Quero ser a putinha da família do meu namorado (Parte 5)
Descer para o café da manhã foi como pisar em ovos. O jardim da casa era lindo, e se eu não estivesse brigada com Arthur, aquela teria sido uma manhã perfeita.
Sentei à mesa usando um vestido curtíssimo, que eu já nem me dava ao trabalho de puxar pra baixo. Jorge e Camila já tinham ido embora, e senti uma pontada de tristeza ao saber que ver Jorge de novo era um sonho distante.
A conversa fluía, mas eu sentia Arthur frio comigo. Lucas, por outro lado, me olhava curioso, talvez estranhando eu não ter ido atrás dele à noite. Sr. Carlos não estava, tinha saído a trabalho. Dona Rosa não parava de falar como a família tinha me adorado e mencionava outros parentes que não vieram, como a filha Inês.
O calor era infernal, o sol queimava e o suor escorria entre meus seios. O vestido grudava nas costas e meu sorriso forçado já doía. Não aguentava mais ficar ali.
— Vou pegar mais café na cozinha — menti, levantando rápido. Eu precisava de ar, queria fugir.
A cozinha era um refúgio de azulejos frios e silêncio. Me apoiei na arquibancada e fechei os olhos, tentando respirar.
Eu ouvi passos silenciosos chegando. Era o Sr. Charles em terno. Nunca tinha visto ele tão elegante, parecia outra pessoa. Nada a ver com o bêbado que cambaleava e falava enrolado nos dias anteriores.
— Eduarda? Tudo bem, norinha? — ele perguntou. — Você tá pálida.
Sem esperar resposta, ele foi à geladeira, encheu um copo com água gelada e me deu.
— Aqui.
Tomei um gole longo, sentindo o gelo descer pela minha garganta. Ele se apoiou na bancada ao meu lado, cruzando os braços. O gesto era casual, mas a presença dele dominava tudo.
— Você é uma princesa nesse circo, sabia? — ele comentou, paternal. — Linda, educada… Mas tem algo errado, não tem?
Só consegui assentir. Aquilo provava que ele não lembrava de nada do primeiro dia, quando agarrou minha bunda. Talvez ele não fosse o tarado que eu achava, estava sendo quase um pai.
— Obrigada, Sr. Carlos. Pela água… e por notar.
Ele sorriu de canto.
— Eu entendo tudo em você, norinha. Desde que você chegou — a voz dele baixou, ficando íntima. — Pode confiar em mim. Seu segredo de ontem tá guardado.
Meu sangue gelou. O copo quase caiu.
— Que segredo? — tentei me fazer de sonsa.
— Você sabe. Eu ouvi você e Jorge na garagem. Vi ele saindo feliz da vida e achei estranho você demorar lá — ele falava com uma doçura que não batia com a descrição. — Entrei e te vi sentada no chão, em transe, com esse rostinho de princesa cheio de porra. Fui eu que te levei pro quarto, te limpei…
O ar sumiu dos meus pulmões. Entrei em pânico.
— N-não sei do que o senhor tá falando — gaguejei. — Fiquei no meu quarto a noite toda.
Meu sogro sorriu e fez um carinho no meu rosto.
— Eu já disse que você pode confiar em mim. Vou te contar um segredo também, pra ficarmos quites — ele sussurrou. — Ontem, depois de ver essa sua bunda imensa naquele biquíni minúsculo, bati três punhetas no banheiro, lembrando de como pude ver ela de pertinho no primeiro dia.
O mundo girou. A confissão era vulgar, suja, mas dita com doçura. Minha voz sumiu:
— Eu… achei que o senhor tinha esquecido… que estava bêbado…
— Eu estava bêbado, norinha — ele me cortou. — Mas eu não tenho amnésia. Um homem nunca esquece a visão dessa bunda.
— Sr. Carlos, por favor — supliquei, com os olhos cheios de lágrimas. — Não conta pro Arthur. Ele nunca me perdoaria.
— Shhh, calma… Eu não vou contar, princesa — ele tirou um fio de cabelo do meu rosto. — Seu segredo tá seguro com o sogrinho.
Meus ombros relaxaram.
— Jura?
— Claro. Mas… — a mão dele desceu pelas minhas costas e parou firme na minha cintura. — Arthur te trata como troféu. George te usou como brinquedo. E o Lucas… bom, o Lucas só quer meter.
Não acreditava. Ele sabia do Lucas também?
— Ah, sim. Eu sei de tudo que rola na minha casa — ele apertou minha cintura. — A verdade é que nenhum deles merece o que você tem. Nenhum sabe o que fazer com você. Você tem um fogo que precisa de direção. Não quero te chantagear, Eduarda. Quero ser seu cúmplice. Digamos que eu queira ser seu instrutor particular de putaria.
A frase ficou no ar, assustadora e… excitante. Minhas pernas tremeram.
Ele viu a bagunça e o interesse em meus olhos. O polegar dele fazia círculos na minha cintura.
— Vejo que entendeu, princesa — ele falou baixo. — Primeira lição: pare de lutar contra quem você é. Essa puta linda e safada que você esconde… é sua parte mais verdadeira.
Ele se afastou, me medindo de cima a baixo como se eu fosse uma obra de arte.
— Agora vamos lá pra fora. E quando sentar na mesa, lembre que você é minha aluna. E que as aulas… — ele abriu a porta — … já começaram.
Ele saiu, me deixando com o coração na boca e um fogo novo queimando por dentro.
O resto do dia foi estranhamente leve. Arthur pediu desculpas e fomos dar uma volta no centro. Almoçamos, passeamos… Parecia tudo normal. Até que, tomando sorvete numa praça, ele soltou a bomba:
— Amor, lembra dos documentos da herança do meu avô? O cartório andou, mas é burocrático. Nós teremos que ficar na casa dos meus pais por mais algumas semanas. Você se importa?
Sorvete perdeu o gosto. Mais semanas? Dias e dias sob o mesmo teto que o Sr. Carlos? Um frio na espinha me dizia pra fugir. Mas outra sensação, quente e traidora, surgiu: alívio. E antecipação.
Eu estava presa. E a parte de mim que gozou gritando na garagem ficou feliz com a notícia.
— Claro que não, amor. É… ótimo passar mais tempo com sua família.
A mentira saiu fácil. Enquanto Arthur sorria aliviado, sem saber da puta que estava alimentando, eu só pensava: o que meu “instrutor” faria com todo esse tempo livre?
Voltamos à noite. Arthur foi trabalhar e eu fui pra varanda. Minha cabeça estava uma bagunça. De um lado, o namorado que me chamava de puta com nojo. Do outro, o sogro que usava a mesma palavra com admiração. E no meio, meus gemidos concordando com o sogro.
— Tá pensando no que, norinha? — a voz grossa do Sr. Charles me assustou. Ele usava roupas pretas.
— Nada, Sr. Carlos — menti.
Ele parou na minha frente.
— Arthur disse que eles vão ficar mais um tempo. Podemos ir lá em cima, no escritório? — ele estava sério.
Segui ele em silêncio. Ele trancou a porta do escritório. Meu coração disparou.
Ele foi pra trás da escrivaninha enorme, serviu um uísque e sentou, relaxado. Eu sentei na ponta do sofá de couro preto, longe dele. O ambiente cheirava a poder e uísque.
— Pra começar, pare de me chamar de Sr. Carlos. Me chame de sogrinho. É mais carinhoso.
— Tá bom…
— Quero que sejamos amigos de verdade. Sem mentiras. Esse escritório é nosso lugar secreto.
Ele pegou uma cadeira, colocou na minha frente e sentou, joelhos roçando nos meus.
— Você adorou quando o Lucas te pegou de jeito e meteu no seu cu, não é? — ele disparou.
— Eu… — arregalei os olhos. — Não! Foi errado…
Ele me olhou com ternura.
— Ah, princesa. Sem mentiras aqui. Eu sei que você gostou. E eu sei que gostou quando o Jorge te chamou de puta e gozou na sua cara.
Fiquei muda, bochechas pegando fogo, olhando pro chão.
Ele acariciou meu rosto.
— Você não precisa ter vergonha comigo. Se liberte. Diz em voz alta, norinha. Ela diz que gosta de tomar rola no cu e ser usada.
Ele me encarava. Por um lado, era bizarro. Por outro… ele estava certo.
— Eu… Eu gosto — sussurrei, rouca.
Ele sorriu satisfeito.
— Não ouvi.
Respirei fundo. Vergonha virando outra coisa.
— Eu gosto de dar o cu — falei, a voz mais firme. A frase suja pairou no ar.
O sorriso dele aumentou.
— Muito bem! Aluna exemplar. Agora ela admite que é uma puta.
— Eu… Eu sou uma puta… sogrinho — encarei ele. Minha voz saiu natural. Minha buceta latejava com a situação surreal.
— Perfeito! — os olhos dele brilharam. — Viu como liberta? — ele bebeu o resto do uísque e colocou o copo na mesa.
Ele colocou as mãos no cinto.
— Vamos pra primeira prova prática. Vem cá, norinha. Mostra que é aplicada até na hora de engolir rola.
Meu corpo obedeceu antes da mente. Me ajoelhei entre as pernas dele. Minhas mãos tremeram ao abaixar a calça dele. Pau pulou pra fora, quase duro. Mais curto que o de Jorge, mas grosso, venoso, com cabeça larga.
Eu olhei aquela pica crescendo na minha frente. Impressionante pra idade dele.
— Isso… Sem pressa — ele orientou como um professor. — Não é só chupar. Você tem que amar: cheirar, lamber. Olhar no olho do macho enquanto enfia na garganta. Você tem que babar, chorar. Uma puta de verdade se orgulha de aguentar. Me mostra que é uma puta de verdade, princesa.
Fechei os olhos, senti o cheiro, aproximei a boca e pensei: “Isso é o que eu sou agora”. E isso me encheu de tesão. Abri a boca e abocanhei aquela cabeça larga, chupando com uma dedicação que eu desconhecia.
— Assim mesmo, norinha safada… — ele gemeu, fazendo carinho no meu cabelo. — Você nasceu pra isso.
Eu chupava, lambia, engolia, olhando nos olhos dele. Foi meu renascimento como vagabunda.
Ele puxou meu cabelo pra trás gentilmente, me parando.
— Parabéns, princesa. Passou com louvor. Agora… — ele guardou o pau, se recompondo. — …está pronta pra sua primeira missão de verdade.
Senti uma frustração. Ele não iria me comer?
— Tudo no seu tempo — ele sorriu. — Seu prazer é recompensa. Agora, foque na tarefa.
Ele voltou pra escrivaninha e eu pro sofá, ainda com o gosto dele na boca.
— Meu irmão mais novo, Rui — ele falou como se fosse um negócio. — Divorciado, na seca há dois anos. Mas é um tarado. Ele não veio no churrasco, então vou te apresentar a ele daqui a pouco num bar. Sua missão é tirar ele da seca. Você vai fazer ele se sentir o homem mais sortudo e mais sujo do mundo por comer a namorada novinha do sobrinho.
Ele levantou.
— Vá pro quarto. Esteja pronta às dez, quando todos dormirem. Eu deixei as roupas que você vai usar em cima da sua cama. — Ele me olhou da porta. — E Eduarda… Se você falhar com ele, falha comigo. E eu não gosto de decepções.
Ele saiu, me deixando com a ameaça e a buceta pulsando.


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