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O despertar
O resultado foi que não tinha nenhum problema. Associei a falta de desejo, ao desgaste de vinte e um anos de casamento muito penosos.
Naquela noite, fui jantar fora para comemorar o aniversário de uma amiga. No fim de jantar, já um pouco tonta do vinho, fomos para um bar. A música era boa, bebi mais um pouco, estava muito alegre e descontraída.
Quando olhei para o lado, estava um amigo comum a mim e ao meu ex marido, o Pedro, um amigo de longa data e que eu tinha quase a certeza que teve um fraquinho por mim. Ele veio ter comigo, deu-me um beijo demorado na face… Arrepiou-me. Dançamos juntos ao longo da noite, senti uma estranha sensação que me deixava sem força nas pernas…
Eram cerca de quatro da manhã, quando resolvi chamar um táxi para me levar a casa. Já tinha bebido e não queria que a noite terminasse mal, deixando o meu carro no estacionamento. O Pedro não me deixou faze-lo, ofereceu-se para me deixar em casa e no outro dia iria buscar o carro. Entrei no carro dele, estava muito alegre, mas lembro de tudo perfeitamente. Conversamos no regresso sobre coisas banais.
Estacionou em frente do meu prédio, abriu-me a porta do carro, pegou na minha mão para eu sair e tirou-me a chave de casa da mão, abrindo-me a porta do prédio. Chamou o elevador e entramos. Carregou no botão do quatro andar e ficou de frente comigo, suspirou… O silêncio era absoluto, virou-se e carregou no stop do elevador, olhou-me nos olhos e deu-me um beijo tão intenso, que perdi a noção do espaço e do tempo… Correspondi perfeitamente aquele ataque tão doce. De seguida começou a beijar-me o pescoço, descendo devagar por meu peito, desabotoou- me os botões do leve e curto vestido de verão que eu tinha levado, caindo-me aos pés, ajoelhou-se à minha frente e começou a a lamber-me de um jeito que eu nunca tinha sentido na minha vida. Ele chupava, e mordiscava, parecia que estava a comer uma laranja. Fiquei ali encostada à parede do elevador, com as pernas ligeiramente afastadas, sentido que o mundo girava à minha volta, num turbilhão enorme de sensações que nunca tinha experimentado, senti que às tantas, escorria algo, da minha buceta, pelas pernas abaixo, nunca me passou pela cabeça que aquele liquido era fruto de tanto desejo reprimido por duas dezenas de anos. A vontade de ser penetrada ali mesmo, era tanta… Desejava desesperadamente ser penetrada ali mesmo, mas o Pedro não o fez, fiquei tão desiludida, mas não disse nada. Levantou-se devagar, deu-me um beijo na boca, senti o sabor desse liquido, meio adocicado, mas que me deixou ainda mais excitada.
O Pedro retomou ao painel de botões do elevador, clicando no quarto andar. Fiquei desconcertada, mas não disse nada. O elevador abriu, saimos e de seguida, abriu a porta do meu apartamento, mal entramos, fechou a porta e pegou-me nos braços, levando-me para o meu quarto… Atirou-me para cima da cama e começou de novo a lamber-me, ávido de sede por aquele liquido que para mim era novidade. Não demorou muito para explodir num orgasmo completamente livre de culpas, na boca dele. Já não suportava mais. Nesta altura, já as minhas mãos procuravam desesperadamente abrir-lhe as calças… Quando consegui finalmente, aquele membro descomunal e duro, saltou cá para fora, peguei nele com ambas as mãos e comecei a beijá-lo em toda a sua superfície, o desejo de pegar nele e engoli-lo, superou tudo e peguei nele enfiando-o pela minha boca adentro, engasguei-me várias vezes, mas só queria dar muito prazer aquele homem, tal como ele me havia dado também. Estava tão duro, que as suas veias pareciam que iam rebentar a qualquer momento. Levantou-se, rodando sob o seu próprio corpo, pegou em mim, atirou-me para cima da cama, de barriga para o ar, jogando-se para cima de mim, enfiando aquele belo pau para dentro da minha buceta, quente e molhada, Doeu, doeu muito, mas o prazer, superou a dor de longe.
… Subi ao céu, vi as estrelas, e viajei em varias galáxias, gozei tanto, tanto mesmo, acho que gozei por todos aqueles anos que passei amarrada a um homem bruto, retrógado, manipulador… Com quem vivi tantos anos.
Continuei a encontrar-me com o Pedro durante algum tempo, depois ele viajou em trabalho para o Chile, ficando lá até hoje. Mas ficou a promessa de recomeçar-mos quando ele voltar.
Foi o início da descoberta de uma mulher que eu não conhecia, uma mulher que não sabia o que era prazer, o que era um orgasmo.
Adoro essa mulher…
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