A pele bronzeada e aquelas curvas que eu tanto desejava. À vida adulta cheguei e mesmo tendo um ou outro amor, era em minha tia que pensava quando em todas as mulheres penetrava e em silenciosos sussurros seu nome gritava. Que mulher ela é que em mim fez um amor real acontecer.

E quando hoje a vejo, sua voz ouço ou trocamos mensagem por telefone, continuo sentindo aquele sonho de menino que tanto queria conhecer do corpo da tia e toda a sua sensualidade. Ela era jovem e foi amadurecendo, se tornando uma mulher do mais intenso conceito. Quando nossos olhos se encontram, será que ela percebe que meu amor vai além de sobrinho e a quero como um homem que de tudo faria para deitar-se todas as noites com a mais quente das mulheres?!

Tenho primas, amigas e ex-namoradas que estão na memória, mas nenhuma delas é a tia que em mim tanto um desejo extremo aflora. Lembro dum escândalo quando fotos suas, completamente nua, revelando os lábios íntimos com pelinhos perfeitos ficaram à mostra e seu nome correu de boca em boca. Ela que se deixou fotografar naquelas décadas distantes para alguém que não era apenas seu amante, mas que a levou ao altar e depois foi-se embora sem mais nada lamentar.

E eu aqui, na meia-idade com as palavras na boca, a vontade de lhe beijar e deixar o mundo pra lá, pois o que mais precisamos é amar. E a vejo em minha imaginação dizendo enquanto nus nos enlaçamos com o mais tórrido sentimento:

– Isso é pecado… – ela gemendo e suando…

– Pecado é não fazer amor… – falo lentamente lhe beijando…”