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A Segunda Chance do Ricardo
Marica, vou te contar uma das histórias mais malucas da minha vida amorosa, que por acaso acabou me dando o meu último namorado, o Ricardo. Isso foi há uns dois anos, quando eu ainda estava no auge dos meus 33 anos, trabalhando naquele salão chique no Jardins.
O Ricardo era um dos representantes de uma marca de cosméticos que a gente usava, um gato alto, moreno, com uns olhos verdes que pareciam ler sua alma e um sorriso que deixava qualquer uma de pernas moles. A gente se via nas reuniões mensais, e aquele flerte já rolavam há meses, aquele olhar mais demorado, um toque aqui, outro ali, aquele clima que só quem já viveu sabe como é.
O problema? O homem era comprometido. E não era com qualquer uma. Era com uma tal de Patrícia, que pelas fotos que ele me mostrou uma vez por descuido no celular, era… bem, vamos ser educadas e chamar de “cheinha”. Muito cheinha. Mas ele vivia reclamando que o relacionamento estava uma merda, que eles não se entendiam mais, aquele papinho clássico de homem infeliz. E eu, como a otária que sou me deixando levar por um par de olhos verdes, caí na conversa.
A gente começou a trocar mensagens, no início era sobre trabalho, depois foi migrando para assuntos pessoais, e em duas semanas já estava aquela coisa quente, com uns áudios sugestivos e umas fotinhas ousadas (minhas, claro, porque ele era “discreto”). Combinamos de nos encontrar num barzinho discreto, longe do trabalho e, supostamente, longe do radar da gorda. A ideia era tomar um drink e ver no que dava. No que deu? Num hotel barato na Consolação, porque a química tava tão forte que a gente mal conseguiu terminar o primeiro copo.
Entramos no quarto, e já fomos se pegando com uma urgência de adolescentes, a língua dele na minha boca, as minhas mãos puxando o cabelo dele, aquele calor subindo. Eu já estava com aquele fogo na boceta, molhando a calcinha só de pensar no que ia rolar. Ele me levou para a cama, tirou minha blusa, meu sutiã, e começou a chupar os meus peitos com uma fome que me deixou ainda mais excitada. “Você é tão gostosa, Cristina”, ele gemeu, e eu só conseguia arquear as costas, sentindo aquele desejo todo.
Mas aí, caralho, a porra do celular dele tocou. E não era toque normal, era aquele toque especial, personalizado. A “Paty Gorda”, o nome que ele tinha salvo, apareceu na tela. Ele ignorou, continuou no que estava fazendo, mas dava pra sentir uma pequena mudança, uma energia diferente. A gente continuou, eu desci a mão para o pau dele, querendo sentir aquele volume que eu tanto imaginava. E, marica, para meu desespero, ele estava… mole. Não era uma meia-bomba, era uma linguiça morna, flácida, que não respondia aos meus estímulos.
“Relaxa, amor, é a tensão”, ele disse, tentando se justificar, mas o tom de preocupação na voz dele era evidente.
Tentei de tudo. Chupeta, mão, uns gemidos mais teatrais, nada. A coisa estava parecendo um espaguete cozido demais. E o celular não parava. Tocava, parava, e tocava de novo. A cada toque, ele dava uma olhada rápida, e eu via a ansiedade nos olhos dele. A atmosfera, que era quente e pesada, foi esfriando mais rápido que cerveja em balde de gelo. A minha boceta, que estava um vulcão prestes a entrar em erupção, foi secando. A frustração foi tão grande que eu acabei me afastando, sentando na beira da cama.
“Melhor a gente parar, Ricardo. Não tá rolando”, eu disse, tentando não parecer magoada, mas por dentro estava uma mistura de raiva e pena.
Ele ficou constrangidíssimo, se desculpando mil vezes, dizendo que era o stress, o trabalho, a situação com a namorada. A gente se vestiu em silêncio, aquele clima mais pesado que chumbo. Ele me levou pra casa, e eu fiquei pensando: “Pronto, Cristina, se fodeu de novo. Se meteu com homem comprometido e ainda saiu com a frustração de não ter sido comida.”
Bloqueei ele de tudo no dia seguinte. Não por raiva, mas por vergonha alheia e para não dar margem a mais nada. Mas, o filho da puta era teimoso. Dois meses depois, ele me procurou no salão, pessoalmente. A Patrícia e ele tinham terminado. De verdade, dessa vez. Ele tinha se mudado, bloqueado ela de tudo, e a primeira coisa que ele pensou foi em mim. E ele veio com uma determinação no olhar que eu nunca tinha visto.
“Eu te devo uma noite, Cristina. E eu sempre pago minhas dívidas.”
Marica, alguma coisa naquele homem era diferente. A insegurança tinha ido embora. A gente foi para o meu apartamento, e dessa vez, não houve celular, não houve desculpas. Foi selvagem desde o primeiro segundo. A gente nem chegou no quarto. Ele me pegou no corredor, me levantou, eu enrolei as pernas na cintura dele e a gente se beijou com uma fúria que parecia que ia consumir a gente. Ele arrancou minha roupa, eu arranquei a dele, e quando eu vi o pau dele, meu Deus, era uma coisa linda. Duro, veiudo, pulsando de tesão. Aquele mesmo que tinha falhado antes agora era uma arma.
Ele me jogou no sofá, abriu minhas pernas e caiu de boca na minha boceta como um homem que tinha passado fome a vida toda. A língua dele era uma máquina, marica, ele chupou, lambeu, sugou meu clitóris com uma perícia que me fez gemer e gritar como uma doida em poucos minutos. Eu gozei na boca dele, e ele engoliu tudo, sem perder o ritmo, e subiu em mim.
Quando ele entrou em mim, foi como se encaixasse a peça que faltava. A piroca dele preencheu cada centímetro da minha boceta, que já estava latejando do orgasmo oral. Ele não meteu com dó. Meteu com raiva, com vontade, com um atraso de meses. Cada investida era profunda, certeira, batendo lá no fundo, no meu ponto G, fazendo meus olhos revirarem. “Essa boceta é minha agora, sua gostosa”, ele rosnou no meu ouvido, e eu só conseguia gemer e concordar.
Ele me virou de quatro no sofá, e a foda ficou ainda mais animal. As mãos dele agarravam meus quadris com força, e o som das nossas peles se encontrando enchia o apartamento. Ele me puxava pelo cabelo, me dava tapas na bunda, e eu adorava cada segundo. Era uma mistura de prazer, dor e uma conexão do caralho. “Fala, sua puta. De quem é essa boceta?”, ele perguntou, no auge do tesão.
“É tua, Ricardo! É toda tua! Porra, me come!”, eu gritei, perdendo completamente a vergonha.
Ele me levou para o chão, me deitou de costas e levantou minhas pernas sobre os ombros dele. A penetração ficou ainda mais profunda, e eu juro que eu sentia ele no meu útero. Os olhos dele não saíam dos meus, e a intensidade era tanta que eu pensei que ia desmaiar. Gozei de novo, um orgasmo mais forte que o primeiro, que me fez tremer toda e gritar o nome dele. E ele, sentindo me contrair, soltou um gemido gutural e gozou dentro de mim, jorros quentes que me encheram e me fizeram sentir marcada, possuída.
A gente ficou deitado no chão da sala, ofegantes, suados, um em cima do outro, por uns bons minutos. Quando a gente se olhou, foi com um sorriso de cumplicidade e de “caralho, o que foi isso?”. A primeira tentativa tinha sido um desastre completo, mas a segunda… a segunda foi a transa que definiu nosso relacionamento. Ficamos juntos por um ano e meio depois disso, e o sexo sempre foi incrível, daqueles que a gente se arrasava na cama (e em todo canto da casa). A gente terminou porque os planos de vida eram diferentes, mas até hoje, quando lembro daquela noite, meu corpo ainda arrepia. A moral da história? Às vezes, a segunda chance é tudo que a gente precisa. E que nunca, nunca subestime um homem determinado a provar algo.


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