Junho 25, 2025

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Minha primeira vez... com uma garota?

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Às vezes, sinto como se tivesse sido colocado aqui por engano, como uma peça sobressalente numa caixa errada. Li isso em um livro. Do Murakami, eu acho.

A “caixa errada”, naquela época da minha vida, era minha cidade natal. Mas eu aprenderia em breve que, não importa onde, eu sempre ia me sentir como a peça que não pertence.

Troquei de caixa quando consegui uma bolsa para estudar artes plásticas em São Paulo. Esperava que, numa cidade com milhões de peças, eu não me sentiria como a única fora do lugar. As coisas não foram bem como eu imaginava.

Na faculdade — uma instituição cara e tradicional — a maioria das pessoas vinha de famílias endinheiradas. Minha turma era formada por mulheres de meia-idade desocupadas, que faziam o curso como hobby, ou por playboys que já entravam com contrato com galerias internacionais, graças a algum contato dos pais.

E tinha o Lars. Um garoto de origem norueguesa. Era pálido e tinha cabelo preto e longo, que emoldurava seu rosto frágil.

Foram seus grandes olhos azuis que me pegaram pela primeira vez. Rondavam a sala de aula como se fossem um farol construído numa rocha no mar, avisando os navios para manter distância. Ao mesmo tempo, ele mesmo parecia ser o navio, perdido à deriva.

As primeiras semanas foram terríveis. Todo mundo encontrou sua turma. As madames de um lado, e os riquinhos do outro — incluindo o Lars, que parecia tão destoante do resto. Sobrei. A falta de companhia não me incomodava muito. O que me pegava mesmo eram aqueles olhares de cima pra baixo.

Compensei mergulhando nas aulas, no laboratório de fotografia ou nas sessões de desenho vivo.

Em uma dessas sessões, fui o primeiro a chegar e comecei a rascunhar coisas aleatórias no papel. Sem me dar conta, Lars sentou na cadeira atrás de mim e vomitou um muro de palavras que me pegou completamente desprevenido.

— Eu espero que você seja um pouco mais legal, porque eu não aguento mais aquele povinho. Só sabem ficar medindo qual pai tem mais influência. Tenho certeza que só me puxaram pra turma porque eu tenho nome de gringo. Quando descobrirem que eu sou um fodido…

— Bando de pau no cu. — Foi a única coisa que eu consegui responder de volta.

Descobrimos que tínhamos muito em comum: gostos parecidos por cinema, literatura, e o fato de estarmos, cada um à sua maneira, tentando descobrir nosso lugar no mundo.

Lars era de São Paulo, mas sua família tinha voltado pra Europa. Ele quis ficar. Morava sozinho no pequeno apartamento da família. Eu, por outro lado, dividia um apê apertado com dois estranhos com quem eu nem trocava bom-dia. No meu quarto mal cabia minha cama.

Cheguei a me oferecer pra dividir o aluguel com ele, numa mistura de desespero e esperança. Ele disse que precisava de privacidade, mas que eu podia ter uma cópia da chave.

— Se quiser estudar, trabalhar, ou até levar alguém pra um lugar mais decente… Só me avisa antes.

Lars era discreto. Nunca me falou sobre sua vida sexual. Eu, por outro lado, vivia reclamando da minha. Ou melhor, da falta dela.

— Pega uma puta e acaba logo com isso — disse ele uma vez, sem tirar os olhos do caderno em que rabiscava alguma coisa.

— Eu não tenho dinheiro nem pra comprar miojo, vou pagar puta como? E pode me chamar de caipira, mas queria que minha primeira vez fosse um pouco mais significativa.

Eu trabalhava de barista em um café pela manhã e encontrava o Lars à tarde, pra fazer os trabalhos da aula da noite. Estávamos juntos quase todos os dias, inclusive nos fins de semana. Vez ou outra ele dava umas sumidas ou saía apressado no meio do rolê, sem dar mais explicações. Mas esse era o jeitão dele.

— Merda, acabou a maconha. — Lars revirava freneticamente sua gaveta. Era um sábado chuvoso, e combinamos de passar a tarde fumando e assistindo a uns filmes do Almodóvar.

Falei pra ele desencanar, mas quando ele botava alguma coisa na cabeça era difícil de tirar.

— Eu vou lá buscar. É perto… em uma horinha eu tô de volta.

— Posso ir junt…

— NÃO! — Mal terminei de falar e ele me interrompeu firme, depois suavizou: — Foi mal. O cara de quem eu busco é meio paranoico com gente que ele não conhece. Mas pelo menos é do bom. Fica aqui, eu volto logo…

Coloquei um disco, sentei na poltrona de frente pra janela pra assistir à chuva caindo no cinza de São Paulo, mas acabei dormindo. Acordei com o Lars batendo na porta.

Abri a porta correndo, ainda meio zonzo de sono — mas a pessoa na porta era uma menina gostosinha, de vestidinho preto colado e meia-arrastão, encharcada e com a maquiagem borrada da chuva. Fiquei pensando se era possível que o Lars tinha me chamado uma puta, mas a voz que saiu da menina era a dele:

— Vai deixar eu entrar ou vai ficar plantado aí com essa cara de besta? — Vendo a total confusão estampada na minha cara, emendou: — Eu te explico, só deixa eu trocar de roupa primeiro. Eu tô tremendo de frio.

Cinco minutos depois, ele voltou de moletom, um resquício de lápis preto ainda nos olhos. Me explicou que curtia se vestir de mulher e postava as fotos na internet. Acabou conhecendo um cara que virou seu sugar daddy. Eu não tinha a menor ideia do que era isso até então. Não foi uma coisa que ele planejou, mas tava precisando de grana e acabou deixando rolar. E o mesmo cara também armava o fumo.

— Geralmente eu conseguia trocar de roupa pra voltar… mas ele tava estranho hoje. Acho que tinha cheirado. A gente nem fez nada — me vesti, fiz uma dancinha, ele bateu uma, gozou e me mandou embora. Fiquei tentando arrumar alguma desculpa pra fazer você vazar e não me ver assim, mas achei sacanagem te fazer ir embora nessa chuva.

— Relaxa, cara… eu não ligo se você é gay ou não — disse, tentando fazer ele se sentir melhor, mas completamente confuso com a história toda.

— Eu não sou gay. Só tenho essa tara de me vestir de mulher. Talvez eu seja bi… mas não sei. — Pausou por um segundo, me olhando fundo com aqueles olhos azuis, tentando analisar minha reação, e continuou: — No começo eu só pensava no lado financeiro da coisa. Mas depois eu acabei curtindo. Mas não sei do que realmente eu gosto. Eu achava que era só a adrenalina de estar fazendo algo meio errado.

Minha cabeça estava a milhão — uma mistura de preocupação com o meu amigo estar nesse tipo de relação com um estranho, preocupação com sua situação financeira… Ao mesmo tempo, eu queria entender mais e também estava completamente confuso por ter achado, por um segundo, a versão feminina do Lars uma delícia.

Quando terminou de contar, ele ficou parado olhando pro chão, tremendo um pouco — mas não de frio. Dei um abraço desajeitado, meio de lado, e falei pra ele que eu não tava nem aí. Quando percebeu que nossa amizade não ia acabar por conta disso, ele relaxou e deu uma risada.

— Você precisava ver sua cara quando me viu na porta. O que você tava pensando?

— Melhor deixar quieto — tentei desconversar. — Mas até você abrir a boca, não passou pela minha cabeça que era você.

— Bom, pelo menos eu trouxe o beck — mudou de assunto, percebendo que eu estava envergonhado.

Alguns dias depois, Lars me chamou pra morar com ele.

— Acho que vai ser melhor pra todo mundo. Não preciso mais esconder nada de você e a grana do aluguel vai cair bem. Decidi não encontrar mais com aquele cara. Vez passada foi osso. Só preciso arrumar outro contato pro green.

Foram os melhores dias da minha vida até então. Por menos do que eu pagava, eu agora tinha um quarto que não parecia uma gaiola, uma cozinha sem baratas e um grande amigo. Vez ou outra, Lars me pedia um pouco de privacidade e eu ia dar uma volta, ver um filme no cinema ou tentar minha sorte em algum encontro. Porém, sem muito sucesso.

— Não acredito que eu vou ser um velho virgem. Até minha irmã mais nova já transou e eu não.

— Relaxa, cara, você só tem 19. Já já rola — disse Lars, meio abafado, enquanto lambia a pontinha da seda ao mesmo tempo.

— Eu tenho 20. Toda mina que eu saio fica de cara quando sabe que eu sou virgem, e aí acaba não rolando.

— É só não falar nada… Tó, fiz uma tora — disse, rindo, me passando o beck aceso.

— Eu não preciso falar nada. Tá na cara.

A brisa bateu forte e a conversa morreu por aí. Ficamos os dois largados no sofá, ouvindo Pink Floyd. A coleção de discos do Sr. Tiërson era incrível.

— Tive uma ideia, mas me fala se eu tô viajando — disse Lars. — Você claramente ficou animado quando me viu toda pirigótica. Eu podia me montar e a gente faz um ensaio do que você pode falar num encontro, pra não parecer tão cabaço. Mas ó… é só conversa. Não vai passar disso.

Não sei se foi porque eu tava muito louco e não pensei direito, mas acabei aceitando. Lars se trancou no quarto. Fiquei no sofá, tentando decidir se aquilo fazia algum sentido — ou se eu tava só viajando.

Ele voltou no fim do lado B, com a mesma roupa daquele outro dia, mas dessa vez com a maquiagem perfeita. Estava irreconhecível. E, de algum jeito, ainda mais gata.

Mesmo sabendo, lá no fundo, que aquela menina de vestidinho colado era o meu melhor amigo, as palavras fugiram da minha boca — como sempre acontece quando estou de frente pra uma mulher que eu acho bonita. A única coisa que consegui dizer foi:

— Qual é o seu nome?

Lars riu alto:

— Sei lá. Nunca pensei em um. Me chama de Raquel.

Lars sentou do meu lado no sofá e cruzou a perna. Eu continuei olhando pra ele… ou melhor, ela. Tentando entender como conseguia mudar tanto assim só com maquiagem e uma roupa.

— Então…

Eu continuei com a boca seca de palavras.

— Fala alguma coisa, cara.

— Sei lá… não consigo pensar em nada.

Lars levantou, trocou o disco por uma coisa mais animada. Parecia um punk/new wave dos anos 80, em alguma língua nórdica. Aumentou o volume, abaixou a luz e me puxou pela mão.

— Finge que é uma festa. — E começou a dançar na minha frente.

No começo, eu quis rir da sua dancinha desajeitada, mas, de repente, eu não consegui mais ver meu amigo ali. Comecei a ser envolvido pela música e pelos movimentos — particulares, mas de alguma forma sexy — daquela menina de vestido preto:

— Qual é o seu nome? — repeti, chegando mais perto e fazendo uma força hercúlea pro meu corpo se mexer também.

— Raquel! — ela disse, com um sorrisinho sacana. Nem a voz parecia mais ser a dele.

— Raquel… essa noite eu só consigo ver você — disse, em seu ouvido.

Ela riu e cruzou os braços em volta do meu pescoço:

— É porque só tem eu aqui, né? — disse, com a boca bem perto da minha.

— Não… é porque esses seus olhos azuis são a coisa mais linda que eu já vi na vida.

Não sei o que me fez soltar esse xaveco furado com tanta convicção, mas funcionou. Raquel me deu um beijo. Um beijo gostoso, longo e molhado. Eu conseguia sentir o cheiro da sua respiração exalando pelo nariz, misturado com o aroma leve e doce do seu perfume.

Fechei os olhos e fui, instintivamente, andando lentamente, encurralando Raquel contra a parede, ainda beijando sua boquinha quente e macia. Ela alternava entre beijos de língua, mordidas nos meus lábios e beijos no meu pescoço. Raquel era magrinha, não tinha quase nada de peito, mas tinha uma bunda firme e redondinha, que eu apertava com força enquanto ela tateava em direção ao botão da minha calça.

Assim que conseguiu, habilmente, abrir meu zíper com uma mão enquanto tirava minha camiseta com a outra, seus beijos seguiram uma trilha do meu pescoço até a barriga, passando pelos meus mamilos. Logo, seus lábios estavam envoltos no meu pau, que latejava duro. Seus olhos azuis pareciam acesos na penumbra e me encaravam enquanto meu membro desaparecia e reaparecia em sua boca molhada.

Eu queria continuar assistindo àquele espetáculo, mas meus olhos se fecharam involuntariamente com o orgasmo. Ainda sentia o movimento de vai e vem da sua boca enquanto ela engolia todo o meu tesão acumulado. Ela se levantou e os beijos continuaram.

Eu tinha sido tomado por um ímpeto violento de rasgar aquele vestidinho, virá-la contra a parede e meter forte, sentindo minhas coxas batendo em sua bunda branquinha e suculenta.

— Me chupa também? — ela disse no meu ouvido.

— Claro, gatinha. Eu faço o que você quiser.

Empurrei ela no sofá e me ajoelhei na frente dela. Levantei seu vestido e abri suas pernas. Um pau duro, com metade saindo da pequena calcinha preta, estava no lugar do que eu esperava encontrar. Naquele momento, parecia que uma neblina havia se levantado. A Raquel era o Lars. Que raios tinha nessa maconha?

Um slideshow daquela noite passou na minha cabeça como se eu observasse tudo de fora: a dancinha, os beijos, a mamada gostosa, um pouquinho de porra escorrendo no cantinho da sua boca… Da boca do Lars. Meu amigo Lars. E o mais confuso de tudo era que, mesmo assim, o meu tesão não tinha acabado.
Eu quis continuar.

— Eu sei que você quer — Raquel, ou melhor, Lars, disse. Dessa vez, era a sua voz de sempre.

Olhei pra ele e seu rosto estava transformado. Não mais pela maquiagem, mas sim pelo desejo. Sem que eu tivesse algum controle, minha mão segurou seu pau. A sensação era bem diferente de segurar o meu próprio. Era como cócegas — fazer em si mesmo não tinha graça, mas com outro era gostosinho.

Àquela altura, eu já tinha decidido que ia experimentar aquilo, ao menos uma vez. Eu sabia que podia confiar que ele não contaria pra ninguém. Me senti seguro.
Mas tentei me fazer de difícil. Cheguei meu rosto pra perto da sua pélvis, fingindo um pouco de resistência. Uma mão que acariciava meu cabelo me puxou com força e eu fui tomado pela vontade.

Senti a pele lisa da sua cabeça nos meus lábios. Minha boca salivava de desejo. Eu lambia e esfregava seu pau babado na minha boca, mas sem colocar pra dentro.
Queria continuar olhando pra ele mais um pouco, hipnotizado pela sua grossura, observando cada detalhezinho, cada veia saltada. Reparei que ele era circuncidado.
Eu lambia aquele vale que se formava na base da cabecinha.

Finalmente, coloquei inteiro na boca, meio sem saber o que fazer. Tentava engolir o máximo que dava, mas no começo não consegui. Senti ânsia.

— Vou te mostrar um truque — ele disse. — Continua chupando.

Quando eu estava concentrado em sentir sua textura com a língua, ele tapou meu nariz com uma mão. Instintivamente, tentei puxar o ar, mas sua outra mão empurrou com força minha cabeça, enterrando seu membro gigante fundo na minha garganta.
Tirei pra respirar — mas eu queria mais.

— Calma… assim eu vou gozar — disse, respirando ofegante.

— Pode gozar. Eu quero — eu estava faminto por isso.

— Calma… antes a gente precisa resolver sua virgindade. Talvez não seja como você tava pensando…

Ele me puxou pro sofá e se levantou. Tirou a minha calça, que já estava pela metade, e se encaixou entre minhas pernas enquanto me beijava. Depois enfiou dois dedos na minha boca, me fazendo chupar. Quando seus dedos estavam molhados de baba, ele tirou e colocou em mim, enquanto me beijava. Primeiro um, depois o outro.

— Se doer, me avisa.

— Dói. Mas é gostoso. Vem.

Tirou o dedo de dentro de mim, cuspiu na mão e lambuzou seu pau. Achei aquela cena tão incrivelmente sexy que o pouquinho de dúvida que ainda havia em mim desapareceu.

Lars me olhava com aquele olhar profundo de safira, que contrastava ainda mais com a sombra escura da sua maquiagem, enquanto me comia — enfiando tudo dentro de mim e tirando bem lentamente. Me fazendo sentir o vai e vem de cada centímetro do seu desejo. Sua boca a milímetros da minha. Nossa respiração sincronizada.

Aumentou a intensidade sem aumentar o ritmo. A cada estocada, ele ia mais fundo e colocava mais força. Segurava alguns segundos dentro de mim e depois tirava.
Eu queria um beijo, mas ele desviava. Só me beijou quando meu pau começou a cuspir um volume enorme de porra em cima da minha própria barriga.
Ele aumentou o ritmo enquanto sua língua passeava pelos meus lábios, e gozou também dentro de mim. Ficou me olhando em silêncio, com um olhar que parecia comemorar uma vitória.

— Eu tava esperando por isso desde aquele dia da porta. Sua cara de tesão me vendo de vestidinho… A vontade que me deu de te beijar ali mesmo. Mas decidi não forçar…

Passou a mão no meu cabelo, me deu um selinho e disse:

— Queria que sua primeira vez fosse especial, como você queria. Meu gatinho ex-virgem.

— Mas ainda não foi especial. Agora é minha vez te comer gostoso. Minha putinha.

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