Me descobrindo bi! Conto Baseado Em Minha História Real, parte 2
Os dedos dela ainda estavam ali, brincando com a minha pele, e cada toque era como um fio elétrico acendendo em mim. Nunca imaginei que outra mulher pudesse me tocar assim — com firmeza, mas também com uma ternura que eu nunca tinha sentido antes.
Ela deslizou o dedo devagar, pra cima, pra baixo, como se estivesse aprendendo meu corpo. Ou talvez ela já soubesse, e era eu que estava aprendendo agora o que gostava. Meus olhos fecharam sem que eu percebesse. A respiração ficou presa entre os lábios. Tudo em mim estava pulsando.
Ela se inclinou e encostou a boca no meu ouvido.
— Relaxa… deixa eu cuidar de você — sussurrou.
Eu só consegui balançar a cabeça, deixando escapar um “tá” quase inaudível.
Com a mão livre, ela abriu mais meu vestido e me deixou completamente exposta. Era como se ela soubesse exatamente onde tocar, em que ritmo, como fazer com que eu sentisse. O calor entre as minhas pernas agora era desejo líquido, escorrendo, vivo. E ela percebeu.
Desceu os dedos com mais firmeza e me penetrou. Senti o corpo reagir no mesmo instante — uma pontada quente, seguida de um prazer profundo que me fez soltar um gemido. Eu tremi. Ela me olhou nos olhos, com um sorriso calmo, seguro.
— Tá tudo bem? — perguntou, os dedos ainda dentro de mim.
— Tá… tá muito bom — respondi, com a voz falhada de quem já não sabia mais onde estava.
Ela começou a se mover. Devagar. Ritmado. O som dos nossos corpos misturados ao meu respirar acelerado. Eu mordi os lábios, tentei segurar o que estava vindo, mas era impossível. Cada movimento dela me levava mais fundo em algo novo — algo que era mais do que físico. Era libertador.
Ficamos ali por minutos que pareceram horas. O mundo sumiu. Só existia o toque, o calor, o meu corpo se abrindo para algo que eu tinha negado por tanto tempo.
Quando ela parou, foi de repente. Retirou os dedos, me deu um beijo no ombro e se deitou ao meu lado, em silêncio.
— Por que você parou? — perguntei, ainda arfando.
— Porque eu quero que você descubra o resto comigo… aos poucos — ela disse, olhando pra mim com uma leveza que me desmontou por dentro.
Deitei a cabeça no peito dela, tentando entender tudo o que tinha acontecido. Uma parte de mim ainda lutava contra o que sentia, mas a outra… a outra só queria ficar ali.
E pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti não lutar.
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