Prazer, Shara
Minha cabeça dói, meus pés estão pesados, meus joelhos estão engessados como se dançasse por um noite inteira. Demoro a ter consciência do dia, da hora e do lugar que estou.
Me recupero. Pego meu celular. São 10hrs, o clima é quente. Estou completamente nu. Não consigo lembrar exatamente como fui dormir, nem como fui parar em casa. Em uma das mensagens da noite anterior, está escrito:
Chegou bem? Levou a menina em casa?
Menina? Não lembrava de ter saído com uma menina ontem. Na verdade, eu estava indo para um bar, tomar uma cerveja, botar conversa fora e esquecer a rotina cotidiana e cinzenta, que faz nossas vidas tediosas e causa abstinências de aventuras. Lembrava que cheguei, acenei para todos com a cabeça e virei para o garçom fazendo 1 com o dedo indicador.
A ficha foi caindo. Foi aí que tudo começou.
Eu já tinha ido nesse bar algumas vezes. Tinha dois andares, abaixo era escuro, movimentado, tocava rock a noite toda. Ao subir os degraus ao lado do palco, existia uma área a céu aberto, podia fumar, beber e interagir. Era mais restrito e bom para tomar um ar e conversar com mais intimidade.
Eu estava bebericando algumas garrafas de cerveja. Vestia uma calça preta de sarja, uma camiseta preta e os mesmos all star velho que me acompanhara há anos.
Nas caixas de som, guitarras arranhavam nossos ouvidos com suas distorções e solos. A bateria marcava os batimentos que se misturavam com a pulsação do meu corpo. O baixo do grave ressoava o ambiente e interligava toda aquela estrutura musical. Com certeza era aquilo que precisava para aquela noite.
Já me perdi no número de cervejas que estava tomando. Parecia ser mais de 01hr da manhã. Entre olhares e balançar de cabeça, observei uma pessoa no bar. Ela estava sozinha, era baixa, cabelos encaracolados e negros, vestia uma camiseta do Megadeth com mangas dobradas que revelavam as diversas tatuagens de seus braços. Fui em sua direção. Atravessei uns e outros e encostei nela assim que pegou sua cerveja do atendente.
Hey, você vem sempre aqui?
porra, sério? Não poderia ser mais clichê? Haha
haha não, desculpa. É que venho aqui há muito tempo e realmente, acho que nunca te vi aqui, se não, obviamente me lembraria de você.
não precisa se desculpar. Então, não é a primeira vez que apareço aqui, mas geralmente tô aqui nas sextas e não sábados.
então é isso. Prazer, me chamo JG.
De repente, essa memória se perde. Fleches de momentos, músicas altas, cheiros diferentes, tudo se mistura e obscuram o que eu tento lembrar. De repente, volta a imagem daquela mesma mulher. Agora estava na parte de cima do bar. Eu sentia meus pulmões cheio e com um leve sopro, expeli a fumaça refrescante do cigarro que nem se quer tinha levado. A mesma mulher estava comigo. Seu rosto mirava as estrelas, sorrindo. Ela também estava fumando o cigarro e falávamos sobre bandas de rock.
E você JG, o que curte?
Cara, de tudo um pouco, para falar a verdade. Não tenho uma preferência, ás vezes só coloco no modo aleatório e deixo que o spotify escolha minhas música.
Eu sou meio assim também, mas mais em relação ao rock. Não tenho um subgênero preferido, apenas gosto de todos.
Meus olhos piscaram. Não saberia dizer se segundos ou minutos. Todavia, nossos corpos estavam mais próximos e nossos olhos já estavam conectados. Puxei-a para perto e beijei sua boca. Era macia, molhada e gelada da cerveja. Ela seguiu me beijando. Sua língua penetrou minha boca e mostrou imponência. Por mais que a atitude tivesse vindo de mim, ela mandava na situação. Ela tinha o controle. Minhas mãos puxavam-na pela cintura, mas as dela seguravam na minha nuca e me diziam em que ritmo deveríamos dançar.
Me afasto um pouco e falo no seu ouvido para que consiga me ouvir além da música que tocava ao fundo.
Não esperava por isso.
Ela sorriu e me puxou de volta. Ficamos mais um tempo beijando e fumando. A noite foi passando e já eram quase 2hrs da manhã. Saímos juntos do bar. Eu disse:
Vai pegar Uber para casa?
Sim, estou vendo quando vai dar.
Podemos dividir, quem sabe? Moro aqui perto, não vai dar muito caro.
Eu moro mais longe… É, está dando R$45,00. Vou esperar um pouco.
Então, pra minha, tá dando menos de R$10,00. Quem sabe não vamos para lá e esperamos o valor baixar?
Ela agarrou meu celular, olhou o caminho que o carro faria e disse.
Tranquilo, é caminho, talvez fique mais barato por lá mesmo.
O Uber nos pegou e ambos fomos no banco de trás. Suas mãos alisavam minhas coxas e as minhas apertavam as dela. Seu beijo me enlouquecera. Era diferente. Eu precisava de mais. Era ousado, firme, dominante. Além de sentir o frescor, o molhado e toda aquela sensação que aguçava outros sentidos e sentimentos. Por fim, chegamos.
É aqui que moro, não repara na bagunça do Apê.
Tudo bem, não vou te julgar.
Sua mão deslizou por trás de mim, passando pelo final das minhas costas até a minha bunda que ainda foi empurrada para abrir passagem para ela passar. Apresentei-a a casa e disse que podia ficar a vontade. Ela tirou os sapatos e sentou no sofá. Abri umas cervejas que tinha na geladeira e me juntei a ela.
Mais alguns fleches e apagões. Ela estava em cima de mim, Eu sentado e ela de frente para mim, no meu colo. Seus braços abraçavam meu pescoço e minhas mão a seguravam pela cintura. Meus olhos fitaram seu corpo por inteiro. Logo após a tipografia do Megadeth, podia ver seus peitos sem sutiã que agora estavam marcando a camiseta. Era possível imaginar seus mamilos e os piercings que os cercavam. Eu já estava completamente excitado. Queria aquela mulher para mim. Minha mão esquerda apertou ainda mais sua cintura, enquanto a direta deslizou por suas costas e chegou até sua nuca. Trouxe-a para perto e beijei com tesão que estava exposto pelo volume que meu pau já fazia na calça. Nossas línguas se cruzavam como cobras. Deslizam irrigadas de saliva e gosto do prazer.
Ela se afastou. Me empurrou para que minhas costas se ajustassem no apoio do sofá e tirou a camisa da sua banda favorita, jogando-a em um dos descansos de braço. Enquanto ela fazia isso, o mundo girava em câmera lenta. Eu aproveitei cada segundo daquele momento. Meus olhos subiam junto à camiseta. Até que revelaram uma tatuagem escrita “angel” na sua costela e, ao meio do seu corpo, surge uma serpente que se enrola e desenrola dentre sues seios. Na ponta da serpente, uma lua e em ambos os lados, seus peitos macios, firmes e médios, com aréolas rosadas e dois pontos metálicos em cada um dos mamilos.
Oii, tudo bem?
Esse conto já está ficando bastante longo e não quero que vocês parem no meio do caminho haha.
Mas diz aí, gostou? Quer ler o que aconteceu?
Aliás, vocês vão ter que ler até o final para entender o título haha.
Fiquem a vontade para comentar ou conversar conosco sobre o que estão achando.
Beijinhos!
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