Cheguei à terrinha do meu avô com uma saia plissada e uma blusa rendada – ele até me elogiou, coitado, sempre me comprei roupa sem fazer juízos. Fiquei em sua casinha de campo, aquela paz que só o interior tem, mas sabia que alguma coisa ia acontecer. E aconteceu.

No segundo dia, ele apresentou-me o Sr. Horácio, um amigo dele, homem grande, desses que trabalham no campo, mãos calejadas, barriga saliente. O Horácio olhou-me de cima a baixo, com um sorriso meio sem graça, mas os olhos não disfarçavam a curiosidade. O meu avô pediu-me para o ajudar a arrumar umas coisas no celeiro. Eu, tolinho, fui.

Estávamos sozinhos no celeiro, cheiro a feno e terra, e ele não perdeu tempo: “Então, miúdo, gostas de andar assim vestido? És mesmo maricas ou só para brincar?”. Respondi que sim, que gosto de homens, e ele ficou quieto um instante. Quando me abaixei para apanhar uma foice que tinha caído, sinto de repente a mão dele, pesada e áspera, a levantar a minha saia. “Deixa ver o que tens aí por baixo”, sussurrou, com um hálito a vinho.

Empurrou-me contra um monte de sacos, a respiração dele já ofegante. Eu tentei resistir, mas a verdade é que aquele perigo, aquele homem mais velho e bruto, me excitou demais. Deixei-me ir. Ele puxou o meu short para baixo e eu senti o seu pau, comprido e grosso, a pressionar-me entre as nádegas. “Vais levar com isto todinho, sua putinha”, rosnou ele, ao mesmo tempo que eu gemia baixinho.

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Foi então que ouvimos um carro a chegar ao pátio. Ele afastou-se de repente, tão rápido como tinha começado, e eu fiquei ali, de saia arregaçada, a trever, sem saber se estava mais aliviado ou frustrado. O momento tinha passado, mas aquele calor no corpo ficou.