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histórias no motorhome
Aquele motorhome era minha única e genuína fuga. Comprei o velho Volksbus, gastei minhas economias toda transformando ele num cantinho meu, com cama de casal acolchoada, uma mini-cozinha e até um chuveirinho externo pra lavar a areia do corpo. Depois do término, daquela sensação de fracasso e de ter minha vida revirada pelo avesso, eu precisava da estrada. Precisava de solidão que não doesse, de paisagens que não me lembrassem dele. E foi assim que parei naquela praia quase deserta no litoral baiano, um trecho de areia branca e fina sem nenhuma placa de sinalização, só o mar esverdeado e alguns coqueiros balançando com o vento.
Estava lá há dois dias. Dois dias de ler livro até o fim, de dormir até tarde, de ficar horas olhando o horizonte sem pensar em absolutamente nada. Na tarde do terceiro dia, resolvi dar um longo passeio pela orla. Foi quando o vi. Uns duzentos metros adiante, um homem pescando. Só a silhueta dele contra o sol poente já chamou atenção: ombros largos, cintura fina, pernas longas enfiadas numa bermuda surrada. Decidi, por pura ousadia solitária, passar perto dele. Quando cheguei mais perto, ele virou o rosto e sorriu, como se já me esperasse. E meu Deus, aquele sorriso. Não era só bonito, era… convidativo. Tinha uma promessa de safadeza escondida ali, nos cantos da boca, que fez um calor subir da minha barriga para o peito.
“Algum peixe?” perguntei, tentando soar descontraída, mas minha voz saiu um pouco mais rouca que o normal.
“Nada. Eles devem estar de folga hoje”, ele respondeu, a voz era grave, calma, como o som das ondas quebrando mais adiante. “Você é daqui?”
“Tô de passagem. Moro no motorhome ali.” apontei para o meu cantinho, uma mancha branca e azul distante.
“Ah, então é você a dona da casa sobre rodas. Vi chegar. Coragem viajar sozinha.” ele elogiou, e o olhar dele desceu pelo meu corpo, não de forma vulgar, mas de apreciação genuína, e parou na minha boca por um segundo a mais do que o socialmente aceitável. Aquele olhar foi como um toque físico.
A conversa fluiu naturalmente. Ele se chamava Gael, era surfista e fotógrafo, e também estava “fugindo do mundo um pouco”. Contou histórias de viagens, de praias escondidas, e eu me perdi na maneira como ele gesticulava, na veia que saltava no seu braço quando ele apontava para o mar, na sombra da barba por fazer no seu queixo forte. O sol começou a se por, pintando o céu de laranja e roxo, e uma brisa mais fria começou a soprar. Eu tremia levemente, mas não de frio.
“Você tá tremendo”, ele notou, e seu instinto protetor pareceu surgir. Sem cerimônia, ele tirou a camisa de flanela que estava amarrada na sua cintura e a colocou sobre meus ombros. O tecido estava quente do corpo dele e cheirava a mar, a sol e a algo profundamente masculino. Foi um gesto simples, mas tão íntimo que me deixou sem ar.
“Obrigada”, sussurrei, puxando a camisa para me agasalhar melhor, envolvida no aroma dele.
“Vou te acompanhar até seu motorhome. Essa praia é deserta mas à noite pode ficar meio obscura.” ele ofereceu, e eu apenas concordei com a cabeça, o coração batendo tão forte que eu temia que ele ouvisse.
Caminhamos em silêncio, o only o som das nossas pegadas na areia e do mar ao longe. A escuridão foi engolindo a praia, e as estrelas começaram a aparecer, uma a uma. A tensão entre a gente era palpável, um fio elétrico esticado, prestes a faiscar. Chegando no motorhome, eu me virei para ele. A luz prateada da lua iluminava seu rosto, destacando seus lábios.
“Quer entrar? Tenho um vinho tinto aqui. A noite tá ficando fria.” convidei, a voz um pouco trêmula.
Ele hesitou por um segundo, mas o sorriso que returned to his face was all the answer I needed. “Aceito o convite.”
Dentro do motorhome, o espaço era pequeno, íntimo. Acendi apenas as luzes LED amarelas que corriam pelo teto, criando um clima aconchegante. Ele se sentou no banco da dinette, e eu busquei o vinho e duas taças de plástico (afinal, era motorhome). Nosso joelhos se tocavam sob a mesa pequena. A conversa retomou, mas agora era diferente. Mais carregada. Mais pesada. Ele contou que tinha saido de um relacionamento longo também, e que estava there para se rediscover. Eu me vi em suas palavras. Rimos de coisas bobas, mas nossos olhos não paravam de se encontrar e desviar, num jogo de sedução antigo e irresistível.
Até que, durante uma risada, ele colocou a mão na minha perna, logo acima do joelho. A palma da sua mão era quente, áspera de calos, e o toque foi como um choque. Ele não moveu a mão, apenas deixou ali, seu polegar fazendo um movimento circular quase imperceptível sobre minha pele. Eu olhei para aquela mão, depois para seu rosto. Seus olhos estavam fixos em mim, escuros, intensos, perguntando sem palavras. O ar dentro do motorhome parecia ter ficado mais quente, mais pesado. Eu podia ouvir minha própria respiração. O barulho do mar lá fora era o som de fundo perfeito para aquele momento.
Foi quando eu perdi o pouco de pudor que ainda me restava. Olhei fixamente para seus lábios e disse, com uma voz que não parecia minha, baixa e carregada de desejo: “Se você não me beijar agora, vou te beijar.”
Não dei tempo para ele responder. Fechei a distância entre a gente e capturei seus lábios com os meus. Foi como acender um rastilho de pólvora. Um simples beijo explodiu em uma fome voraz. Ele respondeu com a mesma intensidade, seu braço envolvendo minha cintura e me puxando com força contra seu corpo. Eu caí no colo dele, sentando de frente, e aí senti: o pau dele, duro e imponente, pressionado contra a minha perna através da calça jeans. Um gemido baixo escapou da minha garganta e foi engolido por seu beijo.
Comecei a rebolar lentamente sobre ele, sentindo o volume do seu pau crescer ainda mais sob o tecido, esfregando meu clitóris nele, já totalmente excitada. Ele gemia contra minha boca, suas mãos agarrando minhas nádegas com força, puxando-me ainda mais contra sua ereção. “Você é tão… fodida”, ele rosnou no meu ouvido, e as palavras vulgares me excitaram ainda mais.
Num movimento fluido, ele se levantou comigo nos braços – surpreendentemente forte – e me levou para a cama no fundo do motorhome. Deitou-me sobre o edredom fofo e se posicionou sobre mim, seus quadris entre minhas pernas. Seus beijos desceram pelo meu pescoço, até meus seios. Ele puxou meu vestido de alcinha para baixo, libertando meus seios, e levou um deles à boca, chupando o mamilo com uma mistura de ternura e voracidade que me fez arquejar de prazer. Sua mão livre meanwhile, desceu pelo meu ventre, encontrou a barra da minha calcinha e, com uma destreza impressionante, a puxou para o lado.
Seus dedos encontraram meu centro, já encharcado. “Caralho, você tá molhada assim pra mim?”, ele sussurrou, e a surpresa na sua voz era um tesão a parte. Ele circulou meu clitóris com a ponta dos dedos, me fazendo contorcer na cama. E então, sem aviso, ele deslizou para baixo na cama, pegou a calcinha com os dentes e a puxou completamente, jogando-a para algum canto escuro do motorhome.
Ele não perdeu tempo. Abriu minhas pernas e sua boca foi direto para mim. E cara… a maneira como ele me chupou. Não foi apressado, não foi só para lá e para cá. Foi uma estudo. Foi devoção. Ele usou a língua de uma maneira que eu nem sabia ser possível: plana e firme para lamber todo o meu comprimento, depois pontiaguda e rápida para focar no clitóris, sugando-o levemente entre os lábios. E enquanto sua boca trabalhava magia na parte de fora, sua mão não parava: dois dedos entrando e saindo de mim, em um ritmo profundo e constante, encontrando um ponto lá dentro que fazia meus olhos revirarem. Eu tentava me segurar, mordendo meu próprio braço para abafar os gemidos, mas foi inútil. Uma onda de prazer tão intensa começou a subir da minha base da espinha que eu não consegui conter. Gritei seu nome, meu corpo arqueou completamente fora da cama, e eu gozei na sua boca de uma forma violenta e gloriosa, minhas pernas tremendo uncontrollably ao redor da sua cabeça.
Ele não parou. Continuou me chupando, suavemente agora, prolongando a minha onda de prazer até eu quase suplicar por misericórdia. Só então ele subiu, seu rosto brilhando com a minha umidade. Ele me beijou profundamente, e eu pude sentir o meu próprio gosto salgado e doce em sua boca, o que foi incrivelmente erótico. Enquanto nos beijávamos, suas mãos abriram o botão da minha bermuda e puxaram o zíper. Ele se livrou das roupas num instante, e então eu vi. Seu pau era tão impressionante quanto o resto dele: grande, grosso, veiudo e perfeitamente ereto, a cabeca already slick with precum. Ele pegou uma camisinha na mochila dele – sempre preparado – e rolou nela com uma prática que me deixou com ainda mais tesão.
Ele se posicionou entre minhas pernas, que eu abri para ele sem qualquer vergonha. A ponta do seu pau pressionou minha entrada, já tão relaxada e molhada do seu oral. Ele me olhou nos olhos, como se pedindo permissão uma última vez. Eu only consegui puxar ele para cima de mim. E então, com um único movimento fluido e firme, ele me penetrou completamente.
O ar saiu dos meus pulmões. Era uma sensação de preenchimento total, absoluto. Ele era grande o suficiente para me esticar de uma maneira deliciosamente dolorosa, mas o meu tesão e a lubrificação natural fizeram com que ele deslizasse para dentro sem nenhum problema real. O encaixe foi perfeito, como se nossos corpos tivessem sido feitos um para o outro naquele exato momento. Ele ficou parado por alguns segundos, enterrado até o fundo em mim, nos beijando, nos olhando, deixando eu me acostumar com a sensação avassaladora de tê-lo dentro de mim.
E então ele começou a se mover. Lentamente no início, puxando quase completamente para fora e então entrando de novo, fundo. Cada embate fazia o motorhome balançar levemente, e o rangido suave das molas da cama se tornou a trilha sonora da nossa foda. Eu envolvi minhas pernas around his waist, puxando-o ainda mais para dentro de mim, e meus braços around his neck. Meus gemidos eram altos, abafados apenas pelo som do mar, que entrava pela janela entreaberta. “Você é tão apertada… tão gostosa”, ele rosnava no meu pescoço, suas estocadas ficando cada vez mais rápidas, mais profundas, mais urgentes.
A mudança de ângulo foi mínima, mas suficiente. De repente, cada socada dele acertava em cheio no meu ponto G. Meus gemidos se transformaram em gritos abafados. “Ai, caralho! Right there! Don’t stop, por favor, não para!” Eu estava perdendo completamente o controle, minhas unhas cavando suas costas, meu corpo suado colado no dele. O calor dentro de mim estava se acumulando de novo, mais rápido e mais intenso desta vez. Ele sentiu, porque seu ritmo became ainda more feroz, mais animal. O motorhome balançava visibly, e eu não me importava se o mundo inteiro estivesse olhando.
“Vou gozar…”, eu gemi, e a admissão foi o estopim para a minha própria queda. A segunda onda de orgasmo me atingiu com uma força avassaladora, um turbilhão de sensações que fez meu corpo convulsionar debaixo dele. Meus músculos vaginais se contraíram violentamente around his dick, e eu gritei, uma sound raw e primal que veio do mais profundo do meu ser. O meu climax foi o sinal que ele precisava. Com um grunhido gutural, ele enterrou o pau até as bolas em mim e ficou rigid, sua own expressão de puro êxtase enquanto ele gozava dentro da camisinha, dentro de mim, suas own contrações misturando-se com as minhas.
Ele desabou sobre mim, suado e ofegante, seu peso sendo o coisa mais comforting do mundo. Ficamos assim por longos minutos, entrelaçados, tentando recuperar o fôlego, o only som sendo nossa respiração ofegante e o mar. Aos poucos, o mundo exterior começou a voltar. Ele saiu de mim de forma suave, deitou ao meu lado e me puxou para um abraço, meu rosto against his chest. Não dissemos nada. Não precisávamos. O cheiro do nosso sexo, do sal do mar e do suor misturava-se no ar quente do motorhome. Ele pegou a camisinha, amarrou e jogou num lixo próximo, depois me puxou de volta para seus braços.
Na manhã seguinte, acordei com o sol entrando pela janela e a cama vazia ao meu lado. Por um segundo, pensei que tinha sonhado tudo. Mas então senti o cheiro dele no travesseiro ao lado e a leve dor between my legs, a pleasant lembrança do que aconteceu. Sentei na cama e vi uma nota deixada na pequena mesa, weighted down pela taça de plástico.
“O mar chamou. Até a próxima maré. – G.”
Sorri, pegando a nota. Não era um romance. Era apenas uma maré, uma conexão intensa e passageira como as ondas que quebram na areia e depois recuam. Mas caralho, que maré foi aquela. E enquanto eu via seu shape distante já entrando no mar com sua prancha, meu corpo todo ainda formigava com a memória da noite anterior. A viagem prometia.
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