Marta - na mota
Inesperado para ambas, ainda que por diferentes razões.
Quando saímos, vestimos apenas umas camisolas, uma vez que a noite estava a ficar fresca. Apesar da energia que gastámos, nenhuma de nós tinha fome. Bebemos apenas um chá de hortelã e comemos fruta.
Sem dizer nada, dirigi-me para o alpendre, olhando para trás como que a convidá-la para que me seguisse.
Sentei-me na mota à sua espera, arrepiada pela brisa que se fazia sentir, mas a escaldar com as imagens do que poderia acontecer de seguida.
Quando a vi aparecer, vinha já com um dildo acoplado a um cinto. Ainda que na minha imaginação fosse eu a usá-lo, a forma decidida como se dirigia a mim fizeram-me esquecê-lo. Sem hesitar um segundo, veio direta a mim, abrindo-me as pernas para se pôr entre elas, beijando-me intensamente, com a língua a explorar a minha boca.
Ajoelhou-se, e ao primeiro toque da língua no meu clítoris senti um arrepio percorrer-me a coluna. Abri as pernas, deixando-lhe a minha boceta à disposição. Todo aquele ambiente me deixava com muita vontade de a ter dentro de mim. A segurar-lhe o cabelo, puxava-lhe a cabeça de encontro a mim, rebolando na sua boca.
– Marta, por favor! – disse, prestes a ejacular na sua boca.
Levantou-se, começando a passar o dildo na minha boceta, mas não me penetrava. Não com ele. Mas senti o seu dedo médio e o indicador a entrarem em mim, iniciando um movimento rápido que depressa me fez vir.
– Amanhã vais limpar-me a mota. – disse-me.
– Limpo tudo o que quiseres, mas agora termina o que começaste.
– Já terminei! – respondeu.
– Nem penses. Quero…
– Queres? – perguntou.
– Quero que me fodas aqui.
– Como? – perguntou.
Puxei-a para mim, pegando no dildo e levando-o até à boceta. Com as pernas à volta dela, mordisquei-lhe o lóbulo da orelha e segredei:
– Vais mostrar-me esse movimento de anca, quero ter-te dentro de mim.
Enquanto o dizia, senti-a penetrar-me, devagarinho, mas até ao fundo.
– Continua a falar. – pediu.
Continuei a dizer-lhe tudo aquilo que imaginava acontecer e ela ia alternando entre movimentos lentos e rápidos. Sempre que sentia que estava quase a vir-me, diminuía a velocidade com que me fodia.
– Não vou terminar aqui… A mota ainda cai e nós com ela. – disse.
Pegou-me ao colo, ainda dentro de mim, e levou-nos para dentro de casa. Sentou-me na mesa e continuou o movimento, cada vez mais intenso e forte, enquanto me segredava que sonhava estar dentro de mim há anos, a ouvir-me gemer o seu nome.
Ainda que não estivesse na plena posse das minhas capacidades, quando me vim, chamei pelo seu nome.
– Foste a primeira que permiti que me fodesse assim. – confessei.
– Espero ser a única. – disse, enquanto me beijava.
Sorri.
– Vamos dormir? – perguntei.
Aceitou e dirigimo-nos para a cama, onde ficámos abraçadas, com a sua cabeça no meu peito, a fazer-lhe festinhas e ela a retribuir na minha barriga.
– Marta? – chamei. – Não imagino fazê-lo com outra pessoa.
Não respondeu, mas senti que sorria.
– Tudo isto que aconteceu foi muito rápido e inesperado. – continuei. – Mas gostaria de perceber onde é que isto nos pode levar. O que poderíamos construir juntas…
A resposta dela foi um beijo apaixonado. Lento. Sem pressa.
Ainda que nos tenhamos envolvido com outras pessoas depois, ao fim de semana, é nos braços uma da outra que descansamos.
Talvez nunca tenhamos mais do que isto… Ou talvez sim. Quem sabe?
Uma resposta
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