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O homem Que me faz sentir viva
Meu marido é um bom homem. Gentil, atencioso, um ótimo provedor. Mas quando fecha a porta do quarto… meu Deus, é como fazer amor com um robô programado para movimentos básicos. Dois anos de casamento e já sei exatamente como será: três posições, gemidos controlados, e aquela cara de concentração como se estivesse resolvendo uma equação matemática.
Foi numa dessas noites frustrantes, depois de mais uma “sessão conjugal” que me deixou mais seca que o Sertão nordestino, que decidi me masturbar no banheiro. Enquanto meu marido roncava, eu fechava os olhos e imaginava… o pintor que reformou nossa casa no mês passado, suas mãos calejadas escorregando por meu corpo… o entregador de pizza que sempre me olha com aquela fome… e principalmente, Henrique.
Meu ex. O homem que conhece cada centímetro do meu corpo melhor que eu mesma.
Quando ele reapareceu na minha vida, dizendo querer ver o Bidu, meu coração disparou. Francisco, ingênuo, aceitou – “é só pelo cachorro”, disse. Mas eu sabia. Sabia pelo jeito que Henrique me olhava quando pensava que eu não estava vendo, pela forma como seus dedos prolongavam o contato ao me passar o café.
Aquela tarde quente foi o estopim. Francisco trancado no escritório em reunião, eu e Henrique na sala vendo vídeos do Bidu. Sua mão “acidentalmente” pousou em meu joelho. Não a removi. Quando seus dedos começaram a subir por minha coxa, senti meu corpo responder instantaneamente – úmido, quente, vivo.
“Tá com frio?”, ele perguntou, enquanto o polegar desenhava círculos em minha pele.
“Tá quente hoje”, menti, abrindo mais as pernas.
Sua mão subiu sob meu vestido leve de verão, encontrando minha calcinha encharcada. “Jesus, Martha…”, rosnou baixo, sentindo minha umidade através do tecido.
Do lado, o Bidu dormia pacificamente. Na outra sala, Francisco discutia planilhas. E ali, no sofá da sala, eu estava sendo devorada pelos olhos do homem que sempre soube como me tocar.
Quando seus dedos rasgaram minha calcinha e entraram em mim, preciseu morder meu próprio braço para não gritar. Ele conhecia cada curva, cada ponto sensível – o toque certeiro no clitóris, a pressão perfeita lá dentro. Em segundos, estava me contorcendo em seu colo, tentando não fazer barulho enquanto a onda de prazer me consumia.
“Quero te ver”, ele ordenou, puxando meu vestido para cima. Obedeci, exibindo meu corpo para seus olhos famintos. “Porra, como cresceu…”, murmurou, adorando meus seios que ele tanto amava.
O som da porta do escritório se abrindo nos congelou. Henrique rapidamente cobriu meu corpo com seu, fingindo me ajudar a pegar algo caído. Francisco apareceu na porta, sem suspeitar.
“Reunião acabou mais cedo”, anunciou.
Henrique sorriu, sua mão ainda escondida sob meu vestido, um dedo enterrado em mim. “A Martha tava me mostrando os vídeos novos do Bidu.”
Francisco acenou e foi para a cozinha. Assim que sumiu de vista, Henrique voltou sua atenção para mim. “Amanhã. Na sua casa. Seu marido trabalha o dia todo, não é?”
Eu só consegui acenar, ainda tremula.
“Vou te foder até você esquecer seu próprio nome”, prometeu, antes de se levantar como se nada tivesse acontecido.
E assim começou nosso jogo perigoso. Todas as terças e quintas, quando Francisco saía para o trabalho, Henrique vinha. Me pegava na cozinha, na sala, no quarto que divido com meu marido. Cada encontro era mais ousado que o último – deixar minhas calcinhas molhadas na cama conjugal, fazer eu usar o vibrador que Francisco me deu enquanto Henrique me observa, me fazer gritar seu nome no telefone enquanto meu marido está no outro quarto.
O mais doce? Francisco continua sem suspeitar. Acha ótimo que “o Henrique vem me fazer companhia”. Se soubesse que a companhia envolve sua esposa de quatro no colchão matrimonial, gemendo como nunca fez por ele…
Mas eu não me arrependo. Porque pela primeira vez em anos, me sinto viva. E quando Henrique me empurra contra a parede, suas mãos ásperas marcando minha pele, seu corpo suado colado no meu, eu finalmente lembro o que é ser mulher.
Francisco pode ter meu coração. Mas meu corpo? Meu corpo pertence ao homem que sabe como fazê-lo cantar.
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