Junho 17, 2017

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Mil Pedaços

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Eduardo tinha o seu olhar perdido quando escutava as palavras de Padre José, com o olhar marejado de lágrimas lembrava-se dela e dos planos e sonhos que foram destruídos. Definitivamente aquele final de ano havia sido o pior de sua vida. “Mas por quê?… eu não errei, fui honesto, fiz tanto por…”. Sozinho num banco no canto daquela Paróquia, olhou para os lados e limpou sutilmente os olhos. Segurava-se para não chorar, sentia seu coração apertado, nunca sentira tamanha dor.

 

Neste dia, a noite deitado em sua cama pensativo, resolveu que transformaria sua vida, iria fazer de tudo para esquecê-la.

 

Alguns dias depois distraído na Internet acabou encontrando Cristina, uma velha amiga. Após alguns minutos de uma conversa safada e repleta de provocações marcaram de sair na sexta-feira e assim foi. Conforme combinado Eduardo pegou-a em frente à Faculdade, decidiram o destino juntos dentro do carro então acabaram em um Rock Bar.

 

Conversaram, riram muito e juntos tomaram algumas doses daquela bebida que outrora estava presente em momentos extremamente prazerosos. Enquanto tomava algumas doses flashes traziam lembranças daqueles momentos, das brincadeiras a dois, das trocas de carícias, das palavras e promessas. Esforçando-se para afastar aqueles pensamentos Eduardo tomou Cristina nos braços e a beijou, “este sabor… não, não!!”, o sabor daquele beijo que antes deixava tudo mais excitante agora entrava como uma facada em seu coração.

 

Pelas 3h da manhã saíram do bar, e entraram no carro de Eduardo. Inclusive alguns dias depois ele pode constatar pelas multas que recebera que havia pisado muito além do normal naquela noite. Dirigiram-se para um motel e Eduardo não conseguia entender o porquê involuntariamente tudo o que fazia parecia machucá-lo ainda mais. Quando entrava com o carro no motel e avistou aquela placa luminosa logo pensou “Puta que pariu… não é possível! Aqui não!”, mas já era tarde demais, minutos depois já estava dentro de um quarto com Cristina.

 

Cristina olhava-o, e mesmo vendo-o ali de frente para ela, algo que sempre desejou, não sentia-o tão presente. Cristina sabia da sua situação, antes de marcarem pra sair Eduardo havia sido muito honesto ao dizer que ainda pensava em sua ex-namorada, mas que estava a fim de sair e distrair-se sem compromisso, e ela aceitou, mas agora, tinha receio acabar se apaixonando.

 

Completamente nua deitada sob o corpo de Eduardo Cristina cavalgava sob seu cacete enrijecido ao mesmo tempo em que o beijava com carinho.

 

Eduardo olhava-a, “Karen…??”, a penumbra do quarto ajudou a esconder as lágrimas que desciam de seus olhos enquanto enxergava o rosto de Karen diante dele.

 

Cristina aumentava a intensidade, estava incrivelmente excitada sentindo aquele cacete dentro dela, até que voltando a beijá-lo ela chegou ao ápice e gozou. Eduardo sentindo aquela boceta mordiscar seu cacete durante o orgasmo gozou logo em seguida.

 

Ficaram ali deitados naquela cama e conversaram muito, lembraram-se do passado, dos amigos em comum e dos bons momentos que já tiveram. Depois de deixarem o motel Eduardo deixou Cristina em casa e antes de sair do carro ela olhava-o com o coração apertado, o desejava, e preocupava-se bastante com ele, principalmente ao enxergar seu sofrimento através daqueles olhos. Olhos estes que ela tinha a certeza de que não lhe pertenciam e já pressentia que o perderia e infelizmente assim aconteceu.

 

5 meses depois…

 

A vida de Eduardo realmente havia dado uma reviravolta, baladas, bebidas, mulheres e drogas. O modo com que tratava sua família e as pessoas ao redor não havia mudado, tinha a consciência de que não queria preocupar ninguém, e se tivesse alguma vida que tivesse que ser prejudicada esta deveria ser somente a sua. Durante o ano saiu praticamente em todos finais de semana, às vezes durante a semana, frequentou os melhores e piores prostíbulos da cidade e provou de quase todas as bebidas possíveis.

 

Sentia-se falsamente feliz durante aqueles momentos, e assim como em todas as noites de farra lá estava Eduardo sozinho ao volante do seu carro voltando para casa. Lágrimas desciam do seu rosto, até que não conseguia suportar mais e passava a chorar sentia um enorme vazio em sua vida. Vida esta que ele sabia que estava arruinando-a aos poucos e por alguém que certamente não merecia.

 

Na tentativa de tentar cair na real, enxergar que ela não o fazia bem Eduardo esforçava-se imaginando-a rindo dele com sua melhor amiga, e ainda feliz ao lado de um cara que de repente poderia até ser apaixonado por ela e uma boa pessoa. Esmurrando o volante do carro Eduardo gritava “Mas por quê??!!! Porque não me falou!! … por que… por que… o acordo era de sermos honestos, se terminasse, que terminasse bem… mas não”.

 

Os radares por onde passava registravam sua imprudência o velocímetro do carro já batia 130 km. No interior de seu carro a forte voz do líder da Legião Urbana ressoava na bela e triste canção Mil Pedaços, “o aniversário dela está próximo…”, lembrou-se da cesta com uma bebida e chocolates que havia mandado a ela em seu último aniversário “Será que eu devo…”, antes que pudesse concluir seu pensamento uma curva mais acentuada fez com que Eduardo perdesse o controle do carro e capotasse com inúmeras vezes naquela via.

 

Quando o corpo de Bombeiros chegou Eduardo ainda estava vivo. Aproximando-se dele um bombeiro tentava mantê-lo consciente, eis que num surto Eduardo segurou forte o braço do bombeiro e perguntou, “Eu machuquei mais alguém?”, o bombeiro respondeu que não e ainda perguntou o que havia acontecido. Eduardo apenas respondeu “As vezes dói mais do que podemos suportar…”, e assim que falou isto seus olhos logo perderam a vida. Emocionado com as palavras e a expressão daquele jovem lágrimas desciam dos olhos daquele bombeiro que sentia a perda daquele rapaz.

 

No dia seguinte um destes jornais sensacionalistas noticiava o acidente indicando o horário, local e a razão, “Na Madrugada, Drogas e o álcool leva a vida de mais um jovem na região Metropolitana de SP”. Um pastor e uma psicóloga discutiam o assunto e como sempre culpavam o governo e cobravam mais atitude perante o assunto. Mas sua família e amigos sabiam o quanto Eduardo era esperto pra vacilar assim, e alguns se arriscam em dizer que tudo aquilo foi por conta de um coração partido… um coração…

 

Há quilômetros dali Karen passava por aquele noticiário, mas sem prestar muita atenção trocou de canal e deitada no ombro de Marcos disse “Odeio estes jornais…”

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Uma resposta

  1. anônimo

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