Pastora Débora - Jéssica, a Guardiã do Altar
Jéssica não era apenas auxiliar. Ela era os olhos e ouvidos da pastora Débora.
Enquanto todos acreditavam que ela servia o templo com humildade, por trás do sorriso calmo havia uma devassa calculista. Seu verdadeiro papel era outro: selecionar as oferendas.
Toda semana, ela observava. Sentada nos bancos, ou circulando entre os fiéis com um caderno pequeno preso ao quadril, ela anotava tudo: quem olhava demais, quem se contorcia nos louvores, quem parecia forte demais para se conter.
Ela sabia exatamente o que Débora gostava.
Homens grandes. Pernas largas, costas pesadas, mãos que pareciam feitas para dominar. Mesmo os que fingiam santidade — ou principalmente eles — eram os seus alvos favoritos.
Mulheres recatadas. As mais santas, caladas, vestidas com saias longas, olhos abaixados e voz de oração. Jéssica via além. Sentia o cheiro da carne presa debaixo da fé. Era isso que a excitaria.
**— Essa vai se rasgar toda no primeiro toque… **— sussurrava sozinha, ao observar uma novata na terceira fileira, orando com fervor.
Mas o poder de Jéssica não era só observar. Era corromper.
Ela se aproximava aos poucos. Cumprimentava com doçura, conversava com voz mansa. Dizia frases como:
— A pastora comentou sobre você…
— Seu coração é puro… mas sua carne precisa de guia.
E com isso plantava a semente. Às vezes deixava um bilhete, um toque leve no ombro, um convite para ajudar em uma tarefa qualquer no templo. Só para sentir mais de perto o que a alma escondia.
Jéssica era a primeira a tocar algumas antes mesmo de Débora. Ela testava bocetas com os dedos durante confissões. Sugava mamilos escondida nas salas dos fundos. Masturbava varões enquanto oravam de olhos fechados. E tudo isso era oferta para sua líder.
**— A próxima é deliciosa. Vai amar… pura por fora, molhada por dentro. **— dizia a Débora, entregando a ficha vermelha dobrada.
Ela escolhia não os melhores, mas os mais vulneráveis. Os que quebrariam de forma mais bonita. Aqueles que implorariam por mais depois da primeira vez.
À noite, após os rituais, enquanto Débora repousava coberta de gozo, Jéssica se deitava no chão do templo e se masturbava sozinha, lembrando dos olhares assustados se transformando em olhos viciados.
Ela gozava pensando nisso: na corrupção como missão.
E quando dormia, sonhava com novos corpos a se oferecer.
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