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Correntes (VI)
Eu estava muito confusa neste relacionamento. O que somos? Namoradas? Ela já havia me avisado que possuía relacionamento aberto com Carlos A. Eu já havia lido sobre, mas nunca imaginei fazer parte de um. Algumas noites ela demora um pouco mais. Sei com quem está. Devo aceitar, porém sinto ciúmes! Eu não consigo conciliar dividir seu corpo com outra pessoa. Esperei para ter a “conversa”. Odeio isso.
Esperei até umas 21:00 no sofá. Eu já me vestia mais a vontade, ensaiava fazer uma surpresa a ela, ficando só de calcinha. Hoje não farei isso. Precisamos conversar primeiro. A porta se abre e ela entra, linda como sempre, de olhos verdes muito bem delineados pela maquiagem de gatinho.
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Senta aqui, quero conversar uma coisa com você. Quero tirar dúvidas.
Ela sorriu, sentou a meu lado e me disse:
-
É a nossa primeira DR? Achei que ia acontecer antes. Peraí, me deixa tirar essa roupa apertada primeiro.
Ela saiu para o quarto e fiquei esperando. Ela voltou com aquela camisa que não consegue cobrir sua bunda. Obviamente, sem calcinha.
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Olha que quero conversar, nem adianta me seduzir dessa forma.
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Falei que queria ficar confortável. Quem tá seduzindo aqui é você.
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Vamos conversar antes, tá?
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Tá bom.
-
Então, queria entender nosso relacionamento. A gente faz sexo quase todo dia e sei que tem o Carlos A, que você vê ele sempre. Eu só queria saber o que somos, já que você o chamou de namorado.
-
A gente deveria ter conversado antes, né. Sim, ele é meu namorado de 3 anos. Sempre tivemos relacionamento aberto e sincero. Ele sabe de você. Eu sei que ele anda saindo com uma baixinha. Nós nos damos bem assim, só que até agora nunca tivemos alguém fixo nas nossas vidas.
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Você tá dizendo que temos um relacionamento?
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Claro que temos! Você pensa demais, deveria dar um tempo pra sua cabeça e aproveitar. Pode me chamar de namorada.
Meu coração bateu forte, como nunca antes. Namorada. Eu nunca namorei, no máximo fiquei com um menino ou outro. Então parei pra pensar, eu estava em um relacionamento lésbico com uma garota que tinha namorado. Como eu iria explicar isso pras minhas amigas? Nem poderia apresenta-la! Meus pais não iriam gostar. Ela se aproximou, me tirando desses pensamentos e fez um sorriso doce. Deu um selinho nos meus lábios e acariciou meu rosto. Me perdi nos seus olhos, eu havia entendido o que significava, não era apenas desejo e sim amor. A beijei novamente. Estava feliz, apesar do temor.
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Você tem ciúmes do Carlos A?
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Não tenho.
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Mentira. Sei que não gosta quando vou lá e demoro. Ele faz parte do nosso relacionamento, você precisa aceitar.
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Tá mas preciso ficar com ele também?
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Hahahahaha! Adoro sua inocência! Não precisa não! Eu tenho relacionamento com vocês dois mas vocês não precisam se relacionar entre si. Seja sincera, você deseja ele ou não?
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N-não.
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Mentirosa. Gaguejou, com sempre faz. Ele é muito gato e é pintudo. Não te julgo! Se quiser ele, fica entre os dois. Só não me rouba, você é muito gostosa, ele vai querer essa bucetona só pra ele!
Sorri e olhei para baixo.
-
Adoro quando age assim, tímida. Me dá vontade de abraçar.
Ela me abraçou, sem sexualidade nenhuma envolvida. Foi terno.
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Vou ser sincera, ele tá me enchendo o saco que quer te conhecer. Digo, de verdade. Também quer voltar a vir pra cá. Como se sente sobre isso?
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Não sei. Nunca estive nessa situação. Aceito da gente jantar e se conhecer. Preciso me acostumar, você me entende né?
-
Claro que entendo! Até se vocês não se derem bem não precisam ficar se encontrando. Vamos sair pra jantar, ele paga!
Eu ri com ela. Ela me beijou e nos abraçamos. Ficamos abraçadas, nos acariciando. Adorava o cheiro de seu cabelo, da sua pele. Começamos a nos beijar, toquei nos seus seios, os acariciando.
-
Trouxe algo pra você, um presente.
Ela procurou a bolsa, exibindo o bumbum enquanto pegava algo dentro dela. Ela chegou como se fosse uma gargantilha preta com elo prateado.
-
Agora é a minha parte de ter a DR. Lembra quando disse que seu corpo me pertencia, mas o meu não pertencia a você?
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Lembro.
-
Preciso saber se é o que você quer. Eu gosto de dominar, eu adoro mandar. Não te mostrei, tenho até um chicotinho e outras coisas. Na cama eu mando e você obedece. Você é submissa a mim. Eu mando e você faz. O que acha?
-
Nossa, muita coisa pra um dia só! Você vai me bater? Eu não gosto de sentir dor e nem fazer o que não quero.
-
Não! A menos que você queira. Quem faz o limite é você, não eu. Essa gargantilha indica sua submissão a mim. Veio até uma corrente de brinde!
-
Eu, eu não sei. Isso é sadomasoquismo?
-
Só é se você me quiser. Agora é só dominação. É só uma brincadeira e você adora. Já até lambi seu cuzinho. Pode voltar atrás se quiser. Enquanto você usar isso, eu entendo que é minha. Certo?
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Certo.
-
Se levanta e fica de costas.
Ela se levantou, levantou meu cabelo e ajustou no meu pescoço. Não era apertada e incomôda, mas eu sentia que havia algo ali. Talvez isso não me fazia esquecer o trato que acabamos de fazer. Ela me virou de frente colocou uma corrente fina, prateada. Ela tirou a camisa que vestia, ficando completamente nua. Então ela começou a me puxar pela corrente e eu a segui. Senti calor entre as pernas, será que eu sempre gostei de ser dominada e não sabia? Chegamos no quarto.
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Agora se deite.
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Tiro a roupa?
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Safada. Ainda não. Só se deite.
Obedeci. Fiquei deitada. Enquanto isso ela subiu na cama, de pé mesmo. Eu vi tudo por baixo, seu bumbum sua vagina. Tudo. Era uma visão excitante. Então ela começou a se abaixar no meu rosto. Ela sentou próxima do meu rosto, arrebitando a bunda em minha direção. Eu conseguia ver seu ânus rosado eseu vagina molhada. Ela puxou a corrente.
-
Chupa minha boceta.
Ela chegou mais perto e eu consegui passar a língua. Ela ficou mais molhada. Eu continuei com os movimentos com a minha língua. Ela estava em êxtase. Eu agarrei sua bunda continuei.
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Lambe meu cu, estou limpa.
Eu gelei. Eu nunca tinha feito isso. Ela puxou a corrente.
-
Eu lambi o teu. Lambe o meu. Faz o que tô te mandando.
Eu hesitei, quase desisti e pedi para parar. Havia algo tão sujo e incrivelmente excitante em fazer algo assim. Ela me obrigava a lamber seu ânus, enquanto sentada em cima de mim. Cheguei mais perto e passei a língua. Senti uma contração e um gemido. Me senti totalmente degenerada fazendo isso. Lambi de novo e continuei, entrei em um frenesi onde o nojo se transformou no mais puro tesão. Ela estava adorando, as contrações aconteciam a cada vez que a lambia.
Continuei assim até começar a masturba-la, até que gozasse com a minha língua no seu ânus. Quando terminei me sentia estranhamente transformada, é como se ela tivesse posto em prova minha submissão.
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Adorei! Você leva jeito!
Continuamos com o sexo sem limites a noite toda. Aquela corrente não me prendia, ela me libertava.
(Continua)
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