
Por
A Vizinha Indiscreta [P1]
O condomínio Solar das Palmeiras nunca mais foi o mesmo depois que Luna Valverde se mudou para o apartamento 704. Ela não era como as outras moradoras. Não usava roupas largas para ir buscar encomendas, não evitava contato visual no elevador e, principalmente, não se importava com regras.
No primeiro dia, Luna apareceu na portaria apenas de um vestido leve, sem sutiã, os mamilos durinhos marcando o tecido conforme a brisa batia. O porteiro, um senhor já de certa idade, quase engasgou no café. “Bom dia, seu Geraldo!”, ela disse, com um sorriso que parecia prometer coisas que ele nem ousava imaginar. Dali em diante, todos os homens do prédio sabiam: Luna Valverde não era uma mulher comum.
Luna adorava testar limites. Às vezes, saía para pegar o jornal apenas de camiseta e calcinha fio dental, as curvas generosas da sua ampulheta perfeitamente visíveis. Outras vezes, ia até a lavanderia com um short tão curto que, se ela se inclinasse um pouco, dava para ver que não usava nada por baixo. Os maridos do prédio começaram a “esquecer” coisas no corredor só para vê-la passar. Ela sabia. E adorava.
Foi na piscina, porém, que Luna realmente deixou sua marca. Num sábado à tarde, quando o sol estava alto e quase não havia mulheres por perto – apenas alguns maridos “descansando” – Luna apareceu. Sem cerimônia, tirou o biquíni e deitou nua na espreguiçadeira, como se fosse a coisa mais normal do mundo. “Luna, você não acha que… isso é um pouco demais?”, perguntou Ricardo, do 502, tentando (e falhando) em não olhar para os seios fartos dela. Ela riu, virando-se de bruços e exibindo o bumbum redondo e bronzeado. “Relaxa, Ricardo. Todo mundo aqui é adulto, não é?” Ninguém reclamou.
Marcos Rocha, o síndico, era um homem sério. Ou pelo menos tentava parecer. Depois de flagrar Luna nua na piscina pela terceira vez, ele a chamou para uma “conversa” em seu apartamento. “Você está causando… problemas, Luna.” Ela cruzou as pernas lentamente, deixando a saia subir até a coxa. “Problemas? Ou soluções?” Marcos engoliu seco. “Você está três meses inadimplente.” Luna sorriu, levantando-se e caminhando até ele. “E o que você sugere que eu faça… para regularizar?” Ele não resistiu. Naquela noite, Luna voltou para seu apartamento sem nenhuma cobrança pendente.
Com o tempo, Luna virou uma lenda no Solar das Palmeiras. O marido da advogada do 5° andar começou a “trabalhar até mais tarde” sempre que a esposa viajava. O personal trainer do 10° andar “precisava ajustar seus horários” para coincidir com os dela. Até o filho do porteiro, de apenas 22 anos, começou a aparecer no 704 com frequência suspeita. Ninguém falava nada. Ninguém ousava falar nada.
Uma noite, durante uma festa no salão de eventos, Luna apareceu de vestido vermelho justíssimo, sem calcinha, como sempre. As esposas cochichavam. Os maridos suavam. Ela dançou com todos. Bebeu com todos. E, quando a festa acabou, ninguém sabia ao certo com quem ela tinha ido embora. Mas todos tinham um palpite.
No dia seguinte, ela foi vista no café da manhã, fresca como uma flor, como se nada tivesse acontecido. E assim Luna Valverde continuou – a vadia do prédio, a devedora profissional, a mulher que todos comiam e ninguém admitia. E ela adorava cada segundo disso.
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