Outubro 17, 2022

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Relatos Inofensivos, Volume 22 - Direito, Hein? Com Moda

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Os vídeos de Aline mexeram comigo. O primeiro vídeo, que mandou ainda no shopping, era ela pelada, colocando o vibrador e a lingerie, bem parecido com o vídeo que ela fez na primeira vez que ficamos. O segundo vídeo foi puramente ela, se masturbando com outro vibrador que tinha, enfiando em sua buceta que escorria, com a virilha completamente brilhante na luz, gemendo e chamando meu nome. Mais para o fim do vídeo, ela virou o celular e mostrou qual estava sendo a inspiração dela, o que estava deixando ela tão excitada, e foi um dos vídeos que nós gravamos, quando ainda estávamos juntos, pela minha perspectiva.

Não esperava que ela tivesse mantido os vídeos, mas algo me reconfortou por não ter feito. E mais uma vez, Aline estava certa em algo, pois olhei para baixo e meu pau estava duro. Liguei para ela.

— Oi? — Ela pergunta com uma voz de desentendida.

— Já tirou a roupa?

— Não. Estava esperando sua ligação. 

— Como você sabia que eu ia ligar?

— Luiz, namoramos um ano. Não foi tudo mentira, como você achou. Eu sei exatamente o que fazer pra ligar seu interruptor sexual. Pra onde vamos?

— Pro motel. 

— Hmm, delícia. Beleza. Estou pronta.

— Dez minutos eu tou aí.

E como dito, em cerca de dez minutos eu estava na rua da casa dela. Ela morava relativamente próxima, então dez minutos era mais que suficiente. Ela subiu no carro e virei para ela.

— Estritamente carnal. Não significa nada. — Me assegurei que ela não iria brincar com minha cabeça.

— Significa. Que você gosta de transar comigo e eu com você. E é uma renovação da promessa de que vou ser sua se não achar sua pessoa até a formatura.

— Tá.

— Sabe o segundo vídeo? — Ela perguntou com uma voz que quer algo.

— O que tem?

— Gravei no dia da formatura, quando cheguei em casa.

— E daí?

— Não transei e nem me masturbei desde aquele dia. Eu senti que iria ter a chance de te sentir dentro de mim em breve, então me guardei.

— Interessante. — Disse enquanto dirigia, fingindo não dar muita bola.

— Nossa, você tá seco.

— Aline, já tem mais de nove meses que você terminou comigo, quando poderíamos ter nove meses de namoro a mais. Não é fácil digerir não.

— Mas eu terminar te deu uma confirmação que a Helena não era a menina pra você, né?

— Você realmente quer falar disso agora? Sério mesmo?

— Não, só te trazendo uma perspectiva de que nem tudo que é ruim é totalmente negativo. Se a gente estivesse junto mais nove meses, eu não estaria assim. — Ela aproveitou que estávamos em um sinal vermelho e levou minha mão para baixo de sua saia, com as pernas um tanto abertas. 

Levou minha mão direto para sua buceta e senti seu calor, mas dessa vez não recuei o punho. A olhei nos olhos e puxei sua calcinha de lado, sem nem levantar sua saia, e enfiei um dedo em sua buceta. Estava molhada, melada, encharcada. O que quiser usar. O líquido era tanto que tinha até uma camada que fazia o formato de seus lábios na calcinha, melecando parte de sua virilha conforme a calcinha foi puxada para o lado. Enchi meu dedo com seu líquido e removi o braço, vendo meu dedo brilhando com seu líquido. Ela levou meu dedo para sua boca e o lambeu e deu para ver que o líquido estava também espesso. Ela fechou os lábios em meu dedo e o chupou brevemente, até o sinal abrir. Levei a mão novamente para a marcha e segui viagem, mas antes de retornar o olho, algo me chamou a atenção no carro ao lado. Duas mulheres, com os vidros abaixados, estavam sem reação, boquiabertas, e nem perceberam o sinal abrir. Virei a atenção novamente para a estrada e segui o caminho.

Chegando ao bendito motel, com Aline um tanto envergonhada da história do carro, mas sabia que não duraria muito. Quase nada, aliás. Entramos no quarto, coincidentemente o mesmo quarto que terminamos a quase um ano atrás. Reconheci pelas marcas na parede. Logo que entrou, ela tirou a roupa completamente e ficou apenas de calcinha. Sabíamos exatamente o que fazer. Ela sabia do que eu gostava e eu sabia o que ela gostava. Transamos muito nessa noite, quase três horas direto, sem parar. Toda vez que eu estava perto de gozar, segurava intencionalmente para durar mais, foi assim até não conseguir segurar, e tive três tentativas. No meu terceiro orgasmo eu já não aguentava mais e ela também não. A bagunça que deixamos no quarto me deu pena do funcionário que iria arrumar o quarto assim que saímos, porém não poderia ter feito nada da nossa parte para ajudar mais na limpeza.

Levei Aline para casa e ela ficou toda a viagem comentando os pontos altos da transa e como que meu pau encaixava perfeitamente nela. Você deve estar se perguntando, provavelmente da metade do parágrafo anterior, até aqui, o porque eu pulei o sexo com Aline. É muito simples. Este Volume não é sobre ela.

Chegando em casa, agora sem nem Marina para conversar, resolvi instalar o Tinder. As aulas retornariam na semana seguinte, então pensei em conhecer alguém novo da faculdade ou arredores. Apesar de ter um sentimento de que o quinto período não me deixaria ter esse tempo para investir em um relacionamento. Na manhã seguinte, peguei o celular e notei uma notificação do Tinder, dizendo que eu tinha dado um match e para chamar a pessoa para conversar. Eu dou like para todas as meninas, então eu não fazia ideia de quem era. Abri o perfil dela e era uma menina linda, chamada Beatriz.

Cabelo castanho claro até o ombro, lisos. Um sorriso bonito e um nariz um tanto grande, mas que combinava com o rosto. A primeira foto estava de óculos escuros, então passei para a próxima. Confirmei que tinha olhos verdes e uma pinta na bochecha. Uma última foto tinha ela com uma menina ao lado, mas mostrava as duas de perfil. Ela era bem magrela, com peitos pequenos e uma bunda pequena. Nem um pouco o meu estilo de menina favorita. Fiquei um tanto desencorajado de dar um oi, mas o fiz mesmo assim. A resposta dela foi um tanto rápida. 

“Ei. Eu acho que te vi ontem, no sinal vermelho. Era você, né?” 

Sabia exatamente quem era. Resolvi brincar com ela.

“Você tem ideia de quantas pessoas param no sinal vermelho da cidade toda? Como vou saber?”

“É você! Não tem como não ser. Sua foto é igual seu rosto!”

“E se fosse? Vai me denunciar por atentado ao pudor?”

“Não. Eu só estranhei que você tava com sua namorada e estava no Tinder, achei que nem iria responder por ser um perfil inativo, mas cá está tu.”

“Isso porque ela não era minha namorada.”

“Difícil acreditar. Tu deve ser só mais um macho escroto mentindo na Internet pra pegar as novinhas de carro.”

“Posso te contar a história completa, antes de sair me chamando de escroto.”

“Pode tentar se justificar.”

E uma conversa enorme e extensa se seguiu. Beatriz era uma menina firmeza, mas a intenção dela seria me dedurar para minha namorada. Quando fui respondendo as perguntas dela e contando a história, ela foi se entendendo. Por fim, pediu meu Facebook e passei. Ela confirmou que realmente não tinha um relacionamento lá e ficou mais tranquila. Acabei descobrindo que ela estudava na mesma faculdade que eu, no mesmo horário, porém em um curso em outro bloco. Marcamos de nos encontramos nos intervalos para trocar ideia e comer com alguma companhia. Trocamos os números do WhatsApp e continuamos conversando por lá.

A semana se passou e as aulas retornaram. Algumas matérias eram o terror e o professor era temido no curso por ser muito carrasco. Durante os intervalos, ia para a mesa de Beatriz e ficávamos conversando. Ao passar das semanas, meus colegas de curso e as colegas dela foram se juntando a nós e acabamos nos tornando um grupo grande de amigos da faculdade. Beatriz era espetacular para conversar, sabia falar de tudo. Com o passar das semanas, ela começou a me convidar para a casa dela, como amigos, para conversar e eu ficava sentado na cama dela, bem a vontade. Depois de um tempo a mãe dela me conheceu e vivia dizendo para eu namorar a filha dela. O pai dela eu nunca conheci, era muito ocupado e mal parava em casa. 

Algumas semanas depois desse grupo começar a crescer, marcamos um churrasco e convidamos os cursos. Chamamos o evento de “Direito, Hein? Com Moda”. Uma ideia de Beatriz em pessoa. Marcamos direitinho e alugamos um espaço, minha primeira vez organizando um evento, mas Beatriz tinha os contatos e sabia exatamente o que fazer, então ela acabou organizando tudo quase sozinha.

No dia do evento, no mês seguinte, tínhamos esgotado os ingressos, idealizando um evento para oitenta pessoas, com nome na lista. Tentamos o máximo misturar quarenta do curso de Direito com quarenta do curso de Moda. A quantidade de mulheres foi esmagadora para o número de homens. Tinham trinta homens e cinquenta mulheres. Mas homens tem um problema sério, que se chama “Esquenta”. Não sei quem teve a brilhante ideia, mas alguém sugeriu “Fazer um esquenta na casa de Fulano antes de ir” para um evento Open Bar. Preciso nem dizer, fizeram feião, todos os seis homens envolvidos. Chegaram no churrasco já bêbados e não duraram nem duas horas antes de passarem mal e precisar de chamar os pais, enquanto que todo mundo estava tranquilo, quase nem tonto.

Refazendo as contas, vinte e quatro homens e cinquenta mulheres. Era uma estatística que animou todos dali. No meio do evento, Beatriz, já relativamente bêbada, me chamou em um canto, dizendo que precisava me contar um negócio. Meus amigos já começaram a gritar no fundo “Uh! Uh! Já pegou!” e eu tinha um sentimento de que era exatamente o oposto. O espaço alugado era um casarão, no mesmo bairro rico que tinha a prainha que já foi citada em dois outros contos. Ela me levou para a sala de estar e sentou no sofá, me sentando na poltrona do lado.

— Luiz, eu sou bissexual. — Ela me disse olhando nos olhos, bem séria. Já tínhamos ido em bares juntos, sabia que ela não estava sóbria, mas estava em total controle.

— Sim… — Disse encorajando ela a terminar a frase, sentindo que não tinha acabado.

— Você não está surpreso? — Ela me perguntou surpresa. Beatriz era nova, tinha apenas vinte anos, certamente ela não frequentava os mesmos ambientes que eu.

— Não! Não faz diferença nenhuma pra mim. Eu já namorei uma menina bissexual. Eu achei que você ia terminar a frase, mas se estava só desabafando, não estou entendendo o motivo.

— Eu nunca contei isso pra ninguém. Morro de vergonha.

— Desencana, Bia. Século 21. Ninguém vai ligar pra isso. A vida é muito curta pra ficar com preocupação na cabeça, vai ser feliz como você quiser. — Falei, mas ela levantou o olhar novamente na última frase.

— O que aconteceu? — Ela me entendia bem e sabia captar quando algo me atingia. O problema é que tanto tempo longe de Marina me deixava muito sozinho com minha cabeça e minha cabeça vivia a mil rebobinando e revivendo todos os momentos da minha vida. Tudo estava muito fresco.

— Essa minha ex namorada bi.

— O que tem?

— Ela morreu.

— Puts, que merda. Meus sentimentos. — E me deu um abraço. A abracei de volta. — Você tá bem?

— Estou. Foi há muito tempo atrás.

— Se você se sentir confortável de falar sobre, me conta sobre ela depois. Aposto que era uma menina incrível.

— Ela era única. Depois a gente conversa, sem pressa.

Voltamos para o churrasco, eu mais abalado que Beatriz, que agora estava leve e sorridente. Conforme as horas se passavam, vários casais foram se formando, com vários dos cantos do espaço ocupado com um casal se pegando e se conhecendo mais. Sexo ou preliminares eram proibidos por regra de Beatriz, então ela passava fiscalizando com certa frequência. Ela não queria uma loucura acontecendo ali e eu totalmente entendo ela. O evento foi bem diverso, alguns casais lésbicos e teve até um casal gay. Ao fim do evento, eu estava sentado no balcão da churrasqueira e Beatriz se sentou do meu lado.

— Tudo bem?

— Tudo. Só esperando a carne sair pra comer um pouco. E você?

— Tudo bem. Tô um pouco bêbada. — Ela falou enrolando a língua e era o ponto em que ela geralmente parava de beber. — E você?

— Só bebi refrigerante.

— Eu hein, credo. Por que?

— Primeiro que eu tenho que te levar em casa, né. Segundo que como anfitrião eu tenho que ser o suporte do pessoal.

— Iiihhh, tá jogando indiretinha. — Beatriz disse em tom de piada.

— Não, garota. — Respondi rindo. — Mas se a carapuça serve… — Olhei para ela com um sorriso para provocar. Ela deu de ombros fazendo uma cara de criança mimada.

— Tô nem aí, tô nem aí. — Caímos na risada e uma tábua de carne saiu. Comemos ali juntos e ela deu um suspiro, de olhos fechados. — Nú… Eu precisava disso. Que delícia.

— Tá gostosa mesmo. — Respondi balançando a cabeça, sem virar para ela e pegando outro pedaço.

— Obrigada pelo elogio. — A voz não era da Beatriz. 

Olhei para trás assustado e vi que era Gisele, uma caloura da Beatriz. Ela estava no segundo período do curso, quando Bia estava no terceiro. Gisele era um tanto alta, tinha mais ou menos 1.68m. Mas ela tinha coxas grossas, uma bunda grande, peitos enormes e firmes, com uma barriga padrão, nem gorda e nem magra, apenas fora da dieta e sem frescuras. O corpo perfeito. Ela tinha cabelos pretos lisos que iam até metade das costas quando soltos, mas ela geralmente tinha algum penteado mirabolante, e no dia do churrasco, ela fez um coque extremamente semelhante o da Chun-Li. Ela tinha os olhos puxados, alguma descendência asiática, bem branquela e um sorriso um tanto pequeno, mas bonito.

— Eu não quis ser grosseiro, me perdoe, não vi você aí. — Respondi em pânico. 

Eu já tinha trocado olhares com ela algumas vezes e sempre realmente a achei bem gostosa, mas sempre achei que seria muita areia para mim. Depois de tudo que relatei, quem diria, né? A verdade é que sou extremamente tímido e introvertido, mas quando conheço a pessoa, me solto e viro o completo oposto. A questão é que quando a pessoa tem certo contato comigo, mas não contato direto, eu fico extremamente tímido e evito falar com a pessoa e entram várias outras questões, como idealizar que a pessoa nunca teria interesse em mim porque seria muita areia para meu caminhão e etc.

— Que abusado, não vai nem negar. — Bia completou, para dar o troco.

— Não é isso, é que eu–

— Não precisa se desculpar, eu estou só brincando. — Gisele me interrompeu, rindo junto de Beatriz. Fiquei vermelho de vergonha e me concentrei de volta na carne. — Miga, eu queria beber mais daquela caipirinha que você me deu um gole. Faz uma pra mim?

— Vai lá, anfitrião. — Beatriz disse batendo no meu ombro. — Quem sabe fazer é ele, quer igual a minha?

— Quero. — Gisele respondeu e eu já comecei a levantar, pegando uma última fatia da carne e indo para o kit de misturas que eu tinha, junto de um limão e cachaça.

Cortei o limão e levei ao espremedor. Gisele tinha me seguido e ficou em pé ao meu lado me observando. Coloquei apenas uma unha de cachaça no copo de mistura e mostrei pra ela.

— Tá bom isso aqui? — Já sorrindo, mostrando que ela uma piada. Ela fez uma cara de indignada e balançou a cabeça que não, sem responder.

Achei que ela não queria papo, então parei de fazer piada e continuei fazendo a bebida, adicionando o açúcar e o gelo. Adicionei o suco do limão e peguei o último ingrediente que eu usava, que era uma tampinha de Sprite. Pelo menos, era assim que Marina amava e como Beatriz gostava. O gás do Sprite reage bem com o suco do limão, o fermentando, e o gosto de limão mescla bem com o açúcar e a cachaça. Fica quase a mesma coisa de não colocar nada, com a diferença que o suco do limão reage a isso e a bebida fica um tanto mais doce.

— Ahhh, esse é o segredo. — Gisele disse, acompanhando a bebida. — Um monte de gente tentou refazer a bebida hoje e não deu certo. Como você descobriu isso?

— Sinceramente, a diferença é mínima, não sei como vocês notam. Aprendi nos churrascos da minha família. Minha irmã e minhas primas gostam assim, então sempre fiz assim para mulheres. — Coloquei a bebida em um copo depois de sacudir bastante com o gelo, e coloquei um canudo no copo.

— Fica uma delícia. Parabéns. — Ela disse colocando o canudo na boca e bebendo.

— Não precisa agradecer, não foi nada.

— Claro que foi, contribuiu pra minha vida, esse drink. Meu favorito até hoje. Merece até um prêmio. — Ela me olhou com o canudo na boca de uma forma que eu não entendi se ela estava sendo irônica ou me dando uma cantada.

— Me pergunta de novo mais tarde. — Respondi para despistar.

— Aff, não quero nem te dar mais. — Ela respondeu já se virando pra sair.

— Dar o que?

— O prêmio, né? — Ela deu uma piscadinha com um olho e voltou para o churrasco.

Voltei para Beatriz.

— Ué, cadê a minha caipirinha? — Ela perguntou fazendo um bico de choro.

— Achei que você não ia querer, não fiz.

— Faz uma, por favooorrr? — Ela pediu. Me acompanhou para a mesa onde estava as coisas dos drinks e ficou olhando, quase bamba, eu fazer o copo dela.

— A Gisele é meio estranha. — Falei, já completando a história toda.

— Ela é legal. Acho que ela gosta de você. 

— Como você sabe? — Perguntei surpreso.

— Aff, Luiz. Pra quem tava dedando uma menina no carro no meio da rua você é muito inocente. 

— Não quer um microfone? Acho que você tá falando muito baixo. — Brinquei já preocupado com alguém ter escutado nos arredores.

— Escuta, Luiz. O não você já tem, tem que lutar pelo sim. — Ela falou imitando uma voz de homem

— Muito obrigado pela sabedoria da sexta série, mestre. — Disse com uma reverência e nós dois rimos.

— Sério, agora. Ela não ia falar isso e deixar no ar se tivesse zero vontade. Provavelmente ia te olhar feio e te cortar no ato.

— Eu sei, Bia. Mas e se eu tiver entendido errado e ela me achar um babaca?

— Ah, aí ela já vai descobrir um traço bacana seu.

— Você tá me chamando de babaca?

— Não, estou te chamando de sonso. — Rimos novamente. — Quer que eu vá perguntar pra ela?

— Não! Tá maluca?

— Okaaay, vou lá perguntar e volto. — Beatriz se levantou rapidamente e foi em direção a Gisele. Tentei segurar ela mas estava com a mão suja de limão e provavelmente iria queimar ela no sol, então recuei e aceitei que Beatriz ia tentar me ajudar.

Beatriz chamou a atenção de Gisele, apontou para mim se virando com o corpo, com a mão com o copo da caipirinha, e Gisele respondeu com um sim com a cabeça e um sorriso, começando a vir em minha direção enquanto o sorriso desaparecia e dava espaço a um tom mais sério. Comecei a ficar nervoso e ela começou a se mover em câmera lenta. O que eu ia falar pra ela? Não tinha pensado nessa possibilidade. Estava tão certo do não que o sim até me assustava. Quando chegou em minha frente, ela sorriu novamente.

— É verdade o que a Bia disse? — Perguntou sem parar de sorrir.

— É sim. — Confiei que Bia não tinha queimado meu filme e resolvi mostrar firmeza.

— Ué, então cadê?

Me aproximei dela rapidamente e a beijei, ela fez uma cara de surpresa, mas assim que meus lábios tocaram o dela, ela se entregou ao beijo, me abraçando. A abracei com o dorso da mão, por ainda estar suja de limão e ficamos em um beijo que demorou alguns minutos. Quando abri o olho e afastamos do beijo com um selinho, virei para o lado e vi Beatriz sentada no banquinho do balcão, balançando as pernas como uma criança e bebendo a caipirinha dela pelo canudinho.

— Ué, Bia? Você não disse que ele estava fazendo outro copo pra mim? — Minha cara rachou na hora. Que merda que eu fiz? Pelo menos ela beijou de volta.

— Ele disse que ia fazer se você quisesse. Achei que ele ia perceber que queria, já que você veio buscar. — Ela deu um sorriso maquiavélico. 

— Porra, Bia. Não fode. Vacilo demais. — Respondi já pegando outro limão para fazer o drink.

— Que foi? — Gisele perguntou.

— Eu nunca falei de fazer um drink pra você. — O nervosismo voltou, junto da raiva da atitude de Beatriz.

— Então não precisa fazer, ué.

— Eu faço, não foi o que eu quis dizer. Tô falando que nunca falei com a Bia disso. Não foi isso que ela foi falar com você.

— E o que era, então? — Ela disse se virando para Beatriz.

— Ele disse que te daria uns pega, mas tinha medo de você não ter interesse nele. Aí disse pra ele tentar ainda assim, e ele ficou de cu doce. Aí resolvi ir falar pra você que ele disse que te daria uns pega, mas achei que seria mais interessante não falar nada e criar a situação. Funcionou, né? 

— Pelo menos serviu pra ele ter uma atitude, né? — Gisele confirmou se virando para mim.

— Ué, como assim? — Perguntei de volta, confuso.

— Você realmente é sonso. Ela sempre gostou de você, e você nunca percebeu. — Respondeu Beatriz. 

— Verdade. E acho até que se a Bia fosse falar comigo que você pediu pra ELA ir falar comigo pra tentar me pegar, eu provavelmente nem iria querer mais. — Gisele disse, reforçando. 

— Mas eu nunca pedi pra ela ir falar nada, ela quem quis ir. E desde quando você tinha interesse em mim?

— Desde que você começou a ficar amigo da Bia e eu percebi que você era legal. Já tinha te visto antes na faculdade e sempre te achei bonito.

— Por que nunca falou nada?

— Porque eu quem achei que você não queria nada comigo, nunca disse um oi nem nada.

— Eu sou tímido. 

— É nada. Devo dizer como nos conhecemos? — Beatriz disse em um tom de ameaça. 

— No Tinder? — Perguntei despistando.

— Antes disso.

— Olha, Bia. A gente conversou muito sobre muita coisa, mas eu não te falei quase nada sobre as meninas que fiquei ou quem me relacionei. Você está prestes a entrar em um assunto muito complicado. — Beatriz fez uma cara de surpresa e Gisele levantou uma sobrancelha.

— Você não tem namorada não, né? Porque se tiver vai virar um escrotão pra mim. — Gisele perguntou.

— Eu falei a mesma coisa quando conheci ele no Tinder, ele tá solteiro mesmo. — Beatriz disse, esclarecendo. — Desculpa tocar no assunto. Depois você me fala se quiser.

Beatriz se retirou e fiquei sozinho com Gisele novamente. Conversamos por muito tempo, nos conhecendo melhor. Acabamos entrando para a casa e ficando sentados no sofá, ela encostada no meu ombro. O movimento do churrasco começou a abaixar e conforme a noite caia e as pessoas iam embora, os convidados restantes entravam para a casa, com a música, comida e bebida ficando para o lado de fora, apesar da porta aberta. Beatriz parou de beber e continuou fiscalizando as pessoas. Dessa vez com o dobro de rigidez. No final do dia, tinham oito pessoas na sala, contando comigo, Gisele e Beatriz. Três eram meninas da faculdade da Beatriz, que conversavam entre elas sobre roupas e sapatos. Os outros dois eram meninos, que discutiam, entre si, sobre a importância da nova PEC da época. Olhando para trás, estou quase certo que o assunto foi pra causar uma impressão nas meninas solteiras.

Beatriz estava sentada no mesmo sofá em que eu e Gisele estávamos, conversando conosco. Até que a música parou, dando um susto em todos, porque estávamos curtindo o som ambiente. Beatriz se levantou e foi olhar para fora, mas estava tudo muito escuro. Ela pegou o celular e foi para fora. Todos acompanharam ela, calados, acompanhando o foco de luz de sua lanterna. Quando Beatriz estava muito próxima, a caixa de som começou a fazer um barulho alto contínuo, parecido com um celular prestes a tocar próximo de uma caixa de som de computador, e então fez um estalo alto, como alguém batendo a mão em um microfone. Beatriz recuou uns passos e a música voltou a tocar. Ela se aproximou ligeia e desligou a caixa de som e correu para o lado de dentro, fechando a porta atrás dela.

— Que foi? — Perguntei para Beatriz que estava com uma cara de assustada.

— Ai, sei lá, comecei a sentir uma coisa ruim. Até desisti de dormir aqui. — A casa era “nossa” até as 11 da manhã do dia seguinte, significando que todos os cômodos e utensílios poderiam ser usados por nós até lá.

O plano inicial seria ela dormir em um quarto e eu no outro, acordando cedo para dar uma geral na casa e entregar bonitinha, evitando a taxa de manutenção e limpeza. 

— E ai vai fazer o que?

— Vamos resolver depois. Vamos só sair daqui agora, por favor.

— Eu conheço esse bairro, tem uma prainha linda aqui. Vamos pra lá. Não dá nem dez minutos andando.

O grupo todo se organizou rapidamente para ir. Os meninos foram na geladeira do lado de fora e encheram duas sacolas com long necks que tinham sobrado, contrariando pedidos de Beatriz de não abrir a porta e só sair. Durante o caminho, Beatriz andou na frente comigo, aparentemente muito nervosa. Chegamos na prainha, a mesma de muitos contos recorrentes, e as meninas ficaram maravilhadas com o visual.

— Nossa, que lindo. Como você conhece isso aqui? — Gisele perguntou, meio suspeita.

— Eu fumava maconha aqui quando era mais novo.

— Sei. 

— Aposto que essa maconha te afetou tanto que você resolveu fazer direito. — Brincou uma das meninas, levando o grupo todo a rir e pegar cervejas. 

Na verdade, eu nunca tinha fumado ali, o point era outro, mas passei em frente. A primeira vez que visitei, de fato, foi para transar, mas não era algo para se compartilhar com o grupo. Todos se sentaram em uma linha, mas em algum ponto desta linha estava Gisele, eu e Beatriz, nesta ordem. Beatriz se virou de leve para mim e Gisele também se ajuntou para escutar.

— Me conta da sua ex. — Beatriz pediu com voz meio trêmula. 

— Porra, Bia. Tá de sacanagem? — Falei baixo, mas sério.

— Pode falar, não me importo não. — Gisele respondeu. 

— Por favor. É importante. — Beatriz pediu novamente.

— Tá. O que você quer saber?

— O últimos treze dias, semanas ou meses. O que fizer mais sentido pra você. — Na hora gelei.

— Bia, acho que você bebeu demais. Que que você tá falando?

— Pensa e responde. — Pensei rapidamente como contar tudo.

— Treze meses. Quanto de detalhe você quer?

— Tudo que for relevante — Beatriz se assegurou.

— Tá. Por favor, sem me interromper para não perder o raciocínio. Podem perguntar depois. — Elas acenaram que sim com a cabeça. — No último ano de namoro, precisei estudar muito e não conseguíamos nos ver sempre. Ela ficou carente e me traiu. Eu descobri e terminei. Esse seria o início dos treze meses. Nos meses seguintes, comecei a namorar uma garota que já tinha participado de algumas aventuras sexuais nossas, e ela, em algum ponto, transou com meu melhor amigo e engravidou dele. Ela sofreu um aborto instantâneo e alguns meses depois cometeu suicídio. 

Olhei em volta. Durante a história não tinha percebido que todos ficaram quietos e começaram a acompanhar. Todos ficaram perplexos e começaram a me bombardear de perguntas. “Suicídio? Que pesado”, “Como você tá?”, “Como você descobriu a traição?”, “Como você terminou?”, “Por que não arrumou tempo pra ela?”. Mas as duas perguntas que me limitei a responder de imediato foram de Beatriz e Gisele.

— Aventuras sexuais? No plural? Como assim? — Gisele perguntou.

— Agora entendi porque ficou mal quando tocou no assunto e porque é um assunto complicado. Me mostra uma foto dela? — Beatriz estava estranhamente específica. 

— Essa minha ex era exibicionista e tivemos vários momentos que fizemos várias coisas diferentes que muitas pessoas achariam desnecessárias ou que seriam fetiches de outros.

— Tipo o que? — Perguntou uma das meninas.

— Muita coisa. — Respondi.

— Ninguém tá fazendo nada, você já virou o assunto do momento. — Completou um dos meninos.

— Fizemos sexo a três, mais de uma vez. Transamos na frente de outro casal. Tentamos fazer troca de casal com o mesmo casal. O cara que engravidou ela era o homem desse casal. Transamos na frente de dois casais de amigos pra ela mostrar o squirt dela e por fim, transamos em quatro, com as duas meninas dos dois casais. — Um silêncio reinou por alguns segundos.

— Você não era tímido, gente? — Gisele perguntou.

— Eu sou. — Disse procurando uma foto de Karina no celular.

Achei a foto e mostrei para Beatriz. O celular passou para todos da roda e então voltou para mim.

— Ela era linda. Que pena. — Uma das meninas comentou.

Olhei para Beatriz e ela estava pálida.

— Você tá bem? — Perguntei a ela.

— Posso dormir na sua casa hoje? — Ela pediu quase como uma súplica. 

— Ter aventuras assim significa que só de contar as histórias tu consegue transar mais? — Um dos meninos comentou, mas logo percebeu que falou merda, porque absolutamente todo mundo da roda olhou para ele com olhar de condenação. 

Organizamos as coisas e voltamos para a casa. Eu e Beatriz subimos para o segundo andar, pegamos as mochilas e descemos. Na descida, encontramos Gisele.

— Posso ir também? — Ela pediu com voz doce.

— A gente é só amigo. — Beatriz disse tensa, mas assegurando. 

— Eu sei. Mas eu quero mais que amizade. — Gisele disse sorrindo para mim.

— Pode sim, lá em casa tem cama de sobra. — Finalmente conseguindo responder.

Organizamos as coisas de leve e trancamos a casa. Chegamos em casa e Beatriz foi tomar um banho enquanto eu arrumava o quarto de Marina para ela. Quando terminei, voltei para o meu e encontrei Gisele olhando as coisas do quarto, sentada na cama e massageando os pés. Assim que Beatriz saiu do banho, foi para meu quarto e foi a vez de Gisele entrar no banho. Beatriz tinha levado roupas de dormir, mas Gisele acabou me pedindo um pijama ou roupa de dormir minha. Dei uma camisa e um sortinho estilo samba canção, que provavelmente ficariam largos nela.  

— Obrigada por deixar eu dormir aqui hoje. — Beatriz disse, com voz cansada. Ela já tinha ficado sóbria da bebida.

— Como você sabia do número treze? — Perguntei afinal. 

— Vamos falar disso amanhã? Troca de assunto, por favor. — Ela novamente voltou a ficar agitada.

— O que achou do churrasco?

— Achei legal. Dá próxima vez temos que fazer em um lugar que não seja uma casa com vários cômodos. Foi cansativo ficar indo atrás das pessoas. E você?

— Achei legal, no próximo eu vou beber, quero nem saber.

— Não sei porque você demorou pra começar.

Conversamos mais alguns minutos e Gisele saiu do banheiro. Era a vez do meu banho. Ao voltar, encontrei Gisele e Beatriz conversando sentadas na minha cama, Beatriz quase chorando.

— Lu, a Gisele também não se importou que eu sou bi! Tou tão feliz! Achei que ia ser julgada demais.

— Eu te falei que ninguém liga. Acredito até que seja pior para homem bissexual, porque muita gente diria que mulher beijando mulher é “sexy”. — Disse com os dedos.

— Bom, vou dormir que a gente tem que acordar cedo amanhã para ir organizar a casa. — Beatriz disse, se levantando da cama com um pulo. — Boa noite pros pombinhos, não façam muita bagunça.

Rimos e nos despedimos. Tranquei a porta e me sentei na cama com Gisele. Ela ficou me olhando por uns segundos e eu olhava de volta, tentando não me distrair com seus mamilos durinhos marcando a camisa.

— Luiz, se você quiser olhar, você pode. Não precisa ficar disfarçando. Só tem nós dois aqui. — Gisele disse, jogando o corpo para trás e se apoiando nos braços, deixando o tronco em evidência e a camisa justa marcou totalmente seus mamilos.

— Não queria ser desrespeitoso. A gente começou a ficar hoje, não queria forçar uma situação. 

— Para disso, se eu não quisesse nada, nem iria vir para cá, apesar de estar esperando um convite teu antes de precisar pedir.

— Eu achei que estaria forçando a barra, vou me lembrar da próxima vez. — Disse enquanto me aproximava.

Gisele abriu as pernas e me inclinei sobre seu corpo pelo espaço que ela me permitiu encaixar. Comecei a beijá-la e ela me beijou de volta, envolvendo seus braços em meu pescoço e me abraçando. Me afastei do beijo brevemente com um selinho.

— Esqueci de te avisar, mas eu costumo dormir pelado.

— Eu não pretendo dormir vestida. Só pedi roupa mesmo pra Bia não me ver pelada. Tou usando nada por baixo da sua roupa, capaz de ter molhado seu shortinho.

Dei um sorriso de resposta e voltei a beijá-la. Levei minha mão ao seu peito e o apertei, por cima da blusa. Me afastei do beijo, mantendo minha testa colada com a dela, olhando seu mamilo marcando a camisa e comecei a alisar o formato com o dedo.

— Você não é nada tímido. Já tá colocando a mão sem pedir. — Gisele disse brincando.

— Depois de dar liberdade, não tem volta. Eu sou tímido só em primeiro momento.

— Aí você vira um safadinho? Pra viver aquelas tais aventuras sexuais você deve ser é muito sem vergonha.

— Não vou falar disso. Não agora.

Ela balançou a cabeça confirmando e comecei a puxar sua camisa. Puxei até tirar, com ela levantando os braços, deixando seu peito cair da camisa e dar uma balançada. Arrebitados, firmes e naturais. Nunca vi um peito tão lindo em minha vida. Seus mamilos eram bem escuros, apesar da pele clara. Já esperava, pela descendência asiática. O bico do mamilo era bem durinho e projetado e devido a excitação, a auréola estava também arrepiada e evidente. Levei minhas mãos aos seus peitos, e comecei a estimular seus mamilos com os polegares, apalpando com a mão por baixo. Ela suspirou com a passagem de meus dedos e passou as unhas em meu ombro. Ela voltou a me beijar e me empurrou para deitar na cama, removendo minhas mãos de seus seios. Ela puxou minha camisa e a tirei, voltando a deitar. Ela se ajeitou na cama e começou a puxar meu short, revelando meu pau que começava a inchar rapidamente. Ela pegou meu pau apenas com o polegar e o indicador e prendeu em volta, fechando com as unhas em volta da pele. Ela começou um movimento lento indo para cima e para baixo, deixando ficar enrijecido e então levou a boca ao meu pau.

Ela me olhava nos olhos enquanto meu pau sumia adentro sua boca, fechando os lábios em volta e finalmente começando a me chupar. Ela fazia seus movimentos lentamente, aproveitando cada segundo pressionando a língua nas cavidades e então deixando ir ao fundo da boca novamente. Era um boquete muito bom, muito passional. Puxei seu cabelo para trás, o segurando, e só então notei que seu cabelo era bem longo, indo até a metade de suas costas. Quando ela soltou meu pau de sua boca, ela limpou a saliva que escorria com um dedo e me olhou nos olhos. Eu a olhava de volta admirado. A deitei na cama e comecei a beijar seu pescoço e comecei a descer, passando por seus mamilos, barriga e fui até sua buceta, por cima da roupa. 

Quando comecei a simular estar chupando, comecei junto a puxar o short para baixo e ela levantou o quadril para ajudar a tirar. Sua buceta era linda, com a lábia levemente externos, também bem escuros como seus mamilos. Levei minha boca a sua buceta e comecei a chupá-la alternando com atenção em seu clitóris inchado e enfiando a língua adentro. Ela gemia baixo e segurava meu cabelo. Depois de um tempo ali, ela segura meu cabelo com força e puxa para fora, ofegante. Ou ela tinha gozado, ou muito próxima disso.

Me levantei e a deitei direito na cama, me encaixando entre suas pernas e comecei a explorar seu corpo conforme subia o rosto para o dela. Ela tinha várias estrias na cintura, barriga, bunda e peito, parece que ela cresceu muito repentinamente, assim como eu, que também tenho estrias na cintura. Não era a primeira menina dos relatos que as tinha, mas as dela eram lindas, mesclava com seu corpo e contavam uma história. Ao chegar ao seu rosto, ela me olhava com um sorriso que até sua feição se juntava. Meu pau tocava os lábios de sua buceta, mas ficamos imóveis ali alguns segundos, comigo admirando seu rosto.

A beijei e ela me abraçou para um abraço. Meu peito amassou o corpo dela e senti seu mamilo duro no meu. Levei minha mão para nossa cintura e ajeitei meu pau, começando a penetrá-la. Sua buceta era quente e muito molhada. Metemos por vários minutos na mesma posição, alternando beijos com mordidas nos ombros e no pescoço. Ela gemia e passava suas unhas pelo meu corpo, não me deixando afastar o corpo do dela. Continuei metendo até ela gemer mais alto, fechando os olhos e ficando ofegante. Ela então apertou as unhas em minhas costas com toda a força que tinha e senti sua buceta ficar um pouco mais apertada, mas nada como o aperto absoluto de Luísa, ainda me permitindo me mover. Quando o apertou soltou, senti ela ficar extremamente mais molhada. E ela ficou ofegante e me empurrou para longe.

— Por favor, sai de cima de mim. — Ela pediu e eu cai pro lado dela da cama. Senti o pau molhado e fui olhar, os líquidos dela eram tantos que fizeram até um rastro por sua perna, escorrendo de meu pau, que brilhava com um líquido espesso, com uma espécie de creme branco na base.

— Tudo bem? 

— Aham. Só que depois que eu gozo fico muito, muito sensível e começa a doer. Me dá um segundinho. — Ela pediu me olhando e sorrindo. Sorri de volta, virando o corpo para o dela. 

— E você goza fácil?

— Não, mas você sabe o que está fazendo, então contribui muito. Pelo visto você já teve muitas aventuras na vida, né? — Ela disse desviando o olhar.

— Podemos falar sobre isso depois, se você quiser.

— Vamos transar primeiro, se não eu vou brochar. Você gosta de anal?

— Sinceramente, não muito, mas faço bastante. Você quer continuar por trás? — Disse levando a mão a suas coxas e brincando com o líquido espesso que tinha ficado em suas pernas. Ela balançou a cabeça que sim e se virou de costas para mim, empinando a bunda.

Levei a mão à sua bunda e abri, dando visão de seu cuzinho. Posicionei meu pau e entrei. Não tinha tanta resistência, ela tinha bastante experiência anal. Continuamos metendo por vários minutos, com vários pontos altos e baixos, comigo gozando dentro de seu cu. Dormimos abraçados e sem cobertas.

Durante a madrugada, acordei com um incômodo. Fui ao banheiro e examinei direitinho, parecia escoriação devido a fricção. A sensação em volta do pau era idêntica a de estar em sua buceta, como se ela continuava me apertando. Me preocupei, mas voltei a dormir. No dia seguinte estava melhor, acabei comentando com ela. Ela riu, disse que era asiática, e tinha uma buceta pequena e apertada. Não sabia como eu não tinha notado. Aparentemente o ano com Aline realmente foi pelo ralo.

Eu, Gisele e Beatriz voltamos para a casa do churrasco e Beatriz olhou com a cabeça primeiro, como se escondendo. 

— Chega, Bia. Desembucha. Que que tá pegando? — Perguntei sério. Ela se sentou no sofá e ficou passando a mão no joelho, como se procurasse as palavras certas.

— Eu não falo muito disso, mas eu tenho umas visões estranhas as vezes.

— Como assim?

— Ontem quando a música parou e fui olhar, quando me virei, tinha alguém dentro da piscina. Uma garota, com um 13 marcado no ombro, como uma cicatriz ou uma queloide. Depois que você me mostrou a foto, eu confirmei. Era sua ex. Eu tenho essa sensibilidade espiritual, vamos dizer assim, desde criança.

— Nossa, que estranho. — Gisele comentou. Beatriz concordou com a cabeça. 

Fiquei sem reação. Nunca tinha acreditado muito nisso, mas não tinha como ela saber de tudo aquilo. E ela estava agindo muito estranha.

— O que significa você ver ela aqui? Você viu ela lá em casa? Eu acho que ela nunca nem passou aqui.

— Não vi. Geralmente a pessoa realmente passou por aquele lugar e teve alguma experiência marcante, mas não é sempre. Tem certeza que ela nunca esteve aqui?

Minha ficha caiu. Peguei o celular e comecei a procurar algo que nunca quis ver. Com certa dificuldade, acabei achando. O vídeo de Karina sendo estuprada pelos dois rapazes. Foquei no ambiente, enquanto Beatriz e Gisele viam o vídeo juntas, incertas do porque eu abri o vídeo.

— Foi aqui. — Ela olhou bem e olhou de volta para mim.

— Sua ex fez sexo aqui. E daí?

— Ela foi estuprada aqui. Esses dois garotos drogaram ela e gravaram o vídeo.

Nunca pensei que fosse reviver as memórias. Nem da noite passada, contando sobre ela, e nunca nem imaginei que um dia pisaria onde um dos piores momentos da vida dela se passou. Guardei o celular no bolso.

— Eu pago a taxa de limpeza. Preciso sair daqui.

Saímos da casa e esperamos os responsáveis. Acertamos a taxa de limpeza e fomos embora. Nunca mais pisei naquela casa, ou naquele bairro. Me dava ância de pensar que fiquei o dia todo curtindo em um lugar terrível. Essa foi o primeiro contato com algo sobrenatural, e eu tinha certeza que não queria outro.

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