Íntimas
Por: Janete Onandiva
Chegamos do trabalho separadas, ela um pouco antes. Com nós duas trabalhando, só nos víamos de noite e de manhã bem cedo; fazia tanta falta pra nós ficarmos juntinhas, só nos curtindo!
Jantamos comida de microondas, e tomamos banho – ela primeiro e eu depois, porque não cabemos as duas no box se for só para tomar banho.
Botamos nossos pijamas grossos e fofos, e meias de algodão, por causa do frio: eu de rosa com padrões de rosas, ela de verde-claro com padrões de folhas. Os dois pijamas eram customizados, abertos na frente e no fundilho das calças, com abas fechadas por botões grandes; ela os encomendou desse jeito, para a gente poder transar sem passar frio.
Luzes apagadas, fomos para cama, por baixo dos cobertores quentinhos; deitadas de lado, agarradinhas, beijos na boca para esquentar mais. Ela pediu:
— Tô muito cansada pra transar, vai só de mão?
Eu também estava com sono, só queria ficar juntinha com ela ao dormir.
— Tá bom.
Abrimos nossas calças, procurando não perder contato; ela pegou meu pênis e, devagar, foi fazendo carinho nele, e eu com dois dedos fui alisando os grandes e pequenos lábios dela.
À medida que meu pênis foi crescendo, ela transitou do carinho para masturbação, evitando de propósito a glande, que era sensível demais: ela sabia que eu não conseguia sentir prazer com contato muito intenso. Eu gemia contente com a mão dela indo e vindo, e me perdia nos beijos e no cheiro de sua pele, de seu cabelo.
Quando ela começou a suspirar e gemer de leve, os músculos se soltando e a vulva ficando molhada, movi os dedos para a vagina, só na entrada, como ela preferia; a base dos dedos encostava de leve no grelo.
Mais dois minutos nos masturbando, e eu já estava totalmente ereta; senti a primeira pulsação, lá no fundo, da ejaculação que estava por vir. Não era hora.
— Devagar, amor.
Ela foi parando, senti uma segunda pulsação, ainda no fundo. Ainda não era hora.
— Pára.
Ela parou, desceu a mão para meus testículos, e os segurou de leve, me esperando.
Mais um minuto, e ela estava ficando ofegante, a mão se soltando.
— Pára, não quero gozar agora.
Parei, deixando os dedos sobre os grandes lábios dela. Ela pediu:
— Encoxa?
— Tá.
Tiramos as mãos, e nos encaixamos mais, meu pênis encostado ao longo da vulva dela, sem entrar, as coxas delas trançadas com as minhas, o pano das nossas calças abrigando nossa quase cópula do frio.
Depois de nos ajeitarmos abraçando, sussurramos:
— Boa noite.
— Bons sonhos.
E finalmente me deixei levar pelo sono.
Iríamos acordar de manhã gozadas e meladas e satisfeitas, mesmo sem transar; a gente tinha o que realmente precisava, prazer juntas!
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