Eu segurava firme no ferro, tentando manter a pose. O ônibus cheio abafava, o ar quase irrespirável. Senti de novo o volume dele, só que agora diferente… mais quente, mais direto. Olhei de lado e, na janela, vi meu reflexo. O anel no dedo reluzia, lembrando que eu era casada. Aquilo só piorava o turbilhão dentro de mim.

De repente, senti a mudança. Não era só o pau duro roçando por trás da bermuda. Era pele. Carne quente, latejante. Ele tinha tirado pra fora. A mochila dele encostada na lateral servia de disfarce, mas eu sabia o que estava acontecendo. A cabeça roçava na minha bunda, grossa, babando.

Meu coração bateu forte, quase denunciando. Eu deveria me afastar, gritar, qualquer coisa. Mas fiquei. O calor do pau dele escorrendo no vestido me deixava mole, as pernas trêmulas. Eu me mexia só um pouco, disfarçando, mas por dentro era um convite.

A cada freada do ônibus, a rola batia inteira na curva da minha bunda. Eu sentia a porra escorrendo, manchando o pano. O risco de alguém ver, a mochila mal escondendo, me fazia quase perder o ar. E o brilho da minha aliança parecia queimar mais.

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Na minha cabeça, a culpa se misturava com um tesão sujo. “Sou casada, caralho… o que eu tô fazendo?” Mas meu quadril respondia sozinho. Eu encaixava, ajustava, ajudava a cabecinha dele a se acomodar melhor.

A mão dele roçava de leve na minha cintura, como se dissesse sem palavras: “aceita”. E eu aceitava. Cada encoxada era uma facada de prazer. Cada respiração dele atrás do meu pescoço me fazia esquecer que meu marido me esperava em casa.

Eu mordia os lábios, tentando não gemer. O ônibus estava lotado, ninguém podia saber. Mas eu sabia, ele sabia. O pau dele pulsava contra mim, escondido só pela mochila, e eu era cúmplice disso tudo. Uma coroa casada, com a aliança brilhando, deixando um estranho se esfregar sem pudor.