A minha primeira punheta russa
Eu sempre fui uma garota de palavras. Os livros foram meus primeiros amantes, me ensinando sobre paixões épicas e tragédias ardentes antes mesmo de saber o que era um beijo de verdade. As histórias me moldaram, me fizeram sonhadora, talvez até um pouco ingênua, com uma sensibilidade que muitas vezes transborda e molha as páginas dos meus diários secretos. Sou tímida, é verdade. Leva tempo para eu me soltar, para que a casca protectora se rache e revele a mulher que arde por dentro, aquela que não tem medo de sentir tudo com uma intensidade quase dolorosa. E foi exactamente essa mulher que o Miguel despertou em mim.
Conheci o Miguel num daqueles cafés cheios de livros empilhados e cheiro de café velho. Ele não era um personagem de romance; era mais real, mais terreno. Tinha uns trinta e poucos anos, o cabelo sempre um pouco despenteado, olhos que sorriam antes da boca e uma quietude que me atraiu instantaneamente. Ele era ilustrador, e eu, a eterna estudante de literatura, me vi perdida na forma como suas mãos, manchadas de tinta, seguravam um livro. Foi ele quem puxou conversa, e as palavras, sempre as minhas amigas, fluíram entre nós como um rio suave e familiar.
Não demorou muito para que os encontros no café se transformassem em jantares, depois em longas caminhadas sob as estrelas, e finalmente, nas primeiras noites na minha pequena casa, entre pilhas de livros e xícaras de chá esquecidas. A química entre a gente era palpável, uma tensão silenciosa que crescia a cada olhar, a cada acidental toque de mãos. Eu, com a minha timidez habitual, deixava ele liderar a dança, mas por dentro, eu já estava em chamas.
A primeira vez que transamos foi como ler um livro perfeito: devagar, saboreando cada virar de página, cada revelação. Ele era um amante atento, paciente, que descobriu o meu corpo com uma reverência que me fez chorar. E a sua piroca… Meu Deus. Não era descomunal, não era a coisa monstruosa que se vê nos filmes. Era perfeita. Grossa, com veias salientes que eu adorava traçar com a ponta dos dedos e com a língua, e um comprimento que me preenchia de um jeito que eu nem sabia ser possível. Ele sabia usá-la com uma mestria que vinha da confiança, não da arrogância. Ele culeava com o corpo e com a alma, e eu, a menina dos livros, me descobri uma mulher de carne e osso nas mãos dele.
Quer algo mais real? Câmeras ao vivo, entre grátis.
Uma dessas noites, depois de uma sessão particularmente intensa onde eu tinha gozado até ficar sem ar, estávamos deitados nus na minha cama, os corpos ainda brilhando de suor, entrelaçados sob os lençóis. A luz suave do abajur criava sombras dançantes na parede. Ele acariciava meu cabelo, e eu desenhava círculos no seu peito, completamente embriagada por aquele momento de paz pós-sexo. Foi então que ele virou de lado, apoiou a cabeça na mão e me olhou com um sorriso maroto.
— Já pensou em experimentar outras coisas? — ele perguntou, a voz um pouco rouca.
Eu me contraí levemente, a timidez voltando à tona. — Como assim? A gente já não faz de tudo? — respondi, corando. Para mim, já estávamos no ápice do prazer.
Ele riu, um som baixo e gostoso. — Tudo é relativo, minha pequena devoradora de livros. — Sua mão desceu das minhas costas até a minha bunda, apertando com carinho. — Eu estava pensando… você tem uns seios lindos. Já pensou em fazer uma punheta russa?
Eu franzi a testa, confusa. O termo me era vagamente familiar, algo que eu tinha lido em algum romance mais ousado ou ouvido em conversas de corredor na faculdade. A imagem mental não me agradou muito: eu, espremendo meus seios around that thing, parecia… mecânico, performático, não íntimo.
— Punheta russa? — repeti, o cepticismo claro na minha voz. — Não sei, Miguel. Parece… estranho. Não sei se ia gostar.
Ele se inclinou e beijou minha testa. — Não é sobre você gostar ou não da sensação em si. É sobre nós. É sobre eu te ver assim, com os seios à volta dele, e o que isso vai fazer com a gente. É sobre o visual, a entrega. Confia em mim.
E eu confiava. Naquela altura, eu teria seguido o Miguel para o fim do mundo. Aquele pedido, por mais estranho que parecesse, vinha dele, e isso bastava. Além do mais, uma parte de mim, a parte que arde em segredo, ficou curiosa. Como seria? Será que eu conseguiria?
— Está bem — concordei, a voz saindo como um sopro. — Mas… como é que se faz?
Ele sorriu, os olhos brilhando de excitação antecipada. — Deixa comigo. Só relaxa e se deixa guiar.
Ele se levantou da cama, e eu pude admirar o seu corpo—não esculpido como um deus grego, mas real, forte, familiar—enquanto ele ia até a cadeira buscar algo. Voltou com uma pequena garrafa de lubrificante que guardávamos na gaveta de cabeceira para algumas brincadeiras mais molhadas. Ele se ajoelhou na cama à minha frente, a sua piroca já começando a acordar e a ganhar forma, endurecendo lentamente até ficar completamente ereta, imponente e familiar, aquela que eu já conhecia tão bem e que tanto amava.
— Vem aqui — ele ordenou suavemente, puxando-me para me sentar de joelhos também, na frente dele.
O meu coração batia forte. Eu me sentia exposta, um pouco tola, mas o tesão no olhar dele era inegável e contagioso. Ele pegou na garrafa e aplicou uma generosa quantidade do lubrificante na sua piroca, espalhando-o com movimentos lentos e deliberados, fazendo-a brilhar sob a luz fraca. Depois, com as mãos ainda meladas, ele aplicou um pouco no meu decote, entre os meus seios. O gelo do líquido me fez dar um pulo, e ele sorriu.
— Fria, né? — ele disse, e então começou a espalhar o lubrificante entre os meus seios, ensopando a pele, fazendo-a ficar escorregadia e brilhante. Os seus dedos acidentalmente roçaram os meus mamilos, que já estavam durinhos de excitação e nervosismo, e eu soltei um pequeno gemido.
— Agora — ele sussurrou, a voz grossa de desejo — junta eles para mim.
Eu obedeci, levando as minhas mãos aos meus seios e pressionando-os um contra o outro, criando um vale quente, macio e agora escorregadio entre eles. A sensação era estranha, sim, a pele tensa e lubrificada. Ele se moveu para mais perto, ajoelhando-se entre as minhas pernas, e posicionou a cabeça da sua piroca no topo do canal que os meus seios formavam.
— Isso — ele encorajou, os olhos fixos no ponto onde o corpo dele encontrava o meu. — Agora segura assim.
Ele colocou as suas mãos por cima das minhas, ajudando a manter a pressão, e então começou a mover os quadris. Foi… peculiar. A sensação principal não era de prazer físico intenso para mim; era uma pressão rítmica e quente entre os meus seios, o atrito da sua pele contra a minha, o som molhado e obsceno do movimento. Eu olhava para baixo e via aquela parte dele, tão íntima, deslizando para cima e para baixo no vale que eu criava, desaparecendo e reaparecendo, coberta de lubrificante.
A minha mente de estudante de literatura não pôde evitar. Era estranhamente poético, de uma forma vulgar e crua. Aquela junção de corpos, a entrega, a visão… não era sobre o meu clitóris, era sobre os meus olhos, sobre o que eu estava a ver e a proporcionar. E o que eu via era a expressão no rosto do Miguel. Ele estava completamente perdido, os olhos fechados, a boca entreaberta, os músculos do abdómen tensionados a cada bombada. Ele estava a gozar daquilo, visualmente, tactilemente. E ver o prazer dele… isso, sim, começou a acender algo em mim.
— Meu Deus, Alice — ele gemeu, a voz um rosnado baixo. — Você não imagina como é bom. Como é quente… e macio… caralho.
As suas palavras, brutas e sinceras, ecoaram dentro de mim. Eu não estava a sentir muita coisa fisicamente, mas emocionalmente, psicologicamente, eu estava a ser consumida. A minha timidez inicial deu lugar a uma ousadia crescente. Comecei a apertar os meus seios com mais força around him, a tentar acompanhar o seu ritmo, a inclinar o meu corpo para melhorar o ângulo. Queria que fosse ainda melhor para ele.
— Gostas? — perguntei, a voz saindo mais ousada do que eu esperava.
— Adoro — ele respondeu, ofegante. — Não pares… assim mesmo… sua linda.
Ele aumentou o ritmo, as suas mãos agora agarravam os meus ombros para se sustentar, os dedos cravando-se na minha carne. O som na sala era apenas a nossa respiração ofegante e o som molhado, sujo, da sua piroca a deslizar entre os meus seios. Eu olhava, fascinada, para aquela dança obscena. E então, senti. Um calor começou a crescer dentro de mim, uma familiar tensão no meu ventre. Não era da estimulação directa—era do poder, da visão, da completa devassidão daquilo tudo. Era de ver aquele homem, que eu tanto desejava, perder o controle por minha causa, por algo que eu estava a fazer.
O meu próprio corpo começou a responder. Senti-me molhada entre as pernas, uma humidade que não tinha nada a ver com o lubrificante. Um gemido escapou dos meus lábios.
— Miguel… — suspirei.
Ele abriu os olhos e olhou para mim, e deve ter visto a surpresa e o desejo no meu rosto, porque o seu sorriso ficou ainda mais selvagem.
— Estás a gostar, não estás, minha putinha literária? — ele provocou, o ritmo ficando mais irregular, mais desesperado. — Estás a ficar molhadinha por me veres a foder os teus peitos?
Eu só consegui anuir, sem fala. Era exactamente aquilo. A vulgaridade das suas palavras, que noutro contexto me poderiam ter chocado, agora só alimentavam o fogo dentro de mim. Ele estava certo. Eu estava a gozar daquilo. Não da sensação em si, mas de tudo o resto.
Ele soltou um grunhido e tirou a piroca de entre os meus seios, de repente. — Deita-te — ordenou, a voz carregada de urgência.
Eu obedeci, deitando-me de costas na cama, ofegante, os seios ainda melados e a latejar levemente. Ele se posicionou entre as minhas pernas, que eu abri para ele instantaneamente. Sem nenhuma cerimónia, ele entrou em mim de uma vez, enchendo-me completamente num único movimento profundo e certeiro. Eu gritei, não de dor, mas de alívio, de prazer puro e familiar. Era ali que eu queria ele. Era ali que eu precisava dele.
Ele começou a meter-se em mim com uma fúria que faltara antes, como se a punheta russa tivesse sido apenas o aquecimento, o prelúdio para a sinfonia principal. E que sinfonia. Cada embate era mais profundo, cada encontro dos nossos corpos mais intenso. Eu envolvia-o com as pernas, puxando-o para mais perto, enterrando os dedos nas suas costas. Os meus gemos se misturavam com os dele, e eu já não pensava em mais nada. Não pensava em livros, nem em palavras bonitas. Só sentia. O corpo dele, o suor, o cheiro dele, o som da nossa pele a colidir.
A minha segunda orgasmo da noite aproximou-se como um trem desgovernado, mais forte e mais intenso do que o primeiro, alimentado pela estranha e perversa excitação do que tínhamos feito antes. Quando ela chegou, foi com um grito abafado contra o ombro dele, com o meu corpo a arquear-se e a tremer violentamente debaixo dele, com as unhas a cravar-se na sua pele. Uns segundos depois, senti o corpo dele enrijecer, ouvi o seu gemo rouco e gutural, e então a explosão quente e familiar do seu orgasmo dentro de mim.
Ele desabou sobre mim, ofegante, o peso do seu corpo uma cobertura quente e reconfortante. Ficamos assim por um longo momento, apenas a respirar, o suor dos nossos corpos a misturar-se com o lubrificante que ainda cobria os meus seios.
— Então? — ele perguntou, depois de recuperar o fôlego, a voz sussurrada contra o meu pescoço. — O que é que a crítica literária achou da performance?
Eu ri, um som abafado e feliz. — A crítica acha… que o medium tinha um certo apelo visual, mas que o acto principal continua a ser a obra-prima indiscutível.
Ele riu também, e rolou para o lado, puxando-me para um abraço. — Pois é. Mas às vezes, até as cenas de transição têm o seu valor.
E eu sabia que ele tinha razão. A tal punheta russa não tinha sido incrível por si só, fisicamente falando. Mas tinha sido incrível porque tinha sido com ele. Porque tinha sido mais uma página na nossa história, mais uma palavra no nosso vocabulário íntimo. E no fim, tinha-me levado a um orgasmo devastador. Deitada ali, enrolada nos seus braços, com o cheiro do sexo e do lubrificante no ar, eu sabia que aquela noite, como todas as outras com ele, seria uma história que eu iria reler na minha mente vezes sem conta.
Quer ver e conversar em direto? Câmeras ao vivo aqui.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.