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Tomando um vinho com a vizinha
Mas é claro, como em qualquer relacionamento em que só um dos lados de esforça, as coisas voltaram a esfriar. Esfriou tanto que nesse ano de 2022 nos separamos.
Aproveitei esse tempo de solteiro para reencontrar amigos. Em a última quinta feira de abril, sai com alguns deles e fomos em um pub/bar beber. Éramos em 7 pessoas, eu e mais 3 casais. Depois de tanto tempo casado, ser a única pessoa da mesa sem acompanhante doía um pouco, mas eu estava ali para beber e colocar a conversa em dia e foi isso que eu fiz.
O bar estava lotado e apertado, mas tínhamos pego uma mesa no cantinho um pouco afastado da música ao vivo que tinha ali, estava até tranquilo para conversar. As noites de primavera aqui da região são muito frias, mas ali estava quentinho, com uma musica gostosinha e um clima aconchegante.
Uma das mulheres, esposa do meu amigo, encontrou colegas de trabalho que estavam sentadas perto da gente. Eram 3 mulheres de idades bem diferentes, uma novinha, outra parecia ter a minha idade (32) e a última mais velha, chegando nos 45~50. Todas eram bem bonitas. O meu amigo mandou a esposa dele chamar elas para sentarem conosco.
– Temos um rapaz solteiro aqui – ele berrou no meio do bar.
Não tinha intenção em dar em cima de alguém naquela noite, só queria beber. Para minha sorte a música estava alta e acredito que poucas pessoas escutaram o berro do meu amigo. A esposa dele entendeu o recado e chamou elas para sentarem na nossa mesa. Elas vieram, mas sentaram ao lado oposto a mesa, junto a esposa do meu amigo. Não tinha muito espaço para a gente se mexer.
Um dos casais que estava conosco precisou ir embora, e pelo bar estar lotado, tivemos que nos ajeitar na mesa para liberar espaço para as outras pessoas das mesas ao lado. Esse casal que foi embora estava sentado entre eu e as 3 mulheres. As cadeiras que eles estavam sentados foram retiradas pelo garçom e as moças vieram mais para perto. Fechou a rodinha, as 3 moças, eu e na sequencia os 2 casais que restaram.
Eu já estava um pouco bêbado e não dei muita atenção para as meninas, estava conversando sobre esporte com meu amigo e sua namorada. Nós 3 jogávamos tênis. Reparei que o restante da mesa estava conversando sobre relacionamento, sexo e prazeres. Eram 4 mulheres e 1 homem na conversa, imaginei que esse amigo estava passando por um sufoco. Fiquei escutando, de canto, um pouco da conversa, curioso.
– Hoje em dia é impossível achar um homem que saiba dar prazer para as mulheres – umas das moças falou.
– É que os que sabem, já estão namorando ou casados – meu amigo falou.
– Mesmo assim, até esses tem dificuldade – a esposa dele falou rindo.
As mulheres ali riram alto, isso foi o suficiente para a mesa toda se prender no mesmo assunto.
– É que agradar uma mulher é tão fácil quanto acertar na mega-sena – eu falei zoando, tentando ajudar meu amigo em apuros.
– Isso é papinho de homem que não sabe comer uma mulher – a moça que eu assumia ter a mesma idade da minha, falou.
– Te garanto que se eu te levar para cama, faço você revirar os olhos – eu falei em um tom de zombaria. Não sou esse tipo de pessoa, incisiva desse jeito, mas o álcool e o clima de brincadeira em que estávamos me ajudaram. Alguns da mesa deram risada.
– Vai dizer que com o teu pau de 30 centímetros você me levaria a loucura? – ela zombou de volta.
– São só 20 centímetros, 10 indo e 10 voltando – soltei essa piada tradicional. Novamente ouvi risadas, dessa vez a moça também riu.
– 10 centímetros são pouco para mim – ela falou ainda rindo.
– Mas são meus dedos que fazem a mágica, já ouviu falar de massagem tântrica?
A moça fez uma cara de surpresa. O restante da mesa já tinha continuado a conversa, mas não dei bola, comecei a conversar com a mulher com quem troquei as frases provocativas. O nome dela é Maria, 2 anos mais nova que eu, no caso, 30 anos. Era bem bonita, seu cabelo parecia ser moreno, mas era cheio de mechas loiras/castanhas. Tinha bastante tatuagens, um piercing no nariz e no lábio. Seus peitos era fartos, tinha a tradicional cintura violão. Um corpo tradicional de mulher latina, mas com um estilo mais marginalizado.
– Eu sempre quis saber como uma massagem dessas funciona – Maria comentou.
– Deixa eu te mostrar então – eu respondi e Maria riu.
– Você é muito rapidinho.
– Quer ou não quer? – por algum motivo eu estava me sentindo confiante naquela noite.
Maria fez que sim com a cabeça. Pedi um Uber, quando ele estava chegando, eu virei o resto do chope que estava tomando. Estendi a mão para a Maria levantar também, ela se levantou.
– Gente, vou levar Maria conhecer as maravilhas das minhas mãos – eu falei para a mesa toda. Realmente estava confiante demais.
– Amanhã, no trabalho, eu digo para vocês se ele realmente é bom como diz ser – Maria falou rindo.
Fomos pagar nossas contas, ofereci para pagar a de Maria mas ela negou e quase ficou braba por eu me oferecer. Fomos para fora e o Uber já estava lá, entramos no carro e fomos para meu apartamento. Comecei a ficar um pouco apreensivo, achando que tinha criando expectativa demais para Maria, eu teria que me empenhar para chegar no nível que “prometi”. Já nem parecia o mesmo cara confiante de minutos atrás.
Na verdade eu fiquei nervoso, não sou de longe a pessoa confiante que aparentei no bar. Tinha “brincado” de fazer massagem apenas com minha ex, uma pessoa que eu conhecia a corpo a mais de uma década. Fazer a massagem em uma estranha era algo bem diferente. Senti minhas mãos suadas.
Chegamos no meu apartamento e subimos o elevador, reparei que Maria tinha a mesma altura que eu, levemente mais baixinha. Ficamos naquele clima de não saber o que falar, mas por sorte chegamos rápido no meu andar. Entramos no apartamento e fechei a porta. Começamos a nos beijar. Achei interessante sentir os piercings raspando no meu lábio e nariz. Maria estava usando um perfume muito gostoso. Ela vestia uma calça jeans preta, uma blusinha cinza bem decotada e um casaquinho preto de couro por cima.
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