
Por
Na Feira de Marucutum
Contratado para resolver umas questões de heranças.
Nesta cidade, em todos os segundos domingos de cada mês, acontece a Feira de Marucutum.
Enche de gente de todos os lugarejos da redondeza.
Nesta Feira, tem de tudo que se possa imaginar.
E corre um som por todos os quadrantes da Feira.
Em cada esquina um boteco com som de sanfona, triangulo e pandeiro; tem esquina com viola, violão e violino; tem esquina com música eletrônica e tem esquina com música ao vivo e que pode sair morto.
Pois bem! E foi numa destas esquinas com boteco; num destes botecos em que eu bebia uma cerveja e comia um ovo colorido é que vi, com estes olhos que estou vendo estas letras, acontecer uma coisa; acontecer um fato; que depois deste meu relato, vai virar história.
Na ponta do balcão em que eu estava, sentados naqueles tamboretes altos, estavam três caras bebendo e petiscando uns pratos de tira-gosto.
Apareceu um senhor, já meio-de-idade, trazendo pelas mãos, uma mocinha; que no Leste chamamos de ninfeta.
E este senhor ofereceu a ninfeta para um daqueles caras. Percebi que era pai levando a filha, como mercadoria, para a feira.
E as conversas eram em tom baixinho. E os quatro conversavam. Eu fiquei de orelha em pé.
Um deles pegou a mocinha pela mão e saiu do boteco.
O velho foi sentar no meio-fio da calçada.
Eu disfarcei e sai por outra porta do boteco e os segui.
Andaram uns quatro quarteirões, viraram numa pequena rua de terra batida e entraram numa perua chevrolet.
A rua era pequena, mas larga, onde crescia o mato.
Quando cheguei perto. Ela já estava sentada no colo dele.
Segurando a cintura da guria, ele fazia ela subir e descer sobre o pau dele.
Eu não sabia se era na xoxota ou no cu que ela estava levando.
Pelo rosto fechado e franzido dela, acho que a penetração era na traseira.
Ele gozou… Deixou de levantá-la e abaixá-la… Ficou quieto… Mordeu o ombro da mina… Deviam ser as últimas gotas de esperma saindo.
Eles deixaram a parte da frente da cabina, ele se limpou com a calcinha dela e foi embora.
Ela abriu uma bolsa a tiracolo, que trouxera consigo, e deu uma limpeza no que pôde limpar.
Eu ia saindo do esconderijo, me escondi outra vez. O segundo cara estava se aproximando.
Desta vez ela preferiu ir para o banco de trás.
O cara veio, sentou, se ajeitou e ela se acomodou em cima da rola.
Ela mesma levantava e abaixava. E ali, tive certeza que era no fiofó que ela estava levando.
Devia estar sentindo dores. Tomar no cu duas vezes seguidas, não deve ser brincadeira.
Subindo e descendo sobre aquela piroca, ela se segurava no encosto dos bancos da frente e lágrimas corriam sobre seu rosto.
O cara jogou a cabeça para o encosto do banco, fechou os olhos e só fazia fungar e dizer: “ah…! Ah…! Ah…!”
Quando ejaculou dentro da guria, ele abraçou-a tão forte pela cintura, que quase a mata sufocada.
Ele foi-se. Na certa viria o terceiro. E veio.
Colocou-a de quatro no banco traseiro. Ela se virou e negou.
“Não moço. Eles foram duas vezes atrás. Estou machucada.”
“Ainda bem que avisou! Não quero pegar resto de ninguém…! Fique nesta mesma posição, que eu coloco na xana…!”
A garota ficou de quatro e ela mesma fez questão de guiar a rola do cara.
Bêbado como estava, era capaz de enfiar no fiofó.
E foi aquela movimentação na perua! A perua chegava a balançar exageradamente.
Eu olhava para os lados para ver se não vinha ninguém. Se alguém visse; era capaz da feira toda vir junto.
Bêbado demora para gozar; e aquele último estava exagerando na demora. Escutava ela falar: “Chega moço…! Goza… Moço…!”
E ele enfiava e tirava… Enfiava e tirava… Tirava e enfiava… E por fim gozou!
Ele se limpou; ela também, e tirou uma calcinha limpa da bolsa. Fecharam a perua e retornaram ao boteco.
Demorei uns cinco minutos e também fui.
Quando cheguei no boteco, só estava os três dando risadas.
O velho e a mina já estavam um pouco longe… Indo embora.
Percebi que havia algo errado e fui atrás dos dois.
“Boa Tarde…!”
“Boa Tarde…” o velho respondeu.
Me desculpe a intromissão. Eu estava no bar e vi o senhor sentado no meio-fio; aconteceu algo triste? Deu errado, com aqueles três?”
“Eles eram polícia moço…! Fizemos um trato e na hora de pagar apresentaram as suas carteiras e nos ameaçaram. Falaram que se nós não sumisse; iam me levar pra delegacia e ela para assistência social…!” “Bom… Se vocês me permitem… Quero deixar isto com vocês e não precisam agradecer…!”
Tirei da carteira uma nota de cem reais e coloquei nas mãos dele.
“Até mais vê…”
“Até mais vê, moço…”
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