Outubro 17, 2022

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Primeiro Orgasmo

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Tinha acabado de voltar da escola, quando ela me ligou, naquela idade qualquer fofoquinha de colegas era motivo pra ficarmos horas penduradas no telefone, falávamos de meninos, intrigas da turma, planos, músicas e festas.

Neste dia foi diferente, minha melhor amiga não tinha ido a aula e me convenceu a ir vê-la, já que éramos inseparáveis e um dia sem conversar era uma tortura. Pedi pra minha mãe que deixou por já ter se acostumado com essa dinâmica, eu sempre estava na casa dela ou ela na minha.

Caminhei por alguns quarteirões e logo toquei a campainha da casa amarela de portão de grade, ela apareceu em um vestido preto, de decote e corte quadrados, descalça e de cabelos soltos, sorrindo e abrindo o portão pra mim. 

De certa forma, éramos parecidas… duas meninas brancas, de traços finos, cabelos longos e claros. Tínhamos a mesma idade e as curvas juvenis também estavam se desenvolvendo em sintonia, as cinturas afinando, seios apontando, coxas e bumbuns aparecendo.

Entrei e esbarrei no irmão mais velho dela, por quem eu nutria uma tímida paixãozinha e uma fervorosa implicância. Ele soltou uma gracinha e eu respondi mostrando a língua, como tenho saudades desse tempo  em que se podia resolver constrangimentos dessa maneira. Mal sabia que aquela tarde eu me despediria um pouco da impetuosidade infantil e conheceria os agruros e delícias da juventude.

Seguimos pro quarto, eu reclamei do calor e ela abriu a janela, fechou a porta e ligou o ventilador. A tv também estava ligada na MTV numa longa programação de clipes, o que só servia de fundo pras nossas conversas.

Eu me deitei de barriga pra cima na cama de solteiro, fiquei no canto entre a parede e ela, que também se deitou do mesmo jeito, só que sem o vestido. Vê-la usando apenas calcinha não era novo, tampouco me trazia sensações, mas quando ela encostou sua coxa desnuda em mim um abismo se abriu no meu estômago me deixando inquieta.

Incomodada com aquele desconforto físico, fico de bruços na cama, meu shorts larguinho sobe e sinto o ventilador soprar minhas pernas e bumbum, me fazendo arrepiar. Me esforço pra ficar concentrada na história que ela me conta e não nos sintomas confusos do meu corpo e nos seios dela que levemente encostavam no meu braço. 

 Mudo de assunto, pego uma mecha do meu cabelo e fico alisando, digo que queria pintar de vermelho ou rosa e pergunto a opinião dela. Ela responde que eu ficaria bem de rosa, muito melhor que vermelho cereja e toma a mecha das minhas mãos enrolando-a no seus dedos. Assisto essa brincadeira nossa de seduzir, já estávamos respirando no mesmo ritmo e a distância dos nossos rostos só diminuindo conforme o volume das nossas vozes foram abaixando. Sem saber que era boa nisso e que ela podia me ler, olhava fixamente nos olhos dela e depois abaixava o olhar como se estivesse sinalizando o que queria. 

A tensão se quebra com ela estendendo os braços e me puxando pelo pescoço, me abraçando. Recostei o meu rosto no dela e senti o cheiro do corpo e o calor, tinha cheiro de menina, um distante cheiro de banho, shampoo e de perfume doce. Ficamos muito no abraço, e fomos nos soltando sem desencostar uma da outra. Escorreguei meu rosto no dela até deixar nossas bocas próximas com medo do que poderia acontecer, mas não o suficiente pra me fazer recuar. Ela termina o gesto, repousando os lábios nos meus e ficando imóvel em seguida. Eu beijo a boca da amiga do jeito que ensaiei várias vezes nos travesseiros, puxando os lábios com os meus e fazendo com que ela abra a boca devagar pra que eu a invada com a minha língua. Que delícia era a saliva dela, a textura da língua me encantou e eu queria passar horas fazendo aquilo. Ela segurou meu pescoço e me fez entrar no meio das suas pernas, colar o meu corpo no dela, enquanto aprendíamos a beijar.

Ajustávamos o ritmo do beijo com os movimentos dos nossos quadris, instintivamente eu queria entrar dentro dela e lá ficar. Estava tão perdida nessa necessidade que não tive pudor de me ajeitar pra que o zíper de metal do meu short encostasse do jeito certo na buceta coberta pelo fino algodão, estimulava ela e a mim ao mesmo tempo, pois os movimentos faziam com que a costura interna da minha roupa me masturbasse. Ficamos nos esfregando, descobrindo sensações que o meu pouco repertório juvenil só poderiam descrever como gostoso, quente e úmido.

O sonho é findo com o barulho do carro no portão, era a mãe dela que chegava e o sinal de que eu já deveria ir embora. Me levantei, tímida e de cabeça baixa, ajeitei minha roupa e cabelo. Saí depressa, constrangida e pulsando. Desnorteada.

Demorei muito tempo pra compreender o que aconteceu comigo naquela tarde, foram alguns anos para que as sensações de arder, esquentar e pulsar se repetissem com outros corpos. E que ficasse claro que as sensações não eram só resultado dos movimentos no corpo da amiga e sim o meu caminho próprio e único ao êxtase. 

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