Novembro 16, 2017

189 Visões

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MOMENTO

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A vontade de falar, gritar e pedir ajuda, angustiava entre o querer e o não poder. Emudecia assim os lábios cerrados.
Uma brisa sem mar põe-se adentro, abrigando em seu leito uma fragrância. Tal esta, tomava a sala, a casa, minha alma.
Que cheiro seria aquele? Que desconhecido e agradável aroma. De onde viria tamanha fragrância? Frasco nenhum poderia guardar esta cor. Cor dos meus olhos, consequentes do momento.


Viro-me em direção a brisa, que se fazia constante. Foi quando vi, a mais bela rosa desabrochar, vi o mar e seus mistérios e a lua cheia sorrir para o céu azul.
Meu sorriso congelou e meus olhos são, agora, minuciosos e atentos. As palavras se aglomeravam e entre os lábios, relutam para se fazerem ouvidas (Amo você!). Que vontade de tocar! Parecia estar dormindo e tudo se fazia em gloriosa sinfonia.
Eram negros, negros como à noite e sedosos como uma pétala. Domados pela brisa, os fios pareciam convidar meus dedos pra em sua veste penetrar.


Que encanto trazia na face, que na boca guardava lábios ardentes. Ao longe, tão gostosos, que temia provar o seu gosto.
E à impressão de observação, fez nascer um sorriso. Nesse momento vi o céu. Ah, como voei! Voei o mais alto que uma ave poderia alcançar. Aumentará aí o meu anseio de tocá-los, senti-los, beijá-los, de amá-los.
Aqueles olhos, marrons como um João de Barro, marrons como o cerrado em tempo de chuva. Deles, saíam um brilho que reluzia mais que o Sol.


Compunham o linear de seu nariz, traços finos e delicados. Nesse momento, quase me perdi…
Sua pele, serena e branda, deixava-me sedenta. Ah! Pudera passar a minha língua e retirar um pouco da cor de cada pintinha. Começaria por sua face, contornaria lentamente seus lábios e invadiria a sua orelha. Ah! Desceria para o pescoço em direção ao peito. Em movimentos suaves de fricção, sugaria de seus mamilos o fluido do desejo. Sentiria o calor ofegante de minha respiração. Ao morrer de tanto prazer, correria a língua umedecida para o seu umbigo e dele beberia o néctar da vida.


Ah, os braços! Firmes, fortes, demonstravam que nas veias o sangue pulsava como um vulcão em erupção.
As mãos, o que poderiam fazer aquelas mãos, de encontro aos meus seios, de encontro ao meu colo?? Dedos finos, onde mostrava a beleza total do ser. Ao interior de minha boca, que arde em chamas, iria o seu de do médio. Ah! Chuparia-o pressionando entre os meus lábios. Levaria a percorrer até a entrada da…
Ah, aquela calça! O que fazia ali, naquele momento? Tão azul, perdia toda a cor ao semblante do ser. O que será que meus olhos não puderam ver? Como seria estar debaixo daquela calça? Não só ver, mas também sorver a minha boca de encontro ao gozo. Ah!!


Caminhava tão leve como uma pluma, que parecia flutuar ao mais límpido olhar.
Os pés ocultos, sobre um verde musgo, prometiam segurança e certeza.
Ah! Como gostaria de ter aqueles momentos para mim!
Dentre paredes fugiu da visão.
A vontade incandescente fez com que o olhar perdido se dirigisse ao chão.
O aroma!! Imediatamente os olhos se afligem a procura.
Passos largos e precisos, revoltos ao meu ser. Se foi ao bater de uma porta.
O que foi aquela fragrância, aquela magia, aquela vontade de amar que permanece no ar?
Eram apenas desejos, desejos ocultos em meu olhar… naquele momento.

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  1. anônimo

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