Era só uma fantasia que a gente comentava entre beijos, às vezes depois do sexo, rindo meio sem coragem de levar a sério. Mas a ideia ficou… grudada. E um dia, ela simplesmente deixou de ser conversa e virou plano.

O “convidado” foi o melhor amigo dele. Um cara que sempre esteve por perto, que já tinha uma química leve comigo — daqueles olhares que duram meio segundo a mais. Nada explícito. Mas que agora, com tudo às claras, parecia fazer todo sentido.

Naquela noite, eu coloquei uma saia preta bem curtinha e não usei calcinha. Foi uma provocação muda, só entre eu e meu namorado. Chegamos na casa do amigo dele com vinho e risadas. Conversa vai, conversa vem, e em algum momento eu já estava entre os dois no sofá, no meio da música, das taças e de uma tensão que deixava meu corpo formigar.

Tudo começou com toques suaves. Eles sabiam exatamente o ritmo. Primeiro um braço ao redor da minha cintura, depois mãos deslizando pelas minhas coxas. Duas bocas se revezando no meu pescoço. Meu coração batia forte, e eu só pensava: “isso tá mesmo acontecendo.”

Fechei os olhos e me deixei levar. Eles se entendiam no silêncio. Um me beijava enquanto o outro acariciava minhas pernas, subindo devagar pela minha saia. Quando percebi, estava deitada, com as mãos dos dois explorando meu corpo como se cada centímetro fosse novidade. O calor, a tensão, os suspiros deles, tudo era combustível. Eu era o centro. O desejo. O foco.

Num momento que ainda me arrepia lembrar, eles me colocaram de joelhos no sofá entre os dois. Um à minha frente, outro atrás, me tocando com vontade e cuidado ao mesmo tempo. Me sentia completamente vulnerável e completamente adorada.

Não foi um sexo de filme. A gente riu nervoso em alguns momentos, se desajeitou em outros. Mas as preliminares… meu Deus. As mãos dos dois em mim, os olhares trocados, os beijos em sincronia. Era como se meu corpo fosse um presente sendo desembrulhado lentamente.

Até hoje, só de lembrar, fico molhada. Sério. Não sei se foi o calor do vinho, a confiança ou o desejo contido, mas me senti absurdamente viva. Poderosa. E ver meu namorado me desejando ainda mais enquanto me via sendo tocada… foi surreal.

Talvez um dia a gente repita. Mas mesmo que não, essa memória mora em mim com um tesão especial.