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Do Bar à Cama - Parte 2
Ao entrar em seu apê, sentia que estava ficando para trás, enquanto Zara rapidamente avançava sobre a sala, deixando sua bolsa no sofá perto da porta e acendendo as luzes.
Deixei meus sapatos na entrada em companhia aos seus e fui entrando lentamente, como se receasse que uma armadilha saltasse das paredes e me prendesse ali para sempre.
Esvaziei meu bolso e carteira na bancada da cozinha, que continha quase nada. De fato, o apartamento inteiro não parecia comportar uma vivência cotidiana.
Como se adivinhasse meus pensamentos, ela voltou a mim e interveio: “Eu não moro aqui. Esse é o espaço que uso para… você sabe.” Seu sorriso deixava claro o objetivo do lugar, e explicava muita coisa.
A sala pequena era mal iluminada por apenas uma lâmpada amarela que lutava bravamente para manter o recinto claro, como a última sobrevivente de uma longa guerra.
As paredes traziam poucas decorações, em sua maioria de arte sugestivas. Em um dos quadros, um homem se inclinava sobre uma mulher de modo sugestivo. Em outro, duas mulheres contracenavam em jogos de prazer. O terceiro mostrava posições entre dois homens e duas mulheres que me deixou de rosto quente, ruborizado pelas imagens que me trouxeram.
Quanto mais explorava as paredes da sala, mais diferentes corpos eram revelados a mim. Homens com vaginas, mulheres com pênis, corpos de todos tamanhos e cores transando entre si, como se esperando para que os presentes se juntassem a sua orgia imaginária.
Ouvia a geladeira abrir, vidros chocando levemente entre si, e o fechar sugado do eletrodoméstico.
“Bela coleção de quadros…” Disse, notando detalhes de uma púbis farta que ocultava o rosto de um homem ocupado entre pernas salientes.
“Gostou? Mandei uma amiga organizar a decoração.” Ela apareceu com duas garrafas de cerveja. Aproximou-se de mim e abriu as garrafas com minha camisa, torcendo a tampa nela.
Deu uma a mim e tomou um longo gole da sua, suspirando em seguida.
“Certamente cria bem o tom da noite” disse, divertido, olhando em volta.
“Não sou diferente de outras pessoas. Gosto de fuder. Só sou paga para isso.”
Zara sentou-se no sofá e olhou para mim, como se esperando que eu a acompanhasse. Deixei a cerveja na mesinha ao lado e sentei próximo a ela.
Sentia meu nervosismo e excitação aumentarem apenas com a proximidade ao seu corpo, seu perfume me envolvendo como uma névoa fresca e quente.
A misteriosa mulher me observava apoiada em sua mão, com o cotovelo no topo do sofá. Podia ser o cenário ou a cerveja, mas senti uma atração imediata. Toquei levemente seu braço, acariciando-o com leves dedos. Ela jogou seu cabelo para trás, sorrindo e lambendo os lábios.
Era todo o sinal que eu precisava. Aproximei-me lentamente para um beijo e, para minha surpresa, ela não se afastou. Meu tesão crescia enquanto nos beijávamos. O primeiro beijo foi mal-encaixado, estava nervosom. Não sabia o que fazer com uma mulher como aquela. Você percebeu e falou: “Fica quietinho”, antes de se ajeitar no sofá, traçando uma perna por cima de mim e sentando no meu colo, de frente para mim.
Olhava para cima e era minha vez de morder os lábios enquanto você se aproximava para o segundo beijo. Desta vez o encaixe ocorreu, e fiquei atordoado. Beijava como em câmera lenta, abrindo a boca e lambendo o canto de meus lábios antes de me adentrar, como uma predadora que sabe que já venceu sua presa.
Minhas mãos se ocupavam, acariciando e apertando suas costas enquanto nos beijávamos. Suas mãos, por sua vez, equilibravam-se no sofá enquanto ela lentamente esfregava seu quadril em meu colo.
Sorriu ao perceber como eu endurecia e roçava em sua calcinha: “Nossa, você é fácil de excitar, ein?”
Sorri, sem vontade de contrariar, e beijei seu pescoço, permitindo o primeiro gemido da noite. Seu gemido era mais doce que sua voz, como se revelasse outra pessoa. Uma pessoa mais sincera, até vulnerável.
Apertei sua bunda com mãos famintas e sentia sua calcinha umedecer por cima de minha calça. O clima esquentava rapidamente na sala coroada por pinturas eróticas.
Ela diminuiu seu ritmo, levantou-se lentamente e me guiou ao quarto que se escondia por detrás de uma porta fechada. Enquanto me levava, notei uma calcinha azul clara que espiava por debaixo de um vestido amarrotado.
O quarto apresentava uma sobriedade não presente na sala. Paredes de cores escuras, luzes amareladas e avermelhadas criavam um por do sol eterno na cama de lençóis e travesseiros carmim.
A cabeceira da cama, assim como o pé, trazia tiras de couro penduradas, provavelmente usadas para prender alguém (ou seu convidado da noite).
Ela me incentivou à cama, tirando minha camisa e deitei, já sobrepujado pelo pelo próprio desejo.
Logo após Zara ingressava no ringue, subindo na cama com a delicadeza de quem anda nas nuvens, claramente respeitando o santuário de prazer que era aquele colchão.
Subiu seu vestido até a altura de seus quadris, expondo pernas torneadas, tensionadas pela posição na cama. Ajeitando-se na cama, pude ver novamente a calcinha de renda azul que tentava em vão esconder pequenos tufos de pelos, estes brotando por entre suas coxas como flores de um jardim secreto.
Tentei tocá-la, mas ela sorriu e botou minhas mãos acima de minha cabeça. “Tô afim de rebolar… na sua cara.” Falou entre pausas, como lutando contra o próprio desejo.
Brincava com minha barriga e torso com a ponta dos dedos, arrancando arrepios e tremores involuntários de minha pele sensibilizada.
Lentamente subiu para meus torso, posicionando cuidadosamente seus joelhos acima de meus ombros.
Eu suspirava pesadamente enquanto ela descia seu quadril em contato com minha boca. Sua calcinha, já melada de antecipação, exalava um intoxicante perfume. Não resisti: esfreguei minha cara nela mesmo antes de sentar em mim. Zara gemeu com minha antecipação, e sorriu. Comecei a beijar por cima da calcinha, mas ela me deteve: “Espera boy. Hoje sou eu quem vai fuder sua cara.”
E com isso, repousei e relaxei na cama enquanto ela puxava a calcinha para o lado. Seus pelos brilhavam úmidos na luz amarelada, convidando ao meu toque.
Mas me mantive imóvel enquanto ela lentamente descia seu quadril e esfregava sua buceta na minha cara.
Meu pau pulsava descontroladamente de tesão, pedindo liberdade das amarras que eram minha calça. Eu me perguntei se seus clientes deixariam ela decidir o que aconteceria na cama, e fiquei excitado com a ideia de ser alguém com quem pudesse se divertir, do modo como ela queria.
Gemi abafado enquanto me sufocava com suas coxas, rebolando lentamente enquanto sua buceta melava minha barba.
Ela começava a gemer também, passando uma mão pelo próprio corpo, destinada a acordar todos os seus pontos de prazer.
Começou a cavalgar mais forte, e o peso de seu corpo me dominava. Espalhava minha língua em seu grelo levemente inchado, buscando sentir cada vez mais de seu gosto levemente ácido.
Comecei a me tocar por dentro da calça enquanto ela fodia minha boca. Gemia mas não conseguia falar, amordaçado por sua vulva. Estava muito ocupado em querer lhe dar prazer.
Minhas mãos acossavam suas coxas, apertando-as enquanto ela esfregava seu quadril para frente e para trás, alternando com reboladas circulares em minha língua e queixo.
Com pesada respiração, Zara se levantou de mim, descendo a meu colo novamente enquanto tirava minha roupa. Como se lembrando de sua presença, alcançou meu pau e começou a me masturbar enquanto se esfregava em meu abdômen.
Lentamente se posicionou de costas para mim, com sua bunda estrategicamente próxima à minha boca. Não resisti: comecei a beijar e morder suas nádegas, traçando dedos pelas suas aberturas.
Zara gemeu, deixando eu sorver seu líquido por alguns instantes, antes de se juntar ao prazer oral, lambendo lentamente meu pau.
Gemíamos junto enquanto nos chupávamos. Meus dedos buscavam completamente seu prazer, masturbando seu interior enquanto eu chupava levemente a pele que cobria seu clitóris.
Tentava me concentrar mas era arrebatado por ondas de prazer. Sua boca, quente e macia, me arrepiava de tal modo que meu quadril automaticamente começava a se mover para cima, atraído pela sua língua.
Os gemidos se intensificaram enquanto eu sentia meu clímax se aproximando. Avisei-a que estava perto, e ela aproveitou a brecha para rebolar, dessa vez de costas, em minha boca e dedos.
Em um breve respiro, recuperávamos gemendo. Eu estava extasiado na cama, sem reação. Ela alcançou uma gaveta ao lado da cama e retirou um pequeno vibrador metálico, assim como uma camisinha. Ainda tinha planos para a noite.
Enquanto eu colocava a camisinha ela começou a passar o pequeno vibrador em seus mamilos e barriga, se excitando. A imagem me levou ao delírio, e comecei a me masturbar lhe vendo.
Em breve estava em cima de mim novamente, encaixando meu ainda duro pau em si. Com o primeiro encaixe, deslizei com naturalidade para dentro dela enquanto sua buceta engolia meu pau.
Zara começou a cavalgar, gemendo mais alto, esfregando o vibrador em seu próprio clitóris.
Sentia seu interior pulsando e apertando meu pau enquanto imaginava que ela era lavada por ondas de prazer.
Sua mão se apoiava em meu abdômen tensionado, e ela rebolava cada vez mais rápido e forte, sentando com uma vontade única.
Não durou muito para que ela se calasse, vibrando em cima de mim, naquele breve transe que antecede o orgasmo, como uma queda livre antes de voltarmos à realidade.
E assim Zara me lavou em suas águas, ensopando a cama com seu líquido antes mesmo de gozar. Estava maravilhado e excitado ao mesmo tempo. Sentei-me e a apertei junto a mim, sentindo seu corpo tremer de cansaço pós clímax. Continuou rebolando por um tempo, antes de desabar ao meu lado da cama.
“Pode me fuder agora”, disse, insinuando que eu continuasse a transa.
“Não faço questão de gozar…” tentei um reconforto, e realmente não fazia questão. A experiência fora excitante demais para depender do gozo para me satisfazer. Mas continuou: “Quero que você goze em mim.” Ela virou de bruços na cama e empinou sua bunda ainda úmida de suor.
Lentamente me posicionei e recomeçamos nosso culto de prazer.
Agora eu rebolava por detrás dela, como se pudesse massagear cada íntimo de seu interior. Sentia meu pau inchado de tesão enquanto ela gemia no travesseiro.
Apertei sua bunda com força e gozei forte, desabando em cima de você. Meu tesão não havia se acabado, e antes mesmo de reagir eu já tinha me retirado de dentro, querendo te chupar mais…
Zara me afastou, indicando que estava satisfeita.
Finalmente o cansaço da noite pesou, e senti meu corpo e minha consciência enfraquecerem.
Ela sugeriu que eu dormisse ali e de manhã poderia ir embora. Aceitei com gosto e dormi de lado com seus braços em cima de mim.
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No dia seguinte, não poderíamos ter acordado diferente. Toques viraram massagens e massagens viraram uma foda matinal. Como uma espécie de memória da noite anterior, gozamos com o sol já entrando no quartinho. Levantamo-nos, lavei-me rapidamente na pia do banheiro e nos despedimos com poucos mas intensos beijos.
As imagens eróticas nas paredes ainda acompanhavam minha imaginação quando saí do apartamento. Embora estivesse deixando aqueles espaço, sentia que aquela sala me acompanharia para sempre, assistindo minhas memórias e transas futuras.
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