Conheci o Cláudio num grupo de negócios. Cinquenta e poucos anos, boa grana, casado, tradicional. A gente se deu bem logo de cara, e comecei a frequentar a casa dele.

Foi quando conheci Bianca.

Filha única, 21 anos. Estudante de moda, pele morena clara, olhos intensos, jeito debochado, e um andar que já dizia tudo. Era o tipo de garota que sabia do poder que tinha.

Na primeira vez que me viu, ela sorriu e perguntou: — “Você é mais amigo do meu pai ou veio pra fazer a mãe dele sentir ciúmes?”

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Ri. Mas já percebi que ela gostava de provocar. E eu… gosto de caçar.

Comecei a jogar de leve. Olhares demorados. Toques sutis. Comentários com duplo sentido. E ela respondia. O clima entre nós virava uma corda esticada, prestes a arrebentar.

Até que uma noite, Cláudio bebeu demais e apagou no sofá. Eu ia embora, mas Bianca me chamou na cozinha. Estava só de camiseta. Sem sutiã.

Chegou perto e sussurrou:

— “Acho que você me quer mais do que ele te respeita.”

E me beijou. Intenso. Faminto.

Mas eu parei. Peguei no pescoço dela, firme, e disse:

— “Quando eu te tocar, não vai ser na cozinha. Vai ser como você merece. E talvez… na frente dele.”

Os olhos dela brilharam. Submissa antes mesmo de ser minha.