Garoto da cidade
O garoto da cidade viera passar as férias com os pais e os avós, no grande chalé da família perto da igreja. Loiro, olhos azuis e, assim como eu, no final da adolescência. Chamou a atenção quando apareceu na praça central na primeira tarde das férias. As meninas falavam sobre ele, o acharam bonito, diferente dos mesmos que há tempos conheciam. Já os meninos nem ligavam. Exceto eu. Eu o olhava sempre que podia toda vez que ele aparecia.
Mas o garoto da cidade não queria saber das meninas. No fim da tarde, escondido no meio do mato, era os meus lábios que ele beijava. Com mãos curiosas, explorava meu corpo. Eu e ele, tímidos e ansiosos. Com olhos pidões, me pedia favores. Pedidos salientes que meu irmão mais velho dissera que as meninas pediam aos meninos. Começou querendo ver o que eu tinha dentro da cueca. Mostrei a ele e ele fez o mesmo. Encostamos nossos sexos. Comparamos cores, formatos e tamanhos. Ríamos travessos. Pegamos um no outro. Gozamos um no outro.
No outro dia, ele não pedira mais. Já chegou baixando minha bermuda quando me encontrou. Ele baixou a sua também e me mostrou seu bumbum. Sem olhar nos meus olhos, perguntou se eu queria pegá-lo. Na época, não entendi por que ele queria fazer isso. Seria gostoso? Logo descobri que era. Peguei, apertei e acariciei.
Quando a família dele já sabia que éramos amigos, ele me convidou para ir na sua casa. No seu quarto, jogávamos damas quando ele me perguntou se eu sabia o que era boquete. Não sabia e ele me explicou. Pediu para fazer em mim. Céus, como era bom. Assim que ele terminou, não hesitei em pedir para fazer o mesmo. Passamos dias nos chupando e engolindo a porra um do outro.
Na segunda semana de férias, ele me convidou para dormir na casa dele. Pedi aos meus pais e quando eles disseram sim, peguei minha mochila que já estava pronta e fui para a casa do meu querido garoto da cidade. A mãe dele colocou um colchão ao lado da cama dele, mas na hora de dormir ele me chamou para deitar ao seu lado. Ficamos abraçados. Isso era namorar? Eu me perguntava. Foi então que ele fez o último dos seus pedidos.
Fui pego de surpresa. Não sabia que as coisas funcionavam assim. Não sabia que homens conseguiam fazer sexo com outros homens. Eu, tolo, achava que o que fazíamos era o máximo que a natureza nos permitia. Tímido, ele me explicou que eu deveria penetrá-lo pelo ânus com o meu pênis ereto. Não consegui conceber essa informação e disse que não faria. Dormimos na mesma cama, mas ele desfez nosso abraço. Vi lágrimas nos olhos dele.
Quando o céu já estava claro, mas antes do sol nascer, eu o despertei do seu sono. Demorei a noite toda para perceber que era inútil negar os meus desejos. Ele deitou de costas e segurou as pernas com os braços, pronto para me receber. Quando vi, fiquei encantado. Tão pequeno, tão apertado, tão rosinha. Na primeira tentativa, ele quase chorou, mas na segunda, depois de um pouco de saliva, eu entrei. O seu corpo apertou o meu membro com carinho e eu o comi olhando nos seus olhos. Entre lágrimas, mais de prazer do que de dor, nós gozamos juntos. Antes do café, enquanto eu tomava banho, ele entrou escondido no banheiro. Olhando nos meus olhos dessa vez, ele disse que a partir daquele dia éramos namorados. Até o fim das férias, nós fodemos quase todos os dias. Em alguns dias, mais de uma vez.
Isso continua assim até hoje. Uma década depois, continuamos namorados. Nunca deixamos de ser, mesmo que nos primeiros cinco anos nós só nos víamos no mês das férias. Quando decidi ampliar as minhas expectativas e entrar para a universidade, me mudei para a cidade. Ir até ele foi a primeira coisa que fiz. Desde esse dia então, comecei a fazer parte da sua vida definitivamente. Entrei na sua rotina, entrei nos seus planos e, é claro, entrei nele, várias e várias vezes, até o fim das nossas vidas.
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