Maio 18, 2025

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Os momentos mais intensos são vividos na imaginação e certeza que a realidade pode ser muito melhor. PARTE 1

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Luciano chegou pontualmente e se uniu a nós no bar do hotel. O clima um pouco gelado da noite o fez ficar ainda mais charmoso devido ao belíssimo traje que vestia seu corpo musculoso. Dotado de um rosto peculiarmente interessante – não lindo como um modelo, mas único em seu formato quadrado e com um queixo muito definido – fez com que ao menos duas garotas mais jovens desviassem o olhar para ele e fizessem comentários. Seu andar e sua postura demonstravam confiança e seu olhar – verdes escuros como esmeraldas – penetravam e invadiam a alma.

Lívia, que assistia a tudo de camarote, visto que o objetivo de Luciano era justamente se aproximar dela, também não ficava por menos. Dona de um corpo esbelto, esbanjava sensualidade com seu vestido curto e apertado, um pouco revelador demais, de propósito. Por mais que Lívia fosse uma mulher baixa e magríssima, era isso que a tornara tão sensual e sedutora, uma jovialidade que contrastava belamente com seus 34 anos, um sex appeal que convergia com sua aparência frágil e inofensiva.

Os dois se cumprimentaram com um beijo e um quase abraço e, com um gesto convidativo, ele se sentou ao lado dela no balcão do bar. Era impossível ouvir o que falavam, mas o assunto estava bom, a medir pelas risadas e comprometimento que mantinham em sempre continuar falando. Inicialmente respeitando o espaço um do outro, logo após o primeiro drink já estavam bem mais próximos. Toques rápidos e cheios de malícia começaram, seguidos de alguns afagos e por fim, um longo beijo. Não um beijo avassalador ou desesperado, mas apaixonado, calmo e sedutor.

E assim estava consumada a primeira parte de nossa aventura. Meus olhos não podiam acreditar. Não podia ser real, mas era. Sentado há alguns metros de distância fingindo mexer num tablet, não conseguia respirar direito, não conseguia raciocinar. O copo na minha frente parecia não chegar ao fim e, quando chegava, era preenchido. “Não deixe meu copo vazio, rapaz”, foi o que eu disse ao garçom, que era muito mais obediente e atento que eu poderia ter imaginado. Era a quarta ou quinta dose? Já não lembrava mais.

Lívia, minha doce e amada Lívia, segurou as mãos de seu par e o guiou para fora. Ambos saíram caminhando como um autentico casal, atraindo alguns olhares conforme abandonavam o recinto que começava a encher. Eu olhei o relógio e só parei que olhar quando contei exatos 25 minutos. Me levantei, paguei a conta – o que eu havíamos bebido – e, tentando manter a mente calma, fui para meu quarto, situado no sexto andar, subindo as escadas, um degrau por vez. Não queria te pressa. Não precisava ter pressa.

Entrei no quarto vazio e o silêncio era de certa forma acolhedor. Tirei minhas roupas e as dobrei com paciência, depois fui ao banheiro e escovei os dentes e, por fim, fui para a sacada e acendi um cigarro. E foi ao retornar para o quarto, então, que eu ouvi. Gemidos exaltados, barulhos claros de pele contra pele, pedidos e desejos. A sinfonia de um prazer intenso e completamente novo. Era Lívia, sem dúvidas, com seu primeiro homem desde que nos casamos, oito anos atrás. Era Lívia, aquela que me jurou amor e fidelidade eternos, fazendo de mim o homem mais feliz e angustiado do mundo.

E assim se consumou a segunda parte do nosso desejo. Ouvir o amor da minha vida sendo devorada e usada por outro era melhor que qualquer música que eu já tivera ouvido antes. Saber que, mesmo separados por aço e concreto, ela estava tendo prazeres inimagináveis e inteiramente novos era uma doce alegria que me forçava a desejá-la ainda mais. A inveja, o ciúmes e a humilhação – ferramentas poderosas para o desastre – eram o tempero, o soco da realidade me alertando que aquilo era real. Não, não era coisa da minha cabeça. Não era ilusão ou atuação.

Minha Lívia estava no quarto ao lado do meu tendo relações íntimas – e a julgar pelo barulho e gemidos – extremamente prazerosas com outro homem, sob o meu desejo, meu pedido e minha permissão.

E eu não podia estar mais feliz e aliviado com tudo isso.

Foram, como disse, meses de preparo até esse momento. Minha mente lembra ainda claramente de cada acontecimento e quase completamente de todas as conversas e intensos diálogos que tivemos a respeito disso tudo. Desde de que confessei esse ser o meu maior fetiche, o mais profano e o mais secreto, nos empenhamos em entender e Lívia doou-se ao máximo para torná-lo realidade. Foram horas de leituras em blogs e páginas de livros, horas e mais horas com conversas online com “estranhos” habitantes desse universo, leitura de incontáveis relatos nesse mesmo /r e só me refiro a parte teórica. Depois, vieram os inúmeros desafios e as experiências. “E se eu fosse ao mercado sem sutiã?”, “E se eu fingisse estar esperando você naquele barzinho, pra ver quem vem dar em cima de mim?”, “E se você usasse essa gaiolinha enquanto eu saio com minhas amigas solteiras?”, “E se eu começasse a falar com esse rapaz aqui pelo whats?”… E a cada “e se” dela havia um “Faça isso, eu imploro” vindo do meu lado.

“E se a gente deixasse rolar algo mais dessa vez?” ela me perguntou 3 meses atrás quando finalmente beijou um total estranho. “E se eu só batesse uma punheta pra ele?” foi a pergunta que ela me fez antes de, 2 meses atrás, fazer exatamente isso com um jovem rapaz trabalhador de aplicativo. “E se eu só chupasse ele, amorzinho, e deixasse ele gozar na minha boquinha?” Foi o que ela me perguntou, mês passado, antes de ficar com um lindo e forte negro durante um passeio num parque – e eu nunca beijei com tanto prazer aquela boquinha linda.

“E se eu fosse até o fim, amor, como seria pra você?”

Eu já sabia o que responder, afinal, já tinha para mim o que gostava e desejava mais que tudo. A antecipação era meu maior combustível e minha imaginação fértil era uma poderosa arma usada por esse fetiche para me escravizar e dominar. Apenas a audição já me mostrava claramente o que ocorria, pelo menos, dentro da minha mente. Eles dois entrelaçados na cama, suas mãos agarradas, seus corpos suados se tocando, suas línguas se explorando, suas respirações se encontrando em demorados e selvagens beijos de prazer.

O corpo perfeito dela totalmente nu em posições que desafiariam uma contorcionista. Sua intimidade totalmente revelada, sem pudor, sem medo, sem receio, sem traição. Sua pele clara, linda e doce coberta pelo suar e pelo corpo de outro e, por fim, coberta de tudo que ele a pudesse dar. Eram tantas imagens que minha própria imaginação me fornecia que me perguntava se poderia ser algum tipo de ligação telepática, um laço que nos unia de forma tão forte e intensa que ali, a alguns metros, fornecesse uma visão compartilhada de desejo e luxúria.

Eu era esse tipo de “corno”, entre aspas, pois não via essa palavra como algo sintético ou ofensivo. Era uma realidade, enfim. Eu, ali, era o espectador do meu próprio show, protagonizado por minha doce e amada esposa, Lívia. Ela, que havia me jurado um mundo de amor, me entregara um universo de prazer…

Meu coração dançava descontrolado, mas minha mente estava afiada e tranquila. Os minutos passaram e viraram horas. Foi quando ouvi as batidas dela na porta que eu soube que estava feito. Nu em pelo, com meu órgão preso em uma gaiola confortável e apertada, abri a porta de joelhos. O perfume invadiu o quarto. Lívia agarrou meus cabelos com força e desejo.

E jogou no chão a chave para a minha liberdade…

–CONTINUA

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