Agosto 5, 2022

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Sobre Iara (parte 1/2)

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Iara não possuía muito controle em sua vida. Com mudanças forçadas por seus pais, faculdades convenientes e empregos de necessidade, ela se via jogada de um lado para o outro pelas mãos da caótica Providência.

Portanto, a qualquer sombra de possibilidade, ela se via dominada por uma vontade de dominar. Seja no trabalho, pedindo urgência em relatórios que não precisavam de pressa, ou em restaurantes, cansando os atendentes com descrições de todos os pratos, e até mesmo em rodas de conversa, opinando efusivamente. Esta agressividade a tornava para muitos uma pessoa interessante, cativante, destacando-se por sua impulsividade e vontade explícita.

Gostava de ser o centro das atenções, e notava como as pessoas orbitavam em volta dela em mesas de bar, se agarrando a cada palavra. Esbaldava-se nesta proximidade cotidiana, e tinha o hábito de tocar nos ombros e braços de amigos próximos de modo jovial. Hábito este ajudava a criar uma intimidade física com seus amigos e amigas que seria mais difícil de alcançar de outras formas. O contato físico a estimulava, como gotas de água a uma flor sedenta. Meros joelhos e esbarrões de pé por debaixo da mesa eram o suficiente para despertá-la do estupor causado pela cerveja.

Do mesmo modo, na cama, ela exercia seu controle como bem entendia. Não necessariamente ficava por cima sempre, mas dizia o que gostava, o que queria. Seu prazer era primordial. “Isso, desse jeito. Agora me come de quatro. Agora deixa eu sentar na sua cara.” Sua comunicação aberta e explícita excitava suas companhias de cama, ela sabia, mantendo-as sempre a uma mensagem de texto de distância.

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Era uma pessoa que trabalhava em sua imagem, e gostava de colher os frutos deste trabalho. Fazia exercícios regularmente, andava nos parques e trilhas, gostava de tirar fotos de si e se ver retratada nelas, tomava sol o sempre que podia.

Sentia o calor do astro em sua pele, acordando levianamente seu corpo. Aquecia-se sentindo o olhar de outras pessoas na praia que a observavam deitada na areia, procurando o horizonte de seu bikini vermelho em seus vales.

Em um desses dias ensolarados, estreava um novo bikini, em padrões tropicais de vermelho, azul e amarelo, e uma parte de baixo totalmente amarela. Sentia-se especialmente gostosa naquele dia. Seu corpo já se encontrava bronzeado após vários dias de sol, com marcas de bronzeado aparecendo por debaixo da roupa.

O dia nublado não amenizava o calor. Pelo contrário, o clima abafado pedia a catarse de uma cerveja gelada. Apesar disto, ela se mantinha invicta estendida na areia. A novidade vestida a fazia se sentir irresistível, levando-a investir em incautos observadores.

Enquanto permanecia deitada de bruços na areia, um desses abria uma cadeira de praia a poucos metros de distância. Era um homem alto, grande, com um corpo potente. Sua barba declarava greve há alguns dias de negligência, mas seu cabelo era bem cuidado, em pequenos cachos escuros.

Iara, escondida por detrás de óculos escuros, fingiu que não notou a leve olhada que ele dera a ela, repousando brevemente ao longo de seu corpo.

De repente, o sol se intensificara, penetrando através das nuvens, cobrindo a praia pouco deserta com seus raios intensos.

O homem olhou para cima, sorrindo, e tirou um tubo de protetor solar de uma pequena bolsa de pano. Iara achou aquele sorriso um bom competidor com o sol, ambos resplandecentes e capazes de deixá-la quente.

Enquanto o homem passava o creme em seu corpo, Iara fingia desinteresse, mas propostalmente angulava seu corpo, deitando-se levemente de lado, para que pudesse espiar com o canto do olho o creme que se espalhava na pele da sua presa, como um tempero antes do abate.

“Tá quente hoje, né?” O homem iniciou. Iara sorriu ceticamente com aquela péssima introdução a uma conversa, mas pensou que qualquer fala seria válida para interagir com aquele homem.

“Tá, e eu nem achei que fosse sair esse sol todo. Não trouxe meu protetor”

O protetor de Iara estava plenamente cheio em sua bolsa, e ela sabia que uma mentira nunca seria uma boa maneira de começar uma interação, mas ela gostava da subversão e do sentimento de mistério que este tipo de coisa lhe causava.

“Você quer o meu? Tô acabando já”

Ele continuou, solícito. Levantava a cadeira da areia, meio sentado ainda, e com alguns pequenos pulinhos ao lado se aproximou de Iara. Estendeu a mão a ela e lhe ofereceu o tubo.

Iara ainda tinha outras cartas na manga. Se ele não fosse se oferecer, ela teria que incentivá-lo um pouco mais. “Obrigada. Posso pedir um favor? Você pode passar nas minhas costas? Eu queimo fácil nesse sol.”

Ela notava como esta premissa atiçava o homem, que sorriu, levantando-se da cadeira e se ajoelhando na areia ao lado dela. Iara notava sua sunga escura enquanto ele se aproximava, mantendo-se interessada.

Enquanto ele espalhava o creme em suas mãos, Iara afastava seu castanho cabelo ondulado, expondo seu pescoço. Ele começou então a passar lentamente nos ombros dela.

Ela respirava profundamente, sentindo as mãos ásperas mas firmes do estranho em seu corpo. Ela relaxava em sua canga, repousando a cabeça em suas mãos enquanto ele descia e protegia suas escápulas e costas.

Ele levantava gentilmente o fio do bikini para espalhar por baixo, talvez esperando uma reação, mas Iara apenas se manteve aonde estava, vendo até onde ia o toque do estranho. Finalmente, ele espalhou o protetor em sua lombar, logo acima de suas nádegas, e finalizou: “Prontinho”

“Bota um pouquinho aqui, por favor” Ela estendia a mão para ele, que esguichou o creme, obedecendo.

Ainda de lado, ela espalhou o creme em suas próprias nádegas, sabendo plenamente o efeito que teria nele. Seus óculos escuros obscureciam a sua linha de visão, mas ela fixava o olhar nos olhos daquele homem enquanto passava creme em sua bunda e coxas. Ele fingia que não via, talvez envergonhado ou intimidado, mas se mantinha ao lado dela.

“Me fala, quem que vem a praia sozinho?” Ela disse, com a cabeça deitada sobre suas mãos, virada para o estranho.

Ele sorriu, perplexo. “Ué, você também não está sozinha?”

“Eu estou esperando um cara que conheci no Tinder. Ele está atrasado” Ela disse, novamente munida de sua característica agressividade e irreverência. Testava a perseverança do estranho.

“Foda deixar uma mulher dessas esperando, viu?”

Ele sorriu em princípio de flerte.

“Não se preocupe, ele já perdeu. Achei algo melhor” Ela baixou os óculos, revelando seus olhos castanhos, brilhando ao Sol, sorrindo para o homem. “Sou Iara” Ela estendeu a mão.

Ele a cumprimentou com outro sorriso: “Theo”

A partir daí, eles conversaram debaixo do sol carioca, mudando de lugar algumas vezes, andando pela praia toda vez que pessoas apareciam, fugindo dessas aglomerações.

Conversaram sobre política, sobre trabalho, e sobre aplicativos de relacionamento. Iara era franca sobre, falando o quão difícil era achar um cara que não pensasse em gozar rápido e dormir em cima dela. Ele contava sobre boas e más experiências próprias com aplicativos, sendo menos aberto que sua companhia.

O sol esmaecia, indicando o fim da tarde, mas Iara estava fixa em seu objetivo: ela queria transar, e queria com aquele homem.

Preparavam-se para sair e seguir com o resto do dia, quando ela perguntou: “Vai fazer o que hoje de noite?” Vestiu um short jeans de cor ciano e uma camiseta sem mangas, enquanto esperava sua resposta.

Ele se vestia também, com uma bermuda cargo e camiseta de botão florida. “Não tenho planos. Amanhã tenho que acordar cedo”

Iara estreitou o olhar e falou subitamente: “Tô querendo sair com você.” Ela falou, incisiva. Notando a falta de resposta dele, ela sorriu e brincou: “Se não me comer hoje, nunca mais vai.” Ele se manteve calado, pensativo, mas cedeu e pediu o endereço dela e um horário para o segundo round.

Fim da parte 1

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