Começaram a conversar timidamente. Lilian contou que ao encontrar o site de contos eróticos, passou a primeira noite em claro, relatou com cuidado e detalhes todas as suas gozadas matinais, sempre após o marido sair para levar as filhas para escola.

– E em que eu posso te ajudar, minha querida leitora?

– Não sei. Não sei porque escrevi.

– Sabe sim.

– Sei?

– Sabe. Você queria saber se o cara que escrevia os textos que lhe fazem melar a calcinha é real.

Lilian leu aquilo e respirou fundo.

– Sim. É isso.

– Agora você vai querer saber se meus contos são de verdade.

– E são?

– Todos. Todas as mulheres que você leu no conto foram transformadas em verdadeiras putinhas.

– Nossa… Senti calor aqui.

– Mas e você, quer ser minha putinha?

– Não sei se teria coragem.

– Vou te mandar meu telefone. Se você tiver coragem e quiser sera minha putinha,
vai me mandar uma mensagem.

Lilian riu, desconversou, mas anotou o número do seu celular e viu pela foto do perfil a imagem de um homem normal, moreno, cabelos curtos, com alguns fios brancos, barba bem feita e uma boca perturbadora.

Naquela tarde ela não conseguiu tomar iniciativa, não ligou e muito menos mandou mensagem, mas no meio da tarde, sozinha em casa, pegou um dos seus maiores vibradores que ela escondia dentro do guarda roupa e gozou pensando no seu escritor preferido.