O Corpo como Santuário - TPM
POV Lina Eu estava inchada, irritada, os seios doendo, o corpo pedindo distância. A TPM me consumia inteira, como um nevoeiro ácido dentro da pele. E ainda assim, Yves apareceu. De novo, sem avisar. Com o rosto iluminado e as mãos ocupadas: chá de camomila e lavanda, uma bolsinha térmica e aquele olhar. — Você tá com dor? — ele disse, já ajoelhado no tapete da sala. Assenti, meio vencida. — Então hoje eu cuido de tudo. De você. Do seu templo. Da minha deusa. Relaxa… Eu o olhei com um olhar que era quase uma desaprovação, mas deixei. Não tive forças pra brigar. Me deixei deitar no sofá. Yves tirou meus sapatos, elogiou meus pés, disse que achava lindo o esmalte preto que eu tinha escolhido essa semana. Beijou cada um dos dedinhos, subiu aos tornozelos, disse o quanto meus pés eram macios, como quem inicia um ritual. Foi subindo devagar, massageando minhas panturrilhas, joelhos, coxas. — Tá doendo aqui também? — perguntou, ao chegar no ventre. — Um pouco — murmurei. Ele encostou os lábios. Um beijo morno, demorado. — Eu vou beijar até a dor sair. E beijou, dava vários beijos lentos, soprava o calor do hálito na parte mais baixa da minha barriga, espalmou sua mão direita aquecendo meu ventre. Ele ficou um tempo com a mão ali, olhando nos meus olhos, com os lábios entreabertos, me encarando. Depois, com uma delicadeza absurda, levantou minha blusa e perguntou, olhando nos meus olhos: — Posso cuidar dos seios da minha deusa? Assenti. Ele os tocou com reverência, como se fossem instrumentos raros. Acariciou delicadamente até encostar os lábios molhados nos meus mamilos. Ele abocanhava lentamente, passava a língua quente sem pressa, como se quisesse se nutrir energeticamente de mim, dos meus seios. Cada beijo era diferente. Cada toque arrancava de mim uma sensação única. Era como se meus seios fossem mapas, e ele os lesse com a língua. Meu corpo respondia em total excitação, eu ficava cada vez mais molhada, minha calcinha estava completamente encharcada. Minhas coxas se pressionavam uma contra a outra. —Você é tão linda, minha Deusa. Como estão os seus seios? Incomodam menos? Eu só assenti com a cabeça. —Agora eu vou voltar pro seu ventre, meu amor. Se seus seios incomodarem, me avise que eu volto, tá? — Você merece prazer mesmo quando não quer nada. — Você merece ser cuidada sem precisar pedir. — Me deixa ser o seu lugar seguro hoje. E eu deixei. Desceu novamente. Olhou meu ventre. Beijou devagar. Ele desceu e beijou minha boceta inteira, o monte de vênus. Nunca tinha recebido tanta atenção em cima do clitóris. Ele beijou e começou a lamber com devoção desde a parte baixa do meu umbigo e foi descendo até minha virilha. Chupava como quem beija apaixonadamente de língua a virilha, e pegava um dos meus lábios. Ainda sem tocar no clitóris. Descia, lambia a entrada da minha vagina, elogiava meu sabor. Antes de chegar no clitóris, Yves para… — Deusa, você tem bolsa de água quente? — Na segunda gaveta do criado-mudo. – Respondi. Yves pegou um lençol, me cobriu. — Já volto, deusa. – Disse ele, ternamente. Ele disse isso e me deu um beijo na testa. Ele foi até a cozinha e voltou com a bolsa quentinha e colocou em cima do meu útero. — Como você está, amor? Tensa ainda? Deixa eu cuidar da sua buceta, deixa? Quero ver minha deusa se sentindo bem… Yves ainda estava completamente vestido. — Deusa, eu não consigo te ver e ficar com a roupa. Olha o que você faz com seu súdito… Yves fica nu com aquele corpo de Apolo, em total ereção. Um homem total. Ele continua a adorar minha buceta, e agora ele inclui meu clitóris em seu ritual. — Hoje não é pra você gozar agora. Hoje é pra você flutuar. Sentir. Relaxar. Só quando estiver inteira. E foi isso. Me levou até a borda do prazer várias vezes, com a boca, com os dedos, com palavras. E recuava. Me massageava os pés. Perguntava: — Como você se sente agora? — Tá mais leve? — Quer que eu continue? Ou só fique aqui? Até que, uma hora, ele parou tudo. Deitou entre minhas coxas. E me olhou, como se contemplasse algo sagrado. — Eu te amo como se ama uma deusa. — Posso dizer que te amo com a língua? Posso dizer que você é o meu milagre com cada beijo? E me levou a um orgasmo tão profundo que eu esqueci que poderia gozar assim. Ele não disse nada. Apenas encostou a cabeça na minha coxa, beijou minha virilha, sussurrou coisas que não entendi. Ele continuou a beijar minha virilha enquanto ele se tocava. Eu queria aquela ereção na minha boca, mas ele não quis. — Hoje eu vou te cuidar, não quero nada pra mim. Não se preocupe, relaxe, deusa. Ele continuou a beijar minha buceta como quem beija a primeira namorada de língua. Ele me arranca um segundo orgasmo tão intenso quanto o primeiro. Não me seguro. Ele elogia minha voz, diz que daria tudo pra me ter gemendo pra ele todos os dias. — E agora, Deusa? Ainda dói? – Ele dá um beijinho no meu clitóris. Eu só rio e falo pra ele que… sim… Que eu ainda preciso de carinho. Ele me responde com um sorriso safado… — Você sabe que sua deusa precisa te beijar todo pra se sentir bem, né? Goza pra mim, deixa eu chupar seu gozo, deixa? Ele fica em pé do meu lado e me deixa abocanhar aquela rola. Ele disse que não me daria trabalho. Ele colocou na minha boca só na hora de gozar. Ele geme grave e másculo, eu sempre tenho certeza de que Yves está tendo total prazer. — Só porque você pediu, minha deusa… Ele não me deixa cuidar dele, logo abre meu guarda-roupas, pega um par de meias e camisola. — Me dá o pé… (calça a meia e beija) — O outro. ( calça a outra meia e beija) Amor, como estão os seios? -Ótimos… respondi com um sorriso.
Você consegue levantar os braços numa boa? – Yves pergunta, legitimamente preocupado.
Claro que consigo! Ele me veste com uma camisola de cetim cor-de-rosa. Me cobriu. Sentou ao meu lado. E ficou ali, me acariciando. Até que ele se levanta, se veste e diz. – Me dá uns minutos… Ouço o barulho das chaves. Menos de dez minutos depois, ouço a porta de novo. — Pra você, deusa. Era uma barra de chocolate suíço com flor de sal. Yves se aninha do meu lado, estica-se na cama, ajeita os travesseiros na cabeça e liga a televisão. — Esse capítulo você já assistiu sem mim? – Diz ele clicando no ícone do The Walking Dead na televisão. — Claro que não, Yves! Assistir sem você é traição! – Falei rindo. Ele só sorriu com os olhos na televisão
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