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Setembro 6, 2025

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A Boca Anciã que Me Consumiu

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Fora uma tarde tórrida de agosto, quando o ar pesado e melancólico da casa de campo de meu pai carregava o perfume envelhecido de livros raros e madeira polida. Eu, então um jovem de dezoito anos com a arrogância peculiar da juventude, encontrava-me entediado entre as relíquias familiares, quando a porta rangente anunciou sua chegada.

Era Eduardo, o octogenário amigo de meu pai, cuja existência parecia entrelaçada com as raízes mais profundas de nossa árvore genealógica. Setenta e cinco anos moldaram seu corpo como o tempo esculpe os penhascos à beira-mar — cada ruga um mapa de histórias não contadas, cada tremor nas mãos um testemunho de décadas esquecidas. Seus olhos, porém, mantinham a lucidez perturbadora de quem ainda habitava plenamente a própria mente.

“Seu pai me enviou para buscar os documentos da herança”, anunciou sua voz rouca, enquanto pendurava o chapéu de feltro no cabideiro de chifres. Observou-me com intensidade desconcertante, como se visse além da fachada do adolescente aborrecido. “Você cresceu, Roberto. Já não é o menino que eu carregava nos ombros.”

Conduzi-o até o escritório, onde papéis seculares esperavam em pastas de couro. O ar entre nós parecia eletrizado por algo não dito, uma tensão ancestral que me fazia inconscientemente ajustar a posição dos quadris. Ele percebeu — claro que percebeu. Nada escapava àqueles olhos que haviam testemunhado sete décadas de desejos humanos.

“Está calor demais para formalidades”, comentou ele, desabotoando o colarinho enquanto se abaixava para examinar os documentos. Foi então que vi — uma nesga de pele envelhecida sob a camisa, o tremor sutil dos dedos ao virar as páginas, e algo mais: o olhar prolongado que pousou na minha virilha com a familiaridade de quem reconhece terreno conhecido.

Quando suas mãos calejadas “acidentalmente” roçaram a minha ao passar uma pasta, um choque percorreu minha espinha. Seus dedos hesitaram, envolvendo os meus por um instante que pareceu eterno. “Desculpe”, murmurou ele, mas seus olhos diziam outra coisa completamente diferente.

O crepúsculo começava a pintar o céu de púrpura quando o convidei para tomar um uísque — pretexto frágil para adiar sua partida. Bebemos em silêncio, o som dos cubos de gelo quebrando o ar carregado. Foi então que ele fez o movimento decisivo: ao se levantar, “tropeçou” e apoiou a mão diretamente em minha coxa, os dedos perigosamente próximos da volumosa tensão que eu tentava disfarçar.

“Que desastre”, sussurrou ele, mas não removeu a mão. Seus olhos encontraram os meus no crepúsculo dourado. “Parece que este velho ainda tem algumas surpresas.”

Não houve palavras minhas que pudessem quebrar o feitiço daquele momento. Seus dedos, surpreendentemente firmes, desabotoaram minha calça com destreza inesperada. Quando meu membro pulsante surgiu à luz mortiça do entardecer, ele emitiu um som baixo — algo entre um suspiro e uma prece.

“Lindo”, murmurou, como se falasse consigo mesmo. “Como um mármore de Praxíteles banhado em âmbar.”

Sua boca, quando finalmente se fechou em torno de mim, era um paradoxo de texturas: os lábios surpreendentemente macios contrastavam com a aspereza da barba mal feita, enquanto a ausência parcial de dentes criava uma cavidade úmida e extraordinariamente acolhedora. A experiência era visceralmente diferente de qualquer outra — não havia a pressão dentária da juventude, mas uma sucção profunda e ancestral que parecia extrair não apenas prazer, mas a própria essência de meu ser.

Seus olhos nunca se fecharam, mantendo contato visual como se estivesse lendo minha alma através daquele ato. As mãos enrugadas seguram minhas coxas com força surpreendente, enquanto sua cabeça movia-se com ritmo ritualístico. Cada movimento era calculado, cada variação de pressão meticulosamente planejada para extrair o máximo de sensação.

Quando suas unhas arranharam levemente meu períneo, um arrepio percorreu minha coluna. Ele percebeu imediatamente — é claro que percebeu — e repetiu o movimento, agora acrescentando uma massagem circular nas bases que me fez ver estrelas. Seu queixo roçava em meus testículos a cada mergulho profundo, a textura áspera criando um contraste delicioso com a suavidade interior de sua boca.

“Eduardo…”, gemi, meus dedos se enterrando em seus cabelos prateados.

Ele respondeu com uma vibração gutural que senti por todo o corpo, aumentando o ritmo enquanto uma de suas mãos encontrava meu ânus, pressionando-o com conhecimento íntimo dos pontos de prazer masculino. Não era a investida desesperada da juventude, mas uma sinfonia de prazer composta por um maestro que conhecia cada nota de cor.

O orgasmo aproximou-se como uma onda tectônica, inevitável e avassaladora. Quando jorrei em sua boca, ele não recuou — pelo contrário, seus olhos arregalaram-se num êxtase quase místico, como se estivesse recebendo uma comunhão sagrada. Bebereu cada gota com devoção, suas mãos tremulas acariciando meus quadris enquanto meu corpo era sacudido por espasmos quase dolorosos.

Ao final, permanecemos imóveis por um eternidade, unidos pelo que transcendeva o mero ato físico. Sua fronte repousava contra minha coxa, sua respiração ofegante misturando-se à minha. Quando finalmente se levantou, havia lágrimas nos cantos de seus olhos.

“Obrigado”, sussurrou ele, ajustando as roupas com dignidade recém-adquirida. “Há décadas não sentia algo tão… vital.”

Partiu antes do anoitecer, levando consigo não apenas os documentos, mas um fragmento de minha inocência. Anos depois, compreendi que Eduardo não me dera apenas prazer — oferecera-me um vislumbre da eternidade que habita no ponto onde a carne encontra o abismo. E até hoje, quando o crepúsculo pinta o mundo de dourado, sinto o eco daquela boca sem dentes que me ensinou que o verdadeiro êxtase reside nas fronteiras entre a decadência e a sublime perfeição.

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