Agosto 21, 2025

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Meu primeiro conto... ou quase.

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Todos os dias eram iguais. Exatamente iguais. Terrivelmente iguais.

Acordava às 5h30, lavava o rosto e encarava meu reflexo no espelho. Ok. Perguntava-me se teria coragem de pegar o batom vermelho em cima da pia e passá-lo nos lábios. Meu reflexo devolvia o olhar e negava. Sempre negava. Chamaria atenção demais. Eu não podia ser… ousada.

Logo estava no ponto, esperando o mesmo ônibus de sempre. Mas, naquele dia, o final não foi o mesmo. O ônibus atrasou, e acabei tendo que chamar um Uber.

A primeira coisa que senti ao entrar no carro foi o forte cheiro amadeirado. Com certeza o motorista era vaidoso. E bonito. Uma carinha de ousado.

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— Bom dia! — disse ele.

Balancei a cabeça e sorri sem ânimo. O mesmo sorriso que carregava o dia inteiro.

— Oi.

— Não gostou do cheiro? Percebi que você fez uma caretinha.

Arregalei os olhos. Sempre fui muito expressiva, mas não imaginava ser tão transparente. Droga, meu rosto mostrava demais.

— Meu Deus, me desculpa!

— Tudo bem, tudo bem! — respondeu ele, sorrindo. E foi o sorriso mais meigo que já tinha visto.

Foi naquela corrida, pela primeira vez, que falei mais do que a outra pessoa. O motorista se chamava Gustavo e logo se mostrou inteligente, confiante e incrivelmente respeitador. No começo, tudo parecia inocente. Gustavo trocou contatos comigo e uma amizade começou a nascer. Saíamos juntos, fazíamos “noite do cinema” e nos divertíamos. Pela primeira vez, eu estava me permitindo aproveitar. Com ele, tudo era mais leve.

Mas, como dito, foi inocente apenas no início. Houve um dia específico em que passei a desejá-lo. Estava na casa dele, servindo de cobaia para seus testes culinários. Quando a comida e o papo terminaram, ele me acompanhou até a porta. Ofereceu carona, mas não aceitei. Vê-lo cozinhar havia me deixado com calor. *Um calor específico. Numa área específica.*

Durante o abraço de despedida, os corpos se tocaram mais do que nas últimas vezes. Os braços de Gustavo eram incrivelmente firmes. Eu queria… mas não, não era certo. Éramos apenas amigos, certo? Bem, logo os julgamentos deram lugar à sensação. Foi rápida, como o estalo de um fósforo. Depois daquele dia, não consegui mais parar de desejá-lo.

Por meses tortuosos, fantasiava com Gustavo me possuindo de quatro, segurando meu cabelo e me chamando de boa garota. Dizendo que minha boceta era a mais gostosa que ele já tinha provado.

Com o tempo, as brincadeiras inocentes entre nós ganharam um peso diferente. Gustavo era um chato provocador, e eu sempre acabava discutindo com ele. Nada acalorado, apenas debates sobre a vida, o espaço, os sentimentos. Eram trocas de farpas que, no fundo, me excitavam — embora eu não admitisse.

Numa sexta, estava sentada na cama dele, onde eu dormiria, quando entrou no quarto. Pediu licença antes — o que adorei, para ser sincera. Dormíamos juntos algumas vezes, na mesma casa, não na mesma cama. Depois das sessões de filmes, se ficasse tarde, eu acabava dormindo por lá.

Naquele dia, uma revista caiu de cima do guarda-roupa quando ele o abriu: falava sobre a psicologia do desejo. Ele fez um comentário ácido, e senti que estava me chamando, como sempre, para brigar. Trocamos farpas, argumentos… até ele me calar.

— Então ceder ao desejo é liberdade? — perguntei, arqueando a sobrancelha. — Não concordo.

— Seria, no mínimo, a recusa em viver a vida contida, como se tudo pudesse ser medido.

E então ele sorriu. Um maldito sorriso que o fazia parecer o homem mais dominador do mundo. Completamente seguro de si. Aquilo me deixava tentada a largar meus brinquedos e arriscar. Tinha certeza de que o pau dele combinaria com meu vibrador. Mas apenas suspirei. Fugi. Como sempre.

Gustavo deixava cada vez mais claros os próprios interesses, embora sempre respeitasse meus limites. Eu queria ceder, mas tê-lo correndo atrás de mim era igualmente prazeroso. Se aquilo era o “jogo da sedução”, eu amava jogar.

Até que houve aquela noite. A noite em que recebi um nude de Gustavo. Na verdade, apenas sombra. Pelo contorno, percebi que era um homem. Ele. O pau exposto. Havia algo de sensual naquela fotografia que brincava de mostrar. Eu quis tanto tê-lo. Ser dele.

Mordi o lábio. A boceta respondeu imediatamente. A mensagem que acompanhava a foto era curta: “Meu apartamento, se quiser. Você é livre.”

De repente, travei. Lembrei do porquê minha vida era tão diferente antes dele. Sempre tive medo de viver. Medo de que coisas ruins viessem logo depois das boas. Estava cansada. Cansada de viver no automático. Decidi não dar ouvidos aos julgamentos da minha mente. Por um minuto, viveria. Naquela noite, viveria.

Tomei banho, vesti uma lingerie por baixo do vestido e peguei as chaves de casa.

Quando cheguei e ele abriu a porta, lembro de ter dito qualquer coisa, nervosa. Ele me puxou pela mão rapidamente — estava pelado. Quando fechou a porta, me pressionou contra ela. Corpo contra corpo. Encostou a testa na minha e riu da minha falha tentativa de beijá-lo. Eu não conseguia sequer tocá-lo como queria, porque eu queria muito, queria tudo. E sentir seu pau duro nas minhas pernas não estava ajudando.

— Você me fez esperar tanto — sussurrou perto do meu rosto. — Não é justo, é?

Sorri, perdida, corada. Ele se afastou e me levou até o quarto. Lá, me fez dar uma voltinha, elogiando-me. Achei doce, mas durou pouco. Logo me pegou pelas coxas e me jogou na cama. Se aproximou, corpo sobre corpo.

— Vamos devagar. Você vai ser a minha menininha safada. Gosta disso? — murmurou no meu ouvido, batendo levemente o quadril contra o meu.

Balancei a cabeça, entregue. Aquele filho da puta sabia que eu queria. O queria.

E então aconteceu. Suas mãos tiraram meus sapatos e ele passou a beijar cada parte do meu corpo. Quando chegou ao pescoço, minhas pernas se apertaram ao redor dele. Meu corpo foi ficando molenga, fraco, vulnerável.

Ele abriu minhas pernas, bruto, como se desse bronca, mas sempre atento ao meu conforto. Eu estava entregue. E amei sentir seu pau esfregar por cima da minha calcinha minúscula. Até mesmo a pressão do peito dele contra o meu me excitava. No ouvido dele, pedi por pau. Meio que implorei sem vergonha. Ele negou, puxou minha calcinha para o lado e continuou esfregando.

A sensação do duro no sensível era incrível. Apertei Gustavo, mas logo o perdi. Ele desceu, deixando o rastro da respiração na minha pele.

— Olha só o que temos aqui… tá com tesão, né?

Tentei ousar com uma resposta ácida, mas apenas suspirei. Coloquei a mão na cabeça dele e o guiei até minha boceta. Eu estava pronta. E mesmo assim quase vi estrelas quando a língua dele tocou meu clitóris. Era como se tivesse chamado minha boceta para um encontro.

Sei que apertei os lençóis várias vezes. De prazer, claro. Achei que fosse derreter na boca dele, e não me importava. Estava pronta para aquela bênção. Olhar para baixo era golpe baixo. Ver minha boceta carnuda escondendo a língua dele era incrível.

E ele não bancou o sedutor provocativo. Gustavo fodia sério. Quando percebeu que eu ia gozar, não parou. Intensificou. Friccionou meu clitóris até eu explodir. Gozei. Gozei sem culpa.

Ainda assim, nada em mim estava saciado. Puxei-o para cima e beijei sua boca molhada. Queria encontrar a história do meu corpo em seus lábios.

— Ceder realmente é libertador — admiti, sorrindo.

Ia acontecer mais. Eu tinha certeza. Mas alguém bateu na porta. Tive que me trocar. Fiz isso em paz e sem pressa, porque Gustavo deixou a chave do quarto comigo e disse que eu tinha todo o tempo do mundo. Ainda me avisou que comprou caixas de bombons e deixou na geladeira. E provavelmente pediria comida. *Para dois.*

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