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A Chegada do novo assistente - Parte 2
Eu estacionei o carro em uma das vagas privativas, sentindo o calor subir pelo meu corpo. O silêncio dentro do carro era ensurdecedor, quebrado apenas pelo som do meu coração batendo forte. Virei-me para ele, os olhos fixos nos seus, que ainda refletiam o letreiro do motel.
Ele ainda estava em choque, os olhos arregalados, me olhando como se eu fosse uma criatura de outro mundo. A inocência em seu rosto, a surpresa genuína, era quase… fofa. Mas eu sabia que por trás daquele susto, o desejo ainda estava lá, talvez até mais intenso agora, misturado com o medo do desconhecido.
A surpresa no rosto de Pedro era quase palpável, e um sorriso de triunfo, misturado com uma pontinha de divertimento, brotou nos meus lábios. Eu estacionei o carro na vaga privativa do motel, o letreiro piscando em neon colorido lá fora. O silêncio dentro do carro era quase um terceiro personagem, pulsando com a tensão.
“Surpreso, Pedro?”, perguntei, minha voz um pouco rouca, mas com uma confiança que eu mal sabia que tinha. “Disse que queria um lugar com privacidade. Aqui é o mais privado que a gente pode conseguir.”
Ele ainda me olhava, os olhos arregalados, o choque evidente em seu rosto jovem. Por um instante, pensei que ele fosse recuar, que a ousadia da minha atitude seria demais para ele. Mas então, uma chama acendeu em seus olhos, um reconhecimento do desejo que eu sabia que ele sentia. Uma chama de excitação começou a apagar o choque inicial.
“Tina…”, ele começou, a voz um sussurro quase inaudível, “eu… eu não esperava isso.”
Eu sorri, um sorriso lento e convidativo. “Eu sei que não. Mas a gente não veio aqui para falar de trabalho, não é? Ou para ficar no carro.”
Saí do carro, sentindo o ar fresco no rosto, mas o calor por dentro do meu corpo. Pedro saiu logo em seguida, ainda meio atordoado, mas seguindo meus passos como um hipnotizado. Caminhei até a porta do quarto, que já estava aberta, e entrei, deixando a porta entreaberta para ele.
O quarto era simples, mas aconchegante. A cama espaçosa, com lençóis brancos e macios, parecia nos convidar. O ar condicionado já estava ligado, deixando o ambiente em uma temperatura agradável. Virei-me para Pedro, que estava parado na porta, ainda sem entrar completamente. Seus olhos percorreram o quarto, depois voltaram para mim, com uma mistura de apreensão e um desejo crescente.
Eu sabia que precisava dar o próximo passo, quebrar o que restava de inibição. Apenas a presença ali já era um convite, mas eu queria que ele soubesse que estava tudo bem, que o que estava acontecendo era recíproco.
Dei um passo em sua direção, sentindo o chão macio do carpete sob meus pés. Ele não se moveu, apenas me observou, os olhos fixos nos meus.
“Pedro”, comecei, minha voz agora mais baixa, mais íntima, “eu sei que isso é uma surpresa. Que talvez não seja o que você esperava. Mas…” Eu parei na frente dele, perto o suficiente para sentir o calor do seu corpo, o cheiro suave da sua pele. Ergui minha mão e, com uma delicadeza que me surpreendeu, toquei seu rosto. Sua pele era macia, e ele fechou os olhos por um instante, um suspiro quase imperceptível escapando de seus lábios.
“Desde a primeira vez que você me olhou, daquele jeito, no escritório, eu senti. Aquela tensão entre a gente… Ela não me deixou em paz. Eu te desejo, Pedro. E não é por causa da bebida, nem da carona. É por você.”
Meus dedos desceram lentamente pelo maxilar dele, até o pescoço, sentindo a pulsação forte em sua veia. Seus olhos se abriram, marejados, e ele me olhou com uma intensidade que quase me fez vacilar.
“Você não sabe o quanto eu esperei por isso, Tina”, ele sussurrou, a voz rouca, quase embargada.
“Eu acho que sei”, respondi, um sorriso travesso nos lábios. Meus dedos continuaram descendo, roçando o colarinho da camisa dele. “E agora que estamos aqui, Pedro, sem olhares curiosos, sem desculpas de trabalho… o que você vai fazer?”
Minha mão pousou em seu peito, sentindo o coração dele batendo forte sob a palma da minha mão. Aproximei meu rosto do dele, o hálito quente dele na minha pele.
“Vamos esquentar o clima, ou vamos ficar parados aqui?”, sussurrei, meus olhos fixos nos lábios dele, desafiando-o a tomar a iniciativa.
A bola estava com ele. A confissão, o ambiente, o toque… tudo estava ali, esperando por sua resposta.
Minha pergunta, carregada de desafio e desejo, pareceu acender algo em Pedro. Meus dedos em seu peito sentiram o ritmo acelerado de seu coração, e seus olhos, que antes tinham um toque de choque, agora ardiam com uma intensidade pura e desinibida. Ele não hesitou.
Em um movimento rápido, suas mãos vieram para a minha cintura, me puxando para mais perto. Nossos corpos se chocaram suavemente, e o ar entre nós se tornou denso com a nossa respiração. Seus olhos desceram para os meus lábios, e então, ele me beijou.
Não foi um roçar acidental como no carro, nem um toque fugaz. Foi um beijo de verdade, faminto, desesperado, como se ele tivesse esperado por aquilo a vida toda. Seus lábios eram macios, quentes, e sua língua explorou a minha com uma urgência que me fez gemer. Meus braços envolveram seu pescoço instintivamente, minhas mãos se perdendo em seus cabelos macios, puxando-o para mais perto, querendo absorver cada pedacinho dele.
Aquele beijo… Ah, aquele beijo era tudo o que eu vinha reprimindo por semanas, meses, talvez anos. Era o fogo que eu não sabia que ainda tinha, a paixão que estava adormecida. Senti cada nervo do meu corpo despertar, uma onda de calor se espalhando de meus lábios para o peito, para a barriga, para o ponto mais íntimo entre minhas pernas. Minhas pernas ficaram moles, e se não fosse por ele me segurando firme, eu teria desabado ali mesmo.
Os sons do motel, que antes me pareciam distantes, agora sumiam. Só existíamos nós dois naquele quarto, naquele beijo avassalador. O gosto da boca dele, um cheiro que eu agora associava a desejo puro. Seus braços apertaram minha cintura, me levantando um pouco, e eu enrosquei minhas pernas em volta das dele, grudando nossos corpos o máximo possível.
Minha mente, que sempre me mantinha sob controle, parecia ter se desligado. Não havia Carlos, nem filhos, nem escritório. Só Pedro, e a sensação eletrizante de estar sendo desejada por ele daquela forma tão intensa. Cada movimento de seus lábios, cada sucção, me levava mais fundo naquela entrega. Eu me envolvi por completo, respondendo à sua paixão com a mesma ferocidade, deixando toda a timidez de lado.
O beijo de Pedro era um incêndio, consumindo qualquer resquício de hesitação em mim. Eu me entreguei por completo, minhas mãos em seus cabelos, meu corpo colado ao dele. Mas o desejo, uma força primária e avassaladora, pedia mais.
Ele gemeu contra meus lábios, e suas mãos, antes firmes na minha cintura, começaram a deslizar. Desceram pela minha coluna, aquecendo cada centímetro da minha pele, até pousarem em meus quadris, apertando-os contra os dele. Senti o volume de seu desejo roçar em minha barriga, uma promessa explícita do que viria.
O beijo se aprofundou, e suas mãos subiram novamente, desta vez para meus seios. Os dedos quentes e ágeis de Pedro tatearam sob o tecido da minha blusa, encontrando a maciez deles. Um arrepio percorreu meu corpo, e eu arqueei as costas, um gemido baixo escapando da minha garganta. Ele entendeu o sinal. Sem quebrar o beijo, Pedro começou a desabotoar minha blusa, os dedos rápidos e firmes. O tecido cedeu, revelando o sutiã, e então ele o puxou para o lado, expondo meus seios médios, sensíveis e ávidos pelo toque.
Seu beijo desceu pelo meu pescoço, mordiscando minha pele de leve, fazendo meu corpo vibrar. E então, senti sua boca quente e úmida abocanhar um dos meus seios. Um choque de prazer me atingiu. Ele começou a sugar, com uma avidez que me fez contorcer. A língua dele, molhada e insistente, brincava com meu mamilo, enquanto a outra mão apertava o seio oposto. Eu me agarrava a ele, minhas pernas tremendo, sentindo a umidade aumentar em minhas calcinhas.
Enquanto ele se deleitava com meus seios, a mão livre de Pedro deslizou para a minha coxa. Meus gemidos aumentavam, e eu me entregava completamente às sensações. Ele levantou minha saia, revelando a pele quente da minha coxa, e seus dedos encontraram a borda da minha calcinha. Não houve hesitação. A seda fina foi puxada para o lado, e então, senti o toque direto. A ponta de seus dedos quentes e firmes roçou minha buceta, que já estava ensopada de desejo. Um arrepio mais intenso do que qualquer outro me percorreu, e eu me curvei, minha cabeça caindo para trás, entregue ao prazer que ele me proporcionava.
Minha própria audácia explodiu. Não conseguia mais ficar passiva, recebendo. Eu o queria com a mesma intensidade. Minhas mãos, que antes estavam em seus cabelos, desceram para sua camisa. Comecei a abrir os botões, um por um, sentindo a pele quente e firme de seu abdômen. Assim que consegui, sem hesitar, enfiei as mãos dentro de sua calça, procurando por ele. Meus dedos encontraram o volume pulsante em seu jeans, e eu o agarrei com força, sentindo a urgência de seu pau contra a palma da minha mão.
A respiração de Pedro ficou ofegante, e ele gemeu alto contra meu seio, um som rouco e excitado. Aquele era o ponto de não retorno. Ambos estávamos famintos, completamente entregues à paixão que nos dominava.
O quarto pulsava com a nossa respiração ofegante, com o cheiro da pele, com o desejo cru que nos consumia. Minha mão apertava o volume em sua calça, sentindo a urgência de seu desejo contra a palma. Não havia mais tempo para hesitação, para pensamentos de culpa ou para qualquer resquício de inibição. Eu o queria, e o queria agora.
Deixei a camisa de Pedro aberta, revelando seu peito jovem e forte, e me ajoelhei diante dele. Ele me olhou, os olhos arregalados de surpresa e um desejo ainda mais intenso. Era uma submissão que não vinha da fraqueza, mas de uma força poderosa, a força do meu próprio querer.
Minhas mãos ágeis foram para o cinto de Pedro. Desabotoei-o com rapidez, sentindo o tecido do jeans ceder. Deslizei o zíper para baixo, e com um puxão firme, tirei a calça dele, arrastando-a junto com a cueca. O corpo de Pedro, nu e ereto, saltou para fora, quente e pulsante. Ele era ainda maior do que eu imaginava, e meu estômago se contorceu em uma mistura de apreensão e excitação.
Meus olhos percorreram seu membro, uma visão que me tirava o fôlego. Sem hesitar, levei a mão até ele, sentindo a dureza e a temperatura. Meu olhar encontrou o dele, e um sorriso predatório surgiu nos meus lábios. Era a Tina mais profunda, mais selvagem, que se revelava naquele momento.
Inclinei-me para a frente, sentindo o perfume masculino dele invadir minhas narinas. Minha boca abriu-se, e eu o abocanhei. Inteiro. A sensação quente e úmida preencheu minha boca, e um gemido rouco escapou dos lábios de Pedro. Minha língua dançou ao redor de sua glande, explorando cada centímetro, enquanto minhas mãos o seguravam firmemente, massageando a base.
Pedro gemeu de novo, alto, e seus dedos se enfiaram nos meus cabelos, me puxando para mais perto, querendo mais. Eu senti a urgência dele, a paixão desenfreada que ele tinha por mim. E eu a correspondia com cada sucção, cada movimento de minha boca. Eu o chupei com avidez, com a experiência de quem sabe o que faz, mas com a fome de quem há muito não se entregava a um prazer tão visceral.
O gosto dele era indescritível, a textura… Eu estava completamente imersa, focada apenas em dar a ele todo o prazer que ele pudesse suportar, e em sentir a resposta de seu corpo contra minha boca. O som dos meus gemidos abafados misturava-se aos dele, enchendo o quarto com a melodia da nossa luxúria.
O gosto salgado e quente de Pedro ainda pairava na minha boca quando senti seu corpo retesar, o prenúncio do clímax iminente. Com um movimento rápido, me levantei, deixando-o ofegar, os olhos fixos em mim com uma lascívia voraz. Terminei de desabotoar minha blusa, jogando-a displicentemente em uma cadeira próxima. Meus seios, ainda vermelhos e sensíveis pelo toque e pela sucção, ficaram à mostra.
Caminhei com passos decididos até a cama e me posicionei de quatro. A saia curta subiu ainda mais, revelando a renda da minha calcinha. Senti o colchão ceder atrás de mim e o calor do corpo de Pedro se aproximando.
Ele levantou minha saia, o tecido deslizando suavemente pelas minhas coxas. Senti seus dedos hesitarem por um instante na lateral da minha calcinha antes de puxá-la delicadamente para o lado, abrindo caminho para a invasão. A ponta de seu pau roçou minha entrada, já molhada e ansiosa. Um gemido escapou dos meus lábios, a expectativa me consumindo.
Então, ele se encaixou. A penetração foi profunda, preenchendo-me por completo. Senti-o pulsar dentro de mim, quente e firme. Ele começou a se mover, devagar no início, me deixando acostumar com a sensação, com a plenitude. A cada estocada, meu corpo se movia em sincronia com o dele, minha respiração se tornando mais rápida e entrecortada.
Ele bombava forte, preenchendo cada espaço, cada curva do meu corpo. Meus seios balançavam livres, e eu apoiava as mãos no colchão, entregue ao ritmo frenético da nossa união. O som dos nossos corpos se chocando preenchia o quarto, uma sinfonia de prazer proibido. Meus gemidos se misturavam aos seus respiros pesados, criando uma trilha sonora para aquele momento de pura entrega.
De repente, ele parou, o corpo tenso. Retirou-se de mim, e antes que eu pudesse questionar, tirou minha saia completamente, jogando-a junto com minha blusa. Deitou-se na cama, de costas, os braços abertos em um convite silencioso.
Seus olhos brilhavam de tesão enquanto me observavam. Sem hesitar, montei em seu quadril, sentindo seu pau duro e pulsante entre minhas pernas novamente. Encaixei-me e, com um gemido de satisfação, comecei a cavalgar sobre ele.
O ritmo agora era meu. Eu ditava a velocidade, a profundidade, sentindo cada centímetro dele dentro de mim. Meus seios roçavam em seu peito, e eu inclinei meu corpo para frente, beijando-o com paixão, a língua explorando sua boca com a mesma avidez com que seu corpo me preenchia.
Nossas respirações estavam descompassadas, nossos corpos suados e colados. Aquele era o ápice, a entrega total, a quebra de todas as barreiras. Só existíamos nós dois, unidos pelo desejo e pela intensidade do momento.
Eu cavalgava Pedro com uma fúria e um desejo que eu não sabia que possuía. Cada movimento meu o levava mais fundo, e a cada vez que nossos corpos se chocavam, a sensação era de pura eletricidade. Meus seios balançavam, meus cabelos estavam desgrenhados, e o suor começava a cobrir nossos corpos. O quarto, antes um refúgio de silêncio, agora ecoava com os sons da nossa paixão.
Pedro estava delirando sob mim. Suas mãos apertavam minha cintura, me impulsionando para baixo, e ele ofegava, a respiração pesada e ofegante. Em meio aos gemidos, ele começou a falar, as palavras saíam de sua boca em um fluxo desinibido e excitante.
“Ai, Tina… Você é minha chefe… Você é minha chefe e eu tô te comendo! Tô passando a rola na chefe!”
As palavras dele, cruas e cheias de uma submissão safada, me fizeram arrepiar ainda mais. A ideia de que eu, a coordenadora administrativa, a “chefe”, estava ali, nua e entregue, excitava-me de uma forma que eu nunca havia experimentado. Era a quebra total de qualquer hierarquia, de qualquer barreira.
Ele continuou, a voz rouca, quase um grunhido. “Sua chefe safada… Minha piranha… Ai, Tina, sua piranha!”
Aqueles termos, tão vulgares, mas ditos por ele com tanta entrega, com tanto tesão, me fizeram delirar. Aquela faceta dele, que se revelava no auge do prazer, me puxava para um abismo de excitação. A culpa, se é que existia, estava soterrada sob camadas de puro êxtase. Eu não era mais a Tina de 52 anos, esposa, mãe, coordenadora. Era apenas uma mulher entregue ao seu desejo mais primal, dominada e, ao mesmo tempo, dominando.
Minha voz, que eu não sabia que poderia alcançar tal tom, saiu entre ofegos e gemidos.
“Isso, Pedro! Come sua chefinha! Come sua coroa!”
Eu o olhava nos olhos, a paixão queimando neles. E, num acesso de audácia que me pegou de surpresa, eu perguntei, a voz embargada pelo prazer: “Você gosta, Pedro? Gosta de coroa?”
A pergunta pairava no ar, enquanto eu continuava a cavalgar sobre ele, sentindo cada estocada, cada milímetro de seu corpo dentro do meu. A resposta dele seria a confirmação, o selo daquele momento proibido.
Minha pergunta pairou no ar, enquanto eu cavalgava Pedro com uma intensidade que beirava a loucura. “Você gosta, Pedro? Gosta de coroa?”
Ele apertou minha cintura com mais força, o corpo tenso, ofegante. Seus olhos, injetados de paixão, encontraram os meus. Não havia mentira, nem hesitação. A resposta veio, rouca, quase um grito de prazer:
“Eu adoro, Tina! Adoro! Sua coroa safada! Adoro cada centímetro dessa chefinha piranha!”
As palavras dele me atingiram como um choque elétrico, mandando ondas de prazer por todo o meu corpo. Aquele reconhecimento, aquela entrega total à minha idade e ao meu desejo, me levou ao delírio. Eu me curvei sobre ele, beijando seu pescoço, mordiscando sua pele, sentindo o gosto salgado do suor.
Ele me impulsionou para cima, a voz ofegante. “Vai, Tina! Cavalga essa rola! Senta na minha pica, sua gostosa!”
Minha mente não pensava, apenas sentia. O corpo de Pedro, duro e pulsante dentro de mim, era a única realidade. Eu acelerei o ritmo, sentindo a fricção e o calor aumentarem a cada movimento.
“Está gostoso, Pedro? Sua chefinha está te deixando louco?”, sussurrei, a voz embargada pelo prazer, meus seios balançando sobre ele.
“Louco! Eu tô gemendo seu nome, Tina! Gemendo o nome da minha chefe! Ninguém na empresa imaginaria que essa coroa gostosa ia foder assim!”
As palavras dele, cruas e desrespeitosas, eram um afrodisíaco. Minha respiração falhava, e eu podia sentir o clímax se aproximando, um tremor começando em minhas coxas.
“Me chama de piranha de novo, Pedro! Me chama! Você me deixa molhada!”
Ele grunhiu, as mãos puxando meus cabelos com força, os olhos fixos nos meus. “Minha piranha! Minha puta! Vem, Tina! Vem pra mim! Vem gozar na rola do seu assistente!”
O corpo de Pedro se contorceu sob o meu, o ritmo de suas estocadas se tornando mais frenético. Eu senti uma pontada aguda em meu baixo ventre, o aviso de que não aguentaria mais.
“Ahhh, Pedro! Vai! Eu… eu tô indo! Vem comigo, seu puto!”
Aquele momento, ali, na cama do motel, com ele me chamando de nomes impuros, me fazendo sentir desejada e selvagem, era a liberdade que eu sempre busquei. O gemido final escapou de mim, e eu senti o pulso quente de Pedro dentro de mim, a semente de seu prazer preenchendo-me por completo, enquanto eu me curvava sobre ele, exausta e completamente satisfeita.
O clímax nos atingiu como uma onda gigantesca, esvaziando toda a tensão e o desejo acumulados. Eu me joguei sobre Pedro, ofegante, sentindo cada músculo do meu corpo relaxar em puro êxtase. Ele me abraçou forte, o cheiro de sexo e suor nos envolvendo, nossos corações batendo em uníssono. Ficamos ali por um tempo, apenas nos recuperando, a respiração voltando ao normal, o calor ainda pulsando entre nós.
Depois de alguns minutos de silêncio satisfeito, eu me movi um pouco, sentindo a cama macia sob nós. O estômago roncou, e a realidade do horário – e da fome – começou a se impor.
“Fome?”, perguntei a Pedro, que ainda estava de olhos fechados, com um sorriso satisfeito nos lábios.
Ele resmungou um “uhum” preguiçoso.
Peguei o interfone na cabeceira e chamei a recepção. “Olá, aqui é do quarto… ahn… do quarto 7. Poderiam, por favor, trazer uma garrafa de vinho tinto e o almoço completo do cardápio?
Enquanto esperávamos o almoço e o vinho, eu me virei para Pedro, meus olhos fixos nos dele. Aquele momento de intimidade era perfeito para alinhar as coisas. Eu não era ingênua, sabia que uma situação como essa, no ambiente de trabalho, carregava riscos.
“Pedro,” comecei, minha voz suave, mas firme, “o que aconteceu aqui hoje… foi incrível. E foi algo que nós dois quisemos.”
Ele assentiu, seus olhos confirmando.
“Mas o que acontece aqui, fica aqui. E eu não estou falando só do motel.” Fiz uma pequena pausa, deixando minhas palavras ecoarem. “Estou falando do escritório. Eu confio em você, e sei que você não faria nada para nos prejudicar, certo?”
Ele me olhou, sério. “Claro que não, Tina. Jamais.”
“Ótimo. Porque, veja bem, Pedro, eu sou sua coordenadora. O que aconteceu foi entre nós, fora do horário de expediente, em um contexto totalmente particular. Não há nada no nosso relacionamento profissional que justifique ou explique isso. Qualquer insinuação, qualquer boato, poderia prejudicar a carreira de ambos, a minha muito mais do que a sua, por minha posição.”
Eu olhei diretamente em seus olhos, transmitindo toda a seriedade que o momento exigia. “Considero isso uma atração mútua que resultou em um momento de prazer fora do trabalho. Não há nenhuma relação de subordinação ou poder que tenha levado a isso, e se alguém tentar distorcer os fatos, ambos seremos honestos e negaremos qualquer assédio ou favorecimento. Estamos de acordo?”
Pedro me encarou por um instante, absorvendo minhas palavras. Pude ver o entendimento em seu rosto. Ele era jovem, mas não burro. Ele sabia o que estava em jogo.
“De acordo, Tina”, ele disse, a voz firme. “O que aconteceu aqui foi porque eu quis, e você quis. Pura química. Não tem nada a ver com o trabalho.”
Um sorriso aliviado e vitorioso se formou em meus lábios. Ele entendeu o recado. A cumplicidade ali, naquele quarto, era a nossa proteção.
“Bom”, eu disse, me inclinando para beijá-lo novamente, “agora que isso está resolvido, que tal a gente aproveitar nosso almoço… e o nosso vinho?”
A campainha tocou, anunciando o serviço de quarto. Aquele almoço seria o primeiro de muitos, eu sentia. E o segredo, agora selado por um entendimento mútuo, tornava tudo ainda mais excitante.
A entrega dos talheres sobre a mesa de centro marcou o início de uma tarde que parecia suspensa no tempo. Terminamos o almoço entre olhares cúmplices e sorrisos maliciosos, a tensão da manhã substituída por uma intimidade confortável e deliciosa. Mas o quarto ainda guardava um segredo que eu mal podia esperar para explorar.
“Vamos ver a surpresa lá de cima, Pedro?”, perguntei, meus olhos faiscando em sua direção.
Ele entendeu o recado. De mãos dadas, subimos a escada em espiral que levava ao andar superior do triplex. E lá estava ela: uma banheira de hidromassagem gigante, com a água borbulhando suavemente, convidando ao relaxamento. Mas o que realmente me tirou o fôlego foi o teto. Com um controle remoto na parede, Pedro apertou um botão, e o teto solar se abriu lentamente, revelando o azul intenso do céu de São Paulo.
Soltamos um “uau” em uníssono. Entrar na banheira com o céu aberto sobre nós, a brisa suave no rosto, era algo que eu nunca imaginaria fazer em um motel. Pedro abriu a garrafa de vinho tinto que havíamos pedido, e brindamos àquele momento insólito e perfeito.
Encostados um no outro, com a água quente massageando nossos corpos, bebemos o vinho lentamente. A conversa fluía, leve e despretensiosa, mas cada toque, cada olhar, era carregado de uma sensualidade inegável. Não precisávamos de palavras explícitas para sentir a paixão que ainda fervilhava entre nós.
Os beijos eram constantes, demorados, roubando o fôlego. Nossas mãos se exploravam sob a água, carícias suaves que prometiam novas sensações. Pedro acariciava minhas pernas, meus quadris, e eu sentia meu corpo vibrar em resposta. Ele me beijava o pescoço, o ombro, e eu me entregava, deixando que a água e o prazer me envolvessem.
O tempo parecia ter parado. Vimos o sol começar a se inclinar no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados. A luz dourada da tarde se transformou no crepúsculo, e as primeiras estrelas começaram a pontilhar o céu. O ar fresco da noite entrou pelo teto solar, contrastando com o calor da água e de nossos corpos.
Foi só quando o céu estava completamente escuro, e as estrelas brilhavam com mais intensidade, que percebemos a hora. A magia daquele momento havia durado muito mais do que imaginávamos. Saímos da banheira, a pele enrugada e macia, o corpo relaxado e a alma leve.
Nos vestimos em um silêncio confortável, trocando sorrisos e olhares que diziam tudo. Não havia pressa, mas a realidade nos chamava. Aquele segredo seria nosso, um paraíso particular aberto apenas para nós dois.
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