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A amiga "feinha" - Parte 4
Nisso avisto uma outra colega de faculdade, Mariana, uma morena linda e deliciosa, que eu já tinha dado uns beijos, mas nada além disso, porque ela vivia num tremendo vai e volta no relacionamento. Mas também não houve nenhum interesse além do puramente físico ali – eu tinha motivos pra isso.
– Amigo, quanto tempo! – Ela falou animada em me ver.
– Que bom ver você. Como vai? Tá bonita!
E ela estava mesmo. Na verdade, ela estava uma máquina, com o físico impecável. O cropped deixava a mostra um pouco de seu abdômen definido. Dava pra ver que ela estava muito dedicada.
– Que isso, você sempre foi muito gentil. Ah, eu to bem. Tô morando aqui agora. E você?
Fiz um rápido resumo sobre a minha vida, tanto pessoal, quanto profissional. contudo, não quis expor muitos detalhes, pois minha amizade com Mariana era meio conturbada, já que ela vivia com um pezinho na toxicidade, por assim dizer.
– Bom saber que quase todo mundo da nossa turma tá bem encaminhado né – ela falou de forma animada – mas me conta, tá sozinho aqui?
– Não, não, to esperando uma amiga chegar.
Ela deu uma risadinha e disse que ia me deixar então, porque não queria me atrapalhar. Demos uma abraço e ela voltou pra mesa com as amigas.
Poucos minutos depois, chagava a Babi. Estava bonita, bem arrumada, mas nada que pudesse ser comparada à Mariana. Entretanto, estremeci quando a vi. Algo que também não pode ser comparado ao que senti revendo a Mariana.
Babi vestia um short preto, ligeiramente curto, realçando o bumbum grande e bonito, uma blusa preta com um decote comportado e calçava tênis. O cabelo ainda era o de sempre, embora fosse mais curto do que me lembrava. A armação do óculos mudou para uma mais arredondado. E, no rosto, maquiagem bem leve.
Demos um abraço e ela se sentou no banco ao lado do meu e logo começamos uma animada conversa. Mas nada de vagar uma mesa para nos sentarmos.
– Eu sei que você dirigiu pra vir aqui, mas o que acha de irmos pra outro lugar? – ela me perguntou.
– Bom… Eu não conheço nada aqui. Se você souber aonde ir, vamos lá.
– Deixa comigo então.
Entramos no carro e ela foi me guiando pelas ruas até chegarmos em uma bairro residencial com apenas um lugar aberto.
– É aqui. Tem o melhor hamburguer que já comi, além de ter cerveja barata – e riu.
Era um lugar tipicamente familiar, com mesas de plástico e decoração modesta, mas bastante acolhedor. Tocava um rock meio anos 80, mas baixinho, apenas de música ambiente. Em outro ambiente, havia algumas mesas de bilhar, pebolim e fliperamas.
Sentamos, pedimos uma cervejinha, pedimos o hamburguer e logo estávamos comendo. O lanche era realmente delicioso, e a companhia tornava a noite ainda melhor.
Jogamos bilhar – eu perdi feio, e pebolim – nesse eu deixei ela ganhar, embora tenha sido difícil.
– Você vai embora agora? Depois de beber? – Ela perguntou enquanto estávamos saindo.
– Relaxa, eu to tranquilo. Bebi pouquinho, e nem demora tanto assim. Uns 20, 30 minutos.
Ela fez uma cara séria pra mim, e eu aproveitei o silêncio pra dar uma olhada meu celular. Mariana havia me mandado algumas mensagens, surpresa por minha companhia ser a Babi:
“amigooooo, é ela???? ð?«¢ð?«¢ð?«¢Ela é feinha kkkkkk”
Tomei um susto com como ela foi direta e mal educada de falar algo assim, mas como eu já tinha dito, a atração por Mariana era apenas física e eu tinha motivos pra isso. Optei por não responder. Quando levantei a cabeça, vi que Babi estava encostada na porta do motorista, me esperando.
– Não… coisa de trabalho – disfarcei.
Andei até ela – que não saiu do lugar, e percebi que era um bom momento. Me aproximei devagar, ajeitei seu cabelo atrás da orelha, olhei nos olhos dela, e ela me olhou de volta e alguns segundos depois nossas bocas se encontraram…
Foi um primeiro beijo gostoso, sem afobação, sem pressa. Ela beijava bem. Nossos corpos se encaixaram.
Quando nos soltamos, ela deu um sorriso pra mim, que eu respondi com outro sorriso.
– Se você quiser… Não precisa… Quer passar a noite aqui? – ela falou um tanto sem jeito e sem me olhar nos olhos.
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