
Por
Eu e minha mulher no swing
Era sexta-feira, já passava da meia-noite quando chegamos. O ar da rua ainda grudava na pele, mas ali dentro o clima era outro — um calor contido, uma tensão silenciosa.
Luzes vermelhas e âmbar escorriam pelas paredes, banhando os corpos à meia-luz. Casais se espalhavam pelos sofás, copos na mão, olhos atentos. Tudo era sugestão. Tudo era permissão.
Pegamos nossos drinks. Eu e ela. Minha mulher. Cúmplices de um desejo antigo, costurado entre olhares e conversas de travesseiro: o dia em que dividiríamos a fantasia com o mundo.
Nos encostamos em um canto discreto, e o palco acendeu devagar. Uma mulher começou o striptease. Os movimentos eram lentos, quase hipnóticos. Minha mão buscou a dela — quente, suada, viva. Ela me olhou com aquele sorriso que diz “é agora”.
“Sai comigo ali na área de fumante?” sussurrei. Ela assentiu.
No espaço externo, o ambiente era outro. Mais cru. Ali, os corpos não fingiam pudor: homens e mulheres nus, encostados, se tocando, sem pressa. A pele dizia tudo. Ficamos ali um pouco, em silêncio, fumando, observando. Sentindo o próprio corpo reagir.
Voltamos para o salão, tomamos outro drink, e então perguntei:
— Quer ir pro dark room?
O corredor era estreito, mal iluminado. Cortinas escuras separavam os espaços. Quando entramos, o ar era mais denso. Casais se moviam entre sombras. No canto, um casal chamou nossa atenção: ela ajoelhada, olhos vidrados, e ao redor, cinco homens assistindo, com fome no olhar. O som da carne, do ritmo, dos gemidos abafados. A imagem era crua, direta, hipnotizante. Não era a gente ali — ainda — mas aquilo acendeu algo forte. Fome de pele, de entrega.
Demos mais algumas voltas. Conhecemos os outros ambientes da casa. O labirinto, o cinema, os sofás. Cada canto com uma cena, uma história, um limite rompido. E então decidimos: era a hora.
Entramos em uma das cabines do Glory Hole.
A luz era baixa, a cabine apertada, íntima. Começamos a nos pegar ali mesmo, no calor do momento. Mãos, bocas, suspiros. Até que notei uma mão feminina do outro lado da parede — e o convite era claro. Tirei o pau pra fora, devagar, e ela começou. Primeiro com toques, depois com a boca, até que o envolveu por completo. Senti quando ela encostou a bochecha, a testa, o nariz. Me devorando em silêncio.
Foi intenso. Direto. Um ciclo de prazer acelerado. E então, outro pau apareceu — esse, para ela. A reação dela foi natural: olhou pra mim, eu assenti. Ela o chupou ali, com vontade. Essa era nossa fantasia viva, e ela estava linda nela.
Foi ali que gozei pela primeira vez. Forte. Real. Ela me olhou, sorrindo com a boca ainda molhada, mas eu sentia que ela ainda estava no meio do caminho.
Saímos. Voltamos pro salão. Outro drink. Mais um cigarro na área de fumantes. O corpo ainda quente. O tesão ainda latejando. Ela estava diferente — mais solta, mais viva. E eu, excitado e orgulhoso de ver ela tão entregue.
Voltamos ao labirinto. E de novo, decidimos: vamos pra cabine.
Ali, não havia mais dúvida. Não havia mais contenção. O jogo já era nosso.
Ela ficou de joelhos, e vários paus começaram a surgir pelos buracos. Ela chupava um, depois outro, com vontade, olhando pra mim, gemendo com os olhos. Era ela no centro, sendo desejada, e eu ali, cúmplice e parte de tudo. Em certo momento, ela mesma tirou a calcinha, se posicionou, e recebeu mais um. Depois outro. E então entrou um — o maior de todos. Grosso, quente, pesado. Ela me olhou com aquele olhar de entrega total. Eu só disse:
— Vai. Dá pra ele.
Ela se encaixou, gemendo devagar. E enquanto ela cavalgava o desconhecido com força e tesão, eu me abaixei, beijei as coxas, a barriga, e fui chupando ela ali mesmo, no meio do ato, sentindo o pau do outro dentro dela, sentindo o gosto do momento. Ela tremia. E gozou. Gozou de verdade. Forte. Solta. Quase chorando.
Nesse momento, me deixei ir também. Chupei o cara. Ele gozou em nós dois. Em mim. Nela. E ficamos ali. Misturados, lambuzados, entregues.
Depois, o silêncio. Mas não de arrependimento. Era o silêncio de quem viveu algo grande.
Ela se encostou em mim. O corpo ainda pulsando. A mente tentando entender o que o corpo já sabia.
Abracei por trás. Beijei o ombro dela. E sussurrei:
— Foi real. E foi nosso.
Ela sorriu, ainda ofegante. Os olhos úmidos de prazer, surpresa, medo e amor.
Saímos dali de mãos dadas. Não éramos mais os mesmos. Mas éramos mais nós do que nunca
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.