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A confissão da minha irmã cobiçosa (2)
A semana inteira foi tortura. Ou delícia. Não sei distinguir mais. Cada vez que o meu marido passava pela sala vestindo só a cueca boxe, aquele volume familiar balançando pesado, eu pensava na cara da Márcia quando finalmente visse de perto. Cada beijo dele na minha testa antes de dormir, eu fechava os olhos e imaginava ela de joelhos, olhando pra cima, pedindo permissão. Cada vez que ele me fodia na sexta-feira — aquele sexo rápido de casal cansado, cinco minutos de estocada missionária e um gemido abafado no travesseiro — eu fingia que era ela por baixo dele, sentindo cada centímetro pela primeira vez.
No domingo, a gente foi pra igreja. Eu e o meu marido sentados no banco da frente, como sempre. A Márcia entrou tarde. Sentou no último banco, sozinha. O Darlan não veio. “Dor de cabeça”, ela disse pra alguém. Mentira. Ela tava se preparando. Eu vi pela maquiagem mais pesada, o vestido mais justo. A calcinha? Deve ter ficado em casa. No meio do hino, ela encontrou meu olhar. Fez uma cara de quem ia vomitar de nervoso. Eu sorri. Acenei com a cabeça, quase imperceptível. O meu marido, ao meu lado, cantava falso, todo concentrado na música.
— Hoje — sussurrei pra ele durante a oração final.
Ele olhou confuso.
— Hoje o quê?
— Hoje a gente faz algo diferente.
Na hora do almoço, ele perguntou o que eu tinha querido dizer. Eu servi o feijão, coloquei a colher na mão dele, e falei como se pedisse pra ele levar o lixo pra fora:
— A Márcia vem aqui hoje à noite. Nove horas. Você vai comer ela.
O garfo parou a meio caminho da boca. Feijão caiu no prato.
— O quê?
— Você vai comer a Márcia. — Repeti, mais devagar, enquanto sentava na cadeira ao lado. — E eu vou assistir.
A cara dele era um painel. Surpresa, pânico, curiosidade, tesão. O tesão veio por último, mas veio forte. Eu vi o volume na calça de moletom dele crescer.
— Mas… — ele começou.
— Eu sei que você repara nela. — Apoiei a mão na dele. — Eu vejo você olhar. Não tem problema. Eu gosto que você olhe.
— Não é pecado?
Risos. Eu ri. Alto demais. As meninas olharam da mesa do playroom.
— Claro que é pecado, amor. Por isso que é gostoso.
Ele ficou em silêncio. Comendo devagar. Pensando. Eu não precisava pressionar. O pau dele já tinha decidido.
Às oito e meia, mandei as meninas dormir. Leitura de história, canção de ninar, tudo no automático. Meu coração batia no peito como se fosse sair. Ou como se finalmente entrasse em casa.
Às oito e cinquenta e cinco, o portão tocou. Eu abri. A Márcia tava lá. Vestido preto justo, decote que mostrava a clavícula, mas não os seios. Ainda. Maquiagem perfeita. E nos olhos, o medo de quem tá prestes a pular de um prédio e espera que alguém segure a corda.
— Entra. — disse.
Ela entrou. O perfume dela invadiu minha casa. Cheiro de pecado caro.
O meu marido estava na sala. Camiseta regata, mostrando os braços que ela tanto amava. Shorts de moletom. O volume já visível.
— Oi, Márcia. — disse ele, rouco.
— Oi, meu marido. — a voz dela falhou. Era pequena, miúda.
Eu fechei a porta. Tranquei.
— Taça de vinho? — ofereci, já indo pra cozinha.
Ninguém respondeu. Eu servi mesmo assim. Três taças. Quando voltei, eles estavam parados no meio da sala, a um metro de distância, olhando um pro outro como animais antes do ataque.
— Sentem. — ordenei.
Sentaram. Eu sentei na poltrona, de frente pro sofá. Eles lado a lado. O silêncio era ensurdecedor.
— Vocês querem isso. — comecei. — Eu também quero. Então não tem porquê fingir.
A Márcia respirava fundo. O peito subia e descia, os mamilos — sim, ela não tava de sutiã — marcando forte.
— Eu… — ela começou.
— Não fala. — interrompi. — Só faz. Só… mostra pra mim.
O meu marido olhou pra mim. Pediu permissão com os olhos. Eu acenei. Vai. É meu presente pra você. E pra mim.
Ele se virou. A mão grande dele — a mesma que amassava pão na cozinha, consertava torneiras, segurava minha mão na rua — foi pro rosto da Márcia. Fechou por trás do pescoço dela. Puxou. Ela não resistiu. Os lábios se encontraram.
Não foi beijo de cinema. Foi beijo de quem tá com fome. Boca aberta, língua, saliva, barulho de slurp que ecoou na sala limpa. A mão dele desceu pro peito dela. Apertou. Ela gemeu. Uma coisa aguda, aguda.
Eu cruzei as pernas. A buceta latejava. Não me toquei ainda. Queria sentir a dor da espera.
O meu marido a puxou pro colo. A Márcia era leve. Ele sentou ela de perna aberta, de frente pra mim. O vestido subiu. A calcinha era renda preta. Molhada. Dava pra ver pelo tecido.
— Tira. — ordenei.
Ele obedeceu. Desceu a renda devagar. A buceta apareceu. Depilada. Pequenina. Apertada. Rosa. Diferente da minha. Mais jovem. Mais inocente.
— Beija. — disse, olhando pro meu marido.
Ele não precisava de incentivo. A cabeça desceu. A língua entrou.
A reação da Márcia foi instantânea. O corpo se arqueou. As mãos foram pro cabelo dele, segurando, puxando, implorando pra mais. Ela olhou pra mim. Os olhos diziam: perdão, amiga, mas não consigo parar.
Eu sorri. Não quero que pare.
— Tira a roupa. — falei, já desapertando meu próprio vestido.
Eles se despiram. Ele, rápido. Camiseta, shorts, cueca. A rola saltou. Exatamente como eu descrevi pra ela. Grossa, veiuda, cabeça roxa brilhando. Ela, devagar. Medo. Vestido, calcinha. O sutiã não existia. Os seios eram pequenos, com mamilos escuros, pontudos. A barriga tinha estrias. Deve ter sido mãe também. Mas o cu? Esfíncter fechado, virgem.
— Ela nunca deu o cu pro Darlan. — informei ao meu marido, como quem apresenta o cardápio. — Você quer ser o primeiro?
A Márcia ficou pálida. O medo real apareceu.
— Não… não precisa… — falou, finalmente.
— Precisa. — eu insisti. — Você quer tudo dele, não quer? Então vai levar tudo.
O meu marido me olhou. Ele nunca tinha me comido no cu. Eu nunca tinha deixado. Dizia que doía demais. Que não era natural. Mas pra ela, eu abria exceção. Pra ela, eu quebrava minhas próprias regras.
Ele levou ela pro quarto. Eu segui. A cama matrimonial. O edredom azul claro que minha mãe bordou. As almofadas onde as meninas sentam pra ver desenho.
Ele a pôs de quatro. No meu lugar. A cabeça no travesseiro onde eu durmo. O cu virado pra ele.
— Espera. — disse.
Fui até o criado-mudo. Peguei o lubrificante que o meu marido usava pra se masturbar escondido. Ele pensava que eu não sabia. Eu sabia de tudo.
— Vai devagar. — orientei, passando a pomada no dedo dele. — Ela é virgem.
O dedo entrou. A Márcia gemeu. Dor. Prazer. Medo. Tudo junto.
— Mais. — ordenei.
Outro dedo. Abertura. O cu se abria em rosa escuro, brilhando de lubrificante e suor.
— Agora. — falei ao meu marido.
Ele posicionou. A cabeça roçou a entrada. A Márcia tenseou.
— Olha pra mim. — ordenei.
Ela virou o rosto. Os olhos marejados.
— Você quer isso. — não era pergunta. — Fala.
— Quero. — sussurrou. — Mas tenho medo.
— O medo faz parte. — eu apertei o ombro dela. — Agora, abre.
Ele entrou. Devagar. A ponta primeiro. A Márcia gritou. Abafado no travesseiro.
— Mais. — eu puxei o quadril dela pra trás.
Entrou tudo. O cu se abriu. Rasgou. Um filete de sangue escorreu — hemorróida, coceira, sei lá. O importante é que marcou.
Ele começou a meter. Ritmo lento. Cada estocada era um slap de pele em pele. As bolas batiam na buceta dela, que escorria.
— Toca você mesma. — ordenei. — Enquanto ele te fode o cu.
A mão dela desceu. Dedos no clitóris. Movimentos rápidos, desesperados.
E eu? Finalmente me toquei. Sentada na poltrona do quarto, vestida ainda, a mão dentro da calcinha. A buceta tava tão molhada que escorria pela coxa. Eu não usava sutiã. Meus seios pesados saltavam com cada respiração.
— Olha pra ela. — falei pro meu marido. — Olha como sua esposa tão gostosa te dando o cu.
Ele olhou. Nossos olhos se encontraram. Ele me viu. Vi o amor. Vi o tesão. Vi a gratidão.
— Eu te amo. — ele falou, enquanto metia na minha amiga.
— Eu sei. — respondi. — Agora goza nela.
A ordem foi suficiente. Ele acelerou. As estocadas viraram socos. A Márcia não aguentou. Gritou. Não abafou. Gritou meu nome. Marlene! Como se eu fosse a santa que a levara ao céu.
O orgasmo dela foi bruto. O corpo se arqueou, os dedos se contorceram, o cu apertou a rola dele como se quisesse arrancar.
Ele não aguentou. Meteu fundo. Uma vez. Duas. Gritou.
— Tira! — ordenei.
Ele tirou. O esperma jorrou no cu aberto. Branco, quente, pegajoso. Encheu o buraco. Escorreu.
— Lambe. — ordenei, olhando pra ela.
Ela virou, ofegante. Confusa.
— Lambe o que escapou. — expliquei. — Mostra gratidão.
Ela desceu. A língua roçou o cu dele. Lambeu o esperma da própria pele. Depois subiu. Me encontrou.
Sem ordem, ela veio. Ajoelhou na minha frente. Puxou minha calcinha.
— Posso? — perguntou, olhando pra cima. A voz era de quem viu Deus e voltou.
— Pode. — soltei as pernas.
A língua dela entrou na minha buceta. Foi diferente da dele. Mais leve. Mais curiosa. Encontrou meu clitóris. Chupou.
O orgasmo me pegou desprevenida. Foi rápido, mas intenso. Meu corpo se encolheu na poltrona. As unhas rasgaram o tecido.
— Quero mais. — ela falou, quando parou.
— Semana que vem. — prometi. — Mas com o Darlan assistindo.
O medo voltou aos olhos dela. Mas o brilho era maior.
O meu marido veio me abraçar. A rola dele, ainda semi-dura, esfregou na minha bunda.
— Você é a melhor mulher do mundo. — falou.
— Eu sei. — beijei sua boca, que ainda tinha gosto de cu da minha amiga.
A Márcia se vestiu. Devagar. Com cuidado. O cu devia tá arrombado. Ela andava torta.
— Até semana que vem. — ela disse, na porta.
— Até lá. — respondi.
Fechei a porta. Tranquei.
Olhei pro meu marido. Ele já tava me carregando pro quarto.
— Minha vez. — ele falou. — De quatro.
Obedeci. Ele meteu na buceta. Duro. Rápido. E enquanto metia, eu pensava:
A próxima vez, vou chamar a pastora também.


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