Setembro 2, 2025

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O padeiro Venezuelano e o meu domingo quente

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A manhã tinha aquele cheiro característico de chuva recente e pão fresco que sempre me acorda melhor que qualquer despertador. São Paulo respirava devagar num domingo preguiçoso, e eu, com uma leve ressaca de vinho tinto e uma vontade súbita de fazer torradas, decidi que precisava de um pão crocante. Coloquei um shorts curto e um moletom velho, aquele que é tão confortável que quase vira uma segunda pele, e desci para a padaria da esquina, sem muita pressa, aproveitando o silêncio raro da cidade.

A Padaria São José é daquelas tradicionais, com balcões de mármore e prateleiras de madeira escura. O cheiro de café coado e fermento era um convite. Cumprimentei o seu Antônio, o dono, já idoso e sempre com um pires de cafezinho na mão, e me dirigi às cestas de pães. Foi quando o vi. Um homem novo, moreno, de estatura média mas com ombros largos que esticavam a camisa social branca da padaria. Seus braços, visivelmente fortes, manuseavam as formas quentes com uma destreza que era quase uma dança. Ele não era do Brasil. O sotaque, puxado e melodioso, ao perguntar “Algo mais, señora?” delatou suas origens venezuelanas. Um imigrante. Um veneco, como se diz por aqui às vezes, mas sem a carga pejorativa que a palavra pode carregar – pelo menos não da minha parte. Naquele momento, carregava apenas uma curiosidade súbita e intensa.

“Só a baguette, obrigada,” respondi, segurando o pão ainda quente. Nossos dedos se tocaram brevemente, e um choque percorreu meu braço, um calor que não tinha nada a ver com o forno. Ele segurou meu olhar por uma fração de segundo a mais do que o necessário, e eu vi algo lá – uma faísca, uma pergunta não feita. Sorri, um pouco sem jeito, e paguei rapidamente, sentindo meu coração bater um pouco mais rápido.

Sai da padaria, mas em vez de virar à direita para meu prédio, fiquei parada na calçada, como se estivesse esperando algo. O dia estava quieto demais. Uns minutos depois, a porta da padaria se abriu e ele saiu, vestindo agora uma jaqueta simples e carregando uma sacola. Ele me viu ali, parada, e seu rosto se abriu num sorriso fácil, sem hesitação.

“Ya se fue, la señora?” ele perguntou, aproximando-se. Seu português era entendível, mas carregado daquela musicalidade que me fez sorrir.

“Ainda estou aqui, aparentemente,” respondi, sentindo-me ousada. “Precisa de uma pausa?”

“Sí, el jefe me dio diez minutos.” Seus olhos percorreram minha figura, do meu rosto ainda sem maquiagem aos meus pés descalços dentro dos tênis. Não era uma olhada vulgar, era… apreciativa. Como se estivesse vendo algo belo.

Sem pensar muito, movida por um impulso que veio de um lugar profundo e há muito adormecido, disse: “Minha casa é ali. Quer um café? É melhor que o da padaria.” A proposta soou audaciosa até para os meus próprios ouvidos. Ele hesitou por um segundo, olhando para a padaria, então um sorriso mais lento, mais calculista, surgiu em seus lábios.

“Claro que sí. Un café suena bien.”

Subimos em silêncio. Meu apartamento é pequeno, um verdadeiro ateliê bagunçado, com telas, pincéis e livros espalhados por toda parte. Ele olhou ao redor com interesse genuíno, seus olhos pousando em alguns dos meus desenhos pendurados na parede.

“Eres artista,” ele disse, não perguntou.

“Ilustradora,” confirmei, enchendo a chaleira. “E você? Além de padeiro.”

“Estudié ingeniería en mi país,” ele respondeu, os ombros se contraindo levemente num encolher de ombros que era ao mesmo tempo resignado e orgulhoso. “Pero aquí, un trabajo es un trabajo. Me llamo Luis, por cierto.”

“Mariana,” disse eu, entregando-lhe a xícara de café.

Nossas mãos se tocaram de novo, e desta vez, nenhum de nós se afastou. O ar entre nós parecia ficar mais denso, carregado de uma eletricidade que eu não sentia há anos. Ele colocou a xícara de lado, sem tirar os olhos de mim. Eu sabia o que estava prestes a acontecer. Sabia e queria.

Ele se aproximou, devagar, dando-me tempo para recuar. Eu não recuei. Sua mão, áspera do trabalho com a farinha e o calor do forno, tocou meu rosto, e seu polegar acariciou meu lábio inferior. Era uma touch áspero e suave ao mesmo tempo, e um arrepio percorreu minha espinha.

“Eres muy hermosa, Mariana,” ele sussurrou, e sua voz era um ruído baixo e grave que ecoou diretamente no meu centro.

Então, ele me beijou. Não foi um beijo suave ou exploratório. Foi profundo, possessivo desde o primeiro momento, com uma fome que me surpreendeu e incendiou algo dentro de mim. Seus braços fortes me envolveram, puxando-me contra seu corpo, e eu pude sentir cada músculo duro contra meus seios, minha barriga. E pude sentir, inconfundível, a pressão firme e crescente de sua ereção contra minha coxa. A baguette que eu ainda segurava caiu no chão, irrelevante.

Ele quebrou o beijo, respirando profundamente, seus olhos escuros fixos nos meus, procurando permissão, confirmação. Eu só consegui puxar seu rosto de volta para o meu, selando meu consentimento com outro beijo ainda mais urgente. Minhas mãos subiram por suas costas, sentindo a força contida sob a camisa, puxando-o ainda mais perto, querendo eliminar qualquer espaço entre nós.

Com um movimento fluido que falava de uma confiança surpreendente, ele me levantou nos braços – eu não sou uma mulher grande, mas ainda assim, a força dele me deixou sem fôlego – e carregou-me para o meu pequeno quarto, empurrando levemente as telas e os sketchbooks para o lado com o pé. Deitou-me na cama desfeita e ficou de pé diante de mim, tirando a jaqueta e depois a camisa, revelando um torso definido, suado do trabalho, com uma linha de pelos escuros que levava diretamente para dentro das calças. Era um corpo de trabalho, real, não de academia, e era incrivelmente sexy.

Ele se ajoelhou na cama, entre minhas pernas, e suas mãos encontraram a barra do meu shorts. Seus olhos perguntaram uma última vez. Eu apenas arquei meus quadris, convidando. Ele puxou o shorts e minha calcinha de algodão de uma vez só, jogando-os no chão. O ar frio do quarto atingiu minha pele nua, mas foi rapidamente substituído pelo calor do seu corpo quando ele se inclinou.

Ele não disse mais nada. Suas mãos abriram minhas pernas e sua boca encontrou meu sexo com uma precisão devastadora. Eu gritei, um som abafado pelo travesseiro, quando sua língua me atingiu. Ele não explorou ou saboreou; ele comeu. Com uma fome voraz, como um homem faminto, sua língua lamber, sugar e penetrar sem piedade. Era bruto, era primitivo, e era exatamente o que eu não sabia que precisava. Meus quadris se levantaram do colchão, procurando por mais pressão, mais fricção, mais dele. Minhas mãos se enterraram em seus cabelos escuros, puxando-o para mais perto, mantendo-o lá.

Ele tentou se afastar uma vez, talvez para respirar, talvez para ver minha reação, mas eu não permiti. Cruzei minhas pernas nas costas dele, prendendo-o no lugar com uma força que nem eu sabia que tinha. “Não para,” eu supliquei, minha voz um gemido rouco. “Por favor, não para.”

Ele entendeu. Um som baixo, quase um rosnado, saiu de sua garganta contra minha pele, e ele mergulhou de volta, sua língua trabalhando em um ritmo implacável. Eu estava perdida, flutuando em uma sensação pura, crua. O mundo exterior – a padaria, a chuva, a cidade – deixou de existir. Existia apenas aquele ponto de calor intenso, a pressão que se acumulava dentro de mim, a língua dele que era ao mesmo tempo hábil e selvagem. Meus gemidos eram altos, incontidos, ecoando pelo pequeno quarto. Meu corpo estava tenso como um arco, cada músculo tremendo, prestes a quebrar.

E então eu quebrei. Um orgasmo violento me atingiu, arrancando um grito abafado do meu peito. Ondas de prazer eletrizante sacudiram meu corpo, e eu me contraí sob sua boca, que não diminuía o ritmo, sugando cada espasmo, cada tremor, até que eu desabei na cama, completamente esgotada, minhas pernas caindo abertas, tremulas.

Fiquei deitada ali, ofegante, tentando recuperar o fôlego, tentando processar a intensidade do que acabara de acontecer. Minha pele estava sensível, meu sexo latejava. Eu estava mais do que satisfeita, completa. Mas Luis não tinha terminado.

Antes que eu pudesse sequer pensar, ele se moveu. Suas mãos fortes pegaram minhas pernas moles e as levantaram, colocando meus pés nos seus ombros. Meus olhos se arregalaram quando eu o vi desabotoar suas calças e puxar o zíper. Seu pau surgiu, ereto, impressionantemente grosso e veiudo, a cabeça já brilhando de umidade. Ele não perdeu tempo com preliminares. Com uma mão, ele guiou-se até minha entrada, ainda sensível e molhada do meu orgasmo, e com um único movimento fluido e potente, ele se enterrou em mim até o fim.

Eu gritei, não de dor, mas do choque absoluto de ser preenchida tão completamente, tão de repente. Ele era grande, e eu estava apertada, mas a excitação anterior tinha me deixado mais do que pronta. Ele parou por um segundo, seus olhos queimando os meus, seu rosto uma máscara de concentração e puro desejo. Então, ele começou a se mover.

E não havia pausas, não havia delicadeza. Era pura, crua, fricção. Seus quadris batiam contra os meus com um som úmido e obsceno, cada embestida me levando mais fundo na cama. Ele me fodia com uma intensidade que era quase assustadora, uma força bruta que era ao mesmo tempo avassaladora e incrivelmente excitante. Eu não aguentei por muito tempo. A sensação era grande demais, avassaladora. Em questão de segundos, outro orgasmo, mais surpreendente e intenso que o primeiro, explodiu dentro de mim. Gritei contra o travesseiro que agarrei e pressionei contra o rosto, meu corpo arqueando violentamente sob o dele, me contorcendo em ondas de prazer quase doloroso.

Ele não diminuiu. Seu ritmo nem sequer vacilou. Ele continuou, seus músculos tensos, seus braços segurando minhas pernas com força, seus olhos fixos no ponto onde nossos corpos se encontravam. Ele estava me levando além do prazer, para um território de pura sensação bruta. O tempo perdeu o significado. Poderia ter sido um minuto, poderiam ter sido dez. Eu estava extasiada, perdida em um mar de sensações, cada nervo do meu corpo vivo e incendiado.

Finalmente, senti seus quadris começarem a estremecer. Seus movimentos ficaram mais irregulares, mais profundos. Um gemido gutural saiu de seu peito, e ele enterrou-se em mim uma última vez, seu corpo ficou rígido, e eu pude sentir as contrações pulsantes dele lá dentro, através da fina barreira do preservativo que ele, com algum pensamento rápido, deve ter colocado em algum momento que eu não percebi. O calor de sua liberação parecia quase palpável.

Ele desabou sobre mim, seu suor misturando-se com o meu, sua respiração ofegante contra meu pescoço. Ficamos assim por um longo momento, os dois tentando recuperar o fôlego. Aos poucos, ele se levantou, descartou o preservativo e deitou-se ao meu lado na cama, ficando de costas para mim por um momento antes de se virar e me puxar contra seu corpo suado.

Não dissemos nada. Não era necessário. O silêncio foi quebrado apenas pelo som da chuva que começava a cair lá fora. Ele me envolveu em seus braços e, em alguns minutos, sua respiração se aprofundou e ele adormeceu. Eu fiquei acordada, olhando para o teto, sentindo o latejar entre minhas pernas, o cheiro dele na minha pele – suor, pão e sexo. A baguette que eu fui comprar estava esquecida no chão da sala. Eu tinha encontrado algo infinitamente mais satisfatório.

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