecendo só com o que ouvia e cheirava. O ar estava carregado de sexo.

E então ela gemeu.

Baixo, rouco, no meu ouvido, enquanto eu a beijava no pescoço e descia pelas curvas do seu corpo. E naquele instante, senti algo mudar no ambiente. O som do metal ficou mais constante — ele se debatia levemente, o corpo trêmulo. E eu olhei.

Mesmo preso, mesmo sem poder ver, mesmo amordaçado… o corpo dele reagia. No meio do cinto de castidade, a pele estava úmida. Pequenos filetes de fluido escapavam pelas bordas do anel apertado, como se o próprio corpo dele estivesse implorando para gozar junto — mas sem permissão, sem acesso, sem controle.

Ela percebeu também. Virou o rosto lentamente, encarando-o com aquele sorriso de mulher que sabe exatamente o que está fazendo.

— Ah, você sentiu isso, né? — sussurrou, com escárnio. — Cada gemido meu é uma agulha no seu ego, não é?

Seus olhos voltaram pra mim.

— Gosta de saber que tem alguém assistindo? — perguntou, arranhando meu peito com as unhas. — Que tem alguém morrendo por dentro enquanto você me toca?

Ela gemeu de novo, mais alto, com os quadris se arqueando sob os meus. Eu não sabia mais se estava guiando aquilo ou se era só mais uma peça no jogo dela — e sinceramente, não importava.

O som do metal ficou mais frenético. Ele gemia abafado atrás da mordaça. Estava tremendo. E o cinto… agora havia uma mancha nítida descendo pelas bolas, que pareciam ainda mais inchadas, como se o corpo dele quisesse ejacular à força, sem ereção, sem liberdade, só com o que conseguia escapar entre as brechas da prisão metálica.

Ela riu. Uma risada baixa, cruel, deliciosamente vingativa.

— Isso, amor… ouve. Sente. Chora por dentro.

Virou o rosto pra mim de novo, puxou meu cabelo com força e me beijou, com a boca molhada, faminta, como se quisesse me marcar por dentro.

Ali, naquele quarto abafado, entre gemidos e grilhões, entre desejo e desespero, ela não estava apenas transando.

Ela estava vingando cada silêncio, cada mentira, cada olhar que um dia a fez sentir menos.

E Marcos… Marcos estava pagando.

Com o que restava do orgulho.

Com a própria vontade.

Ela montou em mim com a confiança de quem já conhecia meu corpo antes mesmo de tocá-lo por completo. Seus quadris se moviam com firmeza, mas o olhar… o olhar estava cravado em Marcos.

A cada investida, ela gemia com mais intensidade. Não era só prazer — era crueldade. Era um aviso. Era uma punição viva, crua, escorrendo pelas paredes daquele quarto abafado.

Eu olhava pra ela, absorto, mas também captava cada som vindo daquele canto sombrio. As correntes estremeciam. Marcos se remexia, tentando escapar do inevitável: ele estava à beira do colapso.

E então ela gritou.

Um grito profundo, carregado, mais performático do que natural, como se cada sílaba daquele gemido fosse moldada pra atingir o homem ajoelhado diante dela. E funcionou. Ele se contorceu como se o som aveludado da voz dela fosse um chicote invisível.

Olhei direto pra ele. O cinto de castidade reluzia sob a luz fraca. E ali, bem diante dos meus olhos, o inevitável aconteceu: uma descarga fina, involuntária, de fluido escapou pelas frestas do metal. Não era gozo. Era desespero líquido. Um protesto físico. Um alívio forçado e inútil.

Ela percebeu. Sempre percebe.

Desceu do meu colo com um movimento lento, felino, caminhou até ele nua, coberta apenas pelo próprio suor e orgulho. Se agachou mais uma vez diante do ex-marido.

— Você gozou. — sussurrou, quase em choque fingido. — Isso? Isso foi o máximo que você conseguiu?

Marcos gemeu atrás da mordaça, desesperado, tremendo.

Ela deu um tapa seco no rosto dele, não com raiva, mas com nojo.

— Nem pra sofrer você serve direito.

Depois, puxou a cabeça dele com força, forçando o rosto pra cima. Beijou sua testa com ironia.

— Obrigada por assistir.

Voltou pra mim. Subiu na cama sem dizer uma palavra e deitou com a cabeça no meu peito. Sua respiração estava lenta agora, satisfeita. Mas seus olhos continuavam abertos. Brilhando. Vivos. Dominando.

Ficamos em silêncio por alguns minutos. O único som era o leve rangido das correntes e o choro abafado de Marcos. O mundo tinha parado ali — entre dor, prazer e o gosto amargo da verdade.

Ela me olhou de novo.

— Você aguenta mais uma rodada? Ou vai chorar junto com ele?

Sorri, ofegante, ainda tentando entender que tipo de mulher era aquela.

E sem dizer nada… me levantei.

Eu não respondi com palavras. Apenas fui. Meu corpo ainda quente, ainda em choque, mas querendo mais — dela, da intensidade, daquela loucura orquestrada com precisão cirúrgica.

Ela me recebeu de volta como se tudo aquilo já estivesse escrito. Como se soubesse exatamente como terminar a história que havia começado antes mesmo de me conhecer.

E foi diferente. Não havia mais pressa, nem explosão. Era mais fundo. Mais escuro.

Ela me cavalgava devagar, quase em silêncio, mas os olhos estavam fixos no canto do quarto — onde Marcos agora tremia, curvado, vencido. O cheiro de sexo e humilhação se misturava no ar. Era denso. Quase sólido.

Eu gozei nela sem freios, sem culpa, sem pudor. Foi como atravessar uma porta e deixá-la trancada atrás de mim. Não havia mais volta. Ela me puxou junto pra dentro do próprio inferno, e por alguma razão… eu gostei.

Quando terminamos, ela se deitou ao meu lado. Ficamos ali, os três mergulhados no que tínhamos acabado de construir — uma mulher vingada, um homem quebrado, e eu… uma testemunha transformada.

Ela suspirou e se virou de lado, apoiando a cabeça na mão, me olhando.

— Você acha que eu exagerei?

Sorri de canto.

— Acho que você foi precisa.

Ela assentiu com um pequeno sorriso. Como se essa resposta dissesse tudo o que ela precisava ouvir.

Levantou da cama nua, caminhou até Marcos, que ainda soluçava baixinho atrás da mordaça. Se agachou mais uma vez, sussurrou algo que eu não consegui ouvir — mas vi. Vi o rosto dele se contorcer. Talvez fosse medo. Talvez gratidão doentia. Vai saber.

Soltou as algemas devagar. Não com pressa, não com carinho — apenas como quem finaliza um ritual.

Ele caiu de lado, cansado, derrotado.

Ela voltou pro quarto, agora vestindo apenas uma camisola fina. Se sentou na beira da cama e me olhou.

— Pode ir, se quiser. Não espero que entenda… tudo isso.

Me levantei devagar, vesti a calça e fui até ela. Peguei o rosto dela com uma mão e a beijei. Um beijo calmo, respeitoso. Pela primeira vez, sem desejo — só compreensão.

— Você é mais livre do que imagina. E mais presa do que merece. — falei, com sinceridade.

Ela sorriu. Mas os olhos… os olhos disseram “eu sei”.

Saí do quarto sem olhar pra trás. No corredor, ouvi as correntes se arrastando de novo, como se a história estivesse recomeçando logo após o fim.

E naquela noite, ao sair daquele apartamento, eu não era mais o mesmo homem que entrou.

Nem ela.

Nem ele.

Mas talvez fosse esse o plano desde o começo.

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