Eu te odeio
Mike se deitou ao lado dela, ofegante, os olhos fechados, tentando recuperar o controle do próprio corpo. Mas Emilly… não estava satisfeita.
Ela virou o rosto devagar, encarando-o com aquele brilho malicioso que só aparecia depois que ele a fazia gozar e chorar ao mesmo tempo.
— Você disse que me odeia. — Ela falou baixinho, quase um sussurro venenoso.
Ele não respondeu.
— Mas continua gozando dentro como se fosse a última coisa que vai fazer na vida.
Mike abriu os olhos devagar.
— Vai começar de novo?
— Só tô constatando fatos, Mike. Tipo… o fato de que você precisa de mim. — Ela deslizou a ponta do dedo no peito suado dele, provocando. — Que você gosta quando eu sou má com você. Gosta quando eu te irrito.
— Eu gosto de calar sua boca.
— Então cala.
Ele virou o rosto para ela, os olhos já escurecendo de novo.
— Você não cansa?
— Não. — Ela sorriu. — E sabe por quê? Porque eu descobri o que te faz perder o controle.
— Cuidado, Emilly.
— Você gosta quando eu grito, quando eu minto, quando eu bato o pé… — Ela levantou da cama, nua, e caminhou até o outro lado do quarto. — Você gosta quando eu te desafio.
— Emilly…
— Vai me bater de novo ou vai só ficar aí com cara de macho frustrado?
A frase cortou o ar.
Ele levantou. Devagar. Os músculos tensos, o maxilar travado.
Ela recuou um passo, sorrindo provocante, as mãos nos quadris.
— Anda, Mike. Me mostra que manda. Me mostra que eu sou sua putinha mentirosa que precisa ser colocada no lugar.
Ele a alcançou em dois passos. Virou-a de costas, empurrou-a contra a parede, as mãos segurando sua cintura com força.
— Você quer isso? Quer me ver perdendo o controle?
— Quero que perca tudo por mim. — Ela mordeu o lábio. — E que me bata até eu chorar de novo.
O tapa veio seco. Forte. Na bunda. E ela gemeu como uma criança manhosa, rebolando só pra irritá-lo ainda mais.
— Sua vadiazinha manipuladora. — Outro tapa. — Você finge briga só pra levar mais palmada.
— Sim… — ela arfou. — Me pune, Mike…
Ele virou-a com brutalidade e a jogou de costas na cama. Subiu sobre ela, os olhos em chamas.
— Você me destrói. — Ele a invadiu com força. — E eu deixo.
— Porque você ama isso — ela gemeu, rindo entre os gritos. — Porque você ama a minha sujeira.
— Cala a boca.
— Me cala, então!
Ele segurou o rosto dela, prendeu seus pulsos no colchão com uma das mãos e enfiou tão fundo que ela gritou de prazer. Estocadas violentas, dominadoras, cruas.
— Eu te odeio tanto… que só sei gozar dentro de você.
— Então me fode até me odiar mais.
E ele obedeceu.
Até os dois esquecerem o que era verdade e o que era jogo.
Até só restar o prazer.
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