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Trabalhos e Tormentos - Parte 2
Eu deveria usar o toy o dia seguinte inteiro.
Eu não saberia quando que ele seria ligado, e isso poderia ocorrer a qualquer hora: no ônibus, almoçando, tomando um café, até durante o trabalho. Não haveria piedade.
Você não me avisaria quando fosse ligar, e você só iria desligar o toy quando quisesse.
Por último, eu não poderia me tocar naquele dia sem sua permissão.
Essa incerteza, essa ameaça invisível me excitava.
Se entregar em suas mãos era uma delícia, e era isso que eu queria.
Você saiu cedo de casa, como sempre.
Eu me arrumei, tentando acalmar meu corpo que já fervia de excitação.
A calcinha de renda estava na cama, ao lado do toy, me observando como quem espera seu mestre para serví-lo com afeição.
Combinei a renda com um sutiã preto um pouco mais simples.
Escolhi uma calça preta, com cinto de fivela circular, e uma blusa verde escura de mangas compridas, quase jade.
Adorava usar aquela roupa. O leve tecido roçava em minha pele e preenchia minhas curvas.
Vesti a roupa, encaixei o toy que denunciava com uma luz verde sua carga completa de uma noite de recarga.
Olhei-me no espelho. Estava de matar, mesmo. Me sentia bem, como deveria. Era meu dia, e tinha acordado com aquela felicidade e leveza que só conhece quem transou até madrugada na noite passada.
Peguei o metrô normalmente como fizera em tantos outros dias. E depois de um tempo até esqueci que usava o toy, que roçava inocentemente em minha calcinha.
Estava lendo normalmente, sentada entre outras pessoas. Já me sentia uma grande safada só por estar usando o toy. Será que eles desconfiavam de algo?
Meu sexo subitamente ronronou. Escapei um gemido de surpresa com a vibração que reverberou no assento plástico do metrô.
“Ah”
A pessoa ao meu lado virou-se, curiosa.
“Moça, seu celular está vibrando.”
Agradeci, sentindo-me exposta do melhor jeito, lutando contra minha excitação.
Remexi discretamente na cadeira para que minha calcinha não pressionasse contra a superfície dura do plástico.
Peguei meu celular e fingi que atendia uma ligação.
“Oi, amor, tudo bem com você?”
Nenhuma resposta do celular mudo.
“Já saí de casaâ??-â??”
Mais um pulsar entre minhas pernas.
Te xinguei mentalmente.
“Sim, sim, podemos almoçar juntos”
Minhas palavras saiam com dificuldade de minha boca, tropeçando entre o prazer que vibrava meu corpo.
“Até logo, beijos.”
Despedi do meu interlocutor imaginário e fingi que desligava a chamada.
A leve vibração havia parado. Estava à salvo novamente.
Cruzei as pernas e tentei me recompor.
Tarde demais, já estava excitada.
Aproveitei o tesão: resolvi ler contos eróticos para passar o tempo.
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