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Um caso de amor proíbido (parte 3)
Cheguei bem tarde, pois depois de levá-la, fiquei por um tempo caminhando pelo bairro, pensando no que me tinha ocorrido, o misto de amor, medo, e recusa, pois me senti de certa forma desconfortável com o remorso que senti, mas, também, a tempos não me sentia assim, bobo, como um adolescente apaixonado.
Então depois de uma boa caminhada, cheguei em casa, tomei um banho, e dormi, acordei no outro dia, com uma felicidade fora do comum, tomei um bom café, levei meus filhos para a escola, e fui para o trabalho, ao chegar, passei o olhar pelo escritório procurando ela, mas, não a encontrei, sendo assim, cumprimentei algumas pessoas, e me dirigi a uma mesa, reparei que as coisas dela não estavam lá, deduzi que ela estava atrasada, pois sabia que ela morava longe, dito e feito, dentro de 40 minutos depois, ela chegou, mas, estava diferente, radiante, como era antigamente, um lindo sorriso mostrando seus alvos dentes, brancos e brilhantes, um vestido rodado, pouca coisa acima do joelho, maquiagem leve, esbanjando alegria e vitalidade, ao ver essa cena, enquanto ela caminhava, meu coração saltava pela boca, minha respiração ofegava, e quando ela se abaixou para me cumprimentar, pude sentir seu doce perfume, ela se sentou, cruzou suas pernas, e começou a trabalhar, logo em seguida, meu cordenador chamou a nós dois para a sala de reunião, como percebi, que era somente nós dois, senti um pequeno gelo na espinha, mas me contive, em dado momento quando nos levantamos, cruzei o olhar com o dela, e senti uma tensão também, caminhando para a sala, reparei em alguns olhares, e então tive um estupor de medo, pois me dei conta que como haviamos transado lá, alguém podesse ter visto, e pior haviam câmera!!! Naquele momento senti um mau estar tremendo, chegando quase a desmaiar, ela percebendo, parou e perguntou se estava tudo bem, me recompus, e continuei andando, entramos na sala, sentamos a frente dele, então ele começou:
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Vendo a folha de ponto de vcs, percebi que sairam tarde da noite daqui ontem, gostaria de saber o motivo.
Então ela começou, reparando meu nervosismo, e de maneira bem calma.
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Sim, saimos mais de meia noite, estava ajudando a finalizar o relatório do deputado Costa, e por isso nem reparamos a hora passar, levou mais tempo que haviamos imaginado devido a extensão dos serviços prestados, mas, conseguimos concluir.
Eu vendo ela falar, completei.
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De fato! Inclusive se não fosse ela, não havia terminado, pois não sabia como finalizar da melhor maneira, pois não tive a devida apresentação referente a tratativa desses casos.
Então nosso coordenador prosseguiu.
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Perfeito, mas sabem que a empresa só libera duas horas de banco, sendo assim, as horas excelentes, não serão pagas.
Ambos aceitamos, afinal, valeu a pena né kkkk Então ele prosseguiu.
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Mas, não posso deixar de avisar também, e não que eu esteja acusando, nem alegando nada, mas, relacionamentos no ambiente de trabalho, não são aceitos, e caso ocorram, serão ambos penalizados.
De certa forma, ficamos assutados, mas agimos naturalmente. Ele continuou
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Não estou dizendo que vcs estejam tendo um caso, mas, a proximidade de vcs tem despertado certos comentários, desde a época do home oficce, porém, não tenho nada haver com o relacionamentos de ninguém, porém, tenho que fazer valer a regra.
Ambos concordarmos, mas eu completei.
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Não há com o que se preocupar, nosso relacionamento é estritamente profissional, até porque, eu e ela somos casados, e não temos interesse em relações amorosas no trabalho, pois estou aqui para cumprir minhas funções, e ela tem me ajudado e agregado muito com isso!
Falei de maneira bem firme e confiante, ela somente concordou, e meu cordenador prosseguiu:
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É justamente o que quero, e confio cegamente no trabalho de ambos, sendo assim, encerro a reunião.
Saímos da sala, eu com um ar de seriedade fora do comum, ela da mesma maneira, mas com certo ar de dúvida.
Sai dessa maneira justamente pois sabia que havia comentários a meu respeito, então, usando da psicologia, apresentei um ar confiante justamente para se encerrar os rumores.
Trabalhei normalmente naquele dia, porém, notei no semblante de minha colega, um misto de confusão e raiva, que ela continha de maneira sutil.
Próximo ao fim do dia, nos encontramos quase sozinhos, então, escrevi em um papel que precisava falar com ela, entreguei e esperei sua resposta, que foi para me encontrar na cafeteria na outra quadra em 40 minutos.
Terminado o expediente, a encontrei lá, assim que sentei, ela começou:
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Entendi sua jogada, mas, estou confusa! Não sei o que quero, nem como quero, ao mesmo tempo, quero vc, mas, não quero ser o pivô do fim de uma família, entretato, não sei ee suporto mais minha situação, onde fico presa a um casamento de fachada, onde sei que se sair, serei apedrejada como as mulheres eram antigamente, e não sei se aguentaria essa solidão de perder, minha família, meu amigos e tudo mais. Ao mesmo tempo, quero sair, beijar na boca, transar como se não ouvesse amanhã, se fosse com vc, melhor ainda, se não fosse, me jogaria na primeira balada, e transaria lá mesmo, só para ter a sensação de ser mulher novamente, só para me sentir viva como me senti ontem, só para ter pelo menos alegria de estar com alguém, mesmo que seja um estranho, se ele minimamente ter um carinho por mim, tá ótimo, será melhor do que eu tenho em casa, do que sinto quando piso em minha casa, quero me sentir livre!!!
Vejo seu relato, reparo pequenas lágrimas que teimam a cair, e ela forçando para manter nos olhos, pego sua mão, olho para ela, e ela não aguenta, cai em prantos debruçada sobre a mesa, chorando ao ponto do garçom perfuntar se está tudo bem, vendo isso, levo minha cadeira para próximo dela, encosto sua cabeça em meu peito, e deixo ela dar livre curso as lágrimas, ela chorou por mais de meia hora, então se levantou e perguntou se eu não falaria nada.
Então eu disse.
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Eu estou na mesma situação, na vdd, não tudo ruim quanto a sua, pois minha esposa não chega a ser cono seu marido, mas, a frieza de suas ações me afastam cada dia mais, porém, fico preso a conformidade de ter a familia reunida, mas, na infelicidade de manter isso somente pelo mesmo medo que o seu, o julgamento, ou até pior, de ser taxado como um péssimo pai, se preocupando mais com o comentário alheio do que de faro com o que me faz feliz, e no momento o que me faz feliz é estar a seu lado, mas, como disse esse reclusa em tomar uma atitude vive e reina em mim, não sei como fazer, o que fazer, por onde começar, para onde ir, quero do fundo do meu coração, te ajudar, sinto essa necessidade, mas, não sei como fazer, e me pego questionando se não consigo ajudar a mim mesmo, como vou ajudar outra pessoa.
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O que vamos fazer? Ela me pergunta.
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Sinceramente não sei. Respondo de maneira sincera.
Ela então se levanta, e fala que vai ao banheiro arrumar a maquiagem que borrou devido o pranto. Quando volta, arruma suas coisas, e diz:
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Vamos aceitar a infelicidade de nossas vidas, e continuar da maneira que estamos, nem eu nem você sabemos o que fazer, e nem saberemos, o que tivemos foi somente uma ocasionalidsde de fraqueza de ambas as parte que não ocorrerá novamente.
Sem reação eu escuto, e vejo ela saindo em direção a rua. E eu, covarde me mantenho sentado, sem esboçar reação.
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