A traição no corredor
A minha mulher, a Carla, sempre disse que a Sofia era como uma irmã para ela. Dez anos de amizade, segredos partilhados, choros nos ombos uma da outra. A Sofia era praticamente da família, a tia honorária dos meus filhos. E eu, o José, sempre a tratei com o respeito que se deve a uma irmã. Até ao dia em que deixei de a ver como uma irmã e comecei a vê-la como aquilo que ela era: uma mulher fucking espetacular, com um par de tetas que desafiavam a gravidade e um rabo que parecia feito sob encomenda para ser agarrado com força.
A oportunidade surgiu num domingo estúpido. A Carla teve de ir levar a minha sogra ao médico de urgência, uma coisa com a vesícula, e eu fiquei em casa a tomar conta dos miúdos. A Sofia apareceu, como era habitual, para dar uma ajuda. “Não te preocupes, José, eu fico com eles, podes ir tratar do que precisares”, disse ela, com aquele sorriso de menina boazinha que sempre me soube a falso. Eu disse que não, que ficava, mas a verdade é que os miúdos adormeceram a ver um desenho animado e, de repente, estávamos os dois sozinhos na sala, num silêncio que pesava como chumbo.
Ela estava sentada no sofá, a folhear uma revista, e eu não conseguia tirar os olhos dela. Usava uns leggings pretos que lhe colavam ao corpo como uma segunda pele, marcando cada curva daquelas coxas poderosas e daquele rabo perfeito. A camisola era justa e, quando ela se inclinava para a frente, eu via o decote e a sombra escura entre os seus seios. A minha pila, traidora, começou a latejar dentro das calças. Lembrei-me de todas as vezes que a vi a rir-se com a minha mulher, de todas as vezes que a cumprimentei com um beijo inocente na face, e agora só me apetecia enfiá-la contra a parede e arrancar-lhe a roupa à força.
“Está tudo bem, José? Pareces tenso”, ela disse, baixando a revista e fitando-me com uns olhos castanhos que de repente me pareceram cheios de promessas sujas.
“Tenso não é a palavra”, respondi, a voz mais rouca do que o habitual. Levantei-me e caminhei até ao sofá, parando à sua frente. O ar estava eletrizado. Ela não desviou o olhar. “A Carla não deve voltar tão cedo.”
Ela baixou os olhos para o volume na minha calça e depois voltou a olhar para mim. Um sorriso pequeno e perverso cruzou os seus lábios. “Parece que não.”
Foi o único sinal que precisei. Agarrei-lhe no braço e puxei-a para cima, com uma força que a fez soltar um pequeno grito abafado. A minha boca encontrou a dela num beijo que não tinha nada de doce. Era pura fome, pura ganância. A minha língua invadiu-lhe a boca e ela recebeu-me com a mesma urgência, as suas mãos a enterrarem-se no meu cabelo, puxando-me com uma ferocidade que eu não lhe conhecia. O cheiro do seu perfume, aquele mesmo que a minha mulher tanto elogiava, encheu-me as narinas e deixou-me tonto.
“Sempre me quiseste, não foi, seu cabrão?”, rosnou ela, a arrancar-me a camisa, os botões a saltarem e a caírem no chão com um tinir suave.
“E tu sempre soubeste, sua puta”, retorqui, a puxar-lhe a camisola pela cabeça, revelando um sutiã preto de renda que mal continha as suas mamas. Elas eram ainda mais perfeitas do que eu imaginara, pesadas, com mamilos erectos a pressionar o tecido.
Empurrei-a contra a parede do corredor, o som dos nossos corpos a colidir com a superfície dura ecoou pela casa silenciosa. A minha boca desceu pelo seu pescoço, mordiscando, sugando, deixando marcas que ela teria de esconder. As minhas mãos agarraram-lhe as tetas por cima do sutiã, apertando com força, e ela gemeu, a arquear as costas contra a parede.
“Rasga-me isto”, ordenou ela, com a voz trémula de desejo.
Não precisei de ser mandado duas vezes. Agarrei o tecido do sutiã e puxei com força, rasgando-o e libertando aqueles seios magníficos. Caí de joelhos e enterrei o rosto entre eles, cheirando o seu suave suor, lambendo a pele macia, mordendo os mamilos até ela gritar e enterrar os dedos no meu couro cabeludo.
“Quero sentir essa tua pila toda, José. Agora.”
Levantei-me e, ainda no corredor, puxei-lhe os leggings e as cuecas para baixo, até aos joelhos. A sua pepeka estava completamente depilada, húmida e a brilhar à luz fraca. Cheirava intensamente a mulher, a sexo, a traição. Era o aroma mais excitante que já senti. Virei-a de costas, contra a parede, e ela apoiou as mãos na superfície fria, empinando aquele rabo magnífico para mim.
Cuspi na minha mão e esfreguei na minha pila, que estava dura como pedra e a pulsar com necessidade. Outro cuspe direto na sua entrada, e ela estremeceu.
“Vais levar com tudo, Sofia. E vais gritar o meu nome para estes vizinhos todos ouvirem”, grunhi, posicionando a cabeça do meu pau na sua abertura.
Ela olhou para trás por cima do ombro, os olhos vidrados. “Fode-me, José. Fode a melhor amiga da tua mulher.”
Empurrei. De uma vez. Ela era apertada, incrivelmente apertada, e gritou quando a preenchi completamente. Era uma sensação de poder absoluto, de transgressão total. Agarrei-lhe nos quadris com tanta força que sabia que lhe ia deixar marcas roxas, e comecei a bombar. Não havia ritmo, não havia delicadeza. Era apenas força bruta, o som húmido e obsceno dos nossos corpos a colidirem, os meus sacos a baterem-lhe no clitóris a cada investida.
“És mais apertada que a Carla, sua cabra”, gritei, a bombar mais rápido, a suar com o esforço.
“E tu… tu és maior que o meu ex… caralho!”, ela gritou, a voz a quebrar-se com cada embate.
A casa encheu-se com os nossos gemidos, os nossos grunhidos, o som da traição a ser consumada contra a parede do corredor onde as fotografias de família, incluindo uma da Carla e da Sofia a abraçarem-se e a rirem, estavam penduradas. Eu olhava para aquela fotografia enquanto a fodia, e o tesão aumentava, tornando-se quase insuportável. Aquela era a melhor amiga da minha mulher, a confidente, a irmã. E estava ali, a ser comida por mim como se fosse uma puta, a gemer e a pedir mais.
Virei-a de frente e levantei-a, envolvendo as suas pernas à minha volta. Ela prendeu os braços à minha volta e eu encosteia-a à parede, enterrando-me nela outra vez. Desta vez, conseguia ver o seu rosto, a boca aberta em êxtase, os olhos fechados, os cabelos colados ao rosto suado.
“Gostas de trair a tua melhor amiga?”, rosnava eu, enquanto a fodia contra a parede.
“Adoro… é tão… proibido…”, ofegava ela, a enterrar o rosto no meu pescoço.
Levei-a para o chão da sala, sobre o tapete onde os meus filhos brincavam de manhã. Deitei-a de bruços e meti-lha outra vez por trás, agarrando-lhe o cabelo com uma mão e puxando-o para trás, arqueando-lhe as costas. A outra mão agarrava-lhe no anca, e eu via a minha pila, toda ensopada, a entrar e a sair dela num ritmo frenético.
“Vou gozar dentro de ti, sua traidora”, avisei, os meus próprios gemidos a tornarem-se mais agudos.
“Dentro, José! Goza dentro de mim! Quero andar o dia todo com a tua porra a escorrer-me pelas pernas!”, gritou ela, completamente perdida no prazer e na perversidade da situação.
Aquela imagem, aquelas palavras, foram a minha sentença. Enterrei-me nela até às profundezas e explodi, um rugido a sair-me da garganta enquanto jorrava a minha semente quente no seu interior, onda após onda de um prazer que era tanto físico como psicológico. Senti o seu corpo a contrair-se à minha volta, e ela gritou, um som longo e rouco, enquanto o seu próprio orgasmo a atingia.
Caímos os dois no chão, ofegantes, encharcados em suor, os nossos corpos a tremerem incontrolavelmente. O cheiro a sexo era pesado no ar. Ficámos ali, no silêncio a seguir à tempestade, a realidade a assentar.
Ela levantou-se primeiro, a vestir-se em silêncio, evitando o meu olhar. Quando estava pronta, olhou para mim, ainda deitado no chão.
“Isto não pode voltar a acontecer”, disse ela, mas a sua voz não era convincente.
“Claro que não”, menti, sabendo perfeitamente que o desejo naquela sala era demasiado forte para ser contido apenas uma vez.
Ela saiu, e eu fiquei deitado no tapete, a olhar para o teto, a sentir o cheiro dela ainda em mim, na minha pele, na minha roupa. A minha mulher chegou uma hora depois, preocupada com a mãe, e eu abracei-a, beijei-a, e soube, com uma clareza absoluta, que ia fazer tudo outra vez. A Sofia era o meu vício proibido, e eu já estava viciado. A traição, afinal, era o jogo mais excitante que alguma vez tinha jogado.


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