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O Pau de Pelinho de Bebê
Tinha 16 anos e era uma mocinha cheia de sonhos e hormônios à flor da pele. Morava com meus pais num apartamento pequeno no Bairro de Fátima, em Fortaleza, e meu maior desejo era ser adulta, independente, e descobrir o que era esse tal de sexo que tanto falavam.
Foi numa tarde quente de sábado, na casa da minha amiga Luana, que conheci o Gabriel. Ele tinha 17 anos, era primo dela, e estava visitando de Recife durante as férias escolares. Lembro como se fosse hoje: ele usava uma camiseta do Nirvana e jeans desfiado, tinha cabelos castanhos que caíam sobre seus olhos verdes, e um sorriso tímido que me fez derreter na hora.
A Luana nos deixou sozinhos na sala sob o pretexto de ir buscar refrigerantes, e ficamos os dois constrangidos, olhando para a TV sem ver nada.
“Você é amiga da Luana há muito tempo?”, ele perguntou, quebrando o gelo.
“Desde a sétima série”, respondi, sentindo minhas mãos suarem.
Ele se mudou para perto de mim no sofá, e nosso joelhos se tocaram. Um choque elétrico percorreu meu corpo. “Eu achei você muito bonita”, ele confessou, seus olhos verdes fixos nos meus.
Meu coração acelerou. “Você também é bonito.”
Foi tudo que precisávamos. Ele se inclinou e nossos lábios se encontraram num beijo tímido, doce, que rapidamente se tornou mais urgente. Suas mãos encontraram meu rosto, meus cabelos, enquanto as minhas exploravam suas costas através da camiseta.
Nosso romance de verão tinha começado.
Pelos próximos vinte e um dias, nos encontramos todos os dias. Meus pais trabalhavam até tarde, então ele vinha ao meu apartamento depois da escola. Ficávamos na minha cama, nos beijando por horas, explorando nossos corpos com as mãos e a boca, mas sempre parando antes do “grande momento”.
Eu era virgem, e ele respeitava isso, embora eu sentisse o volume duro em suas calças pressionando minha coxa sempre que nos beijávamos. Era grande – mesmo através do tecido, eu podia sentir que era impressionante.
Uma tarde, estávamos particularmente excitados. Meus pais tinham ido visitar uns parentes em outra cidade e não voltariam antes da noite. Estávamos na minha cama, quase sem roupa – eu só de sutiã e calcinha, ele de cueca.
“Ana”, ele sussurrou, seus lábios no meu pescoço. “Posso… tocar em você?”
Eu balancei a cabeça, sem fala. Sua mão desceu pelo meu corpo até encontrar minha calcinha. Seus dedos pressionaram o tecido molhado, e eu gemi.
“Você está tão molhada”, ele observou, sua voz rouca.
“É por sua causa”, respondi, minhas mãos explorando suas costas musculosas.
Ele deslizou minha calcinha para o lado e seus dedos encontraram minha carne nua. Eu arquei as costas quando ele tocou meu clitóris, uma onda de prazer percorrendo meu corpo.
“Assim, Gabriel…”, gemi, me contorcendo sob seu toque.
Ele beijou meus seios através do sutiã, depois o abriu e levou um dos meus mamilos à boca. Eu gemi mais alto, minhas mãos se enterrando em seus cabelos.
Depois de um tempo me fazendo gemer e me contorcer, ele parou. “Agora é sua vez”, disse, deitando-se ao meu lado.
Minhas mãos trêmulas encontraram a cintura de sua cueca. Ele me ajudou, puxando-a para baixo, e então eu vi. Meu Deus, eu vi.
Era a coisa mais linda que já tinha visto na vida. Um pau perfeito – não era comprido demais, mas era grosso, com veias salientes que pulsavam. A pele era macia como a de um bebê, exatamente como ele descrevera, e a cabeça era rosa e já brilhava com sua excitação.
“Pode tocar”, ele disse, sua voz um sussurro rouco.
Minhas mãos se fecharam em volta dele, e nós dois gememos. Era quente, firme, vivo. Comecei a mover minha mão para cima e para baixo, sentindo sua pele macia deslizar sob meus dedos.
“Assim, Ana… caralho”, ele rosnou, seus olhos fechando de prazer.
Eu continuei, observando fascinada como seu rosto se contorcia de prazer. Sua mão encontrou a minha e me mostrou o ritmo certo – mais rápido, mais devagar, mais firme.
“Eu quero tanto te foder”, ele gemeu, seus olhos abertos agora, cheios de desejo.
Eu também queria. Meu corpo todo gritava por ele. Mas o medo – medo de engravidar, medo de doer, medo de meus pais descobrirem – era maior.
“Não podemos”, disse, minha voz trêmula. “Não posso.”
Ele não insistiu, apenas gemeu profundamente quando minha mão acelerou o ritmo. “Então me faz gozar, Ana. Por favor.”
Eu obedeci, masturbando-o com uma determinação que não sabia que tinha. Seus gemos encheram o quarto, suas mãos agarrando os lençóis.
“Vou gozar”, ele avisou, seu corpo ficando tenso.
Continuei, e então senti suas contrações, seu grito abafado, e o calor de sua porra jorrando sobre minha mão e minha barriga.
Ficamos deitados ali por um tempo, ofegantes. Ele me olhou com uma ternura que me comoveu. “Um dia, Ana”, ele prometeu. “Um dia vai ser você quem vai estar gemendo assim.”
Mas esse dia nunca chegou.
Duas semanas depois, ele voltou para Recife. Prometemos nos escrever, nos falar, nos visitar. E tentamos, por um tempo. Cartas, telefonemas caros. Mas a distância foi maior que nosso romance.
Anos se passaram. Casei, tive filhos, me divorciei. Vivi muitas histórias, experimentei muitos amantes. Mas nunca esqueci o Gabriel.
Há uns cinco anos, o encontrei no Facebook. Ele mora em Portugal agora, é casado, tem dois filhos. Troçamos algumas mensagens, lembramos daqueles dias com carinho.
“Você sabe que você foi minha grande paixão de adolescência?”, ele escreveu.
“E você a minha”, respondi, e era verdade.
Numa dessas conversas, eu finalmente tive coragem de perguntar. “Gabriel, lembra daquele dia na minha casa, quando eu te masturbei?”
“Como poderia esquecer?”, ele respondeu imediatamente. “Foi uma das memórias mais eróticas da minha vida.”
“Eu me arrependo até hoje de não ter ido até o fim.”
Houve uma pausa longa antes da resposta. “Eu também, Ana. Muitas vezes me pego imaginando como teria sido.”
Ficamos falando sobre isso por um tempo – o que teria acontecido se tivéssemos feito sexo naquele dia. Como teria sido sentir ele dentro de mim. Se teria doído. Se teria sido bom.
“Você ainda é linda, sabe?”, ele escreveu. “Às vezes vejo suas fotos e me pergunto ‘e se?’.”
“Eu também me pergunto”, admiti.
A conversa foi ficando mais ousada. Ele me contou que ainda se masturba pensando naquela tarde. Eu confessei que também faço o mesmo.
“Nunca senti uma pele tão macia como a do seu pau”, escrevi, sentindo-me corada mesmo através da tela.
“E eu nunca senti uma mão tão doce como a sua”, ele respondeu.
Ficamos nesse flerte digital por algumas semanas, até que sua esposa descobriu as mensagens e nos bloqueou um do outro. Foi melhor assim.
Mas até hoje, quando estou com um cara novo, fechando os olhos, me pergunto como teria sido. Se teria sido tão bom quanto imagino. Se ele teria sido tão atencioso na cama quanto era com as mãos.
E aí eu me pego rindo de mim mesma – uma mulher de 36 anos, mãe, divorciada, experiente, ainda sonhando com um quase-acontecimento de vinte anos atrás.
Mas algumas coisas a gente nunca esquece. E o Gabriel, com seu pau perfeito de pele macia e seus olhos verdes que prometiam aventuras, é uma delas.
Talvez seja melhor assim – guardado na memória como uma possibilidade perfeita, não estragada pela realidade. Mas, caramba… como eu queria ter tido coragem naquele dia. Como queria ter conheccido a sensação daquele pau perfeito entrando em mim, me preenchendo completamente.
Mas a vida é feita de escolhas, e a minha, naquela tarde quente de verão, foi a de esperar. E agora, tudo que me resta são as memórias – e a certeza de que, em algum lugar de Portugal, há um homem que também se lembra da garotinha de Fortaleza que sabia masturbar como ninguém.


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