Relatos Inofensivos, Volume 18 - O Chalé, Parte 2
Fui acordado com um sol forte direto no rosto. Estiquei o braço e Aline não estava mais na cama. Me levantei e fui ao banheiro, tomei um banho para tirar todo o esperma seco da perna e fui procurá-la. Ela estava enrolada em um casaco e uma roupa de baixo, tomando um café, sentada na varanda, observando o sol. Me sentei do lado dela e ela se aconchegou no meu peito.
— Bom dia. Dormiu bem? — Perguntei.
— Bom dia, amor. — Ela respondeu me dando um selinho. — Quer? — Me perguntou esticando a caneca de café. A peguei e tomei um gole.
— O café da manhã é daqui a pouco. Deveria acordar a Marina?
— Sim, a gente não veio pra cá pra ficar dormindo em um dia maravilhoso assim.
E assim o fiz. Bati na porta e abri após ouvir um “oi”. Marina tinha costume, assim como eu, de dormir pelada. A acordei e avisei que iriamos sair para tomar café da manhã em breve e disse que eles teriam tempo pra se arrumar. Ela deu um joinha e depois sai novamente. Logo depois eles saíram do quarto e foram tomar um banho e se arrumaram para o café da manhã. Durante o desjejum, Edgar se dirigiu a mim:
— Luiz, dá próxima vez que você for acordar a gente, não abre a porta assim, sua irmã tava com os peitos de fora po, mó desconfortável.
— Edgar, você tá com medo de que? Ela é minha irmã a vinte anos e eu nunca quis comer ela. Ela me viu pelado e eu já a vi pelada. Não precisa de ficar inseguro não. Você não tem noção de quantas vezes eu tive que dar banho nela porque ela deu PT. Não precisa disso não, tá viajando.
— Verdade, amor, ele tá certo. — Marina me apoiou.
Ele entendeu, mas ainda ficou sentido, ficando calado o resto do dia, se dirigindo a mim bem pouco. Na mesa ao lado, estavam os quatro vizinhos, em um silêncio fúnebre. Daniela estava com o rosto inchado e com olhos vermelhos, provavelmente chorou bastante durante a noite. Os restantes estavam normais, mas quietos. Não disseram nem mesmo bom dia. Achei estranho, mas não era problema meu. Aline também reparou, mas não disse nada.
Após o café da manhã, resolvemos fazer uma trilha, subindo um mirante. A subida foi de mais ou menos duas horas e eu fui o que mais sofri. Provavelmente pelos cigarros. A visão de lá de cima era espetacular, literalmente de tirar o fôlego. Em compensação, eu fui quem desceu mais rápido. Uma descida de ladeira requer muito da musculatura da perna e dos pés, e eu ainda tinha isso, apesar de não lutar mais por alguns anos. Minhas pernas sempre foram durinhas, bem grossas e definidas, apesar de ter ganhado bastante peso.
Chegamos de volta à pousada por volta do horário do almoço. Tomamos banho e fomos almoçar. Os vizinhos novamente estavam na mesa do lado, sem se comunicar tanto. Daniela não estava presente. Aline ficou preocupada e comeu mais rápido e foi até o chalé para procurá-la. Eu continuei comendo e conversando com Marina, com Edgar ainda embicado.
Me encontrei novamente com Aline no nosso chalé alguns minutos depois e ela disse que a Daniela estava muito triste, mas não queria dizer o porque. Ela me deu a ideia de eu ir perguntar. Me recusei. Se eu estivesse lá quando o namorado dela chegasse, o que ia pensar? Estava ali para relaxar, não esquentar a cabeça com o relacionamento dos outros. Colocamos uma roupa de banho e fomos para a piscina. Aline, para me contrariar, bateu na porta de Daniela e disse onde estaríamos, se ela quisesse participar.
Fomos para a piscina e ficamos relaxando dentro da água e conversando. Aline não parava de repetir empolgada o quão bonito aquele lugar era, e queria ir ver o nascer do sol de cima do mirante. Ela repetiu esse plano por mais umas quatro vezes nas próximas duas horas, então entendi que ela estava falando sério. Isso significaria acordar aproximadamente quatro da manhã para subir o mirante no escuro e esperar no frio para o fatídico momento. Topei. Quem está na chuva, é para se molhar. Daniela nunca apareceu. A vimos novamente no jantar, e todos do chalé vizinhos estavam super bem produzidos e prontos para o segundo dia do festival. Resolvemos ficar essa noite em casa, abrir um vinho e jogar cartas.
Ao voltar para o chalé, assim o fizemos. Colocamos uma mesinha quadrada na varanda e abrimos um vinho, com o baralho. Abrimos alguns petiscos como azeitonas, queijinho e amendoim e começamos o carteado. Um tempo depois, os vizinhos saíram de casa, entraram no carro e partiram. Daniela ficou para trás. Depois de algumas partidas, Aline me incentivou a ir finalmente falar com ela. Bati na porta e ela abriu, com lágrimas no rosto. Ela abriu mais e me deixou entrar. Antes de entrar por completo, olhei para Aline e ela fazia aquele sinal de “tô de olho” com as mãos. Me sentei no sofá do chalé e ela sentou no outro canto.
— Você está bem? — Perguntei. — Você chorou o dia todo. Quase não comeu. O que houve?
— Ai, Luiz. O Heitor é um escroto babaca. Queria ir embora, mas estou presa aqui mais três dias.
— O que ele fez? — Ela levantou o rosto para mim e se tocou que tinha dito mais do que deveria. Ela respirou fundo e respondeu.
— Ele é um tarado. O problema é que a Gisele é ninfomaníaca e o Eduardo gosta de ser corno. Ela transa com todo homem que consegue e conta tudo pra ele. Ele fica de pau duro só de saber que estaria transando com uma buceta gozada por outro homem. O problema é que o Heitor tirou proveito disso e me convenceu a fazer uma orgia com eles, só que ele levou a um ponto além, e agora transa com a Gisele sempre que pode, nem tenta me incluir mais. Parece que eu não sirvo mais para transar. Agora ele fica chamando todo mundo que ele quer comer pra um swing, sem nem mesmo me consultar. Eu virei uma moeda de troca e estou exausta de tudo isso. Pra ele, eu estou sendo egoísta, porque a gente ainda transa muito, mas parece que ele esqueceu do que eu gosto e fica focado só no prazer dele. O maior problema é que eu gosto muito da Gisele e amo o Heitor, mas não estou mais disposta a viver esse relacionamento. — Ela disse tudo com lágrimas nos olhos, oscilando a voz.
— Nossa, o pessoal de Sampa é bem evoluído, né? — Falei rindo e ela riu também.
— Deve ter gente assim por aqui também.
— Sim, tem. Eu já passei por coisa semelhante.
— Como assim?
— Bom… — Contei para ela de Karina, das nossas muitas experiências em grupos, a três, dos nossos acordos e processos, de Vanessa e o relacionamento dela com Ricardo, e como acabou com ele tendo sentimentos por Karina e como Karina engravidou dele no fim da história. Evitei todos os outros detalhes.
— Cacete, e eu achando que eu tinha problemas.
— Ah, não. Você tem sim. Só te dizendo que não é só você.
— Queria que meu relacionamento tivesse esses acordos. Eu seria bem mais feliz.
— Aposto que sim. Escuta, você está decidida?
— A o que?
— Terminar quando voltar pra sampa?
— Estou, mas estou presa aqui.
— Olha, sua hospedagem está paga. Não interessa onde você ficar. Se quiser, pode passar o resto desses dias no meu chalé. Pelo menos você evita toda essa situação por uns dias a mais.
— E a Aline, Luiz?
— Vou falar com ela e volto aqui, pode ser?
— Pode.
— Mas você quer? Porque se não, nem vou perguntar nada.
— Quero.
— Beleza, então. — Saí do chalé e Aline logo levantou o rosto para me olhar. Estiquei o braço e a chamei com a mão. Aline se levantou e entrou no chalé e eu fechei a porta atrás de mim.
— Que foi, Luiz? — Aline perguntou de braços cruzados.
— Então… — Expliquei brevemente a situação de Daniela e ela ajudava com alguns detalhes. — Ai eu pensei que, já que ela vai embora no mesmo dia que a gente, ela poderia ficar no nosso chalé.
— Não era você que queria evitar confusão, Luiz?
— Sim, mas isso vai ajudar outra pessoa, amor. Não é só sobre mim.
— E onde ela vai dormir, já pensou nisso?
— Não. Ela pode dormir na cama e eu durmo no sofá, não tem problema.
— Aí você vai me deixar sozinha na cama, amor?
— Eu posso dormir no sofá também. — Daniela respondeu.
— Então, tá. Eu topo. — Aline disse concordando com a ideia e então se virou para mim. — Mas você sabe o que isso significa, né? Sem sexo até voltarmos para casa.
— Tudo bem, amor. São só alguns dias.
— E sem punheta também, seu safado. — Ela disse rindo.
— Pode deixar, dona. — Ri também.
Daniela catou todas as coisas dela e fez a mala, desligando a luz ao sair do chalé. Marina ficou me olhando torto quando me viu sair com a mala dela na mão e levando para o nosso chalé. Daniela puxou uma cadeira e sentou na mesa para acompanhar o baralho. Levei um copo para ela e ela se serviu com o vinho. Marina olhou toda essa sequência de olhos arregalados.
— O que tá acontecendo? — Perguntou curiosa.
— Ela vai ficar no nosso chalé até o dia de ir embora. — Expliquei brevemente, sem muitos detalhes, e disse que ela ficaria conosco.
Continuamos rindo e nos divertindo com o baralho. A noite se encerrou cedo, com eu e Aline nos deitando bem cedo para encarar a subida para o mirante. Nos deitamos para dormir e Daniela se ajeitou no sofá, pegando no sono bem rápido. Eu já estava bem sonolento, quando Marina chegou e sentou no meu colchão.
— Irmão. — Ela me chamou me cutucando. Me virei em um susto e Aline acordou também, se virando no meu braço para olhá-la. — Amanhã eu e o Ed vamos embora.
— Por que, Ma? Do nada?
— A gente vai para o sítio da Débora. Fica aqui perto e ela já mandou mensagem confirmando que vai receber a gente. — Débora era nossa prima que morava em uma das muitas pequenas cidades do interior do estado. — Só preciso que leve a gente para a rodoviária amanhã, que a gente se vira.
— Por que, Ma? Aqui já está tudo pago.
— A gente veio pra cá relaxar, Lu. Hoje o Ed ficou muito puto com você e a previsão é piorar.
— Mas até você disse que eu estava certo.
— Eu sei, garoto. Mas estar certo não resolve a situação. E tem essa questão da Daniela, que ela merece descansar também. No sofá é muito desconfortável. Vamos dar mais espaço pra vocês e vamos resolver nossa questão também. Todo mundo ganha.
— Tá bom, Ma. Eu vou subir no mirante cedinho com a Aline, para ver o nascer do sol. Se quiser ir…
— Nem a pau, no breu da noite. Trata de levar uma lanterna, hein.
— Tem os celulares. Vai dar certo. De toda forma, quando eu voltar e tomar o café da manhã, levo vocês lá.
— Beleza. Boa noite.
— Boa noite, Ma.
— Obrigada pela compreensão, amiga. — Aline completou.
— Que isso, gente. Curtam o fim de semana. Nos vemos no Natal.
— Beleza, Ma. Boa noite.
E assim foi feito. Aline se virou e se aconchegou novamente e voltou a dormir. Eu tirei meu short em baixo da coberta, para dormir confortável e Aline me deu um tapinha no braço para me impedir de fazer alguma coisa safada. Me contentei em levantar a camisola dela e ficar com meu pau encaixado entre sua bunda. Ela deu algumas reboladinhas como um carinho e voltou a dormir.
Pela madrugada fui acordado por uma movimentação na cozinha. Depois Aline se esticou em cima de mim, me acordando para irmos. Ela tinha preparado alguns sanduíches e fez uma jarra de café, colocando na nossa garrafa térmica de água que levávamos no carro para viagem. Estava morrendo de sono, então precisei de mais incentivo para acordar. Quando Aline perdeu a paciência, puxou a coberta e me deixou no frio. Acordei em um pulo, porque ela esqueceu que eu estava pelado. Me cobri rapidamente e me virei para conferir se Daniela tinha me visto. Ela estava de olho fechado, mas com um sorrisinho no rosto. Ou ela viu, ou estava tendo um sonho bom. “Falei pra você dormir de roupa” Aline cochichou. Coloquei o short por debaixo da coberta, cochichando “você sabe que eu não consigo dormir com roupa” de volta. Me levantei e me arrumei. Saímos logo após.
A subida foi um tormento. Estava frio demais e meu casaco estava com Aline, já que ela não achou que fosse precisar e não levou o dela. Ela levava uma mochila com algumas coisas, mas não me contou o que era. Chegamos no topo do mirante faltando cerca de meia hora para o nascer do sol, mas o horizonte já tinha começado a clarear. Aline abriu a mochila, tirou dois copos de dentro e serviu café. Os copos embaçaram instantaneamente com a temperatura externa. Ela tirou uma canga e cobriu o chão e se sentou em cima. Me sentei ao seu lado e estiquei os sanduíches. Dei um a ela e peguei o outro.
— Eu estou muito feliz de estar aqui com você, sabia? — Aline quebrou o silêncio.
— Fofa. Eu fico feliz só de estar com você. Sempre fiquei. — Respondi de volta com um sorriso.
— Nossa, eu te amo muito, meu deus. — Ela disse rindo e veio me beijar. Virei o café e abaixei o copo e a beijei.
O beijo tinha um amargo do café, com o doce do açúcar e o gosto de requeijão, mas foi muito íntimo e o suficiente para ligar os motores. Ela terminou o sanduiche rápido e acabou seu café, e depois colocou os copos de lado, se jogando em cima de mim e me derrubando parcialmente em cima da canga. Ela me beijou e puxou minhas pernas para deitar completamente. Ela deitou em cima de mim, com a cintura encaixada na minha e começou a alisar meu corpo. Eu abri o casaco dela e levantei o top dela, revelando seu peito arrepiado e enrijecido pelo frio. Levei minha mão para sua bunda e apertei.
— Safadinho, falei sem sexo até voltarmos pra casa. — Aline disse com um sorriso no rosto.
— Agora temos um quarto vazio, amor. Vai ser a mesma coisa de transar na sala com a Marina no quarto.
— Só se a gente transar na miúda. — Era como ela se referia ao sexo sem bagunça e sem gemidos extravagantes.
— Tranquilo.
— Então deixa eu te ajudar. — Ela levantou e abaixou a legging e a calcinha e estimulou a buceta brevemente, com seu peito ficando ainda mais enrijecido. — Cacete, que frio.
— Aqui tá quentinho. — Abri o botão da calça e abaixei, revelando o pau e levantei a camisa um pouco. Ela sentou novamente e foi um alívio instantâneo.
— Amo como você é quentinho. — Ela falou enquanto passava meu pau por sua buceta.
Ficamos ali naquela brincadeira, com Aline deitada em cima de mim o máximo que conseguia para aquecer seu corpo. Eu sempre fui calorento, e por ter bastante cabelo e gordura, era como um urso. Era meu momento de brilhar. Quando ela ficou bem molhada, encaixou meu pau e sentou com o quadril, deixando meu pau deslizar para dentro. Transamos ali por alguns minutos, até que o sol começou a dar as caras, trocamos a posição para ela ficar de quatro olhando o sol enquanto eu metia nela por trás. Quando o sol raiou acima das montanhas no horizonte, ela gozou, fazendo seu orgasmo escorrer pelos cantos de sua buceta. Continuei metendo enquanto o sol subia e gozei algum tempo depois, junto da segunda gozada de Aline. Ficamos aninhados sentados na canga enquanto o sol subia imponente. Quando nos levantamos, Aline limpou a buceta e as pernas com a canga e colocamos a roupa para voltar. Aline tirou o casaco para sentir o sol e começamos a descida.
Aline tinha um contato muito filosófico com a natureza. Sempre que tínhamos uma oportunidade, estávamos na água do mar, na areia da praia, em algum matagal da universidade, nas montanhas, em um sítio. Todo contato com a natureza aflorava uma personalidade de Aline que era linda. Ela ficava calma, começava a falar de coisas profundas, como a gente era pequeno perante o mundo, como o mundo é grande em si, como apenas 12% das espécies marinhas são registradas. Ela acreditava em coisas como alienígenas e sereias, uma espécie variante dos neandertais que moravam perto do mar e não plantavam, mas pescavam para alimento. Anos de evolução os levou para dentro do mar. A teoria não é tão sem fundamentos assim. Todos os grandes povos que navegavam têm relatos de “humanos marinhos” em seus folclores, como vikings, chineses, portugueses, ingleses. A maioria desses povos não se encontravam durante essas navegações, então esses “humanos do mar” foram vistos em diversas ocasiões, em rotas do mar diferentes. A teoria também dizia que eles teriam desenvolvido uma tecnologia biológica e teriam inteligência para se esconderem por todos esses anos, suplementando a quantia de especies biologicas catalogadas até hoje. Um exemplo forte desse mistério marinho era de uma baleia de 12 metros catalogada em 2003, mas que nunca foi vista viva por saber se esconder muito bem. (No final de 2015 gravaram a baleia viva pela primeira vez e Aline veio me mostrar. O ano atual do conto é 2014, quase 2015).
Ela tinha uma desenvoltura tão foda para falar sobre o assunto que depois de um tempo até eu acreditei, colocando em minha caixa mental de “Possível, mas é ver para crer” e tirando do “Papai Noel, Coelho da Páscoa”. A descida foi preenchida por essas conversas.
Chegamos na base por volta de nove horas. Fomos direto para o café da manhã ainda suados. Daniela estava na nossa mesa e os vizinhos a olhavam de longe, mas não falavam nada. Depois de comer, fomos direto para o carro levar Marina para a rodoviária. Aquela foi a última vez, felizmente, que eu vi Edgar. Daniela veio no carro conosco, para não ficar sozinha. A ida até a rodoviária foi tranquila. Um clima pesado no carro evitou qualquer conversa e assim que Edgar desceu, Marina esticou a mão para meu ombro e fez um carinho, como um agradecimento e um consolo de que tudo ficaria bem. A viagem da volta foi uma série de risadas minhas e de Aline, com piadas sobre Edgar e o ataque dele. Ficamos cerca de meia hora conversando e curtindo a música.
— Nossa, chegando em casa vou precisar de um banho. Estou toda suada. — Aline disse.
— Sua calcinha deve estar incomodando, né? — Perguntei já conhecendo ela.
— Nossa, demais. Não para de escorrer porra. — Tínhamos esquecido completamente que Daniela estava no carro. Fomos lembrados por uma risadinha vinda do banco de trás. Tomei um susto tão grande que quase perdi o controle do carro. Aline se virou para ela. — Menina, você vai matar a gente do coração, tem que falar mais!
— Tá tudo bem, gente. Desculpa o susto. — Daniela se desculpou. — Mas só para quebrar o gelo, sua bundinha é bem bonitinha, Luiz.
— Então você estava acordada. Fiquei em dúvida se estava dormindo ou só disfarçando. — Respondi olhando o retrovisor brevemente.
— Estava. Mas gente, somos todos adultos. Não precisa de ter vergonha não. — Ela disse com outra risadinha.
— Já que estamos no assunto, o que você quis dizer quando falou pro Luiz que se o cenário fosse diferente faria as mesmas coisas do fake? — Aline perguntou se virando no banco para ver Daniela.
— Não sei como ele é em vida, mas no fake ele era muito carinhoso e caloroso. Era bom me sentir abraçada, nem que fosse apenas pela tela do computador.
— Ele é assim até hoje. — Aline confirmou. — Mas você não estava falando só disso, né? — Daniela ficou um tempo calada pensando em uma resposta e então finalmente respondeu.
— Não. Eu vi você dançando com o Heitor. Ele falou alguma coisa no seu ouvido, né? Ele te chamou para fazer um swing?
— Chamou. Como você sabe? — Daniela contou a história por completo sobre ela e Heitor.
— Eu só comentei aquilo com o Luiz depois de ver ele falar no seu ouvido. Imaginei que fosse isso. Eu só dei uma confirmação de que toparia, se vocês topassem. Mas isso já passou, também.
— Olha, Daniela. Você é uma menina legal e me partiu o coração ver como você estava ontem. Mas na noite de quarta feira, no primeiro dia do festival, eu e Luiz até conversamos na cama antes de dormir, e eu cheguei a comentar que transaria com o Heitor só para que o Luiz pudesse te consolar pela possível traição do Heitor com Gisele. Você merece coisa melhor. Todo mundo merece.
— Bom, se você ainda estiver disposta, agora não precisa nem dar para o Heitor. Não quero parecer uma intrusa, mas a dinâmica de vocês é contagiante. Eu mal consegui dormir quando vi que o Luiz tirou o short de baixo da coberta. Tão perto ao mesmo tempo que tão longe. Fiquei excitada de ver você rebolando, praticamente dormindo, só para aconchegar ele. É um carinho, uma atenção, que eu nunca tive. Seria legal experimentar.
Aline me olhou e eu evitava tirar os olhos da estrada. Ela sabia que eu toparia, se ela topasse. Era isso que estávamos combinados. Ela voltou a olhar a estrada por um tempo e depois voltou a me olhar.
— Alguma limitação, amor? — Ela me olhava.
— Decide você, estou dirigindo, não posso ficar pensando nisso agora. — Disse tentando me esquivar da responsabilidade.
Aline voltou a olhar a estrada por mais alguns minutos. Parecia que o carro a 60km/h andava a 2. Ela finalmente virou de lado e ficou alternando olhadas para mim e para Daniela.
— Eu acho que posso ter falado na empolgação. Agora que é real eu não sei se quero mais. — Aline disse me olhando.
— Você não precisa de submeter a nada, amor. É uma proposta, não uma ordem. — Respondi no automático.
— Beleza, eu topo. — Aline disse com uma risada.
— Ué, como assim?
— Eu queria ver como você ia reagir se eu falasse não. E você nunca mudou comigo, em todas as vezes que te neguei alguma coisa. Então dessa vez eu vou experimentar algo novo e você vai ter a chance de fazer o fake virar realidade. Todo mundo ganha.
— Ok. E como você quer proceder? Alguma regra? — Perguntei, começando a me animar.
— Não consigo pensar nisso agora. Vamos improvisando. Se eu não gostar de algo, aquilo para. Pode ser assim? — Ela perguntou para nós dois. Os dois confirmamos. — O mesmo vale para vocês. O que vocês não gostarem, só falar.
— Pode deixar. E você quer que eu use camisinha?
— Por mim, não precisa. — Daniela respondeu. — Eu sempre tomei anti e não menstruo a anos. Eu só não consigo dar certeza em DST, mas nunca tive nada estranho.
— Você nem tem camisinha, Luiz. A gente não usa. — Aline recordou.
— Eu sei, mas se fosse o caso, não ia meter.
— Ah, vou fazer um exame rudimentar, mas não deve ter nada mesmo, DST geralmente tem algum sintoma bem visível logo de cara, nem que seja apenas uma coceira. Se não tem nada, só um check-up básico deve me assegurar. Mulher é mais fácil de examinar, também.
O resto da viagem foi preenchido com uma tensão sexual. Aline ficava apertando o joelho e balançando a perna. Era um sinal de que ela estava muito excitada com alguma coisa. Eu me mantive calmo e tentei não deixar a emoção tomar conta. Seria o primeiro sexo a três desde Karina. Eu nunca pensei que teria outra oportunidade. Chegamos em casa e Aline foi direto para o chuveiro. Quando ela saiu do banho, enrolada na toalha, chamou Daniela para o quarto e encostou a porta. Coloquei o ouvido na fresta só por curiosidade. Aline pediu para ela tirar a roupa e deitar na cama. Eu consegui escutar a roupa dela indo ao chão. Ouvi as molas do colchão e depois ouvi de novo. Aline tinha subido no colchão também. Resolvi ser abusado e abri a porta.
Coloquei a cara para dentro do quarto e vi Daniela deitada de perna aberta, sem calcinha, e Aline de joelhos na cama, enrolada na toalha. Me aproximei por trás de Aline enquanto ela me encarava e fiquei atrás dela. Não consegui ver a buceta de Daniela porque Aline cobriu com a mão enquanto eu entrava no quarto.
— O que você está fazendo? — Aline perguntou em um tom que eu conhecia bem. Ela estava excitada, meio que um teatrinho. Fiquei em pé atrás dela e levantei a toalha, revelando sua bunda.
— O que eu quiser. — Dei um tapa em sua bunda e ela reagiu indo para frente e suspirando pelos dentes. — Não pode? — Perguntei entrando na brincadeira e ela sorriu, balançando a cabeça que sim.
Me foquei em Aline e em sua bunda, fazendo um carinho por suas curvas. Até que abri sua bunda e ela sugou a saliva mais uma vez em excitação. Ela continuou examinando Daniela, até que enfiei dois dedos em sua buceta e depois tirei, trazendo para fora seu lubrificante natural nos dedos e levei a boca. Ela normalmente estava sempre molhada, mas era mais úmido, não tão viscoso. Ela apenas ficava assim quando a preliminar durava horas ou quando criavamos expectativas por mensagens antes de nos vermos. Em pessoa, ela geralmente mostrava uma molhada mais pronta para ação, e não de expectativa. Eu conhecia Aline bem e sabia que ela estava extremamente sensível a qualquer toque. Achei que seria a hora ideal para fazer um oral nela.
Abri bem sua bunda e me afundei ali, quase encostando o nariz em seu cu, lambendo toda a sua buceta, puxando os lábios e enfiando a língua alternadamente. Aline gemia e então comecei a escutar outro gemido. Aline passou a enfiar dois dedos dentro de Daniela enquanto chupava seu clitóris, enquanto ela segurava o cabelo de Aline e a puxava para seu quadril. Sorri e voltei a me concentrar em Aline, a fazendo gozar em minha boca após um tempo. Daniela também gozou logo depois. O orgasmo de Aline escorria pela perna e ela se virou, sedenta pelo meu pau. Eu fiz que não com o dedo, como se faz para uma criança.
— Só mais tarde. Precisamos ir almoçar e vou guardar energia.
— Você vai fazer isso comigo, amor? Você sabe que eu estou subindo pelas paredes.
— Então é melhor você descer, porque sei que você vai ficar assim mesmo que a gente transe até de noite direto. Vamos curtir o dia, de noite a gente transa. — Disse para ela e me virei para Daniela, finalmente vendo sua bucetinha.
Tinha lábios internos e era bem inchadinha, com uma pata de camelo. Era bem rosinha e parecia uma conchinha, mas agora estava brevemente avermelhada pelo recente orgasmo com os dedos de Aline. Totalmente depilada. Meu pau pulsou dentro da cueca e fui finalmente tomar meu banho, tirando a cueca melada.
Quando sai do banho, as duas estavam prontas, sem uma blusa, apenas a parte superior do biquíni e uma saída de praia em cima, como normalmente ficavam durante o dia, que o Sol castigava aquele lugar e dava uma piscina extraordinária.
O terceiro dia apenas começava, e tinha grandes promessas para a noite.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.